Naso: Festa do Nascimento da Virgem Santa Maria com milhares de pessoas

Naso: Festa do Nascimento da Virgem Santa Maria com milhares de pessoas

No dia 8 de setembro, Festa da Natividade da Virgem Santa Maria, o Santuário de Nossa Senhora do Naso, na Póvoa, voltou a acolher milhares de pessoas do planalto mirandês e da vizinha Espanha para participarem na celebração religiosa, o que confirmou a profunda devoção destas gentes à Mãe de Deus.

No santuário do Naso, a missa campal foi presidida pelo pároco, Manuel Marques e concelebrada pelos padres Tiago Alves e Rufino Xavier. Na homilia dedicada à Natividade da Virgem Santa Maria, o jovem sacerdote Tiago Alves, natural da Póvoa, afirmou que o nascimento de Maria tinha como desígnio ser a Arca da Nova Aliança, isto é, a Mãe do Filho Deus, Jesus Cristo, que quis encarnar para dar a conhecer Deus à humanidade.

“Agradeçamos a Deus Pai, pela mãe de Jesus, Maria, que com o seu ‘sim’, se tornou Mãe de todos os povos. Nossa Senhora, como Mãe, quer o nosso bem e por isso conduz-nos sempre a Jesus, Aquele que, não obstante as dificuldades da vida, enche a nossa peregrinação de sentido e alegria plena”, exortou o sacerdote.

A celebração religiosa concluiu-se com a tradicional procissão das imagens de Nossa Senhora do Naso e da Imaculada Conceição, acompanhadas por milhares de fiéis e pela música da Banda Filarmónica Mirandesa.

No Santuário do Naso, a festa prosseguiu durante a tarde, com a feira franca, as merendas familiares no recinto e os concertos musicais dos grupos Mega W e Costa Verde.

No final das festividades, Aquilino Ginjo, da Comissão de Festas, numa autoavaliação ao trabalho realizado pela equipa de mordomos, no triénio 2023-2025, indicou que procuraram devolver o protagonismo regional e internacional, à romaria em honra de Nossa Senhora do Naso.

“Todas as mordomias procuram dar o seu melhor para que a festa em honra de Nossa Senhora do Naso continue a ser uma referência na nossa região. Ao longo dos três últimos anos, de 2023 a 2025, definimos como prioridades o embelezamento do santuário, com o alargamento e asfaltamento do espaço dos concertos musicais, uma obra que custou 60 mil euros”, indicou.

Em 2025, a comissão de festas iniciou uma nova obra no Santuário do Naso, com a construção do muro em predra rústica à volta do recinto, para continuar a cuidar e embelezar o espaço e torná-lo mais seguro.

“Esta obra vai custar 50 mil euros, sendo que contamos com o apoio de 25 mil euros por parte do município de Miranda do Douro, a freguesia da Póvoa apoia com 2500 euros e o restante montante vamos ter que o angariar com donativos, esmolas e as vendas no bar e na loja de lembranças da Confraria do Naso”, adiantou o mordomo.

A atual Comissão de Festas em honra de Nossa Senhora do Naso vai concluir o serviço no final de dezembro 2025, com a entrega da festa aos novos mordomos, que darão continuidade ao trabalho de valorização e embelezamento do santuário do Naso.

HA



Cultura: Compra e leitura de livros ainda são prática irregular

Cultura: Compra e leitura de livros ainda são prática irregular

O estudo “Hábitos de Compra e Leitura em Portugal”, apresentado pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), revela que 76% dos portugueses admitem ter hábitos de leitura, embora apenas 58% tenham adquirido livros no último ano.

Num mercado editorial que manteve crescimento em 2024, com um aumento de 9% para os 204 milhões de euros, sobre os anteriores 187 milhões, 76% dos portugueses afirmaram ter lido pelo menos um livro no ano passado, verificando-se um ligeiro crescimento face a 2023 (73%), mas a quantidade de livros lidos por pessoa, no universo da população residente em Portugal desceu para uma média de 5,3, abaixo dos 5,6 do ano anterior.

Entre os leitores, que na prática representam três em cada quatro residentes em Portugal (76%), o número médio de livros lidos também diminuiu, passando de 7,9 em 2023 para 7,2 em 2024, segundo o estudo desenvolvido pela Gfk, para a APEL, que o apresentou hoje no encontro Book 2.0 – O Futuro da Leitura, a decorrer até quinta-feira na Fundação Champalimaud, em Lisboa.

“Estes resultados confirmam que, apesar do crescimento sustentado do mercado do livro em Portugal evidenciar uma base estável de leitores, e apesar dos avanços verificados nas últimas cinco décadas no acesso à educação e no acesso aos livros, a compra de livros e a leitura não são, ainda, uma prática regular nem um hábito diário fortemente enraizado na maioria das famílias portuguesas”, disse Miguel Pauseiro, presidente da APEL, citado pelo dossier de apresentação do estudo.

