Ucrânia: Guerra perturbou educação de cinco milhões de crianças

Passados 11 meses de guerra russa na Ucrânia, a UNICEF alertou que o conflito perturbou a educação de mais de cinco milhões de crianças, apelando a mais apoio para “assegurar oportunidades de aprendizagem” no país e nos países de acolhimento.

Na data em que se assinala o Dia Internacional da Educação, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) veio chamar a atenção para a importância de “um maior apoio internacional para garantir que as crianças não ficam mais para trás”, recordando que “o impacto de 11 meses de conflito veio agravar os dois anos de aprendizagem perdidos devido à pandemia de covid-19” e as consequências de “mais de oito anos de guerra para as crianças do leste da Ucrânia”.

“As escolas e outras entidades de educação de ensino pré-escolar proporcionam um sentido essencial de rotina e segurança às crianças, e a falta de aprendizagem pode ter consequências para toda a vida”, sublinhou Afshan Khan, diretora regional da UNICEF para a Europa e Ásia Central, citada no comunicado da organização.

“Não há botão de pausa. Simplesmente não é uma opção adiar a educação das crianças e voltar a ela quando outras prioridades tenham sido abordadas, sem arriscar o futuro de uma geração inteira”, insistiu.

Segundo a agência especializada da ONU, “o uso continuado de armas explosivas – inclusive em zonas habitadas – significou que milhares de escolas, pré-escolas e outras instalações de educação em todo o país foram danificadas ou destruídas” e, ao mesmo tempo, “muitos pais e prestadores de cuidados estão relutantes em enviar crianças para a escola devido a preocupações de segurança”.

No comunicado, a UNICEF precisa que “dentro da Ucrânia, está a trabalhar com o Governo para ajudar a levar as crianças de volta ao ensino” – nas salas de aula, quando estas são consideradas seguras, ou através de alternativas ‘online’ ou na comunidade, “se a aprendizagem presencial não for possível”.

A organização indica que, até há pouco tempo, “mais de 1,9 milhões de crianças tinham acesso a oportunidades de aprendizagem ‘online’ e 1,3 milhões de crianças estavam inscritas num sistema híbrido de aulas presenciais e ‘online’”, mas os recentes bombardeamentos de centrais elétricas e outras infraestruturas energéticas “causaram apagões generalizados e deixaram quase todas as crianças na Ucrânia sem acesso permanente a eletricidade, o que significa que mesmo assistir a aulas virtuais é um desafio constante”.

Fora da Ucrânia, prossegue a UNICEF, a situação “é igualmente preocupante, estimando-se que duas em cada três crianças refugiadas ucranianas não estejam atualmente inscritas no sistema educativo do país de acolhimento”.

De acordo com a agência da ONU, vários fatores contribuem para este cenário, entre os quais estruturas educativas sobrecarregadas e “o facto de, no início da crise e durante todo o verão, muitas famílias refugiadas terem optado pela aprendizagem ‘online’, em vez de frequentarem escolas locais, porque esperavam poder regressar rapidamente a casa”.

No interior da Ucrânia, a organização apela para o “fim dos ataques às instalações de educação e outras estruturas civis, incluindo as infraestruturas energéticas, de que dependem as crianças e as famílias”.

Nos países de acolhimento de refugiados, a UNICEF apela para que se dê prioridade à “integração das crianças refugiadas ucranianas nos sistemas de educação nacionais em todos os níveis de ensino, especialmente na educação infantil e no ensino primário – com professores qualificados, materiais de aprendizagem e espaços disponíveis para apoiar a sua aprendizagem presencial, desenvolvimento e bem-estar”, lê-se ainda na nota.

