Igreja/Ensino: Ano letivo 2025/2026 começa com «grandes desafios»

Igreja/Ensino: Ano letivo 2025/2026 começa com «grandes desafios»

O Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) e a Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), da Igreja Católica em Portugal, destacam a “grande alegria” com que está a começar o Ano Letivo 2025/2026, e explicam alguns desafios do setor.

“Será um ano, como todos os anos, com grandes desafios, mas também com uma grande alegria, e com uma grande expectativa positiva, porque temos, nas nossas escolas, ao serviço dos alunos, das famílias, dos professores, a totalidade dos manuais em suporte de papel e uma imensidão de recursos na Porto Editora”, disse o coordenador da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) no SNEC, hoje, em declarações à Agência ECCLESIA.

O professor António Cordeiro destacou também a “alegria” de terem esses recursos disponíveis “ao serviço do bem dos alunos, ao serviço da educação integral dos alunos”, através de EMRC, e realçou a “necessidade de apostar” nesses materiais, “e retomar o trabalho com as equipas” continuarem a desenvolver e melhorar esses conteúdos.

É o desafio normal de muita vontade, muita alegria, de acolher os nossos alunos.”

Em Portugal, o regresso às aulas decorre de 11 a 15 de setembro e segundo a Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), “é sempre um momento de reencontro e de reencontro em grande alegria”.

“As comunidades educativas têm esta particularidade e interrompem, durante o verão, para descanso, para férias, dos alunos, dos professores, dos educadores não-docentes, etc. Gera-se depois um reencontro, e ele é sempre marcado por uma grande nota de alegria, e, invariavelmente, vai ser isso que na realidade das escolas vai acontecer”, desenvolveu o presidente da direção da APEC.

Em declarações à Agência ECCLESIA, Fernando Magalhães referiu também o tema dos professores, que marcam cada novo ano escolar, e explicou que “exige um esforço no processo de recrutamento” das Escolas Católicas em identificarem “os melhores professores para colaboraram”.

“São pessoas com qualidade científica, pedagógica, humana, que representam uma mais-valia para os projetos. Por outro lado, referente aos nossos projetos de Escola Católica, pessoas, o mais possível, identificadas com o ideário da escola católica; já é difícil encontrar professores, acrescem a dificuldade de professores católicos”, desenvolveu o responsável, que é também o diretor do Externato Frei Luís de Sousa (Almada), da Diocese de Setúbal.

O presidente da Associação Portuguesa de Escolas Católicas destaca ainda a “questão geracional” dos “jovens adultos” que chegam agora à realidade do emprego, nomeadamente a “profissão educativa, de professor”,  com “compromissos cada vez mais curtos em relação à vinculação aos projetos”.

“Obriga os projetos educativos, as Escolas Católicas, a reinventarem-se, e a reinventarem o modo e a forma como não só atraem, mas como depois asseguram a retenção do talento que lhe chega”, acrescentou.

Já o coordenador de Educação Moral e Religiosa Católica no SNEC, sobre os “desafios” deste novo ano escolar, refere a “escassez de professores” da disciplina para “aqueles pequenos horários”, que acreditam que “poderão surgir ainda”.

António Cordeiro salienta que a Igreja Católica em Portugal “continua a apostar na formação dos professores” de EMRC, na Faculdade de Teologia da Universidade Católica, e em terem novos alunos no Curso de Ciências Religiosas com o objetivo de ser professores da disciplina.

Fonte: Ecclesia

Miranda do Douro: 590 alunos iniciaram as aulas nas escolas do concelho

Miranda do Douro: 590 alunos iniciaram as aulas nas escolas do concelho

O auditório da Escola Básica e Secundária (EBS), em Miranda do Douro, foi esta quinta-feira, dia 11 de setembro, o local da sessão de abertura do ano letivo 2025/2026, cujas novidades são a redução do número de alunos no Agrupamento de Escolas (AEMD), a proibição do uso de telemóvel até ao 6º ano e a revisão dos conteúdos da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

A sessão na Escola Básica e Secundária (EBS) foi sobretudo dedicada à receção e integração dos alunos do 5º e 10º anos. No encontro, o diretor do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), professor António Santos, apresentou aos novos alunos e encarregados de educação, a estrutura organizativa da escola, bem como algumas linhas orientadoras para o novo ano letivo.