“O papel da escola, das famílias e da sociedade em geral é crucial para que o livro seja definitivamente visto como uma ferramenta essencial de cidadania e de desenvolvimento do potencial humano e para que a leitura se transforme num hábito sustentável ao longo da vida”, sublinhou o representante de editores e livreiros.

A leitura por lazer é uma atividade praticada por cerca de 60% dos portugueses com 15 ou mais anos, que na globalidade preferem o livro em papel em relação à edição digital, segundo o estudo.

As mulheres e as pessoas entre os 35 e os 54 anos estão entre os mais leais ao livro, com a faixa etária entre os 25 e os 34 anos a apresentar o maior índice de leitura. O maior crescimento da adesão à leitura situa-se entre os 15 e os 24 anos.

As mulheres (64%) leem mais por lazer do que os homens (54%), e é entre os 35 e os 54 anos que se regista a maior frequência (71%) desta atividade.

Ainda assim, a leitura surge atrás de outras ocupações de tempos livres, como conviver com amigos (mais de 90%), estar nas redes sociais (84%), ver televisão em geral (72%), assistir a eventos culturais ou desportivos (72%) e a praticar desporto (63%).

Mais de metade dos portugueses (53%) afirma que o gosto pela leitura é a principal motivação para a sua prática, indica o estudo.

Na análise por faixas etárias, os 25-34 anos passaram a ser o grupo com maior índice de leitura, com 91% a afirmar ter lido no último ano, seguidos de perto pelos 35-54 com 86%.

Os mais jovens (15-24 anos) são o grupo etário que apresenta um maior crescimento, de 58% para 76%, enquanto acima dos 75 anos, são os que apresentam níveis de leitura mais baixos.

O papel mantém-se o formato dominante, com 92% dos portugueses a preferirem ler em suporte físico, ligeiramente abaixo dos 93% registados em 2023. O digital, contudo, tem vindo a ganhar espaço: já foi usado por 22% dos portugueses, contra 17% em 2023. Esta percentagem sobe para os 32% na faixa etária entre os 25 e os 24 anos.

Os ‘e-readers’ são os dispositivos preferidos (45%), seguidos pelo ‘tablet’ (37%) e o telemóvel (35%), que registou o maior crescimento face ao ano anterior (seis pontos percentuais).

O inquérito foi realizado pela GfK para a APEL, entre 08 de julho e 07 de agosto deste ano, com base em 1.002 entrevistas a indivíduos com 15 ou mais anos residentes em Portugal.

A margem de erro máxima, segundo a consultora, é de cerca de 3,1 pontos percentuais, para um intervalo de confiança de 95%.

Fonte: Lusa | Imagem: RMOP

Portugal: Abundantes energias renováveis marinhas

Portugal: Abundantes energias renováveis marinhas

Portugal dispõe de recursos abundantes para produzir energia a partir das ondas e das marés, defendeu o professor Luís Gato, do Instituto Superior Técnico, explicando que o setor está em fase de investigação e desenvolvimento ao nível internacional.

“A tecnologia não está ainda na fase comercial. Isto significa que ainda há problemas técnicos a resolver sob o ponto de vista da sobrevivência [dos equipamentos], porque os custos positivos têm de sobreviver às condições agressivas do mar”, explicou.

Luís Gato falava no âmbito da abertura da 16.ª Conferência Europeia sobre Energia das Ondas e Marés (EWTEC2025), organizada pelo Instituto Superior Técnico, que decorre no Funchal, Madeira, até 11 de setembro, com cerca de 400 participantes ligados à investigação, indústria, investimento e políticas públicas no setor, oriundos da Europa, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e Coreia do Sul.

“Estamos na fase de investigação e desenvolvimento a nível nacional e internacional”, disse, acrescentando: “Temos um grupo de investigação no Instituto Superior Técnico, que tem relevo internacional, e trabalhamos em cooperação com universidades europeias e com projetos de outras geografias”.

O objetivo, conforme explicou, é desenvolver as energias renováveis marinhas, em especial a partir das ondas e das correntes, que são “muito previsíveis”, e produzir eletricidade em “grande escala”.

Luís Gato disse que se tratam para já de projetos-piloto e não há ainda uma convergência da tecnologia no sentido de uniformizar os equipamentos, como ocorreu com as turbinas eólicas, cuja base passou a assentar num eixo horizontal e três pás.

“Não estamos numa fase verdadeiramente comercial (…), como acontece com as turbinas eólicas”, disse, para logo reforçar: “Se calhar, precisamos de mais 20 anos para ser comercial”.

