Argozelo: São Bartolomeu é o local de partida para a VI Volta ao Nordeste em Bicicleta
O Santuário de São Bartolomeu, em Argozelo, é o local de partida da 1ª etapa da VI Volta ao Nordeste em Bicicleta, uma competição que tem como meta promover a prática do ciclismo na região e dar visibilidade à beleza natural do nordeste transmontano.
A sexta edição da Volta ao Nordeste em Bicicleta vai para a estrada a 23 de maio, com o contrarelógio noturno de 10 quilómetros, na cidade de Mirandela.
No dia seguinte, sábado, dia 24 de maio, o pelotão de ciclistas arranca do Santuário de São Bartolomeu, em Argozelo, às 10h00, para a primeira etapa da volta ao nordeste transmontano. Esta primeira etapa tem uma distância de 124 quilómetros, com passagens por Vimioso, Torre de Moncorvo e Vila Flor.
A segunda e última etapa da Volta ao Nordeste em Bicicleta conclui-se no Domingo, dia 25 de maio, com a ligação de 70 quilómetros entre Macedo de Cavaleiros e Alfândega da Fé.
A VI Volta ao Nordeste em Bicicleta é organizada pela Associação de Ciclismo de Bragança (ACB) e conta com os apoios da UVP – Federação Portuguesa de Ciclismo, Daitsu Portugal, Município de Mirandela, Município de Vimioso, Município de Vila Flor, Município de Macedo de Cavaleiros e Município de Alfândega da Fé.
A prova de Bicicleta Todo-o-Terreno (BTT) “Rota das Bôlas” regressa à freguesia de Vila de Ala, no concelho de Mogadouro, nos dias 24 e 25 de maio, e espera mais de 100 participantes numa prova que alia o desporto, a gastronomia e a beleza paisagística.
“A prova de BTT aproveita condições únicas existentes nesta freguesa para a prática desta modalidade [BTT], que pretende promover, estimular e incentivar a utilização da bicicleta como meio de lazer, bem como divulgar a gastronomia, cultura e paisagens naturais desta região transmontana”, disse o presidente da junta de freguesia, Amilcar Machado.
De acordo o autarca desta freguesia de Vila de Ala, este ano está programado um espaço para a confeção das bôlas da sertã, típicas desta região, uma oficina que mostrará como se trabalha a lã de ovelha e um espaço infantil.
A prova desportiva vai realizar-se em três circuitos designados por “Maratona” (55 Km), “Meia Maratona” (35 Km) e “Passeio em Família” (15 km).
Mogadouro: Cidade acolhe a 1ª Expo Saúde & Bem-estar
A 25 de maio, o município de Mogadouro promove a 1º Edição da Expo Saúde & Bem-Estar, um certame com cerca de 30 expositores ligados às mais variadas áreas da saúde e bem-estar e com fóruns profiláticos de destinos à prevenção.
Um dos destaques da iniciativa são os rastreios de saúde, como a pressão arterial, medição da glicemia, saúde visual, função respiratória e cardiovascular, nutrição, medicina familiar, suporte básico de vida, entre outras atividades preventivas ao nível dos cuidados primários de saúde.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, António Pimentel, a iniciativa é coordenada pelo Gabinete de apoio à Saúde e Bem-Estar desta autarquia que tem uma papel importante na prevenção das mais diversas patologias abrangendo todos escalões etários da população.
“Esta iniciativa, pretende alertar a população para a importância dos cuidados primários de saúde”, vincou o autarca mogadourense.
As atividades ligadas à saúde vão ser desenvolvidas no Parque Municipal de Exposições da cidade de Mogadouro e pelo Centro de Saúde local, contando com parceiros como a Unidade de Saúde do Nordeste, Liga Portuguesa Contra o Cancro, GNR, Hospital Terra Quente, Instituto Politécnico de Bragança, clínicas médicas e farmácias locais, entre os participantes.