Comparativamente com o ano letivo anterior há uma ligeira diminuição no número de alunos inscritos nas várias escolas do AEMD, dado que em 2024/2025 havia 612 alunos.

“Este ano são 590 alunos e esta redução deve-se, entre outras razões, à partida dos filhos de imigrantes paquistaneses e brasileiros, cujas famílias foram à procura de trabalho noutras regiões do país. Temos pena, pois foram crianças e jovens que se integraram muito bem na escola e aprenderam rapidamente a língua portuguesa”, disse o diretor do AEMD.

Outra das razões que explicam a diminuição do número de alunos no AEMD é a escassa oferta curricular nos ensinos secundário e profissional, o que obriga os alunos a procurarem estabelecimentos de ensino noutras localidades.

“Os alunos devem procurar as áreas formativas que mais lhe interessam para desenvolver o seu percurso académico, como sejam a área das Artes ou os cursos profissionais como Mecânica e a Eletricidade e outros. São áreas que o AEMD não tem porque não existem alunos suficientes para abrir esses cursos. Atualmente, o ensino secundário em Miranda do Douro oferece o curso de línguas e literaturas e o curso de ciências e tecnologia. Este ano não abrimos o curso profissional de turismo dada a inexistência de candidatos suficientes”, indicou.

Todos os anos, a Escola Básica e Secundária de Miranda do Douro (EBS) recebe alunos do concelho vizinho de Vimioso, sobretudo para frequentar o ensino secundário. Neste novo ano letivo, matricularam-se cerca de uma dezena de alunos vimiosenses. Um dos encarregados de educação, Paulo Martins, antigo aluno do AEMD, informou que o filho, Rodrigo, matriculou-se no 10º ano, na área científico-humanística.

“O meu filho, Rodrigo, estava ansioso por conhecer a nova escola em Miranda do Douro. É uma grande mudança para ele e é simultaneamente uma oportunidade de conhecer novos colegas e continuar a aprender na escola. Para ele e para nós, os pais, a principal dificuldade são as viagens de Vimioso para Miranda do Douro, dado que são feitas em duas etapas: através do transporte escolar de Vimioso até Caçarelhos e depois entre Caçarelhos e Miranda do Douro. O ideal seria que o transporte fosse direto, para evitar tempos de espera, sobretudo no frio do inverno”, indicou.

No ano letivo 2025/2026, duas das novidades são a proibição do uso de telemóveis nas escolas até ao 6ª ano e a revisão da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

“Na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento foram definidos apenas oito temas em vez dos anteriores 17, sendo que quatro temas são gerais e outros quatro são definidos autonomamente pelas escolas”, explicou o diretor, António Santos.

Questionado sobre se há falta de professores no AEMD, o diretor, António Santos, respondeu, com agrado, que as escolas do concelho de Miranda do Douro já têm a totalidade dos docentes: 87.

“Falta tão só a aprovação do projeto da disciplina de Língua e Cultura Mirandesas. Nesta disciplina há algumas alterações, dado que o professor Duarte Martins vai deixar de lecionar o mirandês para se dedicar ao ensino especial, pelo que é necessário contratar outro (a) docente. Relativamente às inscrições dos alunos na disciplina de Língua e Cultura Mirandesas, a frequência escolar mantêm-se nos 80%”, adiantou.

Nas várias escolas do Agrupamento de Miranda do Douro (AEMD): Escola Básica e Secundária (EBS) de Miranda do Douro; a Escola Básica 1 2 3 de Sendim; Escola Básica (EB) de Miranda do Douro; Jardim de Infância de Palaçoulo; Jardim de Infância de Sendim; e Jardim de Infância de Miranda do Douro, o ano letivo 2025/2026 decorre em três trimestres, com férias no Natal, na Páscoa e no final do ano letivo.