O responsável considerou que as necessidades energéticas do mundo estão sempre a aumentar e que, por outro lado, para atingir as metas da descarbonização será necessário contar com todas as energias renováveis, mesmo que tenham um preço mais alto.

“Sabemos que existe uma relação entre o Produto Interno Bruto e o consumo de energia e isso significa que à medida que os países se desenvolvem requerem mais e mais energia”, explicou, vincando que esta pressão é atualmente manifestada pela China, mas também pela Índia e outros países.

“A perspectiva é que a energia é um recurso que tem de ser conservado e não vai ser nunca barato. O preço da energia vai tender a aumentar”, alertou.

Luís Gato disse que a escolha da Madeira para palco da 16.ª Conferência Europeia sobre Energia das Ondas e Marés teve por objetivo “chamar a atenção” dos responsáveis do setor, sobretudo os decisores políticos, para a importância das energias renováveis marinhas, bem como potenciar o envolvimento da região, da universidade e das empresas em futuros projetos.

“O país, incluindo a Madeira e os Açores, tem uma grande zona económica exclusiva e tem no mar um recurso muito abundante”, sublinhou.

Já o diretor regional do Ambiente e Mar, Manuel Ara Oliveira, afirmou que a Madeira tem “abertura para a inovação” e destacou algumas áreas em que a região foi pioneira, como a instalação da primeira central eólica do país, em 1986, na ilha do Porto Santo.

“Nas energias renováveis, a Madeira assumiu os riscos. Nem sempre as coisas correm tão bem como pretendíamos, mas, na verdade, na maioria dos casos foi muito positivo”, disse.

No caso da energia das ondas e das marés, disse que também há oportunidades para “projetos com maturidade”.

“É preciso irmos fazendo o nosso caminho com seriedade, por questões de segurança e questões também económicas e sociais”, advertiu.

Fonte: Lusa | Fotos: Flickr

Calor: Verão de 2025 foi extremamente quente e seco

Calor: Verão de 2025 foi extremamente quente e seco

O passado mês de agosto, com uma temperatura média do ar de 16,60 graus Celsius (°C), foi “o terceiro agosto mais quente de que há registo no mundo”, indicou o Serviço de Alterações Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia (UE).

“Em agosto, a temperatura média foi 0,49 °C acima da deste mês no período 1991-2020. Os dois agostos mais quentes de que há registo foram em 2023 e 2024”, refere o boletim do C3S, que integra o Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo (ECMWF na sigla em inglês).

“Agosto de 2025 foi o terceiro mais quente alguma vez registado a nível mundial. No sudoeste da Europa, o mês trouxe a terceira grande onda de calor do verão, acompanhada por graves incêndios florestais. Com os oceanos do mundo a permanecerem também excecionalmente quentes, o que realça não só a urgência de reduzir as emissões [de gases com efeito de estufa], mas também a necessidade fundamental de adaptação a mais frequentes e intensos fenómenos climáticos extremos”, diz Samantha Burgess, líder da Estratégica para o Clima do ECMWF, citada no boletim.

Na Europa, os 19,46°C de temperatura média, foram 0,30°C acima da média de agosto entre 1991-2020, ficando o mês passado “fora dos 10 agostos mais quentes já registados”.

A Europa Ocidental registou as temperaturas do ar mais acima da média do continente, tendo a Península Ibérica e o sudoeste de França sido “particularmente afetados” pelas ondas de calor.

Ao contrário, em grande parte do Norte da Europa, incluindo na região da Fino-Escandinávia, nos Países Bálticos, na Bielorrússia e na Polónia, registaram-se temperaturas inferiores à média.

No resto do mundo, as temperaturas em agosto estiveram mais acima da média na Sibéria, em partes da Antártida, na China, na Península Coreana, no Japão e no Médio Oriente e mais abaixo da média na maior parte da Austrália, tendo sido registadas “condições mistas” na América do Norte, América do Sul e África do Sul.

O boletim do C3S destaca ainda que no mês passado “o tempo esteve mais seco do que a média em grande parte do oeste, centro e sul da Europa, bem como no extremo sul da Suécia, noroeste da Rússia e parte da Finlândia”, acrescentando que no sul do continente ocorreram grandes incêndios florestais, como aconteceu em Portugal.

Mais húmido do que a média esteve o tempo no nordeste de Espanha, sul de França e Alemanha, Suíça, grande parte da Itália, costas norte e leste do Adriático, grande parte da Escandinávia e uma grande região do leste da Europa.

Fora do continente, o tempo em agosto esteve mais seco do que a média no oeste, centro e leste dos Estados Unidos e em grande parte do Canadá, no norte da Rússia, em zonas da Ásia central e oriental, em partes do sul de África, bem como em grandes regiões da América do Sul extra tropical.