Miranda do Douro: 800 pessoas no Encontro Intermunicipal de Desporto Sénior
A 21 de maio, a cidade de Miranda do Douro acolheu o Encontro Intermunicipal de Desporto Sénior, um evento desportivo, recreativo e cultural que reuniu 800 participantes, vindos de 11 concelhos da região norte, com os propósitos de incentivar a prática da atividade física, o envelhecimento ativo e o convívio.
O evento foi organizado pela Rede Intermunicipal “We are Sports”, em colaboração com o município de Miranda do Douro e teve como outros objetivos agir contra o isolamento e oferecer atividades que promovam o bem-estar físico e mental das pessoas idosas.
O representante da empresa “We are Sports”, Ricardo Fernandes, explicou que o Encontro Intermunicipal de Desporto Sénior é um projeto que está a ser implementado em todo o país.
“O nosso objetivo é ligar as pessoas e os territórios através do desporto. À semelhança de outros concelhos, o município de Miranda do Douro demonstra muito interesse na promoção do envelhecimento ativo e saudável e por isso acolheu este novo Encontro Intermunicipal de Desporto Sénior. Não obstante, o problema do declínio demográfico e o envelhecimento da população, as pessoas idosas apreciam a atividade física, o convívio e a visita a novos locais”, disse.
Como anfitrião do encontro em Miranda do Douro, o vice-presidente do Município, Nuno Rodrigues, afrimou que foi com grande satisfação que acolheram o Encontro Intermunicipal de Desporto Sénior.
“A promoção do desporto e do convívio é fundamental para um envelhecimento feliz. Ao acolhermos o Encontro Intermunicipal do Desporto Sénior em Miranda do Douro, pretendemos dar a conhecer o nosso concelho e aprofundar os laços de amizade com os outros municípios”, disse.
Por sua vez, o técnico de desporto do município de Miranda do Douro, Francisco Parreira, informou que as pessoas idosas do concelho têm participado nestes encontros desportivos noutras localidades, como aconteceu em Almeida, Castro Daire e Sernancelhe.
“Hoje, coube-nos a nós receber a visita destas centenas de pessoas, para celebrar o desporto e os benefícios que a atividade física proporciona a todas as idades. Chegados à terceira idade, o desporto continua a ser uma atividade muito importante a nível físico, psicológico e sobretudo social”, justificou.
Em Miranda do Douro, os 800 participantes no Encontro Intermunicipal de Desporto Sénior vieram dos concelhos de Alfândega da Fé, Almeida, Castro Daire, Freixo de Espada à Cinta, Mirandela, Murça, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Torre de Moncorvo e Vinhais.
O acolhimento aos grupos realizou-se no jardim dos Frades Trinos, com as tradicionais danças dos Pauliteiros, pelo grupo da Escola EBS de Miranda do Douro.
Seguiu-se uma “mega” aula de ginástica sénior. A manhã terminou com a cerimónia protocolar e um desfile dos vários grupos de séniores pelas ruas da cidade de Miranda do Douro.
A mega aula de ginástica sénior.
Questionada sobre a sua motivação para participar nos Encontros Intermunicipais de Desporto Sénior, Alegria Firmino, natural de Miranda do Douro, respondeu que esta atividade faz parte do programa da Universidade Sénior.
“Dado que sou aluna da Universidade Sénior, o desporto é mais uma atividade que me motiva a sair de casa para continuar a ter uma vida ativa. No âmbito desportivo, semanalmente, a Universidade Sénior proporciona-nos aulas de hidroginástica, boccia, marcha e corrida e walking football”, indicou.
Sobre a participação nos Encontros Intermunicipais de Desporto Sénior, Alegria Firmino, destacou que são oportunidades de convívio com outras pessoas e visitas culturais a outras regiões e localidades do país.
Em Miranda do Douro, o Encontro Intermunicipal de Desporto Sénior prosseguiu com um almoço partilhado, no pavilhão multiusos. À tarde, os alunos da Universidade Sénior de Miranda do Douro prepararam para os visitantes, apresentações alusivas à cultura mirandesa, com poesia, música e contos.
