Hoje, o Evangelho fala-nos da avareza, da tentação de acumular mais e mais nos celeiros perecedores da vida breve na terra. «Tudo vaidade!». Porque tudo é provisório e se desvanece como fumo, sem deixar rasto.
São Paulo chama idolatria à avareza e à ganância, isto é, adoração de falsos deuses. É que tudo passa e o Evangelho exorta-nos a tornarmo-nos «ricos aos olhos de Deus», em vez de passarmos a vida procurando acumular bens só para nós.
«Que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma?» (Mc 8, 36; Mt 16, 26). Se tudo passa, que é que fica? Apenas o que partilharmos, não necessariamente o que deixamos no testamento, pois pode ser doação para quem talvez já possua mais que o suficiente. Partilhas? Ir partilhando e repartindo, em vida, por quem, realmente, é necessitado.
Diz o provérbio: «Quem dá aos pobres empresta a Deus». O nosso Criador e providência, que nos dá de graça a abundância dos seus benefícios, compensa com generosidade os que se tratam verdadeiramente como irmãos. Jesus estimula-nos a dar de graça o que de graça recebemos.
Dar é muito diferente de emprestar. É vontade do Senhor que façamos aos outros o que desejamos que nos façam a nós. O que fica para a eternidade é a caridade. E a caridade cristã consiste em pensar nos outros, vencendo o egoísmo, resistindo à sedução das riquezas e à triste solidão de quem vive somente para si mesmo. Somente a caridade nunca há de acabar.
Picote: Festa do Divino Santo Cristo com exposição, noite de folclore e eucaristia
A localidade de Picote, no concelho de Miranda do Douro, celebra no fim-de-semana de 1, 2 e 3 de agosto, a Festa em honra do Divino Santo Cristo, uma festividade que coincide com o Dia da Freguesia e tem como maiores destaques a inauguração da exposição “Arte & Saberes”, a noite de folclore e a celebração da eucaristia.
Em Picote, a festividade incia-se no serão desta sexta-feira, dia 1 de agosto, com uma caminhada noturna e a animação musical de um DJ.
No sábado, dia 2 de agosto, a festa coincide com a comemoração do Dia da Freguesia de Picote, pelo que está programada a cerimónia do hastear da bandeira, a inauguração da exposição “Arte e Saberes”, um jantar convívio comunitário, seguido de um serão de folclore com os pauliteiros da Frauga e o Rancho Típico de Esposade (Matosinhos) e o dia termina com uma sessão de discos pedidos.
O Domingo, dia 3 de agosto, tem como momento mais importante a celebração da eucaristia, às 17h00, em honra do Divino Santo Cristo.
De acordo com o presidente da Freguesia de Picote, Jorge Lourenço, noutros tempos, da Festa em Honra do Divino Santo Cristo, em Picote, foi uma das mais concorridas festividades do planalto mirandês, sobretudo na década de 1950, aquando da construção da barragem.
“Com a conclusão da barragem de Picote, em 1959, a migração e o progressivo despovoamento retiraram população à localidade e a festividade tornou-se menos efusiva”, explicou.
Atualmente, dada a baixa densidade populacional em Picote, compete à freguesia local e a comissão fabriqueira da paróquia organizar o programa festivo.
De 1 a 3 de agosto, a aldeia de São Pedro da Silva, no concelho de Miranda do Douro, celebra a festa em honra de Santa Bárbara, num programa que começa esta sexta-feira, dia 1 de agosto, com o concerto da Banda Filarmónica Mirandesa, segue-se no sábado, um jantar convívio e culmina no Domingo, com a eucaristia e a entrega da festa aos novos mordomos.
No Domingo, dia 3 de agosto, outros destaques da Festa em Honra de Santa Bárbara, são a alvorada e o peditório pelas ruas da aldeia, acompanhados pelos Pauliteiros Mirandeses de Palaçoulo.
Segundo o cartaz, este ano animam a Festa em Honra de Santa Bárbara, no sábado, dia 2 de agosto, o grupo DM Music e no Domingo, dia 3, Delfim Júnior e Ympério Show.