E mais húmido do que a média no sudeste e noroeste da América do Norte, a norte do Corno de África, no sul da Península Arábica, a norte do subcontinente indiano, em partes da China, Japão, no sudoeste e sudeste da Austrália e em zonas do sul da América do Sul.

Fonte: Lusa | Imagem: IPMA

Miranda do Douro: Peregrinos caminharam para a Festa de Nossa Senhora do Naso

Miranda do Douro: Peregrinos caminharam para a Festa de Nossa Senhora do Naso

Na manhã de Domingo, dia 7 de setembro, foram muitos os peregrinos de várias localidades do planalto mirandês, que se fizeram à estrada e aos caminhos rurais para caminhar até ao Santuário do Naso, onde se celebra a 8 de setembro, a Festa da Natividade de Nossa Senhora.

A presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, foi uma das peregrinas ao participar no passeio pedestre de 15 quilómetros, desde a cidade de Miranda do Douro até ao Santuário de Nossa Senhora do Naso, na Póvoa.

“Este ano, o passeio até ao Naso, que tradicionalmente se realiza aos fins-de-semana para permitir a participação de um maior número de pessoas coincidiu com os dias da festa em honra de Nossa Senhora do Naso. Pela grande adesão de pessoas, estamos muito satisfeitos com a caminhada e o convívio que esta festa proporciona”, disse a autarca mirandesa.

Para o sucesso do passeio, Helena Barril, agradeceu o trabalho conjunto e a colaboração entre os funcionários do município e a comissão de festas em honra de Nossa Senhora do Naso.

O jovem casal, Leonel Marcos e Clara Martins, ambos naturais de Miranda do Douro, foram dois dos cerca de 200 peregrinos que caminharam até ao Naso.

“Recentemente regressámos a Miranda do Douro e decidimos participar no passeio pelo bem que faz o exercício físico, pela oportunidade em contemplar a beleza natural do planalto mirandês e também pelo convívio com as gentes da nossa terra!”, justificaram.

Da aldeia da Póvoa, Marta Falcão veio acompanhada do marido e da filha, para juntos participarem no passeio. Esta família, está a gozar um período de férias na região, antes do regresso a Benavente, onde vivem a trabalham.

“Todos os anos gozamos um período de férias na aldeia da Póvoa, de onde sou natural e este ano decidimos participar no passeio até ao Naso. Os benefícios do passeio são a saúde física, o convívio, a participação nas celebrações religiosas e a oportunidade em reencontrar pessoas amigas”, disseram.

De Águas Vivas, Jéssica Gonçalves foi uma das 10 pessoas que vieram a pé até ao Santuário do Naso. O grupo saiu às 8h00 da manhã, caminhou ao longo de 16 quilómetros e chegaram ao Naso, às 11h30 da manhã.

“Em Águas Vivas, temos o hábito de realizar caminhadas em grupo. Este ano, na vinda para o Naso decidimos vir por Duas Igrejas e o passeio correu muito bem. Após a chegada, almoçamos e passamos o dia na festa, a conviver, a passear na feira e a assistir e dançar nos concertos musicais”, disse.

De Vimioso, um grupo de 13 pessoas percorreu 18 quilómetros, na manhã de Domingo, com o mesmo proposito de chegar ao Santuário do Naso. Carlos Ventura, foi um dos peregrinos vimiosenses.

“Saímos de Vimioso às 6h00 da manhã, passámos por São Joanico, Especiosa e chegámos ao Naso às 10h30. Viemos pelo convívio, pelo bem que faz a atividade física e também pela devoção a Nossa Senhora do Naso. Após a chegada ao santuário, um dos melhores momentos é o reconfortante almoço convívio entre todos”, disse o peregrino vimiosense.

Da aldeia espanhola, de Moveros, vieram os amigos, José Luís e Moisés, para participar no passeio pedrestre pelo planalto mirandês até ao Naso. Habituais caminhantes, aos fins-de-semana, os vizinhos espanhóis revelaram que anteriormente já haviam feito o percurso da ermida da Luz até ao Naso.

“Aos Domingos, temos o hábito de realizar caminhadas na região e desta vez decidimos participar no passeio de Miranda do Douro até ao Naso. A romaria do Naso também é muito conhecida em Espanha, pela celebração religiosa e a feira, que despertam o interesse de muitas pessoas. Nós, os espanhóis, também temos a tradição de ir almoçar e passar o dia no Naso”, disseram.

A Festa em honra de Nossa Senhora do Naso, cujo dia grande é o 8 de setembro, celebra a Natividade da Virgem Santa Maria. Neste dia, a festividade tem como maior destaque a celebração da missa campal, às 14h00, seguida da procissão.

