Pecuária: Agricultores podem receber até 50 mil euros para construir vedações

Pecuária: Agricultores podem receber até 50 mil euros para construir vedações

A Corane – Associação de Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina abriu candidaturas ao apoio de até 50 mil euros, para pequenos investimentos em explorações agrícolas nos concelhos de Vinhais, Bragança, Vimioso e Miranda-do-Douro, como sejam a construção de vedações nas explorações pecuárias para evitar os ataques de lobos.

A sessão de informação aos agricultores decorreu no dia 28 de outubro, na freguesia de Sendim, onde o técnico da Corane, Francisco Torrão, explicou que esta medida visa a melhoria da capacidade produtiva, da viabilidade económica, promovendo práticas sustentáveis e o uso de tecnologias adequadas à escala local.

“Cada projeto pode receber até 50 mil euros para investimentos como a construção e melhoramento de infraestruturas, a aquisição de máquinas e equipamentos, a implementação de soluções digitais e energias renováveis, plantações e outros investimentos diretamente ligados à atividade agropecuária”, especificou.

Segundo o regulamento, num investimento entre 2 mil e 50 mil euros, a taxa de apoio é de 55% e são elegíveis as pessoas singulares ou coletivas que exerçam a atividade agrícola, na área geográfica dos concelhos da raia nordestina: Vinhais, Bragança, Vimioso e Miranda do Douro.

Cada beneficiário só pode apresentar uma candidatura à medida “Pequenos Investimentos na Exploração Agrícola” e não são admitidas candidaturas com outros investimentos aprovados, provenientes do Fundo Europeu Agrícola para o Desenvolvimento Rural (FEADER) e outros fundos europeus.

De acordo com o regulamento, na atividade agrícola são valorizadas a viticultura, a cultura de frutos de casca rija, olivicultura, fruticultura, criação de ovinos, caprinos, suínos, aves (avicultura), abelhas (apicultura) e coelhos (cunicultura) e a produção agrícola.

A engenheira zootécnica, Andrea Cortinhas, da Associação de Criadores de Ovinos Mirandeses (ACOM) explicou que a medida “Pequenos Investimentos na Exploração Agrícola” contempla a construção de cercas e vedações.

“Neste momento de grande preocupação no planalto mirandês, por causa dos sucessivos ataques de lobos aos rebanhos de ovinos, esta medida é bem-vinda. Os criadores de animais que pretendam construir cercas e vedações nas suas explorações pecuárias podem beneficiar do apoio financeiro desta medida”, indicou.

Na construção das vedações, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) recomenda:

  • a altura mínima seja de 1,8 a 2 metros, incluindo remate em pescoço de cavalo;
  • postes de estrutura rígida para suporte da vedação, colocados a uma distância máxima de 5 metros entre si;
  • painéis da vedação enterrados a uma profundidade mínima de 30 cm ou cravados no solo com rebordo mínimo de 50 cm junto ao solo para o exterior;
  • espaçamento não superior a 15 cm entre os elementos da malha da vedação, pelo menos num dos sentidos (horizontal ou vertical).

Na avaliação das candidaturas são valorizados os investimentos em tecnologias para uso eficiente da água, em equipamento de produção, utilização de energias renováveis e na implementação do modo de produção biológico.

O orçamento disponível para apoiar os agricultores é de 870 326,81 euros.

O prazo para submeter as candidaturas decorre até às 17h00, do dia 21 de novembro de 2025. Os agricultores interessados podem consultar o Aviso de Abertura e a legislação nos sites www.pepacc.pt e CORANE.

Os resultados da avaliação das candidaturas submetidas é disponibilizado no portal do PEPAC e no site da Corane – Associação para o Desenvolvimento dos Concelhos da Raia Nordestina, em www.corane.pt.

Para esclarecimentos ou apoio na candidatura, os serviços da ACOM estão disponíveis na Posto Zootécnico de Malhadas, Miranda do Douro, Portugal, 5210-150 | telefone 273 417 066 | geral@ovinosmirandeses.pt

HA | Foto: ACOM

Política: Eleições presidenciais a 18 de janeiro

Política: Eleições presidenciais a 18 de janeiro

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, agendou as eleições presidenciais para Domingo, 18 de janeiro de 2026, nos termos previstos na Constituição e na Lei Eleitoral, o qual segue agora para publicação no Diário da República.