“É importante que as autoridades relevantes identifiquem e ultrapassem as barreiras regulamentares e administrativas que impedem o acesso das crianças à educação formal a todos os níveis, e forneçam informação clara e acessível às famílias refugiadas”, frisou a organização, acrescentando que “quando o acesso ao sistema educativo não pode ser imediatamente assegurado, a UNICEF apela para a disponibilização de múltiplos percursos de aprendizagem, especialmente para as crianças em idade de frequência do ensino secundário”.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

Fonte: Lusa

Sociedade: Famílias de acolhimento recebem formação para tratar idosos

Mais de três dezenas de famílias de acolhimento vão receber formação específica para tratar idosos e pessoas com deficiência e prevenir algumas causas de tratamento hospitalar, no âmbito de um novo projeto apresentado em Bragança.

Trata-se do “Academia Familiar – Projeto de literacia para famílias de Acolhimento de idosos e Adultos com Deficiência” que tem como objetivo formar 34 famílias de acolhimento de idosos e adultos com deficiência, nos concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Vinhais.

Estes são os quatro concelhos no distrito de Bragança da área de influência da Fundação Caixa CA – Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Alto Douro, que financia com 25 mil euros o projeto a ser desenvolvido em parceria com a Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, com o apoio logístico da Segurança Social.

O protocolo de colaboração foi assinado em Bragança e vai permitir, segundo os responsáveis, recrutar um enfermeiro que vai dar, durante um ano, formação e treino às famílias de acolhimento inscritas e financiadas pela Segurança Social.

O presidente da ULS do Nordeste, Carlos Vaz, realçou o “trabalho fantástico” que as famílias de acolhimento fazem, contudo, ressalvou: “uma coisa é querer tratá-los bem, outra é saber tratá-los bem”.

A ULS disponibiliza para este projeto o apoio das equipas de enfermagem e geriatria e o presidente considera que esta formação é “uma excelente mais-valia”.

“Um doente faz uma escara em 48 horas, basta bem que uma pessoa se distraia em o posicionar ou mudar e depois, às vezes, leva meses a curar”, disse.

Todo esse conhecimento, todo esse treino, toda essa formação específica é seguramente uma mais-valia enorme”, afirmou.

Os resultados desta formação poderão também ajudar a prevenir idas frequentes ao hospital.

A ideia do projeto partiu da Fundação Caixa, segundo a responsável Cândida Brás, ao verificar que “havia várias famílias de acolhimento e que nem sempre tinham formação na área de saúde, se calhar adequada”.

“Não é só alimentar, é saber tratar, é saber mobilizar, é saber apoiar afetivamente, e é preciso que a família de acolhimento tenha essas valências todas e que perceba todas as vertentes da pessoa que vai ser acolhida, que vai ser tratada”, considerou.

A instituição pretende futuramente alargar ao distrito de Vila Real este projeto que começa em Bragança e que o diretor distrital da Segurança Social, Orlando Vaqueiro, considera “indispensável para que as famílias de acolhimento possam fazer o seu trabalho em pleno”.

Cada família pode acolher até três utentes e receber um máximo de 677 euros por cada, um montante que perece ser cada vez menos aliciante, já que o número de famílias de acolhimento tem vindo a diminuir no distrito de Bragança, segundo disse.

O diretor distrital da Segurança Social considera que para este decréscimo tem também contribuído o envelhecimento das pessoas que estavam dispostas a acolher e que pesa ainda o facto de para se ser família de acolhimento ter que se “ter alguma sensibilidade”.

A importância desta resposta social notou-se, como exemplificou, durante a pandemia, com os internamentos a prolongarem-se para lá da necessidade de cuidados hospitalares por os utentes não terem vaga nem em instituições, nem em famílias de acolhimento.

“Não tem havido motivação para que famílias mais jovens surjam neste setor, talvez com mais incentivos, melhor formação, maior sensibilização possamos contar com este “bom complemento” das estruturas residenciais para pessoas idosas, dos lares residenciais e das unidades de saúde”, afirmou.