Durante o dia, no recinto do Santuário do Naso, decorre a feira franca e à noite a festa encerra com os concertos musicais dos grupos Mega W e Costa Verde.

HA



Fonte Ladrão: Lobo mata 12 ovelhas

Fonte Ladrão: Lobo mata 12 ovelhas

Na noite de 4 de setembro, um ataque de lobo causou a morte de 12 ovelhas, numa exploração agropecuária na aldeia de Fonte Ladrão, no concelho de Miranda do Douro, uma ocorrência que está a suceder-se com frequência no planalto mirandês e que está a preocupar e indignar os criadores.

Em Fonte Ladrão, o criador agropecuário, Alberto Lopes, expressou desânimo e indignação com o assalto do lobo à sua exploração, onde tinha 20 ovelhas, nove das quais prenhas e que iriam parir no póximo mês de outubro.

“Não estou contra a biodiversidade, mas critico o modo como se fazem largadas de lobos sem assegurar métodos de alimentar esses animais. O ataque à minha exploração, que tem uma vedação com cerca de dois metros de altura, demonstra que este animal selvagem não encontra outra forma de se alimentar na natureza”, criticou.

Segundo o criador agropecuário, de acordo com o parecer dos técnicos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da Guarda Nacional Republicana (GNR) e do médico veterinário da Organização de Produtores Pecuários (OPP) de Miranda e Vimioso, Luís Martins, que se deslocaram à exploração pecuária em Fonte Ladrão, no dia 4 de setembro, tudo indica que se tratou efetivamente do ataque de um lobo.

“De acordo com as lesões infligidas no pescoço e nas partes traseiras das 12 ovelhas mortas, tudo aponta para um ataque de lobo. Aguardo agora pela conclusão final dos técnicos superiores do ICNF”, explicou.

Em Fonte Ladrão, esta exploração pecuária tem uma vedação. em muro e chapa com cerca de 2 metros de altura e mesmo assim o lobo predador conseguiu saltar a cerca, para matar 12 das 20 ovelhas, entre as quais as 9 ovelhas prenhas.

Questionado sobre o prejuízo causado pelo ataque do lobo, Alberto Lopes, respondeu que mais importante do que a indemnização pecuniária (que também é necessária) está em causa o trabalho diário na criação destes animais ao longo de três anos.

“Em termos financeiros estimo que o prejuízo seja de 2500 euros. No entanto, solicito outros apoios para compensar a penalização de que vou ser alvo nos subsídios atribuídos pelo Instituto de Financiamento de Agricultura e Pescas (IFAP), dada a redução do número de animais da minha exploração. Para ser ressarcido dos danos, já sinalizei o ocorrido na plataforma digital do IFAP”, disse.

No concelho de Miranda do Douro, tem vindo a ocorrer ataques de lobos com maior frequência, tendo recentemente sido comunicados ataques de lobos em explorações pecuárias nas localidades de São Pedro da Silva e em Malhadas.

PREJUÍZOS ATRIBUÍDOS AO LOBO

Os prejuízos sobre efetivos pecuários atribuídos ao lobo são indemnizados pelo Estado Português desde a entrada em vigor da Lei n.º 90/88, de 13 de agosto - Lei de Proteção ao Lobo-ibérico.

Nesta revisão das normas aplicáveis alterou-se a abordagem que se faz ao direito à indemnização. Este modelo pretende potenciar a corresponsabilização dos proprietários de gado pela proteção do mesmo, sem pôr em causa a obrigação do Estado, de indemnizar, como compensação do risco que aqueles proprietários correm pela atividade que exercem, em áreas de presença de lobo. Institui-se um mecanismo de pagamento de indemnização que supõe o pagamento de um número limitado de prejuízos em cada ano civil, bem como uma redução do valor a pagar relativamente ao dano efetivo, à medida que aumenta o número de ocorrências.

É fixada a lista de animais passíveis de indemnização e clarificados os conceitos relativos aos requisitos de proteção a observar para que possa ser reconhecido o direito à indemnização, a título de exemplo a tipologia do cão de proteção de gado.

Outra alteração significativa prende-se com a transferência do pagamento das indemnizações do ICNF, para o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, de forma a aumentar a eficácia administrativa, proporcionado ainda uma maior acessibilidade no acompanhamento do processo por parte dos interessados.

Espera-se com este conjunto de medidas potenciar a coexistência da atividade pecuária com a presença de lobo.

De forma a melhor esclarecer sobre a implementação destas medidas, é disponibilizado um folheto informativo destinado aos criadores de gado em área de lobo.

Fonte: ICNF

HA

Fotos: AL e HA

Igreja: Natividade da Virgem Santa Maria

Igreja: Natividade da Virgem Santa Maria

A memória litúrgica da Natividade de Nossa Senhora remonta ao século V, quando foi edificada em Jerusalém, uma igreja num local que os Apócrifos indicavam como lugar da casa de Joaquim e de Ana, pais da mãe de Jesus.

