A Assembleia da República aprova esta quarta-feira, dia 18 de junho, o programa do XXV Governo Constitucional, através do chumbo da moção de rejeição do PCP, que não tem o apoio de PS e Chega.
O período de encerramento do debate do programa do governo, tem cerca de duas horas para intervenções dos partidos, por ordem crescente de representatividade e do Governo, seguindo-se a votação da moção de rejeição do PCP ao documento, que PS e Chega já disseram inviabilizar.
Na terça-feira, dia 17 de junho, o debate ficou marcado por algumas das medidas inscritas no documento, como a política fiscal, com uma redução do IRS anunciada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, para as próximas semanas, assim como a política de imigração, em que foi assumido um “apertar as regras”, mas sem suspender o reagrupamento familiar.
O primeiro-ministro adiantou ainda, relativamente à revisão da lei da nacionalidade, que no alargamento das situações em pode haver perda de nacionalidade constarão comportamentos graves “de natureza criminal” e anunciou um reforço de 1500 elementos da PSP e da GNR até ao final do ano.
Do ponto de vista político, o primeiro-ministro abriu o debate a avisar que a próxima legislatura só não durará quatro anos se existir uma “coligação deliberada, ativa e cúmplice” entre os dois maiores partidos da oposição, referindo-se ao PS e Chega.
O primeiro-ministro também prometeu um “diálogo franco” e “nunca diminuir” o PS, mas sem excluir o diálogo com outras forças, em resposta a José Luís Carneiro, que lhe perguntou com quem quer dialogar, mas também lhe pediu para despartidarizar a administração pública.
O presidente do Chega, André Ventura, referiu-se a um novo quadro parlamentar que exige” reformas “a sério para Portugal”, assinalando que agora é possível excluir o PS dessas reformas.
A IL pediu mais meritocracia na escolha dos cargos públicos, o Livre acusou o Governo de arrogância ao incluir medidas da oposição no seu programa sem consultar as forças políticas do parlamento, enquanto o PCP disse que o documento “cheira a ‘troika’”.
Só depois de apreciado o programa do Governo e da sua não rejeição, é que o XXV Governo Constitucional, que tomou posse a 5 de junho, entra em plenitude de funções.
Picote: “Encontros da Primavera” dão origem a projetos de desenvolvimento local
De 12 a 15 de junho, Picote, no concelho de Miranda do Douro, foi o cenário dos XX Encontros Primavera, um evento cultural promovido pela associação FRAUGA, que proporciona o diálogo entre a comunidade local e os artistas convidados, com a finalidade de pensar e realizar projetos que promovam o desenvolvimento local.
A exposição “Pandorga”, de Gonçalo Mota, no Ecomuseu Terra Mater, em Picote.
Este ano, o evento cultural em Picote, começou com a apresentação “Oblivio” da autoria de João Meirinhos. O artista natural do concelho de Miranda do Douro, apresentou uma performance dedicada à realidade do “esquecimento”: esquecimento da terra e da gente que persiste em viver nesta região do planalto mirandês.
A curadora, Patrícia Geraldes, foi a responsável pela seleção dos artistas que desenvolveram trabalhos com a comunidade local.
“Ao longo de um mês, os artistas permaneceram em Picote, para conhecer a aldeia, dialogar com a comunidade residente e desenvolver os seus trabalhos. O resultado final foi apresentado no decorrer dos Encontros da Primavera, que consiste num um evento cultural que envolve a antropologia, o cinema e a arte”, contextualizou.
Na XX edição dos Encontros da Primavera, os artistas convidados para as residências artísticas foram a Evgenia Emets e Gonçalo Mota.
“A Evgenia realizou um trabalho de intervenção na paisagem com uma reflorestação de árvores autóctones, que envolve a participação da comunidade local. Durante a estadia em Picote, a comunidade de Picote ofereceu sementes de plantas e árvores caraterísticas da localidade, cuja recolha já está exposta e acessível na freguesia de Picote”, informou a curadora.
A 13 de junho, a artista, Evgénia Emets, apresentou no salão da junta de freguesia de Picote, o filme “As vozes dos guardiães da terra”. Este documentário inclui entrevistas aos habitantes locais de Picote, que falam sobre a vida nesta localidade, que após a conclusão da barragem em 1958, se tornou predominantemente rural.
«Estou a desenvolver um projeto que se chama “Eternal Forest” e visa criar uma rede de florestas protegidas, através da arte e da comunidade. O objetivo é criar mil santuários de floretas protegidas, para mil anos, em Portugal e no estrangeiro. Em Portugal, Picote foi um dos locais escolhidos para criar um santuário de floresta protegida ou uma floresta comunitária, na zona da ribeira de cima, numa propriedade cedida pela senhora Ana Rosa, residente em Picote”, explicou a artista.
A plantação de floresta autóctone está agendada para os meses de outubro e novembro, estando previstas 25 árvores autóctones, como freixos, juncos, salgueiros, entre outras.
