Bragança-Miranda: Dom Nuno Almeida pretende acompanhar todas as comunidades da diocese
A celebração de abertura do ano litúrgico-pastoral decorreu na catedral de Bragança, onde o bispo diocesano afirmou que pretende acompanhar todas as comunidades, no território transmontano.
“Há um grande anseio de não deixarmos nenhuma comunidade abandonada, mesmo as comunidades mais pequeninas, porque temos, de facto, na diocese, comunidades e algumas até paroquiais, em que há pouca gente”, disse D. Nuno Almeida, à Agência ECCLESIA.
O responsável católico destacou a importância de formar pessoas para que possa haver uma presença constante e uma celebração dominical.
“Pode não ser um sacerdote, mas pode ser um religioso, pode ser um leigo, pode ser um diácono”, precisou.
“É uma carta programática que vem depois destes meses iniciais aqui na Diocese, que foram, sobretudo, de escuta, de partilha, de prestar atenção também a realidades concretas e às mudanças também que estão a acontecer”, precisou.
O responsável católico recorda o impacto da JMJ 2023, que decorreu em Lisboa, e aponta ao próximo Jubileu 2025, desejando um novo “protagonismo” dos jovens.
A partir de janeiro de 2024, o bispo vai iniciar uma visita pastoral a toda a diocese, na qual deseja promover um “trabalho artesanal de construir comunidades, de renovar as comunidades”.
“A unidade pastoral, neste projeto, é a célula fundamental da vida pastoral da diocese, tendo em conta as mudanças, até demográficas, que aconteceram ao longo destes tempos”, precisa o entrevistado.
Antes do encontro na Catedral de Bragança, os trabalhos decorreram no salão nobre da Escola Secundária Emídio Garcia, em Bragança, onde o padre José Bento Soares apresentou o projeto pastoral para os próximos três anos (2023-2026).
Em declarações, o vigário para a pastoral de Bragança-Miranda assumiu a necessidade de “revitalizar todas as comunidades, desde as mais pequeninas àquelas que são maiores”.
“A Igreja tem de dizer presente”, apontou.
O padre José Bento Soares fala da “sede de Deus” que sente nas pessoas e na importância de promover um maior conhecimento da Bíblia.
“Pretendemos, com este projeto pastoral, devolver às pessoas, devolver a cada lar, a cada família, a cada casa, a cada comunidade, a cada paróquia, a alegria e a esperança do Evangelho”, explicou.
O vigário para a pastoral acrescentou que o plano prevê a constituição de equipas de intervenção e de apoio pastoral, em cada uma das comunidades.
“É também uma dimensão da sinodalidade, ter equipas pastorais que realmente estejam abertas a esta conversão pastoral”, afirmou.
O padre José Bento Soares também realça que a participação das novas gerações é uma das prioridades pastorais da Diocese para este triénio, “aproveitando toda essa força, toda essa motivação, toda essa alegria e essa esperança que os jovens puderam presenciar, viver, partilhar e acolher na JMJ de Lisboa”.
“Jovens ativos, com uma participação intensa e reconhecida nas comunidades, serão depois fermento no meio do mundo, em todas as dimensões do mundo, da social à política, da económica à industrial, precisamente para levar aí a luz, a alegria e a esperança do Evangelho”, conclui.
Fonte: Ecclesia