Fonte: Lusa

Sociedade: Pensionistas manifestam-se contra aumento do custo de vida

Centenas de reformados prometem sair à ruas nas principais cidades do país para exigir uma atualização de 60 euros em todas as reformas, bem como medidas do Governo para travar a inflação nos bens essenciais.

Para as principais avenidas e praças do país estão marcadas concentrações, manifestações e distribuição de informação à população, disse a presidente do MURPI – Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos, Isabel Gomes.

Estão previstas ações para Lisboa, Porto, Coimbra, Leiria, Braga, Guimarães, Aveiro, Viseu, Guarda, Entroncamento, Almada, Setúbal, Barreiro, Beja, Évora, Grândola, Portalegre e Faro, numa iniciativa do MURPI e da Inter-Reformados (CGTP-In).

Os pensionistas exigem que o Governo trave a escalada dos preços de bens essenciais como o leite, a carne e o peixe.

De acordo com a dirigente do MURPI, mesmo os pensionistas com reformas iguais ou superiores a mil euros estão a enfrentar dificuldades para pagarem os medicamentos e os custos das rendas na habitação, havendo casos de pessoas que foram obrigadas a trocar a casa por um quarto.

“Os pensionistas receberam no início deste mês a sua reforma com um valor que ficou muito aquém do que lhes é devido. Com o malabarismo de meia pensão em outubro, a pensão deste mês que deveria trazer um aumento na ordem dos 7% a 8%, veio apenas com 3,5% e 4,8%”, referem em comunicado os organizadores do protesto.

Fonte: Lusa

Ambiente: Ministro diz que verão de 2023 vai ser “ainda mais exigente”

O ministro da Administração Interna disse que 2023 será “ainda mais exigente” do que 2022 no combate aos incêndios florestais, sublinhando que dados europeus indicam que o “alto risco de incêndio” vai continuar a acentuar-se.

Antes de uma reunião com autarcas da região norte para debater a prevenção dos incêndios rurais e apresentar os fundos europeus disponíveis em matéria de Proteção Civil, José Luís Carneiro informou que o objetivo é preparar o Verão.

“Como se sabe e como é hoje público, cada vez mais, as condições meteorológicas, por força das alterações climáticas, far-se-ão sentir de uma forma muito intensa. E é muito importante que todos os atores, desde as autarquias de freguesia, municípios, comunidades intermunicipais, comissões de coordenação e desenvolvimento regional, possam trabalhar com as autoridades da administração central, preparando-nos para aquilo que será um verão, estamos convencidos disso à luz dos indicadores que temos, ainda mais exigente que o verão de 2022”, declarou o ministro.

José Luís Carneiro disse que esta é a “tendência que se tem vindo a confirmar em toda a União Europeia”, com base em dados fornecidos pela própria União Europeia.

“Quando há a conjugação de três fatores: temperaturas acima de 30 graus, humidade abaixo de 30% e ventos acima de 60 quilómetros horários, estamos em alto risco de incêndio. Este ano de 2022 tivemos temperaturas de 47 graus, humidades abaixo de 10% e ventos acima de 60 quilómetros horários. Ora, no quadro europeu, a expectativa é que este nível de risco continue a acentuar-se”, salientou o ministro da Administração Interna.

José Luís Carneiro apelou para um “esforço coletivo”, por parte da população, das autarquias locais e das entidades responsáveis pelo socorro e pelo combate aos incêndios, dando conta de que o Governo português tem estado a trabalhar na “frente europeia” e na “frente nacional”, envolvendo vários ministérios e organismos.

O governante destacou ainda a importância deste tipo de encontros com autarcas, o primeiro de um conjunto de cinco que vão decorrer nos próximos tempos pelo país.

“Estas iniciativas são da maior importância. Sensibilizar, informar, esclarecer os cidadãos para aquilo que são os seus deveres, que devem ser cumpridos, atempadamente, de limpeza, nomeadamente das faixas de segurança, os tais 50 metros em torno do seu património, das suas habitações. Mas há também depois deveres das autarquias e que devem estar previstos em sede de planeamento dessas mesmas limpezas. E depois, encontrar formas também, de poder termos recursos para apoiar as autarquias nesses esforços de limpezas”, sublinhou José Luís Carneiro.