HA

Sociedade: Esperança de vida na UE aumenta para 81,7 anos

Sociedade: Esperança de vida na UE aumenta para 81,7 anos

Nos 27 países da União Europeia (UE), a esperança de vida aumentou para os 81,7 anos, segundo dados divulgados pelo Eurostat.

De acordo com os dados do serviço de estatística da UE, os valores mais elevados foram registados em Itália e na Suécia (ambos 84,1 anos), em Espanha (84 anos) e no Luxemburgo (83,5 anos).

Em contraste, os valores mais baixos foram registados na Bulgária (75,9 anos), na Roménia (76,6 anos) e na Letónia (76,7 anos).

Em Portugal, o Eurostat aponta uma esperança de vida à nascença de 82,7 anos, que se compara com a de 82,5 homóloga.

O Instituto Nacional de Estatística, por seu lado, divulgou em maio o indicador para o triénio 2022-2024, com um valor de 81,49 anos.

Fonte: Lusa | Foto: HA

Mogadouro: Hospital Terra Quente abre a 15 de setembro

Mogadouro: Hospital Terra Quente abre a 15 de setembro

A antiga cantina escolar de Mogadouro foi transformada num polo do Hospital Terra Quente (HTQ), uma nova unidade de saúde que vai abrir a 15 de setembro e tem como missão ministrar consultas de especialidade às populações, evitando assim longas deslocações a outras localidades.

“Este polo do HTQ é resultado de uma parceria com o município de Mogadouro. Esta unidade está instalada na antiga cantina da Escola Secundária, edifício que foi requalificado e adaptado para fins de saúde, com várias salas e gabinetes clínicos totalmente equipados para receber utentes e profissionais”, disse o presidente do Conselho de Administração do HTQ, Manuel Lemos.

Segundo o responsável, “a decisão de abrir este novo polo resulta da identificação de uma necessidade real da população local, que enfrenta constrangimentos de acesso a cuidados de saúde diferenciados e de especialidade, muitas vezes devido à distância geográfica ou à escassez de oferta”.

“Acreditamos que o interior precisa de respostas inteligentes, funcionais e próximas. Este polo foi concebido para servir com dignidade e qualidade, sem substituir o que já existe, mas reforçando a capacidade de resposta onde ela é mais necessária”, indicou.

Segundo Manuel Lemos, o Polo de Mogadouro do HTQ “não pretende replicar estruturas hospitalares existentes, mas sim complementar a resposta de saúde local com serviços resolutivos, integrados e acessíveis”.

Esta nova unidade de saúde vai disponibilizar serviços de enfermagem, posto de colheitas, consultas de especialidade e exames intracapsulares.

“Todos os utentes terão a possibilidade de ser integrados na rede da Terra Quente Saúde, beneficiando de um percurso clínico articulado com os Hospitais de Mirandela e Bragança”, vincou o administrador.

O polo de Mogadouro disponibiliza várias especialidades médicas que respondem às principais necessidades identificadas na região, nomeadamente cardiologia, cirurgia geral, medicina geral e familiar, neurologia, ortopedia, otorrinolaringologia entre outras.

“Estas especialidades serão asseguradas por profissionais qualificados e integrados na rede do grupo, permitindo um acompanhamento próximo e coordenado com outras unidades”, indicou o grupo HTQ.

O polo de Mogadouro do HTQ funcionará com um conjunto alargado de convenções com o SNS e subsistemas do estado e acordos com seguradoras, facilitando o acesso dos utentes a consultas e exames.

Nos primeiros dias após a inauguração, que acontece a 15 de setembro, a unidade vai disponibilizar rastreios médicos gratuitos à população, incluindo uma breve avaliação geral do estado de saúde e avaliação de risco cardiovascular.