“Nos termos previstos na Constituição e na Lei Eleitoral, o Presidente da República assinou o Decreto que fixa as eleições presidenciais para Domingo, 18 de janeiro de 2026, o qual seguiu para publicação no Diário da República”, lê-se numa nota publicada no portal da Presidência da República na Internet.

O chefe de Estado tinha confirmado a meio de setembro estar inclinado a marcar as eleições presidenciais para esta data, referindo querer evitar que o prazo limite para entrega de candidaturas coincidisse com o Natal e que uma eventual segunda volta calhasse no domingo de Carnaval.

Com as presidenciais marcadas para 18 de janeiro, uma eventual segunda volta, que por lei acontece três semanas depois, deve realizar-se a 8 de fevereiro.

A Lei Eleitoral do Presidente da República estabelece que o chefe de Estado “marca a data do primeiro sufrágio para a eleição para a Presidência da República, com a antecedência mínima de 60 dias”.

Um eventual segundo sufrágio, se nenhum dos candidatos obtiver “mais de metade dos votos validamente expressos, não se considerando como tal os votos em branco”, acontecerá “no vigésimo primeiro dia posterior ao primeiro” entre os dois candidatos mais votados.

As candidaturas à Presidência da República podem ser apresentadas até “trinta dias antes da data prevista para a eleição”, por “cidadãos eleitores portugueses de origem, maiores de 35 anos”, propostas por “um mínimo de 7.500 e um máximo de 15 mil cidadãos eleitores”.

A lei impõe que tanto o primeiro como o eventual segundo sufrágio se realizem “nos 60 dias anteriores ao termo do mandato do Presidente da República cessante”, período que começará em 8 de janeiro de 2026, sendo a data de fim do mandato 9 de março.

Em Portugal, no sistema democrático, todas as anteriores eleições presidenciais realizaram-se no mês de janeiro, com exceção dos dois primeiros actos eleitorais, após o 25 de Abril de 1974. Assim, as primeiras eleições presidenciais realizaram-se a 27 de junho de 1976. Já o segundo ato eleitoral para a presidência da República Portuguesa ocorreu a 7 de dezembro de 1980. 

Em 1986, o sufrágio para eleger o Presidente da República aconteceu a 26 de janeiro de 1986, tendo sido até hoje, o único com uma segunda volta, que aconteceu em 16 de fevereiro de 1986.

As seguintes eleições presidenciais realizaram-se a 13 de janeiro de 1991; 14 de janeiro de 1996; 14 de janeiro de 2001; 22 de janeiro de 2006; 23 de janeiro de 2011; 24 de janeiro de 2016; e 24 de janeiro de 2021.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Requalificação do Bairro da Terronha

Miranda do Douro: Requalificação do Bairro da Terronha

O município de Miranda do Douro iniciou a segunda fase das obras de requalificação da Terronha, um investimento de 400 mil euros que visa transformar e valorizar esta zona da cidade, avançou a presidente da Câmara Municipal, Helena Barril.

“A intervenção tem um custo de 400 mil euros e visa a requalificação e ampliação do parque de estacionamento da Rua da Canteira e o melhoramento dos espaços e vias envolventes”, explicou a autarca, Helena Barril.

Segundo o município de Miranda do Douro, o concurso foi lançado duas vezes, dado que todos os concorrentes apresentaram propostas acima do preço base.

“No início de 2025, foi lançado um novo procedimento concursal com a revisão do custo da obra”, indica a autarquia.

Uma das intervenções é a substituição do telhado do parque estacionamento, no Bairro da Terronha, em Miranda do Douro.

Fonte: Lusa | Foto: MMD

Palancar: Lobos voltam a matar sete ovelhas e dois cordeiros

Palancar: Lobos voltam a matar sete ovelhas e dois cordeiros

No Domingo, dia 26 de outubro, um ataque de lobos na aldeia do Palancar, no concelho de Miranda do Douro, causou a morte a cinco ovelhas e dois cordeiros, informou um familiar do pastor proprietário dos animais.