O ministro da Administração Interna lembrou que todos têm os seus deveres no que à prevenção de incêndios florestais diz respeito.

“Que todos os cidadãos se consciencializem de que há deveres que competem, por um lado, aos proprietários, há deveres que competem às autarquias de freguesia, aos municípios, nomeadamente, terem os planos municipais de defesa da floresta contra incêndios aprovados e atualizados, terem os planos de proteção civil aprovados e atualizados, para, todos em cooperação, podermos estar mais preparados para a época dos incêndios, que é uma época, em que, por vezes, sentimos muita incapacidade para fazer face a desafios tão complexos como são os desafios dos incêndios florestais”, apelou José Luís Carneiro.

Este primeiro encontro em Guimarães juntou representantes de 66 autarquias da região norte, 37 dos quais presidentes e 29 vereadores.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: “Ser do interior exige mais trabalho e colaboração entre todos” – Ana Abrunhosa

Na sexta-feira, dia 20 de janeiro, aquando da abertura oficial do XXIV Festival dos Sabo(e)res Mirandeses, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa e a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, elogiaram o trabalho dos produtores e artesãos locais, como um exemplo de dinamismo económico.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, participou na abertura do XXIV Festival dos Sabo(e)res Mirandeses.

No seu discurso, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, começou por elogiar os produtores e artesãos presentes no certame, os quais descreveu como “gente trabalhadora e resiliente”.

A autarca aproveitou a presença da ministra da Coesão Territorial, para alertar o governo para as assimetrias que continuam a ser causa de desigualdade entre o interior e o litoral. Entre as várias reivindicações, Helena Barril, apelou à governante apoio para desbloquear a construção do novo Lar de Idosos de Santa Catarina, em Miranda do Douro.

A presidente do município referiu-se ainda ao Plano Ferroviário Nacional, que a passar pela região, poderá ser uma obra estruturante para o desenvolvimento regional e local.

“Se realmente querem futuro para as regiões do interior há que definir um plano de salvação, tal como foi feito para as regiões dos Açores e da Madeira”, disse.

Helena Barril alertou também a ministra para a atual luta do povo de Miranda pela justiça fiscal, na cobrança dos impostos decorrentes da venda da concessão das barragens no rio Douro.

Sobre a língua local, a autarca de Miranda do Douro solicitou apoio ao governo para criar o Instituto da Língua Mirandesa.

Por sua vez, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, agradeceu o convite para estar presente no XXIV Festival de Sabores Mirandeses, “um evento que promove a identidade do território”, sublinhou.

Tal como Helena Barril já havia feito antes, a ministra destacou o exemplo dos produtores e artesãos locais, que com o seu trabalho contribuem para o dinamismo económico da região.

“Ser do interior exige mais trabalho e mais colaboração entre todos: cidadãos, associações, empresas e instituições”, disse.

A governante deu como exemplo o Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM), que para além de motivar a população para o exercício ativo da cidadania, elaborou também um plano estratégico para o desenvolvimento do território.

“Estamos a iniciar um novo quadro comunitário e em Miranda do Douro sei da urgência em melhorar as infraestruturas e as comunicações móveis e digitais”, indicou.

A governante incentivou ainda os mirandeses a aproveitarem os fundos comunitários para elaborar projetos de cooperação transfronteiriça.

Após os discursos inaugurais, seguiu-se uma visita ao XXIV Festival dos Sabores Mirandeses, onde participaram 60 expositores, com produtos e artigos caraterísticos de Miranda do Douro, como são o fumeiro, a doçaria tradicional, os artigos em burel, a cutelaria, os artigos em madeira, entre outros produtos.