Miranda do Douro: “A recriação histórica da Guerra do Mirandum já é uma marca cultural da cidade” – Nuno Rodrigues
A III Recriação histórica da “Guerra da Mirandum”, voltou a animar a cidade de Miranda do Douro, no fim-de-semana de 17, 18 e 19 de maio, um evento cultural que fez a população local (e os visitantes) vestir os trajes do século XVIII, para evocar um dos acontecimentos mais marcantes na história local, uma batalha que opôs Portugal à vizinha Espanha e destruiu o castelo da cidade.
A recriação histórica da Guerra do Mirandum iniciou-se com o cortejo pelas ruas da cidade de Miranda do Douro.
A recriação histórica da Guerra do Mirandum começou na sexta-feira, dia 16 de maio, com a participação dos alunos das escolas dos concelhos de Miranda do Douro e de Vimioso, como figurantes nesta viagem até ao século XVIII.
Nos três dias do evento, o público que visitou o Largo do Castelo, em Miranda do Douro, encontrou um mercado com produtos locais e a constante animação proporcionada pela música, canto, dança, malabarismo, acrobacia, jogos de destreza e treino de armas.
O centro histórico de Miranda do Douro foi também o cenário de antigas personagens do século XVIII, como os almocreves, mendigos e rameiras, carregadores, escravos, poetas, fidalguia, burguesia e o clero.
Segundo a história, a Guerra do Mirandum resultou da participação de Portugal na Guerra dos Sete Anos (1756-1763). A 8 de maio de 1762, o exército espanhol atacou a cidade fronteiriça de Miranda do Douro e nesta investida, o paiol do exército português, instalado na torre do castelo explodiu, causando a morte a cerca de 400 pessoas. A explosão levou à rendição dos mirandeses e à entrada do exército franco-espanhol na cidade.
Com esta recriação histórica, o vice-presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, expressou a sua satisfação pela organização deste evento cultural, que simultaneamente, evoca a história da cidade e é mais uma valia para o turismo.
“A cidade de Miranda do Douro organiza pelo terceiro ano consecutivo a recriação histórica da Guerra do Mirandum. Esta é uma iniciativa da câmara municipal, que, em colaboração com 50 atores e figurantes e a participação entusiasta das associações locais, dos agrupamentos de escolas de Miranda do Douro e de Vimioso e dos produtores locais estão a fazer deste evento mais uma marca cultural distintiva de Miranda do Douro,. A recriação histórica da Guerra do Mirandum pela animação que dá à cidade, atrai novos turistas e visitantes prolonga a sua estadia na cidade, o que por conseguinte traz benefícios económicos e sociais para os setores do comércio, a restauração e da hotelaria”, justificou.
A língua mirandesa vai estar em destaque num concurso espanhol, que valoriza as memórias escolares do mundo rural, na região de fronteira entre o planalto mirandês e a comunidade autónoma espanhola de Castela e Leão.
“Este concurso valoriza as memórias vividas nas escolas rurais de Portugal e Espanha e distingue-se, este ano, pelo reconhecimento do mirandês como uma das línguas aceites para participação”, disse à agência Lusa Suzana Ruano, da Associação de Língua e Cultura Mirandesa (ACLM).
Este concurso procura recolher testemunhos de antigos alunos e professores que frequentaram ou lecionaram em escolas situadas em meios rurais dos dois países.
“O concurso procura pessoas que escrevam sobre as suas experiências, seja como professor, seja como aluno. Eu própria estudei numa escola do interior e verifiquei que há diferenças nos métodos de ensino na cidade”, indicou Suzana Ruano.
A edição de 2025 do Prémio Memória Escolar Rural, uma iniciativa promovida pelo município de Fonfria, uma localidade espanhola que faz fronteira com Miranda do Douro, conta com apoio científico do Observatório Social da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Salamanca.