Já o artista, Gonçalo Mota, que estudou antropologia, em Miranda do Douro, no antigo polo da Universdade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) inaugurou a exposição de fotografia “Pandorga” (chocalhada).
A mostra fotográfica está em exibição no Ecomuseu Terra Mater e é alusiva à Festa de Santa Bárbara, de Duas Igrejas, também conhecida como a Festa da Primavera ou Festa das Flores.
“A exposição de fotografia que apresentei nos XX Encontros da Primavera, reune alguns elementos da tradição da pandorga ou chocalhada, em Duas Igrejas. É uma tradição que se faz no último fim-de-semana de maio, de dois em dois anos, na qual as pessoas fazem uma fogueira à porta de casa, que os rapazes acompanhados por chocalhos, saltam por cima para afastar os maus espíritos”, indicou.
De 12 a 15 de junho. a programação dos XX Encontros Primavera, teve outros destaques, como foram a observação astronómica e a sugestiva conversa sobre o tema “Direito às Estrelas”; a sessão de contos, no coreto de Picote; ou o concerto do DJ Matias, com a música folk, no Largo do Tumbar.
“O público-alvo dos Encontros da Primavera são as pessoas que residem em Picote, assim com as populações das localidades circundantes como Sendim, Palaçoulo, Prado Gatão, Vila Chã de Braciosa, Duas Igrejas, Miranda do Douro, etc. O objetivo deste evento é fomentar o diálogo, o debate, a troca de ideias e de perspectivas que aportem novos contributos à aldeia, ao concelho e à região”, concluiu a curadora, Patrícia Geraldes.
Para o professor António Bárbolo, da direção da FRAUGA – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote, os Encontros da Primavera são um evento cultural que “faz pensar” sobre a realidade da aldeia de Picote e da região.
Na perspectiva de António Bárbolo, o desenvolvimento local e regional exige a colaboração das pessoas e a sinergia entre as instituições e as associações, em torno de um desígnio comum.
“Uma cultura que não interrogue e que não faça pensar é pobre e não evolui. A meu ver, precisamos de políticas estruturais, estratégias culturais e planificação de projetos que perdurem no tempo. Tal como acontece com os Encontros da Primavera, um encontro anual, que já se faz há 20 anos, em Picote”, destacou.
Os Encontros da Primavera são um evento anual, promovido pela FRAUGA – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote, que conta com os apoios do Centro em Rede de Investigação em Antropologia (CRIA), Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Freguesia de Picote, do Município de Miranda do Douro, Família Kolping Picote, Movhera e CCDR-Norte.
Ambiente: Oito anos da tragédia dos incêndios de Pedrógão Grande
A 17 de junho, a Associação de Vítimas dos Incêndios de Pedrógão Grande (AVIPG) assinala oito anos da tragédia que provocou dezenas de mortos e feridos, além da destruição de casas, empresas e floresta.
Segundo o programa, às 14:30 a sede da AVIPG, na antiga escola primária da Figueira, freguesia da Graça (Pedrógão Grande), abre portas, seguindo-se, pelas 17:00, um encontro junto ao Memorial às Vítimas dos Incêndios de 2017 e a colocação de uma coroa de flores.
Às 18:30, está prevista uma missa na Igreja Matriz da Graça.
Já no dia 22 de junho, realiza-se a caminhada “Renascer 17.06.2017”.
A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria adiantou que os autarcas vão associar-se às iniciativas da associação, com deposição de coroa de flores no local, bem como preparar o monumento para o efeito.
O memorial abriu em 15 de junho de 2023, junto à Estrada Nacional (EN) 236-1, na zona de Pobrais, Pedrógão Grande, com o nome das 115 vítimas mortais dos fogos naquele ano.
Foi no memorial que, em 9 de junho do ano seguinte, foi hasteada a Bandeira Nacional, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, então centradas em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, no norte do distrito de Leiria, os concelhos mais atingidos pelos incêndios de junho de 2017.
A bandeira foi entregue no Dia de Portugal à AVIPG.
Os incêndios que deflagraram em 17 junho de 2017 em Pedrógão Grande e que alastraram a concelhos vizinhos provocaram a morte de 66 pessoas, além de ferimentos a 253 populares, sete dos quais graves. Os fogos destruíram cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.
Em outubro do mesmo ano, incêndios na região Centro provocaram 49 mortos e cerca de 70 feridos, registando-se ainda a destruição, total ou parcial, de cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas.
O processo judicial relativo às mortes nos incêndios de Pedrógão Grande aguarda deliberação do Tribunal da Relação de Coimbra, após a interposição de vários recursos na sequência da absolvição de todos os arguidos em setembro de 2022 no Tribunal Judicial de Leiria.
Neste processo, o Ministério Público (MP) contabilizou 63 mortos e 44 feridos quiseram procedimento criminal.