HA

Futsal: Mirandeses venceram na primeira mão da taça

No jogo da primeira mão dos quartos de final da Taça Distrital de Futsal, realizado no serão do dia 20 de janeiro, o Clube Desportivo de Miranda do Douro venceu o Águia Futebol Clube de Vimioso por 6-4 e leva vantagem na eliminatória.

Aos 10 segundos de jogo, o mirandês Nickas, fez o 1-0.

O desafio realizado na sexta-feira, dia 20 de janeiro, às 21h30, começou da melhor maneira para os mirandeses já que aos 10 segundos, Vitor Hugo rematou forte para defesa para a frente do guarda-redes vimiosense e na recarga Nickas fez o 1-0.

O golo madrugador transmitiu muita confiança à equipa da casa, que jogava com rapidez e precisão, o que agradou aos adeptos que voltaram a encher as bancadas do multiusos de Miranda do Douro.

Aos 6 minutos, o mirandês, Ricky, intercetou a bola, isolou-se, mas não conseguiu ultrapassar o guardião vimiosense.

O Vimioso respondeu através de Pedro Diz com um remate ao poste da baliza mirandesa.

Na jogada seguinte, os mirandeses ampliaram a vantagem para 2-0, o que deu ainda maior à-vontade à equipa Miranda do Douro.

No entanto, os “bileiros” responderam aos 11 minutos, através de um passe de Miguel Diz para dentro da área mirandesa, onde estava o companheiro Ricardo, que num toque de calcanhar surpreendeu a defesa e reduziu para 2-1.

O vimiosense, Ricardo, num toque de calcanhar, reduziu para 2-1.

Aos 12 minutos, o guarda-redes do Vimioso, Chico, foi expulso com o cartão vermelho, por derrube de Nickas. A jogar em superioridade numérica de 5 para 4, Ricky, num remate cruzado fez o 3-1.

No minuto seguinte, os mirandeses voltaram a marcar, desta vez por intermédio de Vitor Hugo, ao aproveitar uma desconcentração defensiva vimiosense.

A equipa de Vimioso voltou a reagir aos 19 minutos, por iniciativa de Pedro Diz, num remate cruzado que fez o 4-2.

Antes do intervalo, Nickas, desperdiçou uma oportunidade de golo a passe de Finha.

Na segunda parte, aos 26 minutos, Vitor Hugo rematou ao poste da baliza do Vimioso.

Aos 30′, o guardião mirandês, Guilherme, opôs-se bem a um novo remate de Pedro Diz.

E aos 31′, a equipa de Vimioso viu-se novamente reduzida a 4 jogadores, por expulsão de Miguel Diz, que defendeu a bola com a mão, fora da área.

Os mirandeses voltaram a aproveitar bem a superioridade numérica e Ricky ampliou a vantagem para 5-2.

No entanto, o mesmo Ricky, viria a ser expulso, aos 32 minutos, por acumulação de amarelos.

O Vimioso procurou aproveitar a superioridade numérica mas os mirandeses defenderam bem a sua baliza no decorrer dos 2 minutos regulamentares.

À medida que o jogo se aproximava do fim, do lado do Vimioso, o inconformado Diogo, numa jogada individual, reduziu para 5-3, aos 37 minutos.

Este golo animou os companheiros e no ataque seguinte, Pedro Diz, fez o 5-4, a aproveitar uma falta de agressividade dos mirandeses.

O resultado final de 6-4 foi confirmado por Nickas, no decorrer do último minuto de jogo, através de um potente remate, efetuado de baixo para cima, que surpreendeu a defesa adversária.

Este primeiro jogo dos quartos de final da Taça Dstrital foi um jogo de de futsal emotivo e com golos. A vitória dos mirandeses premiou a rapidez e precisão demonstradas em vários momentos do jogo. Contudo, a equipa de Vimioso, demonstrou, uma vez mais, que é constituída por jogadores experientes, fortes fisicamente e que não obstante as contrariedades lutam sempre pela vitória.