“O objetivo é preservar a memória educativa que moldou gerações longe dos grandes centros urbanos e este ano com enfoque no mirandês”, indicou este membro da ACLM.
A valorização do mirandês, ao lado de línguas como o catalão, galego, basco, valenciano, castelhano e português, representa um passo importante no reconhecimento da diversidade linguística e cultural da Península Ibérica, na opinião de Suzana Ruano.
“Encaramos este desafio como um reconhecimento da língua mirandesa como uma valorização deste idioma peninsular, porte dos espanhóis. Mirandês acaba por ser, igualmente, a ‘lhengua’ dos avós das pessoas que estão do outro lado da fronteira”, explicou Suzana Ruano.
Entre os apoiantes desta iniciativa estão ainda a Diputación de Zamora, a Fundação Fomento Hispania e várias associações culturais de Aliste (Espanha) e da Terra de Miranda (Portugal), como a Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA) e a ALCM.
O prazo para envio dos testemunhos decorre até 31 de maio de 2025.
Os originais podem ser submetidos em espanhol, português ou nas restantes línguas cooficiais dos dois países, com destaque especial para o mirandês.
Ensino: Provas de monitorização decorrem até 6 de junho
As provas de monitorização das aprendizagens (ModA), do 4.º e do 6.º anos de escolaridade, que substituem as provas de aferição, decorrem de 19 de maio até 6 de junho.
As provas ModA realizam-se em formato digital e vão ser classificadas por uma equipa de avaliadores, do Instituto de Avaliação Educativa, criada para o efeito.
O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) anunciou ter autorizado a contratação de 27 técnicos especializados em redes informáticas para apoio à realização das provas finais do 9.º ano em formato digital.
Os técnicos vão acompanhar e resolver eventuais problemas nos dias das provas”, de 20 a 25 de junho, e poderão ser contratados pelos “27 agrupamentos escolares ou escolas não agrupadas que, no último inquérito realizado, sinalizaram essa necessidade”.
Para a realização destas e das provas de Monitorização das Aprendizagens (ModA), também em formato digital, o ministério refere ter atribuído aos 809 agrupamentos escolares e escolas não agrupadas 15,4 milhões de euros.
Deste valor, 15,3 milhões destinavam-se à aquisição ou reparação de computadores e 122.380 euros a outro equipamento informático, como extensões e auriculares, mas as escolas apenas utilizaram “8,32 milhões para a aquisição de computadores”, acrescenta.
Indica também que, de acordo com informações dos diretores, “há ainda 96.550 computadores disponíveis para distribuir entre professores e alunos” para se realizarem as referidas provas, 65.866 dos quais já foram utilizados e devolvidos para poderem ser distribuídos novamente.
Os resultados das provas ModA, que substituem as anteriores provas de aferição, não têm implicações na classificação interna do aluno, na aprovação nas disciplinas e na transição de ano, mas permitirão, segundo o MECI, “acompanhar a evolução dos resultados no Ensino Básico anualmente” e poderão contribuir para “a definição de abordagens pedagógicas mais ajustadas às necessidades individuais de cada aluno, assim como para disponibilização de informação a nível nacional, regional, concelhio e de escola”.
Legislativas: “Vamos ter estabilidade” – Presidente da República
Após as audiências com os três partidos mais votados nas eleições legislativas, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou-se confiante que vai haver estabilidade política em Portugal, indicando que volta a ouvir PSD, PS e Chega na próxima semana.
“Vamos ter estabilidade”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em resposta aos jornalistas, à saída de uma sessão comemorativa dos 40 anos da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), no Museu dos Coches, em Lisboa.
O chefe de Estado fez sinal de que não tencionava falar aos jornalistas, à entrada e à saída desta iniciativa, mas acabou por dizer algumas palavras enquanto andava, em passo rápido, em direção ao Palácio de Belém, acompanhado por alguns elementos da comunicação social.