Em julgamento estiveram o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut, então responsável pelas operações de socorro, dois funcionários da antiga EDP Distribuição (atual E-REDES), José Geria e Casimiro Pedro, e três trabalhadores da Ascendi (Rogério Mota, José Revés e Ugo Berardinelli).
A linha de média tensão Lousã-Pedrógão, na qual o MP sustentou que ocorreram descargas elétricas que desencadearam os incêndios, era da responsabilidade da empresa.
Já a subconcessão rodoviária do Pinhal Interior, que integrava a EN 236-1, estava adjudicada à Ascendi Pinhal Interior, à qual cabia proceder à gestão de combustível.
Os ex-presidentes das Câmaras de Castanheira de Pera e de Pedrógão Grande, Fernando Lopes e Valdemar Alves, respetivamente, também foram acusados.
O presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu, assim como o antigo vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande José Graça e a então responsável pelo Gabinete Florestal deste município, Margarida Gonçalves, estavam, igualmente, entre os arguidos.
Um outro processo judicial, relativo à reconstrução de casas em Pedrógão Grande na sequência dos incêndios, regressou, entretanto, à primeira instância para aplicação das penas determinadas, após diversos recursos.
Neste processo, 14 arguidos, incluindo Valdemar Alves e o antigo vereador Bruno Gomes, e requerentes da reconstrução de imóveis como se de primeira habitação se tratasse, familiares destes ou funcionários das Finanças e de junta de freguesia, foram condenados, em penas suspensas, tendo sido ainda determinados pagamentos a diversas entidades por conta dos pedidos cíveis.
Política: Apresentação e debate do programa do Governo
O programa do XXV Governo Constitucional é apresentado e discutido na Assembleia da República a 17 de junho, com uma primeira intervenção do primeiro-ministro, Luís Montenegro.
O documento foi aprovado em Conselho de Ministros e entregue na Assembleia da República, incluindo medidas já inscritas no programa eleitoral da AD, como a descida do IRS e IRC ou a subida de salários e pensões, mas também novos compromissos.
Entre as principais novidades, destaque para a reforma do Estado, que mereceu um ministério autónomo no Governo PSD/CDS-PP – e com o Governo a afastar despedimentos ou redução de vencimentos dos funcionários públicos -, a intenção de mexer na legislação laboral, incluindo na lei da greve, de rever a Lei de Bases da Saúde ou de antecipar o compromisso de investimento de 2% do PIB na Defesa já este ano.
Um maior controlo na imigração é outra das linhas mestras do programa do segundo executivo chefiado por Luís Montenegro, que inclui um novo capítulo em relação ao documento apresentado antes da campanha: uma Agenda Transformadora, que assume dez eixos prioritários para a ação do Governo.
Essas prioridades passam pela política de rendimentos, a reforma do Estado, a criação de riqueza, a “imigração regulada”, serviços públicos de qualidade e com complementaridade com privados, segurança de proximidade, justiça mais rápida, respostas à crise de habitação, aposta em novas infraestruturas, implementação do projeto “Água que Une” e pelo plano de reforço estratégico do investimento em defesa.
Na entrega do programa, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, assumiu que, para lá de querer estabilidade, o documento é um programa para quatro anos que pretende “transformar o país”, comprometendo-se a dialogar “com todos os partidos”.
Após a apresentação inicial do primeiro-ministro, haverá hora e meia para as primeiras perguntas e respostas às dez forças políticas que se sentam no hemiciclo da XVII legislatura, começando pelo Chega – que se tornou o segundo maior partido parlamentar -, seguindo-se PSD, PS, IL, Livre, PCP, CDS-PP e os deputados únicos do BE, PAN e JPP, o único estreante.
Depois, seguem-se cerca de quatro horas e meia de debate do documento, prevendo-se intervenções de vários ministros ao longo da tarde parlamentar.
Na segunda-feira, dia 16 de junho, o Governo divulgou uma lista de 80 medidas da oposição que disse ter incluído no programa do executivo PSD/CDS-PP: 27 do Chega, 25 do PS, 16 da IL, seis do Livre, duas do PCP e do PAN e uma cada de BE e JPP.
Além do programa do Governo, a oposição deverá trazer ao debate as várias agressões recentes associadas a grupos de extrema-direita, depois de PCP e BE já terem pedido ao executivo que retifique a ausência destas ameaças na versão final do Relatório Nacional de Segurança Interna (RASI) de 2024.
Para quarta-feira de manhã, ficou reservado o período de encerramento, cerca de duas horas de intervenções dos partidos (desta vez por ordem crescente) e do Governo, seguindo-se a votação da moção de rejeição do PCP ao documento, que PS e Chega já disseram inviabilizar.
Só depois de apreciado o programa do Governo, e da sua não rejeição, é que o XXV Governo Constitucional, que tomou posse a 05 de junho, entrará em plenitude de funções.