Fonte: Lusa

Ensino: Início do ano letivo 2025/2026

Ensino: Início do ano letivo 2025/2026

No novo ano letivo 2025/2026, as aulas começam esta quinta-feira, dia 11 de setembro e em quase todas as escolas (98%) há professores para todas as disciplinas, segundo o ministério da Educação.

O arranque do ano letivo acontece até 15 de setembro, mas muitas escolas abrem já esta quinta-feira, dia 11, para receber os alunos.

A falta de professores volta a marcar o regresso às aulas, numa altura em que milhares de estudantes não têm professor atribuído a, pelo menos, uma disciplina.

Segundo o ministro da Educação, Ciência e Inovação, em pelo menos 98% das escolas os alunos terão aulas a todas as disciplinas, mas existem ainda cerca de mil horários completos por preencher.

O número de alunos sem todas as disciplinas ainda não foi contabilizado, mas, em entrevista à Antena 1, Fernando Alexandre garantiu que as necessidades das escolas “são muito inferiores” aos professores ainda não colocados.

Há “mais de 20 mil professores profissionalizados não colocados”, disse o governante, reconhecendo que a maioria vive no norte do país e as necessidades são essencialmente nas zonas de Lisboa, Alentejo e Algarve, onde os custos da habitação e de deslocação são incomportáveis.

Entretanto, o Governo abriu um concurso extraordinário com quase 1.800 vagas para fixar docentes nas zonas com maior carência, mas os resultados só serão conhecidos depois do início das aulas. 

Além dos professores, as escolas confrontam-se, este ano, também com a falta de mediadores linguísticos e culturais para apoiar à integração dos alunos imigrantes.

Depois de, no ano letivo passado, terem contratado mais de duas centenas de mediadores já durante o 2.º período, as escolas vão poder reforçar-se com mais profissionais, mas esse recrutamento ainda está a decorrer.

Mesmo aquelas que já contavam com o apoio de mediadores vão ter de realizar novas contratações, uma vez que não foi possível renovar os contratos que terminaram em agosto, lamentou, na quarta-feira, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, em declarações ao Lusa Extra, podcast da agência Lusa que será divulgado na sexta-feira. 

Nos dois últimos anos letivos, as escolas duplicaram o número de alunos estrangeiros – que são agora mais de 140 mil – e que vão começar as aulas sem o apoio destes mediadores culturais e linguísticos.

Já do lado dos professores, o novo ano começa com a expectativa da muito antecipada revisão do Estatuto da Carreira Docente. 

O processo negocial não chegou a começar, devido à queda do primeiro Governo liderado por Luís Montenegro, mas o ministro da Educação prometeu voltar a sentar-se à mesa com os sindicatos em setembro para dar início às negociações. 

Fonte: Lusa | Foto: HA

Vimioso: Autarcas transmontanos reclamam mais meios para prevenir incêndios

Vimioso: Autarcas transmontanos reclamam mais meios para prevenir incêndios

Esta quarta-feira, dia 10 de setembro, os autarcas da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) reuniram-se em Vimioso, tendo o presidente, Pedro Lima, adiantado que os nove municípios pretendem mais meios financeiros para implementar planos de prevenção de incêndios.

A reunião dos autarcas transmontanos decorreu no auditório do pavilhão multiusos, em Vimioso, onde o presidente da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), Pedro Lima, explicou que estas reuniões são mensais.

“Os autarcas dos nove concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais reuném-se mensalmente. As reuniões são rotativas, ou seja, acontecem em todos os nove concelhos, sendo um ótimo exemplo de descentralização e de promoção de cada município”, começou por dizer.

O tema em destaque da reunião foram os incêndios que devastaram floresta, propriedades e bens em alguns concelhos da CIM-TTM. A reunião em Vimioso contou com a presença da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Norte (CCDR-N), que quis auscultar os autarcas sobre os prejuízos causados pelos incêndios nas explorações agrícolas afetadas.