“O ataque aconteceu ao final do dia de Domingo, 26 de outubro, quando o meu tio andava a pastorear os animais e algumas ovelhas terão ficado para trás e ele não se apercebeu pelo que o lobo, ou lobos, desviou as ovelhas e os cordeiros “, explicou Mário Torrado.

De acordo com esta fonte, “os pastores no Planalto Mirandês andam revoltados porque garantem que andam trabalhar para alimentar os lobos”.

“Por aqui há um sentimento de revolta, porque as pessoas andam a trabalhar para tentar tirar algum rendimento e ficam sem os seus bens e ficam com a ideia que andam a trabalhar para o lobo, o que gera medo e revolta ”, justificou Mário Torrado.

De acordo com Mário Torrado, os técnicos do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) tomaram conta da ocorrência.

Em cerca de um mês e meio, este é o quinto ataque de lobos registado no concelho de Miranda do Douro, que foi relatado ao ICNF.

Em 19 de setembro, o ICNF indicou que desde 2024, foram registados 32 ataques de lobos, na região do planalto mirandês, um número que agora é mais dilatado.

Só no concelho de Miranda do Douro, num mês, foram registados quatro ataques de lobos nas localidades de Malhadas, Fonte Ladrão, Genísio, Águas Vivas a agora no Palancar que resultaram na morte de algumas dezenas de animais e ferimentos graves noutras dezenas.

Também no concelho de Mogadouro e Vimioso há relatos de ataques de lobos, em 2024 e 2025.

As proximidades dos ataques dos lobos às aldeias também estão a sobressaltar os produtores de ovinos e caprinos deste território transmontano que aconteceu muito próximo das aldeias.

Um grupo de pastores do Planalto Mirandês queixam-se que os ataques de lobos ocorridos desde o início do ano são “uma calamidade“ e pedem a atuação do Governo para ajudar a solucionar este problema que causa “avultados prejuízos”.

Pastores dos concelhos de Miranda do Douro, Vimioso e Mogadouro afirmaram à agência Lusa que alguma coisa tem que ser feita, porque há “avultados prejuízos” nas explorações pecuárias, e desta forma não podem continuar a criar animais que contribuem para economia desta região, e pedem ajuda aos ministérios da Agricultura e Ambiente.

António Padrão disse que os pastores andam com “o credo na boca” porque os ataques de lobos os estão a deixar “assustados e desmotivados”, sendo necessário a intervenção do Governo, para ajudar a ajudar a resolver “esta calamidade”.

Os pastores já afirmaram que se nada for feito, partem para medidas de luta.

Segundo o ICNF, o lobo ibérico possui em Portugal o estatuto de espécie em perigo, que lhe confere o Estatuto de Espécie Protegida.

Em julho, foi apresentado o Programa Alcateia 2025-2035, de proteção do lobo ibérico, que tem para este ano um orçamento de 3,3 milhões de euros e contempla a revisão das indemnizações por ataques de lobos a gado, aproximando-as dos valores de mercado.

PREJUÍZOS ATRIBUÍDOS AO LOBO

Os prejuízos sobre efetivos pecuários atribuídos ao lobo são indemnizados pelo Estado Português desde a entrada em vigor da Lei n.º 90/88, de 13 de agosto - Lei de Proteção ao Lobo-ibérico.

Nesta revisão das normas aplicáveis alterou-se a abordagem que se faz ao direito à indemnização. Este modelo pretende potenciar a corresponsabilização dos proprietários de gado pela proteção do mesmo, sem pôr em causa a obrigação do Estado, de indemnizar, como compensação do risco que aqueles proprietários correm pela atividade que exercem, em áreas de presença de lobo. Institui-se um mecanismo de pagamento de indemnização que supõe o pagamento de um número limitado de prejuízos em cada ano civil, bem como uma redução do valor a pagar relativamente ao dano efetivo, à medida que aumenta o número de ocorrências.