Interrogado se vai haver estabilidade, o Presidente da República respondeu que sim, mas realçou que o processo de audiências continua: “Vamos ter as reuniões, ainda faltam muitos partidos”.
“Eu acho que correu bem, correu bem, qualquer das três [audiências]. Vamos ver, isto continua. Os três [PSD, PS e Chega] continuam para a semana”, acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.
Vimioso: Município apoia criadores na desparasitação das explorações pecuárias
O município de Vimoso aprovou um protocolo de apoio financeiro, no valor total de 8383 euros, destinado à desparasitação dos bovinos adultos, ovinos, caprinos e cães de rebanho existentes nas explorações pecuárias do concelho.
O protocolo foi aprovado em reunião da Câmara Municipal de Vimioso e segundo o vereador, Pascoal Padrão, a desparasitação do efetivo pecuário do concelho é uma responsabilidade atribuída à Cooperativa Agrícola de Palaçoulo.
“Até 20 de maio inscreveram-se através dos serviços municipais, meia centena de criadores pecuários do concelho de Vimioso. Os custos na aquisição do produto desparasitante, que é administrado por via oral, variam entre 1 euro por ovino e caprino, 2,5 euros por bovino adulto e três euros por cada cão de rebanho, informou.
O autarca vimiosense indicou que as inscrições para a desparasitação dos animais devem ser efetuadas na Câmara Municipal e decorrem até ao final do ano.
No concelho de Vimioso, o apoio financeiro à desparasitação soma-se ao da sanidade animal, isto é, às ações de prevenção médica veterinária e de rastreamento de doenças como a tuberculose bovina, brucelose bovina, leucemia enzoótica bovina e brucelose dos ovinos e caprinos, que custam anualmente, ao município 33 mil euros.
“Dado que a agricultura e a pecuária são atividades muito importantes na fixação de pessoas, em particular de jovens, no concelho, o município entende que deve apoiar os agricultores e criadores. Só há boa carne mirandesa, cordeiro e cabrito se houver criadores. É por isso que estas atividades têm de ser apoiadas e incentivadas”, justificou.
Miranda do Douro: Semana de Empreendedorismo Agropecuário
A 19 de maio iniciou-se em Miranda do Douro, a Semana de Empreendedorismo Agropecuário, uma iniciativa conjunta das associações das raças autóctones, do município de Miranda do Douro e do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), que tem como finalidade desenvolver projetos e ações de revitalização do território rural.
Na sessão de abertura da Semana do Empreendedorismo Agropecuário, a secretária-técnica da Raça Churra Galega Mirandesa, Andrea Cortinhas começou por descrever aos participantes, a realidade demográfica da região do planalto mirandês, caraterizada pelo despovoamento e o envelhecimento da população residente.
“Mais preocupante do que a extinção das raças autóctones é o declínio demográfico que afeta esta nossa região. Sem pessoas, isto é, sem criadores também não há a criação de animais como os ovinos, os bovinos e os burros de Miranda”, alertou.
Em representação do município de Miranda do Douro, o vice-presidente, Nuno Rodrigues, agradeceu o trabalho desenvolvido pelas três associações locais – Associação Nacional de Criadores de Ovinos de Raça Churra Galega Mirandesa – ACOM; a Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa; e a Associação para o Estudo e Preservação da Raça Asinina (AEPGA) – na preservação e promoção das raças autóctones, assim como na proximidade e apoio aos criadores.
CeVIR – Centro de Valorização e Inovação Rural
Para prestar um melhor serviço aos criadores das raças autóctones e às populações rurais, na abertura da Semana do Empreendedorismo Agropecuário, foi apresentado o projeto CeVIR – Centro de Valorização e Inovação Rural, que vai funcionar no renovado posto zootécnico, em Malhadas.
“Este projeto insere-se no âmbito da inovação social e é financiado a 85%, Ao longo dos primeiros 36 meses, para além da produção pecuária e o registo genealógico das raças autóctones vamos realizar outras atividades. Entre as atividades programadas, destaco por exemplo, as que são dirigidas a públicos vulneráveis, como as populações idosas, que vivem mais isoladas nas aldeias”, explicou a engenheira zootécnica, Andrea Cortinhas.