“Na reunião os vários municípios da CIM-TTM expressaram determinação em fazer mais na área da prevenção dos fogos florestais. Para que isso aconteça, é necessário que os municípios participem na definição do plano de prevenção e na obtenção de meios financeiros para o implementar. Queremos apostar mais na prevenção, para aliviar o combate aos incêndios”, afirmou o também autarca de Vila Flor, Pedro Lima.

Questionado sobre outros grandes desafios do nordeste transmontano, Pedro Lima, referiu que de um modo geral, os municípios enfrentam as mesmas dificuldades como o despovoamento, a falta de quadros qualificados e a dificuldade em fixar a população jovem.

“No âmbito da agricultura, os municípios do nordeste transmontano estão a realizar diligências junto do governo para desenvolver projetos no aproveitamento da água para fins agrícolas. Há um investimento de 400 milhões de euros, a ser aplicados em vários anos, que faz parte da estratégia nacional ‘Água que Une’ e que visa desenvolver o setor agrícola nos vários concelhos”, indicou.

Ainda no setor agrícola e pecuário, Pedro Lima, recordou que a Comunidade Intermunicipal está a desenvolver a marca Trás-os-Montes, que conta atualmente com mais de 300 produtos endógenos desta região.

“Os produtos regionais como o azeite, cabrito transmontano, cordeiro mirandês, enchidos, compotas e frutos, mel, pão e doces, queijos, vinhos e outros produtos não alimentares são o que de melhor caracteriza a região de Trás-os-Montes”, destacou.

Para enfrentar a dificuldade em fixar os jovens na região, o presidende do município de Vila Flor, referiu que cada um dos nove municípios da CIM-TTM procura implementar outras medidas como a atribuição de bolsas universitárias, habitação acessível e outros apoios.

“Para incentivar e apoiar os jovens a enveredar pela atividade agropecuária em Trás-os-Montes estamos em conversações com a Associação Portuguesa de Jovens Agricultores, para criar a figura do Jovem Empresário Agrícola. Com esta medida pretende-se que facilitar e apoiar o investimento para iniciar a atividade agrícola”, disse.

No âmbito dos transportes e da mobilidade, o autarca de Vila Flor referiu-se ao projeto comum do sistema de transportes públicos, regulares e flexíveis, assegurado por 90 autocarros.

“Dadas as longas distâncias entre os nove concelhos da CIM-TTM e a diminuição de utentes nos transportes públicos, desenhamos uma resposta inclusiva, para que as pessoas tenham acesso a transportes públicos dentro do território da CIM-TTM”, indicou.

Os nove municípios das Terras de Trás-os-Montes situam-se no nordeste transmontano e abrangem uma área de cerca de 5538 km2.

HA

Bragança-Miranda: Capuchinhos visitam em autocaravana as paróquias da diocese

Bragança-Miranda: Capuchinhos visitam em autocaravana as paróquias da diocese

A 9 de setembro, os frades Capuchinhos da Fraternidade Itinerante de Presença e Apostolado, iniciaram a visita em autocaravana, das 321 paróquias da diocese de Bragança-Miranda, uma iniciativa denominada ‘Caravana de Esperança no ‘Tempo da Criação’ 2025, que decorre durante três semanas.

“Esta iniciativa surge, antes de mais, da obrigação que nós sentimos, como consagrados, em enriquecer a igreja local com aquilo que é específico do nosso carisma. E o cuidado da Criação é, sem dúvida, algo que nos é muito querido”, disse o responsável pela FIPA, à Agência ECCLESIA.

“Depois, porque nos pareceu oportuno aproveitar o Tempo da Criação para celebrar de modo mais intenso o 10º aniversário da Encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, e os 800 anos do Cântico das Criaturas, de São Francisco de Assis, unindo estas celebrações à celebração do grande Jubileu da Igreja, que tem como lema ‘Peregrinos de Esperança’, acrescentou frei Hermano Filipe.