Para hoje, está também prevista uma nova tentativa de eleição dos nomes propostos pelo Chega para vice-presidente e vice-secretário para a mesa da Assembleia da República, depois de Diogo Pacheco de Amorim e Filipe Melo não terem obtido, por poucos votos, a necessária maioria absoluta no primeiro dia da legislatura, em 03 de junho.
Ensino: Inicia a época de exames com a prova de Português do 12.º ano
A 17 de junho, começa a época de exames nacionais para os mais de 160 mil alunos, do 11.º e 12.º anos, inscritos para realizarem as provas que permitem concluir o ensino secundário e concorrer ao superior.
Escolas de todo o país estão preparadas para receber os 81.005 alunos do 12.º ano inscritos para o exame de Português, que começa hoje às 09:30 e marca o arranque da 1.º fase das provas finais nacionais do secundário de 2025.
Este é um dos anos com mais inscritos na 1.º fase dos exames nacionais: São 160.680 alunos, mas apenas 55% dizem ser candidatos ao ensino superior.
Independente de quererem ou não prosseguir os estudos, o exame de Português do 12.º ano voltou a ser obrigatório para a conclusão do secundário, depois de um interregno provocado pela pandemia de covid-19.
Já às 14:00, será a vez de os estudantes do 11.º ano que se inscreveram realizarem os exames de Espanhol, Alemão, Italiano e Mandarim.
Até ao final do mês, os alunos deverão fazer mais de 341 mil provas do 11.º e 12.º anos, segundo dados do Júri Nacional de Exames.
Biologia e Geologia é a segunda disciplina com mais inscritos: na sexta-feira, 20 de junho, são esperados quase 42 mil alunos para esta prova do 11º ano.
Na semana seguinte, destacam-se os exames de Física e Química (39.507 inscritos para a prova que se realiza a 26 de junho) e Matemática (38.733 inscritos), que se realiza a 30 de junho e marca o fim desta 1.º fase de exames.
Os dados divulgados na semana passada pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação mostram que o principal motivo que levou os alunos a inscreverem-se para os exames foi ter de realizar “pelo menos um exame para aprovação” da disciplina (79%).
Os resultados da 1.º fase dos exames nacionais serão conhecidos a 15 de Julho, seguindo-se a 2.º fase, entre os dias 18 e 24 de julho.
A 2.ª fase dos exames destina-se aos alunos que não obtiveram aprovação na 1.ª fase, que querem tentar melhorar a nota ou que pretendam melhorar a classificação final em alguma disciplina.
Os alunos têm depois uma semana para se candidatar à 1.º fase do ensino superior – de 21 a 28 de julho – e os resultados são conhecidos quase um mês depois, a 24 de agosto.
As informações sobre o calendário do concurso nacional de acesso ao ensino superior estão disponíveis no ‘site’ da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).
Apesar de todas os exames nacionais do ensino secundário começarem às 09:30 ou às 14:00, os serviços do ministério recomendam que os alunos estejam nas escolas, pelo menos, meia hora antes da prova.
Os alunos têm de ter o cartão de cidadão ou outro documento de identificação. O uso de telemóveis ou computadores ou relógios com sistema de comunicação remoto são proibidos.
A maioria dos exames tem a duração de 120 minutos, à exceção dos de Matemática, Geometria Descritiva e Desenho, que duram mais 30 minutos (150 minutos).
Miranda do Douro: Jogos Tradicionais proporcionaram a atividade física e o convívio
No Domingo, dia 15 de junho, o jardim dos Frades Trinos, em Miranda do Douro foi o recinto do IV Campeonato Intermunicipal de Jogos Tradicionais, uma iniciativa da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) que proporcionou, simultaneamente, a prática de jogos lúdicos e o convívio de meio milhar de participantes, vindos de nove concelhos do distrito de Bragança.
O jogo da tração à corda é um dos mais entusiasmantes.
O campeonato de jogos tradicionais, em Miranda do Douro, começou na manhã de Domingo, com os jogos de apuramento e as meias-finais do fito, raiola, malha, tração à corda, corrida de sacos, jogo do burro, fito adaptado e tração à corda adaptado, relha e dança das cadeiras.
No acolhimento ao meio milhar de participantes no IV Campeonato Intermunicipal de Jogos Tradicionais, o vereador do município de Miranda do Douro, Vitor Bernardo, expressou grande satisfação pela realização do evento na cidade, o que a par da preservação e divulgação dos jogos, promove turisticamente os concelhos transmontanos.
“Ontem acompanhei os pauliteiros de Miranda a Oslo, na Noruega, numa ação promocional no estrangeiro. E hoje, juntamente com a presidente e o vice-presidente do município, Helena Barril e Nuno Rodrigues, recebemos a visita de gente de todo o distrito de Bragança. No nosso entendimento, também é importante promover o turismo interno e reforçar os laços de amizade e colaboração entre os vários municípios da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM)”, disse.