Em São Pedro da Silva, a Festa em Honra de Santa Bárbara é a que regista maior afluência de pessoas durante o ano, pelo regresso e a estadia dos emigrantes e outros conterrâneos que vivem e trabalham noutras localidades.
Trás-os-Montes: Transportes públicos com 90 autocarros
A Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) estabeleceu um contrato para cinco anos, de um sistema de transportes regulares e flexíveis, assegurado por 90 autocarros, o que representa um investimento de mais de 29 milhões de euros.
“A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), enquanto Autoridade de Transportes, celebrou um contrato de aquisição do serviço público de transporte rodoviário de passageiros com a empresa Rodonorte, no âmbito do concurso público internacional lançado para o efeito”, divulgou este organismo intermunicipal.
Em comunicado, a CIM-TTM explicou que este contrato “visa assegurar a operação da rede de transporte rodoviário municipal, intermunicipal, inter-regional e urbano em oito dos nove concelhos que integram esta CIM, com exceção do município de Bragança”.
“O contrato terá uma vigência de cinco anos, com início previsto no primeiro trimestre de 2026. Trata-se de um investimento superior a 29 milhões de euros que visa dar uma resposta integrada e eficiente às necessidades de mobilidade no território, prevendo uma operação anual de cerca de 1.867.000 quilómetros em transporte regular e 358.312 quilómetros em transporte flexível, garantindo uma cobertura territorial alargada e adequada às necessidades da população”, indica a mesma nota.
Segundo este organismo intermunicipal presidido pelo social-democrata Pedro Lima, o transporte flexível, direcionado para localidades com 40 ou menos habitantes, permitirá melhorar significativamente a cobertura do serviço público em zonas de baixa densidade populacional, onde atualmente a oferta é inexistente ou deficitária.
Esta nova operação conta com 90 autocarros, dos quais 30 são veículos verdes/limpos.
Cabe à CIM-TTM a organização dos sistemas públicos de transportes de passageiros de âmbito Regional.
De acordo com o artigo 7.º do Regime Jurídico do Serviço Público do Transporte de Passageiros, aprovado pela Lei nº 52/2015, de 9 de junho, as comunidades intermunicipais são as autoridades de transportes competentes quanto aos serviços públicos de transporte de passageiros intermunicipais e por delegação de competências são também a responsáveis pelos serviços públicos de transporte de passageiros municipais.
Delegaram esta última competência na CIM-TTM os municípios de Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vimioso, Vila Flor e Vinhais, no distrito de Bragança.
“O serviço a prestar, no âmbito do contrato agora celebrado, pretende assegurar um transporte público de qualidade, eficiente, seguro e acessível, reforçando a coesão territorial e a mobilidade dos cidadãos nas Terras de Trás-os-Montes”, vincou a CIM-TTM.
Empresas: Governo lança financiamento do Portugal 2030
O Governo apresentou a linha de financiamento Fomento Portugal (PT) 2030- Garantias, que conta com 1.000 milhões de euros para acelerar o investimento privado.
Através desta linha, as empresas que beneficiam dos fundos comunitários e que têm projetos aprovados ou a aprovar podem receber um adiantamento de 40% dos apoios do Portugal 2030 (PT 2030).
“Com um valor global de 1.000 milhões de euros, esta nova linha de financiamento tem por objetivo acelerar o investimento privado e contribuir para um aumento dos níveis de execução do Portugal 2030”, indicou, em comunicado, o Ministério da Economia e da Coesão Territorial.
Esta linha, operacionalizada pelo Banco Português de Fomento (BPF), tem, até ao final do ano, um montante máximo de garantia por operação de 40% do valor do incentivo aprovado, e até ao limite de 25% do montante do incentivo aprovado a partir de 01 de janeiro de 2026.
Os beneficiários desta garantia são as empresas com projetos no âmbito dos sistemas de incentivos do PT 2030 – Sistemas de incentivos à competitividade empresarial, à investigação e desenvolvimento; de base territorial e à transição climática e energética.