É fixada a lista de animais passíveis de indemnização e clarificados os conceitos relativos aos requisitos de proteção a observar para que possa ser reconhecido o direito à indemnização, a título de exemplo a tipologia do cão de proteção de gado.

Outra alteração significativa prende-se com a transferência do pagamento das indemnizações do ICNF, para o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, de forma a aumentar a eficácia administrativa, proporcionado ainda uma maior acessibilidade no acompanhamento do processo por parte dos interessados.

Espera-se com este conjunto de medidas potenciar a coexistência da atividade pecuária com a presença de lobo.

De forma a melhor esclarecer sobre a implementação destas medidas, é disponibilizado um folheto informativo destinado aos criadores de gado em área de lobo.

Fonte: ICNF

Fonte: Lusa | Foto: AL

Avelanoso: X Feira da Castanha e Produtos da Terra no fim-de-semana de 1 e 2 de novembro

Avelanoso: X Feira da Castanha e Produtos da Terra no fim-de-semana de 1 e 2 de novembro

No fim-de-semana de 1 e 2 de novembro, a aldeia de Avelanoso, no concelho de Vimioso, organiza a já tradicional Feira da Castanha e Produtos da Terra, um evento que nesta X edição começa com a montaria ao javali, inclui um encontro de folclore, o II passeio pedestre, as chegas de touros e no encerramento o magusto comunitário.

Em Avelanoso, os soutos de castanheiros são uma cultura que contribui para a economia local, no entanto, este ano, por causa da seca prolongada nos meses de verão, a apanha da castanha está atrasada e prevê-se uma significativa redução na colheita e uma diminuição no calibre dos frutos.

Ainda assim, a freguesia de Avelanoso organiza nos dias 1 e 2 de novembro, a X edição da Feira da Castanha e Produtos da Terra, um certame tem como maior atrativo a exposição e comercialização de produtos locais, com destaque para a castanha, mas também outros produtos como a amêndoa, noz, avelã, marmelo, produtos hortícolas e a doçaria tradicional. A estes juntam-se produtos da região, como o fumeiro, pão, queijos, compotas, mel, produtos hortícolas, vinho, licores e o artesanato.

Dado que a feira coincide com o feriado religioso, do Dia de Todos os anos, no dia 1 de novembro, o programa inclui a celebração da missa dedicada aos fiéis defuntos e uma visita ao cemitério.

No sábado dia 1 de novembro, outros destaques da feira são a montaria ao javali, a atuação do Rancho Folclórico de Vimioso no lar de São Pedro e o encontro de folclore, que conta com a visita do rancho folclórico da Mirandanças, de Miranda do Douro.

Na aldeia de Avelanoso, no fim-de-semana há serviço permanente de restaurante, com almoços e jantares, para o público.

No Domingo, 2 de novembro, a jornada começa com o II Passeio pedestre “Rota da Castanha”, uma atividade que tem o duplo propósito de proporcionar a atividade física e dar a conhecer aos participantes o produto âncora de Avelanoso, a castanha, numa visita aos soutos de castanheiros existentes nesta localidade raiana.

A X edição da Feira da Castanha e Produtos da Terra tem como novidade a introdução de jogos tradicionais para crianças, como a corrida de sacos e a corrida do ovo na colher.

Ao longo do fim-de-semana, a animação musical do certame conta com a participação de grupos de gaiteiros e de bombos.

A tarde de Domingo, a X Feira da Castanha e Produtos da Terra, em Avelanoso, tem como atrações as danças dos pauliteiros mirandeses de Palaçoulo, as chegas de touros e o magusto de castanhas assadas, com vinho e jeropiga, que encerra o certame.

A Feira da Castanha e Produtos da Terra é um evento anual organizado pela freguesia de Avelanoso e que conta com o apoio do município de Vimioso.

HA



Ambiente: Ministra nega intenção de extinguir ICNF

Ambiente: Ministra nega intenção de extinguir ICNF

A ministra do Ambiente, Maria Graça Carvalho negou que o Governo esteja a prever “esquartejar competências” do Instituto da Conservação da Natureza (ICNF), depois de notícias apontarem a extinção do organismo e divisão das suas competências por outras entidades.

