Bragança-Miranda: Dom Nuno Almeida pretende acompanhar todas as comunidades da diocese
A celebração de abertura do ano litúrgico-pastoral decorreu na catedral de Bragança, onde o bispo diocesano afirmou que pretende acompanhar todas as comunidades, no território transmontano.
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“Há um grande anseio de não deixarmos nenhuma comunidade abandonada, mesmo as comunidades mais pequeninas, porque temos, de facto, na diocese, comunidades e algumas até paroquiais, em que há pouca gente”, disse D. Nuno Almeida, à Agência ECCLESIA.
O responsável católico destacou a importância de formar pessoas para que possa haver uma presença constante e uma celebração dominical.
“Pode não ser um sacerdote, mas pode ser um religioso, pode ser um leigo, pode ser um diácono”, precisou.
O bispo de Bragança-Miranda apresentou a sua primeira Carta Pastoral, intitulada ‘Unidos para oferecer a todos a alegria e a esperança do Evangelho’.
“É uma carta programática que vem depois destes meses iniciais aqui na Diocese, que foram, sobretudo, de escuta, de partilha, de prestar atenção também a realidades concretas e às mudanças também que estão a acontecer”, precisou.
D. Nuno Almeida tomou posse como bispo de Bragança-Miranda no dia 25 de junho de 2023.
O responsável católico recorda o impacto da JMJ 2023, que decorreu em Lisboa, e aponta ao próximo Jubileu 2025, desejando um novo “protagonismo” dos jovens.
A partir de janeiro de 2024, o bispo vai iniciar uma visita pastoral a toda a diocese, na qual deseja promover um “trabalho artesanal de construir comunidades, de renovar as comunidades”.
Além do encontro com as comunidades, D. Nuno Almeida adianta que a visita vai ser precedida por uma missão bíblica, confiada aos religiosos Capuchinhos, e será seguida da criação de uma equipa pastoral em cada unidade – divisão que congregou as paróquias anteriormente existentes no território transmontano.
“A unidade pastoral, neste projeto, é a célula fundamental da vida pastoral da diocese, tendo em conta as mudanças, até demográficas, que aconteceram ao longo destes tempos”, precisa o entrevistado.
Antes do encontro na Catedral de Bragança, os trabalhos decorreram no salão nobre da Escola Secundária Emídio Garcia, em Bragança, onde o padre José Bento Soares apresentou o projeto pastoral para os próximos três anos (2023-2026).
Em declarações, o vigário para a pastoral de Bragança-Miranda assumiu a necessidade de “revitalizar todas as comunidades, desde as mais pequeninas àquelas que são maiores”.
“A Igreja tem de dizer presente”, apontou.
O padre José Bento Soares fala da “sede de Deus” que sente nas pessoas e na importância de promover um maior conhecimento da Bíblia.
“Pretendemos, com este projeto pastoral, devolver às pessoas, devolver a cada lar, a cada família, a cada casa, a cada comunidade, a cada paróquia, a alegria e a esperança do Evangelho”, explicou.
O vigário para a pastoral acrescentou que o plano prevê a constituição de equipas de intervenção e de apoio pastoral, em cada uma das comunidades.
“É também uma dimensão da sinodalidade, ter equipas pastorais que realmente estejam abertas a esta conversão pastoral”, afirmou.
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O padre José Bento Soares também realça que a participação das novas gerações é uma das prioridades pastorais da Diocese para este triénio, “aproveitando toda essa força, toda essa motivação, toda essa alegria e essa esperança que os jovens puderam presenciar, viver, partilhar e acolher na JMJ de Lisboa”.
“Jovens ativos, com uma participação intensa e reconhecida nas comunidades, serão depois fermento no meio do mundo, em todas as dimensões do mundo, da social à política, da económica à industrial, precisamente para levar aí a luz, a alegria e a esperança do Evangelho”, conclui.
Fonte: Ecclesia