A Fraternidade Itinerante de Presença e Apostolado, dos Franciscanos Capuchinhos em Portugal, é constituída pelos freis Hermano Filipe, John Naheten, e Hermenegildo Sarmento, que vão percorrer as 321 paróquias, das 18 unidades pastorais, da Diocese de Bragança-Miranda, numa ‘Caravana de Esperança’, pelo ‘Tempo da Criação’ 2025.

Esta viagem vai começar “com apenas três pessoas”, numa autocaravana, mas, à medida que for avançando, e se forem “cruzando e rezando com os habitantes das cidades e aldeias, certamente centenas e centenas de pessoas se irão juntar espiritualmente”.

“Queremos que seja uma peregrinação de gente para quem «o mundo é algo mais do que um problema a resolver; é um mistério gozoso que contemplamos na alegria e no louvor» (LS 12)”, acrescentou o frei Hermano Filipe.

Entre 9 e 30 de setembro, a ‘caravana’ dos Capuchinhos da FIPA tem ainda previstas paragens em algumas escolas, lares de idosos e instituições públicas.

Neste Ano Santo 2025, os três frades franciscanos vão levar “Esperança” às comunidades, como mensagem principal; o bispo de Bragança-Miranda, D. Nuno Almeida, tem procurado pôr a diocese a “Caminhar unida na Esperança”.

A Diocese de Bragança-Miranda é a quarta diocese mais extensa de Portugal, os frades têm também o objetivo de entregar exemplares do ‘Cântico das Criaturas’ e da mensagem do Papa Leão XIV para o X Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação (1 setembro), para além de “rezar com os principais agentes da pastoral de cada comunidade a oração do Jubileu”.

Desde 12 de novembro de 2023, a Fraternidade Itinerante de Presença e Apostolado (FIPA), da Província Portuguesa da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, é uma presença na Paróquia de Argozelo, no concelho de Vimioso, da Diocese de Bragança-Miranda, até meados de 2026.

Fonte: Ecclesia

Vindimas: Viticultores do Alentejo com quebra média de produção de 30%

Vindimas: Viticultores do Alentejo com quebra média de produção de 30%

Na época de vindimas deste ano, os viticultores do Alentejo registam uma redução média de 30% na colheita de uvas, em alguns casos até de 40%, face a 2024, indicou a Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA).

“Aquilo que conseguimos apurar, neste momento, [após] um mês e meio do início da vindima, é uma redução que apontamos que possa rondar os 30%”, indicou hoje à agência Lusa Patrícia Cotrim, da Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA).

A diretora técnica e executiva da associação realçou que existem mesmo “casos mais graves e mais extremos”, em que a quebra é superior.

Em comunicado, a ATEVA aludiu à média dos 30% de redução da quantidade de uva colhida e precisou que, nas “situações mais graves”, a campanha atinge “quebras na ordem dos 40%”, em comparação com o ano passado.

A associação faz uma “primeira avaliação sobre o impacto produtivo da campanha de 2025”, através dos dados recolhidos no terreno junto dos seus associados, que possuem 17 mil dos 23 mil hectares de vinha no Alentejo.

Segundo Patrícia Cotrim, a quebra de produção é generalizada pela região, ainda que existam também “viticultores que não têm quebras ou não têm quebras expressivas”.

As vindimas deste ano até “começaram um bocadinho mais tarde do que o normal” e devem ainda prolongar-se “mais três semanas a um mês”, disse, referindo que os dados da ATEVA respeitam sobretudo às castas dos vinhos brancos, aquelas que são colhidas primeiro, mas também estão incluídas castas tintas.

A diretora técnica e executiva da ATEVA justificou que a quebra deve-se a este “ano agrícola particularmente difícil”, marcado por “bastante chuva até abril, que não permitiu ou dificultou muito a entrada nas vinhas para fazer determinados tratamentos e determinadas operações que são adequadas nessa altura”.