Sobre o trabalho da CIM-TTM, Vitor Bernardo sublinhou que a região transmontana que sofre com a baixa densidade populacional, é “fundamental trabalhar com os outros municípios, pois é a união que faz a força”.
Em representação da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), o secretário, Rui Caseiro, confirmou a participação em Miranda do Douro, de 500 participantes vindos dos concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.
“O Campeonato de Jogos Tradicionais tem vindo a registar uma crescente adesão das pessoas adultas, jovens, crianças e pessoas portadoras de deficiência, oriundas dos nove concelhos que compõem a CIM-TTM. Com este evento anual pretende-se salvaguardar e transmitir este legado cultural e lúdico às novas gerações. Recordo que antigamente, o fito, a raiola e outros jogos eram um modo de ocupação dos tempos livres, de socialização e de convívio nas populações”, indicou.
O engenheiro, Rui Caseiro, acrescentou, com agrado, que atualmente há localidades que estão a introduzir os jogos tradicionais no programa das festas populares locais.
“Estes jogos lúdicos são muito úteis para promover o convívio entre as pessoas e em particular as diferentes gerações. Oxalá, consigamos despertar o interesse das crianças e jovens para preservar este tesouro que são os jogos tradicionais”, indicou.
A corrida de sacos é um dos preferidos das crianças e jovens.
Do município de Vimioso, a vice-presidente, Carina Lopes veio acompanhada de 36 jogadores, entre adultos e crianças, que participaram nas modalidades de fito, relha, raiola, tração à corda e corrida de sacos.
“Apesar do concelho de Vimioso sofrer com o despovoamento, todos os anos conseguimos reunir um grupo significativo de pessoas que gostam de participar no Campeonato Intermunicipal de Jogos Tradicionais. Isso mostra que os vimiosenses apreciam muito estes jogos lúdicos, assim como o convívio que proporcionam”, disse a autarca.
A propósto da introdução dos jogos tradicionais nas festividades locais, Carina Lopes, informou que no concelho de Vimioso esta componente lúdica já faz parte do programa da Festa em honra de Santo Antão (Vimioso) e da Feira do Azeite e da Oliveira Santulhana (Santulhão).
“Vamos propor ao Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) a introdução dos jogos tradicionais no plano anual de atividades, para que os alunos possam conhecer e praticar alguns destes jogos”, avançou.
Do concelho de Miranda do Douro, um grupo de Palaçoulo também participou no IV Campeonato de Jogos Tradicionais. O presidente da Freguesia, Gualdino Raimundo, indicou que os “caramonicos” competiram nas modalidades da raiola, corrida de sacos e na relha.
“Dou os parabéns à CIM-TTM e aos municípios envolvidos na preservação e promoção destes jogos tradicionais. Reconheço que ainda temos que fazer um esforço para incentivar mais os jovens à prática dos jogos tradicionais, dado que atualmente preferem os jogos digitais e as redes sociais, o que acaba por isolá-los”, disse.
De Mirandela, vieram 20 pessoas para jogar à raiola, fito, malha, em Miranda do Douro. A senhora Armanda Fontoura, veio jogar à raiola e contou que foi desafiada pelo professor de ginástica sénior, Mauro Catarino, a participar no IV Campeonato de Jogos Tradicionais.
“Foi a primeira vez que participei nos jogos tradicionais intermunicipais e gostei muito da experiência e do convívio! Quero felicitar Miranda do Douro pelo acolhimento!”, disse a mirandelense.
Entre o grupo de Mirandela, houve pessoas que visitaram pela primeira vez a cidade de Miranda do Douro, que qualificaram como “muito bonita”.
Nos participantes mais novos, Tiago e Gaspar vieram de Mogadouro para participar no jogo do burro. Os dois jovens mogadourenses expressaram um grande entusiasmo pela oportunidade em participar e muito interesse pela variedade de jogos.
“O jogo que mais gostamos é a tração à corda!”, disseram.
De visita a Miranda do Douro, a família de José Manuel, vinda de Valladolid (Espanha) foi surpreendida com a realização do campeonato de jogos tradicionais, na zona histórica da cidade. A família espanhola estava radiante e curiosa por ver alguns dos jogos tradicionais praticados em Portugal.
“Há jogos que têm alguma semelhança com os que praticamos em Espanha, recordo, por exemplo, o jogo do lenço. Afortunadamente, a minha família tem a oportunidade de viver numa zona rural, o que nos permite sair de casa, desligarmo-nos da televisão e dos jogos eletrónicos, passear na natureza e conhecer algumas tradições”, disse o visitante espanhol.
O jogo da malha.
Após o almoço no pavilhão multiusos, durante a tarde de Domingo, realizaram-se as finais para apurar os vencedores em cada modalidade. Ao final da tarde realizou-se entrega de prémios, numa cerimónia que contou com a participação da presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril.