A Igreja Oriental soleniza a natividade de Maria como início do ano litúrgico; no Ocidente (a partir de Roma) as primeiras celebrações surgem no século VII.

A festa da Natividade de Maria, aurora da nossa salvação, oferece-nos importantes elementos de meditação.

São os evangelhos apócrifos que narram o nascimento da Mãe do Salvador, com emocionantes e inverosímeis fantasias, que podem ser vistas como simbologias e interpretações.

A Bíblia não nos dá informações sobre o nascimento de Maria. Mas ele foi uma realidade importante na prossecução do projeto divino da nossa salvação. Daí que valha a pena meditar sobre esse acontecimento à luz da fé em Deus que, na sua misericórdia, quis salvar os homens com a colaboração de Maria, nova criatura, cuja entrada no mundo hoje celebramos.


Para nos darmos conta da importância do nascimento de Maria, devemos ter em conta que o seu protagonista é Deus. As fantasias dos apócrifos indiciam fé nesse protagonismo.

A Liturgia aponta para a presença e o protagonismo de Deus no nascimento e na vida de Maria.

O oráculo de Miqueias (1ª leitura alternativa da festa) tem em vista a maternidade, isto é, a fonte de um nascimento, projetado por Deus: a citação desse oráculo em Mt 2, 6 regista uma convicção messiânica do evangelista traduzida em convicção cristológica e contextualmente mariológica.

A releitura de um outro oráculo (Is 7, 14) pelo mesmo evangelista vê na Virgem que dá à luz, a mãe designada pelo próprio Deus e envolta no abismo místico da comunhão com o Espírito Santo, o «Senhor que dá a vida».

A importância do nascimento da Virgem, também se deduz pela verificação da sua presença entre aqueles que foram chamados por Deus.

Esta festa é uma excelente oportunidade para crescermos no amor e na devoção à Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa mãe. Escreve o Pe. Dehon: «Nesta festa, quero renovar-me na devoção a Maria, na fidelidade ao seu culto diário, na união com ela, como meio para me elevar a uma união mais íntima com Jesus, em todas as minhas ações» (OSP 4, p. 234).


Fonte: Dehonianos

Ecologia: Encíclica Laudato si’ educa as novas gerações

Ecologia: Encíclica Laudato si’ educa as novas gerações

O padre franciscano João Lourenço considera que o Cântico das Criaturas, criado por São Francisco de Assis e a encíclica Laudato si’, escrita pelo Papa Francisco, deveriam integrar a formação dos jovens.

“Este documento [carta encíclica Laudato si’] poderia constituir, em muitas partes do seu conteúdo, elementos fundamentais para a educação das novas gerações, como o Cântico do Irmão Sol”, afirmou o sacerdote, em entrevista ao programa ECCLESIA, transmitido na RTP2.

Segundo o biblista, tal ajudaria “a criar uma espiritualidade, uma vitalidade interior, um dinamismo novo, que não partisse só de não fazer mal à criação, mas de promover o bem da criação”.

O entrevistado assinala a necessidade de “um contexto verdadeiramente de formação, de base, em que as pessoas têm já princípios adquiridos”, “normativos nos seus comportamentos que ajudam a encarar a natureza com a sua beleza”, com a sua dimensão “transcendental”.

Em 2025, os Franciscanos celebram os 800 anos do Cântico das Criaturas (também conhecido como Cântico do Irmão Sol), uma obra poética que exalta os elementos da natureza como dádiva de Deus.

Para o padre João Lourenço, o poema, que é “o espelho da grandeza e da beleza de Deus refletido nas criaturas que São Francisco vai descobrir”, encontra hoje uma “grande atualidade, principalmente no âmbito e no espaço de uma crise ecológica” que o mundo vive.

Ao longo dos tempos, o Cântico das Criaturas tem sido objeto de muitas versões, o que mostra, de acordo com o padre João Lourenço, “que as pessoas têm a necessidade de amar, de contemplar a natureza a partir dela”.

O sacerdote defende a necessidade de uma “dinâmica teológica” que ajude a ler a natureza, lamentando que o que existe neste momento para esse efeito é “o utilitarismo, a ganância, o comodismo, o lucro, o proveito imediato”.

“Isto são critérios avassaladores, destruidores da própria natureza”, salientou.

Questionado sobre que justificação encontra para o alcance do Cântico das Criaturas, o padre João Lourenço responde com a “beleza do texto” e as dimensões “que confere à criação”, nomeando duas delas.