O segundo jogo dos quartos de final da Taça Distrital de Futsal vai jogar-se no dia 17 de fevereiro.

HA

Equipas

Clube Desportivo de Miranda do Douro: Guilherme, Ricky, Vitor Hugo, Miguel Castro, Pina, Cristal, Couto, André, Finha, Vitó e Diogo.

Treinador: Paulo Gonçalves

“O jogo acabou por correr bem, dado que conseguimos marcar logo no início e depois adquirimos alguma vantagem. Na parte final do desafio sofremos dois golos que vieram equilibrar a eliminatória. Metade do trabalho está feito, falta agora a 2º mão da eliminatória em Vimioso” – Vitor Hugo

Águia Futebol Clube Vimioso: Chico, Luís, Rafael, Diogo, Pedro Diz, Rafael, Ricardo, Miguel Diz e Choupina.

Treinador: Bruno Sobrinho

“Dada a proximidade geográfica, os jogos entre o Vimioso e o Miranda são sempre muito intensos e disputados. E por vezes esta intensidade leva a excessos na entrega, como foi o lance que deu à origem da expulsão do nosso guarda-redes. Mesmo assim, os meus jogadores foram inexcedíveis e demonstraram uma grande atitude, marcando 4 golos. Estou convicto de que com esta atitude após a 2ª mão em Vimioso, vamos estar no playoff da Taça Distrital.” – Bruno Sobrinho

Equipa de arbitragem

1º Árbitro: Carlos Ventura

2º Árbitro: Miguel Ribeiro

Cronometrista: Eduardo Nunes

1.ª mão dos quartos da Taça Distrital de Futsal – resultados

GD Torre Dona Chama 4-2Vila Flor
  Sp. Moncorvo 7-4GD Sendim
  CD Miranda Do Douro 6-4 Águia FC Vimioso
  ACRD Ala 1-2EF Arnaldo Pereira
 
O jogo da segunda mão está agendado para o dia 17 de fevereiro.

Meteorologia: Frio deve manter-se até quinta-feira

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) estendeu o aviso amarelo para oito distritos do continente até quinta-feira, devido à previsão de tempo frio.

Os distritos de Bragança, Viseu, Évora, Guarda, Vila Real, Beja, Castelo Branco e Portalegre vão estar sob aviso amarelo até às 06:00 de quinta-feira, devido à persistência de valores baixos da temperatura mínima.

Até às 07:00 de quarta-feira mantêm-se sob aviso amarelo por causa do frio os distritos do Porto, Faro, Setúbal, Santarém, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga.

O aviso amarelo, o terceiro menos grave, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

De acordo com o IPMA, o tempo frio, que deverá manter-se até ao final da semana, é causado por um anticiclone localizado no norte da Europa, estendendo-se em crista até ao Atlântico”, transportando “uma massa de ar frio continental para a Península Ibérica”.

A temperatura máxima também irá descer, prevendo-se na generalidade do território valores entre 10 e 15 graus e, no interior Norte e Centro, valores entre 5 e 10 graus.

Devido à situação meteorológica, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou para os potenciais riscos, nomeadamente “intoxicações por inalação de gases, devido a inadequada ventilação em habitações onde se utilizem aquecimentos como lareiras e braseiras”, assim como para incêndios devido à “má utilização de lareiras e braseiras ou de avarias em circuitos elétricos”.

Pede igualmente especial atenção aos grupos populacionais mais vulneráveis, crianças, idosos e pessoas portadoras de patologias crónicas e população sem-abrigo, para o piso escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo e aumento do risco associado ao tráfego rodoviário, quer pela queda de neve nas vias, quer pela formação de gelo.

A ANEPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, nomeadamente evitar a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura a manter o corpo, através do uso de várias camadas de roupa, folgada e adaptada à temperatura ambiente, e proteção das extremidades do corpo e calçado quente e antiderrapante, bem como a ingestão de sopas e bebidas quentes.