E, depois, surgiu “o calor extremo e muito continuado”, o que também não foi benéfico, acrescentou a responsável, precisando que o Alentejo tem sempre períodos de calor, mas, este ano, “foram bastante mais continuados do que o normal”.

Houve, por isso, menos frutificação: “Temos uva que não pesa, como se costuma dizer, [ou seja] temos reboques cheios que, em vez de pesarem 10 toneladas, pesam sete e isso é muito devido a esta conjugação de fatores”, frisou a diretora.

Segundo a ATEVA, “a viticultura no Alentejo, pilar fundamental da economia regional e expressão maior da identidade agrícola e cultural do território, enfrenta assim um dos anos mais desafiantes da última década”.

“A quebra na produção, associada ao baixo preço das uvas pago aos viticultores, coloca em causa não apenas a sustentabilidade económica do setor, mas também o equilíbrio social e ambiental de uma atividade que estrutura a paisagem, fixa população e projeta o Alentejo como região vitivinícola de referência nacional e internacional”, destacou a associação.

Questionada pela Lusa sobre se, perante este cenário, a medida agora aprovada pelo Governo para atribuir aos viticultores do Douro 50 cêntimos por quilo de uva entregue para destilação, é mais uma ‘pedrada’ no setor, Patrícia Cotrim concordou.

“Temos um setor em crise, com um preço da uva que continua baixo e já tivemos uma taxa de abandono da vinha muito elevada no ano passado, cerca de 800 hectares arrancados e cerca de 100 hectares abandonados”, o que tem “muito impacto no Alentejo [e] nas exportações e isso tem que nos preocupar a todos”, argumentou.

Por isso, “essa dualidade de critérios” do Governo, apoiando o Douro e deixando de fora as outras regiões, “preocupa [os viticultores] no Alentejo”, afiançou Patrícia Cotrim, afirmando esperar que “a situação seja revista”.

Já em 29 de agosto, o presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, Luís Sequeira, afirmou à Lusa que o Alentejo está “estupefacto” e “em choque” com o apoio do Governo aos viticultores do Douro de 50 cêntimos por quilo de uva entregue para destilação.

Fonte: Lusa | Fotos: ATEVA e Flickr

Saúde: Vacinação contra a gripe gratuita para crianças dos 6 aos 23 meses

Saúde: Vacinação contra a gripe gratuita para crianças dos 6 aos 23 meses

A vacinação contra a gripe passa a ser gratuita para todas as crianças dos 6 aos 23 meses de idade, na campanha outono-inverno 2025-2026, que se inicia a 23 de setembro, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS).

“A principal novidade da campanha é o alargamento da gratuitidade da vacinação contra a gripe a todas as crianças desde os 6 até aos 23 meses de idade”, refere a DGS.

A autoridade explica esta decisão com dados nacionais que demonstram que “esta faixa etária apresenta taxas de hospitalização e de cuidados intensivos equiparáveis às registadas entre pessoas mais idosas”.

A vacinação sazonal contra a gripe é recomendada e voluntária para os grupos:

  • Pessoas com idade igual ou superior a 60 anos;
  • Crianças com idade igual ou superior a 6 meses de idade e inferior a 5 anos de idade, em
    particular durante os primeiros 2 anos de vida;
  • Doentes crónicos ou com imunossupressão, com 6 ou mais meses de idade;
  • Grávidas;
  • Profissionais de saúde e outros prestadores de cuidado.

Fonte: Lusa | Imagem: DGS

Naso: Burros de Miranda são animais dóceis e inteligentes

Naso: Burros de Miranda são animais dóceis e inteligentes

No dia 6 de setembro, o recinto do Santuário do Naso, acolheu o 6º Concurso Nacional da Raça Asinina de Miranda, um evento anual que tem como objetivos premiar os criadores e avaliar o atual estado desta raça autóctone do planalto mirandês, cujos animais são descritos como dóceis, meigos e inteligentes.