Em 2026, o V Campeonato Intermunicipal de Jogos Tradicionais, vai realizar-se em Alfândega da Fé.
Fonte de Aldeia: Santíssima Trindade reuniu as várias comunidades
No Domingo, dia 15 de junho, a festa da Santíssima Trindade, em Fonte Aldeia, voltou a reunir as populações das localidades circunvizinhas, para a celebração da missa solene e uma tarde de convívio cujo destaque foram as tradicionais rondas à volta da capela.
As “rondas” à volta da capela da Santíssima Trindade, protagonizadas pelos grupos das várias localidades são um dos momentos mais aguardados da festa.
Em Fonte de Aldeia, no concelho de Miranda do Douro, o momento alto da festividade começou com a procissão animada pela banda filarmónica mirandesa, da igreja matriz em direção ao monte, onde está edificada a capela da Santíssima Trindade. Aí, as várias comunidades da unidade pastoral (Águas Vivas, Palaçoulo, Sendim, Atenor, Teixeira, Prado Gatão, Picote e Vila Chá de Braciosa) juntaram-se para celebrar a missa solene, presidida pelo padre António Pires.
Na homilía da missa, o sacerdote, referiu que o mistério da Santíssima Trindade é o mistério de Deus. “O Deus de Jesus é uma família de Três Pessoas. Eles amam-se tanto que são Um só”, começou por dizer.
“É o Espírito Santo que nos introduz e dá a conhecer o mistério de Deus. É o Espírito Santo que nos leva ao coração de Deus. É o Espírito Santo que nos leva à vida de comunhão e amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, disse.
O responsável pela Unidade Pastoral da Santíssima Trindade afirmou que a comunhão e união trinitária é também o destino e horizonte da igreja.
“A igreja também é um mistério que nasce do Alto, nasce de Deus Pai, do Filho e do Espírito Santo. Em Cristo somos todos um”, afirmou.
Na festa da Santíssima Trindade deste ano, uma comunidade de 25 pessoas de Águas Vivas participaram com uma caminhada de seis quilómetros, organizada pela Associação Cultural e Recreativa de Águas Vivas (ACRAV). A presidente da associação, Jéssica Gonçalves, indicou que foi a primeira vez que realizaram a peregrinação até à Trindade.
“Em Águas Vivas, reunimo-nos no salão de festas ao começo da manhã de Domingo, tomamos um café, para depois iniciarmos a caminhada em direção a Fonte de Aldeia. A meio do percurso de seis quilómetros, fizemos uma pausa para descansar e merendar na Rebolheira. No final da caminhada e chegados ao cabeço da Trindade, almoçamos umas deliciosas bifanas! De seguida participamos na missa e no final da celebração regressamos a Águas Vivas novamente a pé”, contou.
Um dos caminhantes de Águas Vivas, José Francisco, justificou a participação na peregrinação até à Trindade pelo crescente interesse da população em realizar caminhadas mensais, com o propósito de incutir hábitos de vida saudáveis.
“Aquando da festa da Santíssima Trindade seria bom que todas as comunidades da Unidade Pastoral organizassem uma peregrinação, desde as suas localidades até ao cabeço da Trindade, em Fonte Aldeia”, sugeriu.
Após a celebração religiosa, as pessoas das várias localidades juntaram-se para cumprir a tradição de realizar as “rondas” à volta da capela da Santíssima Trindade. Os vários grupos constituídos por dezenas de pessoas e animados pela música “rondaram” empunhando ramos de árvores. Diz-se que este ritual é uma demonstração da união e de força das várias comunidades.
A vila de Sendim voltou a participar na festa em Fonte de Aldeia, com uma grande afluência de pessoas e o presidente de União de Freguesias, Luís Santiago, explicou que a população sendinesa tem uma grande afeição por esta festividade.
“A festa em honra da Santíssima Trindade, em Fonte de Aldeia, tem a mais valia de juntar as populações das localidades circunvizinhas. Antigamente existia uma grande rivalidade entre estas localidades, mas hoje em dia é sobretudo um dia de encontro e de convívio entre as várias populações. Da vila de Sendim vem sempre muita gente. A juventude participa ativamente na festa, com a Mocidade de Sendim, um grupo de seis mordomos que tem a responsabilidade de fazer o peditório, organizar o bar e preparar a merenda para o final da festa”, explicou.
Como é habitual, a população da vila de Sendim participou ativamente na Festa em honra da Santíssima Trindade.
De Vila Chã de Braciosa, Glória Fidalgo, indicou que há 20 anos que não participava na festa em honra da Santíssima Trindade, em Fonte de Aldeia. Este ano, regressou para acompanhar a filha, Maria, que veio tocar na Banda Filarmónica Mirandesa.