Empresas: Novas tabelas de retenção na fonte a partir de 1 de agosto
A partir de 1 de agosto, as empresas que processarem salários têm de aplicar as novas tabelas de retenção na fonte do IRS, fixadas pelo Governo, com taxas mais baixas do que nos primeiros sete meses do ano.
O alívio fiscal trazido pela alteração das taxas gerais do IRS nos primeiros oito escalões de rendimento começa a fazer-se sentir este mês, quando os trabalhadores por conta de outrem receberem os seus vencimentos de agosto. O mesmo acontece com os pensionistas da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (CGA).
Como o despacho que aprovou as novas tabelas “produz efeitos a partir de 01 de agosto de 2025”, as taxas reduzidas aí previstas têm de se aplicar “aos rendimentos pagos ou colocados à disposição” dos trabalhadores a partir dessa data.
Em todo o caso, se as empresas e as outras entidades pagadoras de salários (como as IPSS, as fundações ou associações) não conseguirem reter o IRS de agosto de acordo com as novas taxas, podem, em casos extraordinários, fazer o acerto mais tarde, até ao final do ano.
Essa possibilidade está expressamente prevista no despacho do Governo, de 22 de julho, e aplica-se quer às retenções de agosto, quer às de setembro, os dois meses em que as taxas são especialmente mais baixas do que o habitual.
No despacho ficou consagrado que “a entidade sobre a qual recai a obrigação de retenção pode proceder à retificação nas retenções a efetuar nos meses seguintes, até ao mês de dezembro de 2025, inclusive”.
O Governo aprovou tabelas para dois momentos distintos.
Umas primeiras tabelas, para agosto e setembro, têm taxas excecionalmente mais baixas que pretendem compensar as retenções feitas entre janeiro e julho, em que ainda não era possível ter em conta a versão final do IRS, apenas aprovada em julho.
Num segundo momento, em outubro, novembro e dezembro, as taxas serão mais altas do que as de agosto e setembro, mas serão inferiores às aplicadas até julho, pretendendo corresponder à versão final do IRS.
Em agosto e setembro, quem tem um salário bruto até 1.136 euros não entregará IRS, pois até esse patamar de rendimentos mensais a taxa é de 0%. Imediatamente acima desse nível, a retenção é inferior a dez euros até vencimentos brutos até 1.574 euros.
Simulações da consultora PwC para a Lusa mostram que, em regra, os reembolsos relativos ao IRS de 2025 irão fazer diminuir os reembolsos em 2026. Simultaneamente, quem já é chamado a entregar imposto no momento do acerto final deverá entregar um valor mais alto no próximo ano, quando a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) fizer a liquidação final.
A possibilidade de isso acontecer levou o PS a questionar o Governo esta semana, para o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, esclarecer se a redução nos descontos nos próximos meses é “excessiva” e que impacto terá para os contribuintes em 2026.
Numa pergunta entregue no Parlamento na segunda-feira, 28 de julho, a bancada socialista afirma que em 2024, quando o IRS desceu a meio do ano, o primeiro governo de Luís Montenegro fez uma “redução excessiva” do desconto mensal, criando “a ilusão, em vésperas de apreciação da proposta orçamental para 2025, de uma descida de impostos muito significativa” e afirma que, agora, o executivo “optou por reeditar a fórmula” à beira das eleições autárquicas.
Quando divulgou as novas tabelas na semana passada, a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, afirmou que se mantém a trajetória de “aproximação” entre o imposto cobrado mensalmente e o IRS final.
“Aquilo que pode acontecer é que o acerto final, que só é feito neste caso em 2026, possa não corresponder exatamente ao dos anos anteriores, por causa dos acertos nas retenções. Mas isso é bom: significa que as pessoas têm o seu dinheiro no seu bolso antecipadamente, através do acerto nas retenções”, afirmou.
Vimioso: Águia Futebol Clube organiza festa na piscina municipal
Ao final da tarde de sábado, dia 2 de agosto, o Águia Futebol Clube de Vimioso organiza a “Sunset pool party”, uma festa de verão na piscina municipal, animada pela música dos DJ’s Danion e Lectrum e que tem como propósito diversificar as fontes de receita do clube, para a nova época desportiva 2025/2026.