“Uma é a magnificência do Criador, a fonte. É importante que nós na vida tenhamos referências a fontes. Não é apenas a fonte da água, mas é a fonte onde nos inspiramos e que nos inspira na nossa vivência quotidiana. O outro é a dimensão da fraternidade. E aí São Francisco foi genial e foi único”, observa.

O entrevistado destaca o facto de São Francisco de Assis procurar a “fraternidade nos opostos”, entre o céu e a terra, e principalmente algo que até então ninguém tinha cantado: “a fraternidade dos opostos vida e morte”.

Num ano em que o Cântico das Criaturas comemora oito séculos, a encíclica Laudato si’, inspirada nele, celebra 10 anos, sendo este último um documento que, assinala o padre franciscano, “teve ecos na sociedade que já há muito tempo não se viam a partir de documentos eclesiásticos, mesmo pontifícios”.

“Os últimos papas têm publicado muitos textos sobre muitas temáticas, mas muitos deles são quase todos ad intra. São para dentro do organismo da Igreja. Eu diria, são quase umbilicais. Este documento é para fora”, nota.

O padre João Lourenço defende que a encíclica ecológica e social foi um contributo “muito prático” da Igreja à sociedade, uma vez que esta última está a viver momentos “de angústia sobre o sentido da criação”.

“Não é um documento apenas de receitas, é um documento também de constatações. E acima de tudo, o que é muito importante, de interpelações”, realça, acrescentando que se constitui um convite “aos crentes” e “não crentes a sentirem e a harmonizarem o dinamismo que existe na vida deles com aquilo que é a criação que os envolve”.

O sacerdote destaca o facto de o texto, publicado a 24 de maio de 2015, ter tido um “belíssimo acolhimento” particularmente em “organismos internacionais”, como na ONU, ressaltando que trouxe um novo olhar para a Amazónia.

“Se está tudo feito, não está tudo feito, está alguma coisa feita e estão ecos deixados. Mas falta muito, principalmente este esforço novo, que é exatamente de tornar uma formação ativa, não é apenas contemplativa, não é apenas respeitadora do que se encontra, é ativa, é promotora do que encontramos”, sublinhou.

Fonte: Ecclesia



Vimioso: Águia Futebol Clube de Vimioso regressa ao futsal sénior

Vimioso: Águia Futebol Clube de Vimioso regressa ao futsal sénior

Na nova época desportiva 2025/ 2026, o Águia Futebol Clube de Vimioso está de regresso ao campeonato distrital sénior de futsal, com inicio a 3 de outubro, tendo formado uma equipa maioritariamente constituída por jogadores do concelho, cuja preparação se inicia este sábado, dia 6 de setembro, no I Troféu Transfronteiriço.

O presidente do Águia Futebol Clube de Vimioso, Vitor Cardoso, adiantou que a equipa sénior de futsal é constituída por 11 jogadores, sendo que dez são oriundos do concelho de Vimioso.

“Com a formação de uma equipa sénior, o nosso maior objetivo é que os mais velhos sirvam de inspiração e referência para os escalões mais novos. No decorrer da época desportiva, os jogadores juniores, por exemplo, poderão ser chamados à equipa sénior”, indicou.

O sorteio da primeira fase do Campeonato Distrital da I Divisão Futsal realizou-se a 4 de setembro, em Bragança e vai contar com a participação de 11 equipas. As novidades do campeoanto são o regresso do Águia Futebol Clube de Vimioso e a estreia da Associação Academia Desportiva de Bragança

Outra novidade é que após o fim do campeonato, segue-se um “play-off” entre os quatro primeiros classificados.

O Campeonato Distrital I Divisão Futsal inicia-se a 3 de outubro.

Jogos da 1.ª jornada:

AAD Bragança x GD Torre Dona Chama

SC Moncorvo x GD Freixo

AR Alfandeguense x CB Alfândega da Fé

Águia FC Vimioso x Futsal Mirandela

CD Miranda do Douro x Vila Flor SC

Folga: Escola de Futsal Arnaldo Pereira

Para preparar a nova época desportiva, a equipa de futsal sénior de Vimioso vai competir no I Troféu Transfronteiriço, que se realiza a 6 de setembro, em Trabazos (Espanha). No torneio participam as equipas espanholas Inter Alcanices e River Zamora FS. Do lado português, os representantes são o AC Mogadouro e o Águia F.C. Vimioso.

Em 2025/2026, o Águia Futebol Clube de Vimioso também vai participar na modalidade de futsal, nos escalões de petizes, traquinas, benjamins (masculinos e femininos), infantis, iniciados, juvenis e juniores.

“Na semana de 8 a 14 de setembro vamos realizar treinos de captação, no estádio municipal de Vimioso. Esperamos assim pela participação entusiasta das crianças e jovens, de modo a efetuar as inscrições na nova época desportiva e dar informações aos pais sobre o horário dos treinos e a logística dos jogos”, informou o presidente do clube vimiosense.