A ANEPC chama também a atenção para os aquecimentos com combustão (braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte, para a necessidade de assegurar uma adequada ventilação das habitações, evitar o uso de dispositivos de aquecimento durante o sono, desligando sempre quaisquer aparelhos antes de se deitar e a não sobrecarregar tomadas e/ou extensões elétricas.

Fonte: Lusa

Saúde: Cerca de metade dos adultos portugueses têm dois ou mais problemas de saúde

Cerca de metade da população adulta portuguesa tem dois ou mais problemas de saúde, consequência de excessiva exposição a ecrãs, má qualidade do sono e ‘stress’, concluiu um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, agora divulgado.

Publicado na revista científica BMC Public Health, o estudo da FMUP revelou que o risco de multimorbilidade (ter dois ou mais problemas de saúde) numa pessoa aumenta 4% por ano.

Entre os problemas de saúde mais frequentes estão casos de dores osteoarticulares, hipertensão, diabetes, problemas cardíacos, asma e cancro, sublinha o estudo.

Os autores do estudo – Rosália Páscoa, Andreia Teixeira, Hugo Monteiro, Filipe Prazeres e Carlos Martins – consideraram a multimorbilidade “excessiva” em Portugal e apontaram a necessidade de otimizar a prevenção das doenças não transmissíveis para melhorar a saúde da população.

Para obter estes dados, os investigadores avaliaram 891 pessoas com mais de 20 anos e constataram que praticamente metade delas tinha dois ou mais problemas de saúde associados.

Os resultados revelaram que 21,1% dos inquiridos manifestavam dois problemas de saúde, 12,1% três, 7,7% quatro e 8% cinco ou mais.

“Este é um reconhecido problema fundamental de saúde pública, já que estamos a falar de situações com necessidades de saúde acrescidas, o que acaba por se traduzir num aumento do volume de trabalho ao nível dos serviços de saúde”, disse Rosália Páscoa, docente da FMUP e investigadora do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS).

Neste trabalho, no qual os investigadores analisaram a prevalência da multimorbilidade em Portugal e a sua associação com os estilos de vida e os fatores sociodemográficos, concluiu-se que o tempo excessivo de exposição a ecrãs e a má qualidade de sono estão associados a um risco aumentado de sofrer de duas ou mais doenças, assim como níveis elevados de ‘stress’.

Já em relação aos hábitos tabágicos, os participantes que pararam de fumar há mais de um ano apresentaram um aumento de 91% de risco de multimorbilidade em comparação aos que nunca fumaram.

Segundo os autores, uma interpretação possível “pode estar relacionada com o facto de que a maioria dos fumadores tenha deixado o tabaco só depois de ter sido diagnosticada com algum problema de saúde”.

Por isso, os investigadores sublinharam que o caminho em direção a uma vida saudável passará por bons hábitos como não fumar, uma boa qualidade de sono, exposição moderada a ecrãs e uma gestão adequada dos níveis de ‘stress’, fatores com maior impacto na multimorbilidade.

Fonte: Lusa

Sociedade: Portugal vai ter novo cartão do cidadão em 2023

Portugal vai ter um novo cartão do cidadão com um novo desenho e mais segurança, anunciou o secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, Mário Campolargo.

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Mário Campolargo disse que a substituição será gradual, feita à medida que os cartões atuais forem caducando.

No meio deste ano de 2023, disse, Portugal vai lançar “um novo cartão de cidadão, com um ‘design’ muito apelativo e que estará, em termos de segurança e de qualidade, no pelotão da frente”, incluindo em matéria de segurança, “para o próprio cidadão e para a preservação de dados”.

Uma das inovações será a tecnologia ‘contactless’ (sem contacto), deixando de necessitar de um leitor de cartões.

O secretário de Estado Digitalização e Modernização Administrativa afirmou ainda que não está previsto o regresso ao atendimento a 100 por cento presencial em serviços públicos, continuando a funcionar com 50% de marcação prévia ‘on-line’ e 50% presencialmente.