O presidente do Águia Futebol Clube de Vimioso, Vitor Cardoso, adiantou que a principal atração do evento é o local, a piscina municipal e a animação musical dos vimiosenses, Rui Padrão (DJ Lectrum) e Flávio Cordeiro (DJ Danion ).
Segundo a organização, o preço de entrada no “Sunset pool party” varia entre os 10 e os 16 euros e a receita destina-se a financiar o clube, para a próxima época desportiva 2025/2026.
“Agradeço a colaboração do município de Vimioso, ao autorizar a realização desta festa na piscina municipal. Com este evento, a atual direção do Águia Futebol Clube de Vimioso pretende diversificar as fontes de financiamento de modo a obter mais receitas para o clube. Anualmente, o orçamento necessário para fazer face às despesas de uma época desportiva ronda os 35 mil euros”, indicou.
Em 2025/2026, o Águia Futebol Clube de Vimioso vai participar na modalidade de futsal, nos escalões de petizes, traquinas, benjamins, infantis, iniciados, juvenis e juniores.
“Dependendo das inscrições das crianças e jovens, na nova época desportiva pretendemos participar em todos os escalões de formação, com a novidade de constituir uma equipa feminina de benjamins”, informou.
Questionado sobre o regresso dos vimiosenses ao escalão sénior, do campeonato distrital de futsal, o presidente do Águia Futebol Clube de Vimioso, Vitor Cardoso adiantou que há essa intenção.
“A atual direção também pretende formar uma equipa sénior de futsal, para competir no campeonato distrital 2025/2026. De momento estamos a realizar contatos com jogadores, de preferência oriundos do concelho, para formar uma equipa sénior que sirva de exemplo e inspiração para os mais novos”, adiantou.
O Águia Futebol Clube de Vimioso foi fundado a 18 de agosto de 1973, pelo que está prestes a celebrar 52 anos.
Uva: Oficina de Reboco de Cal no fim-de-semana de 1 e 2 de agosto
No fim-de-semana de 1 e 2 de agosto, a aldeia de Uva, no concelho de Vimioso, é o local da 2.ª Oficina de Reboco de Cal, uma iniciativa da organização Palombar, que tem por finalidade preservar esta técnica de construção artesanal, caraterística do planalto mirandês.
Segundo Américo Guedes, da organizaçãoPalombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, as construções com reboco de cal caracterizam a paisagem arquitectónica transmontana, como os pombais tradicionais, conferindo-lhe alvura, identidade e resistência.
“Com a organização desta 2.ª Oficina de Reboco de Cal, queremos transmitir o conhecimento sobre esta técnica de construção tradicional, que utiliza como material a cal hidratada ou hidráulica. Antigamente, a cal e o adobe (a mistura de terra molhada e palha) eram os materiais mais utilizados na construção das habitações, nesta região do nordeste transmontano”, disse.
O reboco de cal tradicional é uma técnica de construção ancestral, tendo sido transmitida ao longo de gerações e adaptada aos materiais e práticas locais.
“Esta técnica é sustentável e ecológica por recorrer apenas a materiais naturais, apresenta grande durabilidade, respirabilidade e capacidade para regular a humidade, tendo também, por isso, uma ação antifúngica”, explica.
A 2.ª Oficina de Reboco de Cal, tem como formador Nuno Martins, que vai partilhar o seu conhecimento e orientar os trabalhos no terreno.
O formador Nuno Martins é o fundador e gerente da Crivo Eco-Construção, Lda.. Nasceu em Trás-os-Montes e começou a trabalhar com o seu pai e o seu avô desde jovem, com quem prendeu a construir muros de pedra e a aplicar os rebocos naturais de cal e argila que decoram o planalto mirandês.
As inscrições para a 2.ª Oficina de Reboco de Cal terminaram a 25 de julho, tendo-se inscrito sete pessoas provenientes de várias regiões do país e duas de França.