O Águia Futebol Clube de Vimioso foi fundado a 18 de agosto de 1973, tendo celebrado recentemente 52 anos.

HA

Turismo: Mais de cinco milhões de visitantes de museus e monumentos nacionais

Turismo: Mais de cinco milhões de visitantes de museus e monumentos nacionais

Em 2024, as visitas aos museus, monumentos e palácios nacionais mantiveram-se acima dos cinco milhões, anunciou a Museus e Monumentos de Portugal (MMP).

“Num ano marcado pelo encerramento total ou parcial de vários museus e monumentos para obras de reabilitação, a maioria no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o número de visitantes assinalou uma tendência de estabilização”, indicam os números oficiais, que revelam menos 92.132 entradas em relação a 2023.

Segundo as estatísticas de 2024, os visitantes com entrada paga representaram 66% do total, entre os quais se destacam os turistas estrangeiros, que perfazem 55% do total, acrescenta ainda a MMP, organismo do Ministério da Cultura, Juventude e Desporto.

Entre os equipamentos culturais mais visitados em 2024, destacam-se quatro monumentos: o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, que volta a liderar com 946.014 entradas, seguido pela Fortaleza de Sagres, com 443.691 visitantes, a Torre de Belém, com 387.379 entradas, e o Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, que somou 376.331 visitantes.

Dos monumentos inscritos como Património Mundial da Humanidade – além do Mosteiro do Jerónimos e da Torre de Belém – evidenciam-se o Mosteiro da Batalha, com 354.905 visitantes, o Convento de Cristo, em Tomar, com 349.401, e o Palácio Nacional de Mafra, que acolheu 216.097 entradas, em 2024.

No que respeita aos museus, sobressaem, com afluências mais elevadas, o Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, que no ano passado recebeu 297.203 visitantes, e o Museu Nacional dos Coches/Picadeiro Real, em Lisboa, com 219.506 entradas.

A medida “Acesso 52”, que desde 01 de agosto de 2024 permite a entrada gratuita a residentes em território nacional, representou um total de 450.275 visitas aos museus e monumentos nacionais (8,9% do total), aumentando em 32% no que respeita aos ingressos gratuitos (413.941 visitantes), contabiliza ainda a MMP.

O Museu Nacional Resistência e Liberdade, localizado na Fortaleza de Peniche, reaberto ao público no dia 27 de abril de 2024, após obras de reabilitação – assinalando os 50 anos da libertação dos presos políticos da ditadura em Portugal – elevou as entradas para 110.909, contrastando com as 3.069 registadas em 2023, indicam os números hoje divulgados.

O Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, viu as suas visitas subirem também em 2024 para 134.266, depois de ter recebido 118.123 em 2023, e, na mesma linha, o Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha, embora tenha sido alvo de obras do PRR, subiu de 4.621 entradas, em 2023, para 28.186, em 2024.

Também em Lisboa, o Museu Nacional de Etnologia viu as suas entradas duplicarem – depois de ter registado 6.907 entradas em 2023, recebeu 12.736 visitantes em 2024 -, e o Museu Nacional do Azulejo aumentou dos 276.209 anteriores para 297.203, enquanto o Palácio Nacional de Mafra foi igualmente alvo de uma maior atração pelo público, com uma subida de 164.972 entradas para 216.097 no ano passado.

Devido a encerramentos totais ou parciais forçados pelas obras do PRR em curso, na sua maioria de grande envergadura, alguns museus não contabilizaram visitantes em 2024.

Foi o caso do Museu Nacional de Arqueologia (encerrado desde 2022), em Lisboa, com zero entradas no ano passado, e o Museu Nacional da Música, que também não teve entradas nesse ano, mas contabilizou 5.633 visitas em 2023.

Pelo mesmo motivo, o Museu dos Biscainhos, em Braga, desceu de 54.321 entradas, em 2023, para 10.150, em 2024, e o Museu de Alberto Sampaio, em Guimarães, recuou de 85.543 para 33.611, enquanto o Museu Nacional do Traje, com uma queda de entradas de 30.830, em 2023, para 23.095, em 2024.

Na capital, o Museu Nacional de Arte Antiga e o Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado tiveram ligeiras descidas, o primeiro de 107.223, em 2023, para 91.060 entradas, em 2024, e o segundo de 58.904 pera 45.042, respetivamente, e – na mesma linha – o Panteão Nacional desceu de 180.705 para 168.963 visitantes.

Em 2017, o número de visitantes de museus, monumentos e palácios nacionais superou pela primeira vez os cinco milhões, contabilizando 5.072.266 entradas, depois de ter registado cerca de 4,6 milhões no ano anterior.

Fonte: Lusa | Fotos: Flickr