O concurso dos burros de Miranda realiza-se desde 2002, graças à iniciativa conjunta da Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA) e do município de Miranda do Douro. Presente no 6º Concurso Nacional da Raça Asinina de Miranda, o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, congratulou-se com o trabalho desenvolvido no concelho, pelas associações das raças autóctones.

“A AEPGA, assim como as associações de criadores de bovinos e ovinos mirandeses são os principais responsáveis pela preservação destes animais. Ao município compete apoiar estas associações em todas as atividades que visem promover as raças originárias da Terra de Miranda, pois são importantes recursos económicos, culturais e turísticos da região”, justificou o autarca.

Para a preservação do Burro de Miranda, o município de Miranda do Douro, indicou também que apoia os criadores com os custos da sanidade animal, a desparasitação e o incentivo à reprodução.

“Com estes apoios pretendemos também incentivar os mais jovens a dedicarem-se à agropecuária no concelho, pois é uma atividade que precisa de uma renovação geracional”, disse.

Por sua vez, o secretário técnico da raça asinina de Miranda, Miguel Nóvoa, inidcou que o concurso deste ano contou com a inscrição de 60 criadores, a maioria dos quais provenientes das várias localidades do concelho de Miranda do Douro, mas também dos concelhos de Vimioso, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros.

“No total foram a concurso 80 animais. Quero destacar, por exemplo, a iniciativa do criador Filipe Miranda, que este ano veio de Vimioso, de carroça com as suas duas burras, para participar no concurso. Antigamente, a viagem de burro era muito comum nas gentes do planalto mirandês, que vinham das suas aldeias para participar na romaria em honra de Nossa Senhora do Naso”, disse.

O concurso organizado pela AEPGA elegeu os melhores burros de Miranda, nas idades dos 6 meses aos três anos; e dos 3 aos seis anos. Segundo a associação, as caraterísticas identificativas do burro de Miranda são a corpulência, a força e a andadura ou maneira de andar.

“Os prémios são valores monetários que são atribuídos do 1º ao 20º classificado. Estes prémios visam recompensar o trabalho desenvolvido pelos criadores, ao longo do ano. Para além dos prémios pelo trato aos animais, também há prémios para o melhor criador nacional e concelhio; e para a melhor exploração asinina nacional e concelhia”, indicaram.

Sobre o estado da raça asinina de Miranda, Miguel Nóvoa referiu que se está a manter a média de 100 a 120 nascimentos por ano, o que assegura o futuro desta raça autóctone.

“Continua a existir uma grande procura dos Burros de Miranda, seja das fêmeas para reprodução, seja dos machos para outros fins como a limpeza dos terrenos, a agricultura biológica e o turismo rural. A longevidade de um Burro de Miranda são cerca de 30 anos, sendo que a partir dos 22 anos vai perdendo progressivamente a corpulência e força física”, respondeu.

De acordo com os criadores, os Burros de Miranda são animais dóceis, meigos e de trato fácil. O criador, Filipe Miranda, residente em Vimioso, é proprietário de duas burras, a Serra e a Silvana.

“As burras são animais sociáveis e meigas e continuam a ser muito úteis nas lavras da horta, na produção de estrume fertilizante e na limpeza dos lameiros. Estes animais, embora lhe chamemos de burros, são muito inteligentes e obedientes”, disse o criador de Vimioso.

Da aldeia de Ifanes, Catarina Miguel, é a criadora da burra de Miranda, Rebeca, um animal de três anos, que tem como principal missão fazer companhia aos donos e entreter as crianças que a visitam com regularidade.

O programa do VI Concurso Nacional de Asininos de Miranda, realizado no passado dia 6 de setembro, incluiu ainda um Mercado Rural com produtos agrícolas e artesanais, jogos tradicionais e animação musical.

Anualmente, o Concurso Nacional de Asininos de Miranda é uma iniciativa conjunta da Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA) e do Município de Miranda do Douro, sob a orientação técnica da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

HA