“Costumava vir à festa com a minha avó, que nasceu no dia da Santíssima Trindade e por isso chamava-se Aurora da Trindade. Com o passar dos anos e o despovoamento verifico que há menos gente na festa. Uma das singularidades desta festividade eram (e continuam a ser!) as rondas à volta da capela, protagonizadas pelos grupos das aldeias, que empunhavam paus e garrotes para demonstrar a sua força. Conta-se também que antigamente, a festa da Trindade era uma oportunidade para ajustar divergências e recorria-se mesmo à violência física de tal modo que para manter a ordem pública, vinha a GNR a cavalo de Bragança”, contou.
Em Fonte de Aldeia, a festa em honra da Santíssima Trindade prosseguiu com a procissão de regresso à igreja matriz e as atuações musicais de Abílio Topa e Filha e do grupo Rumo Nordeste.
A 16 de junho inicia-se a época balnear em 127 praias do Norte de Portugal, sendo que 84 destas praias têm bandeira azul: 75 em zonas costeiras e nove praias fluviais, menos seis do que em 2024.
As praias de Árvore (Vila do Conde), da Frente Azul, Seca e Silvalde (Espinho), Vila Praia de Âncora (Caminha) e a praia fluvial de Merelim São Paio (Braga) foram as que deixaram de ter bandeira azul em 2025, de acordo com a Associação Bandeira Azul de Ambiente e Educação (ABAAE).
Já a praia de Cavadinho (fluvial), em Braga, entrou na lista de bandeiras azuis, “um símbolo de qualidade ambiental atribuído anualmente a praias fluviais e costeiras que se candidatem ao galardão e que cumpram um conjunto de critérios”, descreve a ABAAE.
Na página da Internet da ABAAE, indica-se a saída da marina de Vila Nova de Gaia da lista de bandeiras azuis.
Quanto às praias com bandeira azul em 2025, são 404 a nível nacional e a Norte, abrangem 15 concelhos: Caminha, Viana do Castelo, Braga, Vila Verde, Esposende, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Fafe, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia e Espinho.
Com mais praias galardoadas (19) está Vila Nova de Gaia, seguida de Matosinhos (17), Viana do Castelo (11), Póvoa de Varzim (8) e Vila do Conde (5).
Das 673 águas balneares identificadas no país, 127 dizem respeito ao Norte do país, de acordo com a portaria publicada no Diário da República de 30 de abril.
Este documento define todos os anos a duração da época balnear que, este ano, a Norte, é de 14 de junho a 14 de setembro.
Entre as nove águas balneares criadas este ano em Portugal estão, a Norte, as de Rodanho e Foz do Lima, em Viana do Castelo, revelou o Ministério do Ambiente e Energia a 31 de maio.
Este ano, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) quis “tornar ainda mais acessível a informação sobre a água” em infoagua.apambiente.pt
Incêndios: GNR inicia fiscalização à limpeza de terrenos
Os militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) iniciam esta segunda-feira, dia 16 de junho, a fiscalização à limpeza de terrenos florestais e agrícolas, uma ação necessária para prevenir incêndios rurais, após ter sinalizado até ao final de abril, 10.417 terrenos com falta de limpeza e gestão de combustível.
Segundo fonte da Guarda Nacional Republicana, o dispositivo da força de segurança, incluindo o Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (Sepna), está preparado, “a partir de segunda-feira”, para fiscalizar a gestão de combustível em redor de edificações e infraestruturas, podendo aplicar coimas aos proprietários que não limparam os seus terrenos.
No entanto, a mesma fonte explicou que as autoridades vão ter “algum bom senso” na aplicação das coimas, pois “existe muita dificuldade em termos de mercado de trabalho e maquinaria”, apesar de notar que, além dos proprietários, também é preciso ver o ponto de vista do “vizinho que cumpriu e tem legitimidade para exigir que o terreno do lado esteja limpo”.
No entanto, embora o prazo para a limpeza de terrenos seja legalmente até 30 de abril, o Governo prolongou até 31 de maio, devido às condições atmosféricas, e posteriormente por mais 15 dias, até 15 de junho, como pediram as associações do setor.
“Os trabalhos de gestão de combustível na rede secundária de faixas de gestão de combustível podem decorrer até 15 de junho de 2025”, lê-se num despacho conjunto dos secretários de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, e das Florestas, Rui Ladeira, publicado no Diário da República.
No âmbito da Campanha Floresta Segura 2025, destinada à prevenção de incêndios florestais, a GNR sinalizou, entre 16 de fevereiro e 30 de abril, “10.417 terrenos que poderão vir a estar em infração por falta de gestão de combustível”, indicou a divisão de comunicação da força de segurança.
A gestão de combustíveis visa reduzir material vegetal e lenhoso de modo a dificultar a propagação e intensidade do fogo, à volta das habitações e aglomerados populacionais em espaço rural, com a maioria das sinalizações nos distritos de Leiria (2.606), Bragança (1.162), Santarém (941), Coimbra (818) e Viseu (798).