“Na aldeia de Uva, está a decorrer de 28 de julho a 11 de agosto, um campo de trabalho internacional dedicado ao restauro de um pombal tradicional, pelo que os 10 jovens voluntários vão aproveitar a oportunidade para participar também da oficina de reboco de cal”, informou.
Programa:
1 de agosto | sexta-feira
9h00 Encontro dos participantes no café da aldeia – Uva 9h30 Introdução teórica 10h15 Início da componente prática 12h30 Almoço 14h30 Continuação dos trabalhos 18h00 Fim dos trabalhos do dia 2 de agosto | sábado
9h00 Continuação dos trabalhos 12h30 Almoço 14h30 Continuação dos trabalhos 16h00 Fim dos trabalhos do dia Merenda convívio
Conselhos:
Aconselha-se os participantes a trazerem: roupas de trabalho frescas e confortáveis, sapatos de biqueira de aço, luvas de trabalho, chapéu, protetor solar, agasalhos para as noites.
Trás-os-Montes: Fibra ótica chega a 8.700 novos edifícios
Na região de Trás-os-Montes, a fibra ótica multiplexador vai chegar a mais de 8.700 novos edifícios e vai servir cerca de 32.600 famílias, avançou a empresa de telecomunicações dstelecom.
Esta expansão, segundo a empresa dstelecom, vai servir os concelho de Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila real, e de Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé Mogadouro, no distrito de Bragança, numa operação que se espera concluída até ao final de outubro.
“Apostamos numa infraestrutura robusta e neutra que permita aos cidadãos e empresas, mesmo em zonas remotas, usufruírem dos mesmos recursos digitais que existem nos grandes centros urbanos. O nosso objetivo é claro: contribuir para um país mais coeso, mais competitivo e mais preparado para o futuro digital”, afirma Ricardo Salgado, diretor-geral da dstelecom, citado em comunicação.
Segundo a empresa, com sede em Braga, com esta expansão, cerca de 32.600 famílias da região vão poder aceder a serviços de internet de alta velocidade, o que permitirá reduzir assimetrias digitais e promover a igualdade de oportunidades no acesso à tecnologia”, indica a empresa de telecomunicações.
Ainda de acordo com a empresa, em Vila Pouca de Aguiar, a infraestrutura será significativamente alargada, ao chegar a freguesias que até agora não tinham cobertura, como Tresminas e a União das Freguesias de Pensalvos e Parada de Monteiros, e ao reforçar o serviço em localidades como Alvão, Bragado e Capeludos.
“No total, mais de 1.500 novas casas serão ligadas, o que permitirá atingir 96% de cobertura de fibra no concelho”, indicou.
Já em Macedo de Cavaleiros, serão integradas na rede localidades como Bagueixe, Chacim, Morais, Podence e outras doze freguesias até aqui excluídas da rede de fibra. Serão mais de 4.500 novas casas com acesso à infraestrutura, num concelho que passará a contar com 86% de cobertura.
“Haverá também reforço nas zonas de Amendoeira, Sezulfe e na sede de concelho”, frisou.
Por Alfândega da Fé, a operação representa uma verdadeira transformação digital no concelho.
“Até agora, apenas duas freguesias dispunham de cobertura de fibra ótica. Com a ligação de 2.100 novas casas, a rede da “dstelecom” passará a abranger todas as freguesias do município, elevando a cobertura do território para 98%”, sustenta a empresa tecnológica.
No caso de Mogadouro, a operação de expansão vai abranger 660 novas casas, o que permitirá ao concelho ver a sua cobertura subir para 70%, com novas ligações em Castro Vicente, Meirinhos e Valverde, com um foco na ampliação da conectividade fora dos centros urbanos.
A rede da dstelecom garantiu ainda que permite que os habitantes escolham livremente entre diferentes operadoras de telecomunicações, fomentando a concorrência e assegurando melhores preços e maior diversidade de serviços.
Esta empresa afirma ter nascido em 2008 com a missão de eliminar as barreiras geográficas e permitir que todos os portugueses – do litoral ao interior – tenham a mesma oportunidade de interagir com o mundo, através das redes de comunicações mais modernas.