A declaração da ministra Maria da Graça Carvalho segue-se a diversas reações negativas depois de o jornal Expresso ter noticiado, em 14 de outubro, citando “várias fontes” não identificadas, que o Governo pretendia extinguir o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), tal como atualmente existe, e dividir as suas competências entre a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).

“Gostaria de vos dizer que, tanto do meu ponto de vista, como do ponto de vista do senhor ministro da Agricultura e Mar, que tem a primeira tutela do ICNF, […] uma autoridade nacional, seja ela da água, da biodiversidade ou das florestas, não é uma competência que possa ser desmantelada, dividida ou fracionada. Quem conhece o nosso pensamento, tanto o meu como o do senhor ministro, sabe que não seríamos favoráveis a uma divisão ou um esquartejar destas competências”, afirmou Maria da Graça Carvalho, durante uma intervenção na APA.

Segundo Graça Carvalho, as notícias “não foram desmentidas” só porque “estava dentro de um avião”, mas “não podem ser propagadas ‘ad eternum’ sem serem confirmadas com quem, de direito, pode ter uma palavra a dizer sobre o assunto”.

Depois da notícia do Expresso, várias associações ambientalistas, a Ordem dos Biólogos, uma carta aberta com centenas de especialistas, entre os quais Filipe Duarte Santos, Galopim de Carvalho, Viriato Soromenho Marques e o ex-ministro do Ambiente João Pedro Matos Fernandes, demonstraram preocupação face à possibilidade de extinção do ICNF e eventual integração na APA.

Segundo estes agentes e especialistas do setor do Ambiente, a fusão ou redistribuição das competências do ICNF seria um retrocesso com consequências significativas para o país.

Também o PAN e o Livre apresentaram requerimentos para a audição urgente da ministra no parlamento, para mais esclarecimentos sobre o assunto.

De acordo com a proposta de Orçamento do Estado para 2026, o ICNF receberá 44,7 milhões de euros para áreas protegidas, prevenção de incêndios ou alterações climáticas.

As verbas destinam-se ainda a projetos de ordenamento do território e adaptação às alterações climáticas, pagamentos a equipas de sapadores florestais, gabinetes técnicos florestais e “agrupamento de baldios”.

A dotação para 2026 é inferior à do orçamento em vigor (53,2 milhões de euros), que significou uma duplicação da verba de 2024.

Está também prevista a transferência do ICNF, enquanto autoridade florestal nacional, para as autarquias locais, ao abrigo dos contratos celebrados ou a celebrar no âmbito do Fundo Ambiental, mas sem indicação de dotação.

Na proposta admite-se ainda transferências do ICNF “para entidades, serviços e organismos competentes da área da defesa nacional, com vista a suportar os encargos com ações de vigilância e gestão de combustível em áreas florestais sob gestão do Estado”, ao abrigo de protocolo a celebrar no âmbito Fundo Ambiental.

Fonte: Lusa | Fotos: MAE e FMD


Obras públicas: Contratos com um valor total de 6.230 milhões de euros

Obras públicas: Contratos com um valor total de 6.230 milhões de euros

Até setembro, o montante total de contratos de empreitada de obras públicas, registados no Portal Base, atingiu 6.230 milhões de euros, um crescimento de 94% face ao mesmo período de 2024, impulsionado pela linha ferroviária de alta velocidade.

Segundo dados da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), no que diz respeito a contratos celebrados através de concursos públicos, o montante atingiu 5.345 milhões de euros, um crescimento de 109% face aos mesmos nove meses do ano anterior, impulsionado sobretudo pela celebração do contrato do troço Porto – Oiã (Oliveira do Bairro) da linha ferroviária de alta velocidade, no valor de 1.661 milhões de euros.

Já as empreitadas de obras públicas adjudicadas por ajuste direto/consulta prévia, também registaram um crescimento, embora mais moderado, de 8% em termos homólogos, totalizando 540 milhões de euros.

Na rubrica “outros contratos celebrados” verificou-se também um aumento expressivo de 122%, para um montante total de 345 milhões de euros.