Referindo-se ao Centro de Valorização e Melhoramento das Raças Autóctones, em Malhadas, Andrea Cortinhas, avançou que brevemente neste local vai ser instalado o Centro Interpretativo das Raças Autóctones.
“Neste espaço, os visitantes vão ter a oportunidade de visitar os animais ao vivo, ou seja, os ovinos mirandeses, os bovinos mirandeses e os burros de Miranda. E simultaneamente vai ser instalado uma espaço interativo com painéis, imagens e vídeos interpretativos sobre a história das nossas raças autóctones. O objetivo é trazer gente ao nosso território e dar-lhes a conhecer a riqueza natural e cultural da Terra de Miranda”, informou.
Carta da Inovação
Na sessão dedicada ao Empreendedorismo Agropecuário, foi também apresentada a Carta de Inovação, resultante de uma parceria entre o Município de Miranda do Douro e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB).
O documento estabelece um compromisso para a defesa e valorização do território, através de ações em áreas como a melhoria da qualidade de vida, inclusão social, fortalecimento das comunidades locais, capacitação das pessoas e sustentabilidade ambiental.
A pro-presidente do IPB, a professora, Vera Lebres, explicou que a Carta de Inovação foi desenvolvida em conjunto com o município de Miranda do Douro e também com as associações das raças autóctones e as associações culturais do concelho.
“Esta Carta de Inovação é um documento agregador, que estabelece um compromisso entre o município de Miranda do Douro, as associações locais e o IPB, que tem como objetivo último contribuir para o desenvolvimento económico e social da região”, disse.
A docente do IPB acrescentou que uma das ações previstas na Carta de Inovação é a abertura e a promoção da Terra de Miranda junto de atores sociais, para os tornar embaixadores da região.
“Regularmente, o IPB acolhe alunos e professores internacionais, em ações de curta duração. Nesta nova visita a Miranda do Douro, convidámos 15 professores de oito países (Portugal, Albânia, Chéquia, Alemanha, Espanha, Polónia, Roménia e Eslováquia), para conhecer e investigar os recursos locais, como é o caso da lã dos ovinos mirandeses, com o propósito final de conceber uma obra artística”, disse.
A pro-presidente do IPB, Vera Lebres explicou aos professores universitários estrangeiros as potencialidades naturais e culturais da Terra de Miranda.
Ao longo de uma semana, os professores universitários internacionais estão alojados no centro de formação de Malhadas, onde vão acompanhar e conhecer o ciclo da lã, desde o pastoreio, a tosquia, passando cardação, lavagem, fiação e a produção de tecidos e outras utilidades.
Unlocking Imagination – Residência Artística
No decorrer da semana dedicada ao “Empreendedorismo Agropecuário”, os professores do IPB, Carlos Costa e Jacinta Costa, estão a dinamizar o projeto 4º Unlocking Imagination – Residência Artística.
«Trata-se de um programa intensivo, patrocinado pela União Europeia (UE), que como a designação indica significa “despertar a imaginação” a partir da matéria, neste caso, a partir da lã proveniente dos ovinos mirandeses», indicou.
Carlos Costa, professor de Design Gráfico, sublinhou que a originalidade desta iniciativa está na diversidade da formação dos participantes, que para além das várias proveniências geográficas, vêm também de áreas profissionais e artísticas distintas, como a arquitetura, a gestão, a química, entre outras áreas científicas.
“A partir de um criação plural vamos trabalhar em equipa multidisciplinar, com o intuito de potencializar a utilidade da lã dos ovinos mirandeses. Neste trabalho conjunto, vamos ter em consideração que esta matéria-prima tem uma simbologia cultural muita arreigada no planalto mirandês. O nosso objetivo é revitalizar este recurso natural e legado cultural”, disse.