Para o efeito, construiu, opera e mantém a primeira e maior rede multioperador de fibra ótica da Europa, nas zonas onde existe uma maior carência ao nível digital, em Portugal, chegando a 149 municípios portuguese
A empresa nacional tem vindo a posicionar-se para replicar o modelo multioperador na rede móvel, com o 5G, e nos cabos submarinos.
Energia: Plano de reforço da segurança da rede elétrica
Na sequência do apagão ibérico de 28 de abril, foi elaborado um Plano de Reforço da Segurança do Sistema Elétrico Nacional, que prevê 31 medidas e cujo investimento é de mais 400 milhões de euros, anunciou a ministra do Ambiente.
“No seu conjunto, estas medidas implicam um investimento na ordem dos 400 milhões de euros, nem todas irão à tarifa, algumas são de fundos europeus”, avançou a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, em conferência de imprensa, no ministério, em Lisboa, no dia em que se assinalam três meses do ‘apagão’ elétrico que afetou Portugal e Espanha, em 28 de abril.
A governante garantiu que estas 31 medidas, algumas já implementadas, terão um impacto residual em termos de tarifa, estimando que por cada 25 euros de fatura de eletricidade, se verifique um aumento de um cêntimo, ou seja, de 0,04%.
Entre as medidas, estão a agilização do investimento de 137 milhões de euros para o reforço da capacidade de operação e controlo da rede elétrica, que já estavam previstos pela REN – Redes Energéticas Nacionais e aprovados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), através da aprovação de uma autorização autónoma para que possa ser executado “o mais rapidamente possível”.
Adicionalmente, o plano prevê o lançamento de um leilão para baterias de armazenamento, até 2026 e ainda apoios no valor de 25 milhões de euros para melhorar a capacidade de resposta das infraestruturas críticas, como hospitais, dotando-as, por exemplo, de painéis fotovoltaicos e baterias.
“Claro que podíamos aumentar as medidas que estamos a fazer aqui, mas iríamos pagar mais, é sempre um balanço que fazemos, […] pensamos que estas são as medidas suficientes para aumentar a segurança operacional da rede sem impacto significativo nas tarifas dos portugueses”, salientou a ministra.
No final de junho, a ministra do Ambiente e Energia avançou que iria apresentar um conjunto de medidas face ao apagão de abril, embora ainda não fosse conhecido o relatório final com as causas do evento.
Maria da Graça Carvalho indicou, na ocasião, que o Governo pretende ver aumentada a capacidade de armazenamento de eletricidade, estando por isso a trabalhar num “plano nacional de armazenamento”, que, adiantou, tanto pode compreender o armazenamento químico, através de baterias, como hídrico, através da capacidade das barragens.
Outra das medidas a apresentar consiste na alteração aos sistemas de controle da rede elétrica, com uma maior informatização e utilização dos dados, passando a haver “um sistema único de recolha de dados”.
No início desta semana, foram conhecidas as conclusões da reunião de 15 de julho do grupo de peritos da Rede Europeia de Operadores de Transporte de Eletricidade (ENTSO-E), que investiga o colapso da rede ocorrido, que apontaram como causa mais provável um aumento de tensão em cascata — observados no sul de Espanha na fase final do incidente — seguidos de desligamentos súbitos de produção, sobretudo em instalações renováveis, e conduziram à separação elétrica da Península Ibérica em relação ao sistema continental, com perda de sincronismo e colapso da frequência e tensão.
Este tipo de perturbação nunca tinha sido identificado como causa de apagão em nenhum ponto da rede europeia.
Durante o incidente, os planos automáticos de resposta foram ativados em Portugal e Espanha, como previsto nos regulamentos europeus, mas não conseguiram evitar o colapso da rede.
Embora o prazo legal para produzir o relatório factual sobre o incidente seja 28 de outubro de 2025, seis meses após o incidente, o painel de peritos pretende entregá-lo antes.
Este será seguido de um relatório final, com recomendações à Comissão Europeia e aos Estados-membros, que deverá ser entregue dois a três meses depois.