Entre janeiro e setembro, foram promovidos 6.187 concursos de empreitadas de obras públicas, no valor global de 8.624 milhões de euros, o que representa aumentos de 66% em número e de 33% em montante, face a igual período de 2024.

Para a AICCOPN, isto reflete “uma forte aceleração na dinâmica do investimento público”.

Fonte: Lusa | Foto: HA

Igreja: Leão XIV sublinha «fome de verdade e de sentido» no mundo contemporâneo

Igreja: Leão XIV sublinha «fome de verdade e de sentido» no mundo contemporâneo

No Vaticano, o Papa Leão XIV presidiu à Missa com os estudantes das universidades pontifícias, abrindo assim o Jubileu do Mundo Educativo e indicou que o mundo contemporâneo tem “fome de verdade e de sentido”.

“Hoje, tornamo-nos especialistas em detalhes infinitesimais da realidade, mas somos incapazes de ter novamente uma visão de conjunto, uma visão que una as coisas através de um significado maior e mais profundo; a experiência cristã, pelo contrário, quer ensinar-nos a olhar para a vida e a realidade com um olhar unitário, capaz de abraçar tudo, rejeitando qualquer lógica parcial”, disse, na homilia que proferiu na Basílica de São Pedro.

“Alimentar a fome de verdade e de sentido é uma tarefa necessária, porque sem verdade e significados autênticos pode-se entrar no vazio e pode-se até morrer”, acrescentou.

O encontro jubilar decorre até 1 de novembro, reunindo em Roma mais de 20 mil participantes de 124 países, incluindo Portugal.

Perante docentes e alunos das universidades pontifícias, o Papa destacou que “a vida só é viva se estiver em caminho, só se souber dar passos”, sublinhando o simbolismo da passagem pela Porta Santa, típica do Jubileu, como expressão de um percurso de conversão.

“A Igreja precisa constantemente de converter-se, de seguir Jesus sem hesitações, de passar da escravidão à liberdade, da morte à vida”, afirmou.

Leão XIV alertou que, quando o ser humano é “incapaz de ver além de si mesmo, das suas ideias e convicções, permanece prisioneiro, escravo, incapaz de amadurecer o seu próprio julgamento”.

“Quem estuda eleva-se, alarga os seus horizontes e recupera um olhar que não se fixa apenas em baixo, mas é capaz de olhar para cima: para Deus, para os outros, para o mistério da vida”, observou.

O Papa advertiu contra a “atrofia espiritual” e o risco de uma especialização que perde a visão de conjunto, referindo a docentes e investigadores que a Igreja “precisa deste olhar unitário”.

O que acontece nas salas de aula da universidade e nos ambientes educativos de qualquer ordem e grau não deve permanecer um exercício intelectual abstrato, mas tornar-se realidade capaz de transformar a vida”.

Antes da Missa, acompanhado pelo cardeal português D. José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, Leão XIV assinou a carta apostólica ‘Desenhar novos mapas de esperança’, para assinalar o aniversário da declaração ‘Gravissimum Educationis’, do Concílio Vaticano II, que se assinala 28 de outubro.

“Este património não é imutável: é uma bússola que continua a indicar a direção. As expectativas, hoje, não são menores do que as muitas com que a Igreja teve de lidar há 60 anos. Pelo contrário, ampliaram-se e tornaram-se mais complexas”, escreve o pontífice, numa passagem divulgada  pelo Vaticano.

Ao longo Jubileu do Mundo Educativo, o Papa vai relançar o Pacto Educativo Global, com três novos eixos: o desenvolvimento da vida interior, a humanização do digital e a educação para a paz.

Esta quinta-feira, Leão XIV vai falar a mais de 6 mil estudantes em peregrinação, no Auditório Paulo VI (11h00 locais, menos uma em Lisboa); na sexta-feira, encontra-se no mesmo local com os educadores que participam no Jubileu (11h00), antes da passagem pela Porta Santa; a 1 de novembro (10h30), na Praça de São Pedro, Leão XIV vai celebrar a Missa conclusiva, para todo o mundo educativo, proclamando o santo cardeal John Henry Newman como “doutor da Igreja”.