Em 2023, o governo pretende abrir oito novas Lojas do Cidadão.

Fonte: Lusa

Política: Ministra da Coesão afasta fecho de serviços na passagem de competências para as CCDR

A ministra da Coesão Territorial reiterou que não haverá encerramento nem deslocalização de serviços, no âmbito da transferência de competências para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).

“Esses serviços continuam a ser exercidos no local onde as pessoas estão e, portanto, não haverá encerramento de serviços, não haverá deslocalização de serviços. Era impensável que, agora, todos os serviços passassem para outro território que não aquele onde estão a ser exercidos”, afirmou Ana Abrunhosa em Mogadouro, no final de uma reunião com os elementos do Conselho Regional do Norte.

A governante disse estar prevista a “passagem gradual” dos serviços para as CCDR, que o calendário será definido em Conselho de Ministros e que vai sendo feita a avaliação e monitorização dessa passagem.

“Temos de ser cautelosos porque estão em causa serviços muito importantes à população, às instituições, porque muitos destes serviços que passam a estar sob coordenação das CCDR não têm relação direta com o cidadão, são serviços institucionais, mas têm que continuar a funcionar, referiu.

O Governo aprovou, em novembro, em Conselho de Ministros, a resolução que dá início à transferência e partilha de competências de serviços regionais do Estado para as CCDR, em nove áreas, estimando que a reforma esteja concluída até ao final do primeiro trimestre de 2024.

As atribuições a transferir dizem respeito às áreas da economia, da cultura, da educação, da formação profissional, da saúde, da conservação da natureza e das florestas, das infraestruturas, do ordenamento do território e da agricultura.

No entanto, têm-se ouvido muitas críticas à reforma anunciada pelo Governo, e muitas organizações apontam mesmo, por exemplo, para a extinção das Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP) e para o afastamento dos serviços do território.

Ana Abrunhosa explicou as “maiores mudanças” resultantes do novo modelo de governação, destacou uma “maior autonomia” e “responsabilidade” dos presidentes das CCDR” e disse ainda que, no Portugal 2030, o “plano de avisos será aprovado pelo Governo, mas depois os avisos concretamente serão decididos pela CCDR, em conjunto com as comunidade intermunicipais (CIM)”.

“Uma mudança muito significativa é que as verbas a contratualizar com as CIM e com a Área Metropolitana do Porto vão aumentar significativamente e, portanto, isso vai exigir um exercício de articulação sub-regional de escolhas muito importante, porque estas escolhas têm que estar alinhadas com o que são os desígnios do Portugal 2030, que é a descarbonização, a digitalização, o desafio demográfico, aumentar a competitividade da região e resolver também os problemas de coesão”, referiu.

Ana Abrunhosa lembrou que o “Norte é a região que tem o maior programa regional, mas também é a região onde existem ainda graves assimetrias regionais e, portanto, o programa regional tem como objetivo ultrapassar, resolver essas assimetrias”.

Por fim, questionada sobre o possível encerramento do balcão do banco Santander em Sabrosa (Vila Real), previsto para 13 de fevereiro, a ministra disse ter toda a “disponibilidade para falar com a empresa”, mas lembrou que se trata de “uma empresa privada, que tomará as suas decisões”.

“O que teremos que acautelar é que a população continue a ter esses serviços. É nosso objetivo, aliás, que nas juntas de freguesia nós, para além dos Espaços Cidadão, possamos ter outros serviços para a população, para que quando essas situações acontecem, a população não fique sem esses serviços”, referiu.

Ana Abrunhosa participou na reunião do Conselho Regional do Norte, um órgão consultivo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), onde estão representados os 86 autarcas da região e cerca de duas dezenas de organizações sociais, económicas, ambientais e científicas representativas do tecido institucional da região.

Fonte: Lusa