Os 10.417 terrenos sinalizados este ano superaram os 10.256 registados até 31 de maio no ano passado, mas estão abaixo dos 14.319 em 2023, 10.989 em 2022, 14.545 em 2021, 24.227 em 2020 e 31.582 em 2019.
Para Ricardo Vaz Alves, diretor do Sepna da GNR, o “número de sinalizações está em linha com aquilo que sucedeu no ano passado” e, face às 14.000 sinalizações de anos anteriores, acredita que existe “uma evolução em termos de consciencialização da sociedade para a gestão de combustível”.
“Há aqui todo um trabalho feito de sensibilização e isso tem os seus frutos em termos de gestão de combustível efetuado”, considerou o oficial, em declarações.
O diretor do Sepna assegurou que o objetivo da GNR “é sempre sensibilizar e procurar corrigir as situações potencialmente em infração” e, só em último caso, será “levantado o auto de contraordenação por ausência de gestão de combustível”, após “sinalizar, falar com os proprietários, falar com os vizinhos inclusivamente”, para que a “mensagem passe e que possa ser feita a correção das situações”.
Desde o arranque da Campanha Floresta Segura, até 18 de maio, a GNR registou, segundo dados provisórios, 36 autos de contraordenação por queimadas ilegais e 100 autos por realização de queimas de amontoados e de fogueiras.
A gestão de faixas de combustível visa prevenir fogos rurais, mas a Federação Nacional de Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) pediu ao Governo o prolongamento de “mês e meio” no prazo, devido às condições meteorológicas.
Perante as dificuldades na contratação de empresas para a limpeza, nomeadamente por escassez de mão-de-obra e limitação de equipamentos, a FNAPF e a ANEFA – Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente consideraram insuficiente o prazo para a realização da maior parte dos trabalhos e pediram mais tempo, antes que as autoridades iniciem a fiscalização dos incumprimentos e aplicação de contraordenações.
As infrações à gestão de combustível constituem contraordenações puníveis com coima, de 140 a 5.000 euros para pessoa singular, e de 1.500 a 60.000 euros, no caso de pessoas coletivas.
A partir de 16 de junho, o território nacional vai ser afetado por temperaturas que podem ultrapassar os 40 graus, em algumas regiões, com a Direção-Geral da Saúde a emitir recomendações à população.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou uma grande parte do país, sob aviso amarelo, devido à “persistência de valores elevados da temperatura máxima”, alargando-o ao território nacional continental.
Esta segunda-feira, dia 16 de junho vão estar sob aviso amarelo os distritos de Bragança, Viseu, Évora, Guarda, Faro, Vila Real, Setúbal, Santarém, Lisboa, Beja, Castelo Branco e Portalegre. Em Beja, as temperaturas chegam aos 40 graus.
Na terça-feira, juntam-se a estes distritos Porto, Viana do Castelo, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga. Neste dia, a temperatura máxima, em Santarém, vai ser de 43 graus.
As mínimas vão rondar os 20 graus na maioria do território.
Numa nota, a Direção-Geral da Saúde (DGS) deu conta da situação e deixou várias recomendações para lidar com o calor, aconselhando a “beber água, mesmo quando não tem sede, evitando o consumo de bebidas alcoólicas” e a tentar permanecer “em ambientes frescos ou climatizados, com sombras e circulação de ar, pelo menos duas a três horas por dia”.
A DGS apelou ainda para que seja evitada “a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas” e que seja usado protetor solar com fator igual ou superior a 30 e renovada a aplicação de duas em duas horas e após banhos na praia ou piscina.
De acordo com a DGS, devem ser utilizadas “roupas de cor clara, leves e largas, que cubram a maior parte do corpo, chapéu e óculos de sol com proteção ultravioleta” e evitadas “atividades no exterior que exijam grandes esforços físicos”, como desportivas e de lazer.
A DGS disse ainda que deviam ser escolhidas “as horas de menor calor para viajar de carro” e evitar permanecer em viaturas estacionadas e expostas ao sol.
Por outro lado, indicou, deve ser dada “atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, tais como crianças, pessoas idosas, doentes crónicos, grávidas, trabalhadores com atividade no exterior” e ser assegurado que “as crianças bebem água frequentemente e permanecem em ambientes frescos e arejados”.
Segundo a DGS, “as crianças com menos de 6 meses não devem estar sujeitas a exposição solar, direta ou indireta”.
A entidade pediu ainda que se contactem e acompanhem “os idosos e outras pessoas que vivam isoladas, assegurando a sua correta hidratação e permanência em ambientes frescos e arejados” e apelou para que a população se mantenha informada “relativamente às condições climatéricas, para poder adotar os cuidados necessários”.
“Em caso de emergência, e se apresentar sinais de alerta (tais como suores intensos, febre, vómitos/náuseas ou pulsação acelerada/fraca), contactar o SNS 24 através do número 808 24 24 24, ou ligar para número europeu de emergência 112”, rematou.