Entre as iniciativas desta semana destaca-se o congresso internacional “Constelações Educativas: um pacto com o futuro”, no Auditório da Conciliação, e encontros com estudantes e educadores de todo o mundo.

O Vaticano salienta que a rede católica de ensino é “a maior estrutura educativa global”, presente em 171 países e responsável por mais de 231 mil instituições escolares e universitárias.

Fonte e fotos: Ecclesia

Sendim: Domingo com sol trouxe milhares de pessoas à feira dos Grazes

Sendim: Domingo com sol trouxe milhares de pessoas à feira dos Grazes

No fim-de-semana de 24, 25 e 26 de outubro, a feira anual dos Grazes, em Sendim, começou com chuva mas no Domingo, o dia de sol levou milhares de pessoas, entre eles muitos espanhóis, a visitar o certame, para comprar roupa e calçado para o outono/inverno, frutos como a castanha e as nozes, árvores para plantar ou flores e velas para o Dia de Todos os Santos.

A abertura da feira dos Grazes realizou-se no serão de sexta-feira, dia 24 de outubro e contou com a presença da equipa da União de Freguesias de Sendim e Atenor, liderada por Luís Santiago e do executivo municipal, presidido por Helena Barril. Nos discursos, os autarcas sublinharam a importância histórica, económica e cultural desta feira anual, na vila de Sendim.

O presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Luís Santiago, referiu que desde 2021 a freguesia está a introduzir inovações na feira dos Grazes, onde se destaca um espaço para exposição da maquinaria agrícola, assim como o artesanato e os produtos locais.

“Na vila de Sendim, a feira anual dos Grazes é um momento muito aguardado dada a grande afluência de feirantes e de público, ao longo do fim-de-semana do último Domingo do mês de outubro. Este certame é também uma oportunidade para dar a conhecer e promover a atividade agrícola, os nossos produtos e o artesanato. Para além das vendas e compras, a feira dos Grazes é também um momento de encontro, convívio e de festa”, disse o autarca de Sendim.

No sábado, dia 25 de outubro, a chuva foi uma constante ao longo de todo o dia, na vila de Sendim, o que retraiu muitas pessoas de sair de casa para ir à feira dos Grazes. No entanto, no Domingo, o dia de sol convidou milhares de pessoas a viajar até à capital das arribas do Douro, para fazer as habituais compras de outono/inverno.

Ao percorrer as ruas da vila de Sendim, ouvia-se frequentemente a língua castelhana, proveniente dos muitos espanhóis que vieram até Portugal, para fazer compras na feira. Entre os artigos e produtos adquiridos, “nuestros hermanos” comparam produtos hortícolas, fruta e peças de roupa para o tempo frio. Foi o caso de Alfonso Huerto, que viajou 30 quilómetros da localidade espanhola de Morales de Sayago até Sendim (Portugal).

“Todos os anos venho à feira dos Grazes, em Sendim, onde compro legumes e fruta. Na feira dos Grazes, aproveito também para comprar alguma roupa mais quente para o inverno”, disse.

Por sua vez, Maria Soleda veio da cidade de Zamora (Espanha), numa excursão de autocarro, com outras 50 pessoas.

“Viemos numa excursão até Portugal, com os propósitos de visitarmos a feira em Sendim, onde aproveitei para comprar casacos para o inverno e o saboroso café português. Felizmente, este Domingo não choveu, o que tornou o passeio pela feira dos Grazes mais agradável! À tarde, vamos almoçar e passear em Miranda do Douro, para depois regressar a Zamora”, disse.

Na manhã de Domingo, outro destaque na feira foi o passeio motard “Grazes em Movimento”, organizado pelo motoclube “Abutres do Douro” e que reuniu cerca de meia centena de motociclistas.

Entre o público português que visitou a feira dos Grazes, Pedro Lopes, veio de Peredo de Bemposta, no concelho vizinho de Mogadouro e recordou outros tempos em que este certame reunia multidões.

“Antigamente, quando a agricultura era a atividade predominante nesta região do planalto mirandês, a feira dos Grazes era o momento e o local para adquirir sementes para as sementeiras”, recordou.

De Algoso, Carlos Ferreira, foi um dos agricultores que viajou até Sendim, para ver os tratores expostos no recinto da feira e comprar oliveiras, amendoeiras, marmeleiros e cerejeiras para plantar.

“Todos os anos, venho à feira dos Grazes, em Sendim. Para além das compras, os Grazes são uma oportunidade de encontrar, conversar e conviver com outros agricultores da região”, disse.

O público que visitou a feira dos Grazes, em Sendim, teve a possibilidade de almoçar e jantar no restaurante da Comissão de Festas em honra de Santa Bárbara, instalado no pavilhão multiusos.

Natural de Sendim, José Cangueiro, mostrou-se muito agradado com o Domingo de sol, convidativo para ir passear na feira dos Grazes e comprar roupa quente para o inverno.

“Antigamente, em Sendim, a feira dos Grazes realizava-se no dia 31 de outubro. Depois, a freguesia de Sendim, optou por agendar a feira para o último Domingo de outubro, de modo a que no fim-de-semana mais pessoas possam visitar o certame”, explicou.

De visita à feira dos Grazes, o antigo presidente da Freguesia de Sendim, José Jantarada, explicou que o sucesso deste certame deve-se à localização geográfica da vila de Sendim, no concelho de Miranda do Douro e que tem vizinhança com os concelhos de Mogadouro, Vimioso e com Espanha.

“Os Grazes são uma feira nacional e internacional! Veja-se a quantidade de feirantes que vêm das regiões norte e centro de Portugal e do lado do público, a grande afluência de espanhóis, que todos os anos, vêm a Sendim, para fazer compras! O ideal seria que esta feira se realizasse duas e três vezes durante o ano, para atrair a vinda de gente e dinamizar a economia local”, sugeriu.

Nesta época do outono, alguns dos produtos mais procurados na Feira dos Grazes, em Sendim, foram os frutos secos como as castanhas, as amêndoas, as nozes e também os marmelos.

A feira, em Sendim, foi também uma oportunidade para o público comprar flores e velas, para as celebrações do Dia de Todos os Santos e dos Fiéis Defuntos, que se celebram no fim-de-semana de 1 e 2 de novembro.

Na tarde de Domingo, a feira dos Grazes culminou com o concerto do grupo Cláudia Martins & Minhotos Marotos, seguido do sorteio dos prémios da Comissão de Festas em Honra de Santa Bárbara.

HA

Meteorologia: Terça-feira regressa a chuva

Meteorologia: Terça-feira regressa a chuva

Todos os distritos de Portugal continental vão estar na terça-feira, dia 28 de outubro, sob aviso amarelo devido à previsão de chuva, por vezes forte e acompanhada de trovoada, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Os distritos de Faro, Évora, Setúbal e Beja estão sob aviso amarelo face à previsão de aguaceiros, por vezes fortes e acompanhados de trovoada entre as 12:00 e as 21:00 desta segunda-feira.

Na terça-feira, entre as 12:00 e as 21:00, os 18 distritos do continente vão estar sob aviso amarelo igualmente por causa da chuva, por vezes forte e acompanhada de trovoada.

.

Também por causa da chuva forte e persistente, e possibilidade de trovoada, a costa sul e as regiões montanhosas da ilha da Madeira vão estar até às 12:00 de hoje sob aviso amarelo.

O IPMA emitiu também aviso amarelo de vento forte com rajadas até 75 quilómetros por hora para a costa sul da Madeira e até 100 quilómetros por hora para as regiões montanhosas entre as 09:00 e as 18:00 de terça-feira.

Para o grupo central dos Açores (S. Jorge, Faial, Pico, Terceira e Graciosa), o IPMA emitiu aviso amarelo até às 09:00 de hoje também face às previsões de chuva por vezes forte e acompanhada de trovoada.

O grupo oriental (São Miguel e Santa Maria) está sob aviso amarelo por causa da chuva forte até às 00:00 de terça-feira.

O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

Fonte: Lusa | Imagem: IPMA