Miranda do Douro: Museu da Terra de Miranda celebrou 40 anos

Miranda do Douro: Museu da Terra de Miranda celebrou 40 anos

No 40º aniversário do Museu da Terra de Miranda, celebrado a 18 de maio, foi apresentado, em Miranda do Douro, o projeto de remodelação e ampliação do edifício, numa cerimónia em que foi homenageado o fundador, António Maria Mourinho e ocorreu a apresentação o III volume do Cancioneiro Tradicional Mirandês.

Edificado no centro da cidade de Miranda do Douro, o Museu Terra de Miranda (MTM) está instalado num imóvel do século XVII, que segundo os responsáveis apresenta limitações estruturais e as obras visam tornar o edifício contemporâneo e moderno.

No seu discurso alusivo ao 40º aniversário do Museu da Terra de Miranda, a diretora, Celina Pinto, chamou à atenção para a realidade do interior do país, onde “fecham escolas, hospitais e outros serviços, mas o museu permanece”.

A diretora informou que as obras de de ampliação e remodelação do museu têm um significado mais profundo e são um sinal de determinação das gentes da Terra de Miranda na luta contra o estigma da interioridade.

“Queremos descontruir o estigma do interior e manter a nossa raiz e matriz de desenvolvimento social, cultural e económico”, disse.

De seguida a Presidente da Câmara Muncipal de Miranda do Douro, Helena Barril, felicitou o museu e os seus responsáveis pelos 40 anos de atividade em prol da região e enalteceu o trabalho do seu fundador, António Maria Mourinho.

“Celebrara os 40 anos do museu é celebrar também António Maria Mourinho”, disse.

Recorde-se que o museu da Terra de Miranda foi fundado, em 1982 pelo etnógrafo, etnólogo e arqueólogo, especialista em museologia, António Maria Mourinho, que dirigiu a instituição até 1991. Nesta homenagem, Helena Barril agradeceu a doação da pintura que retrata António Maria Mourinho, por parte da artista mirandesa, Balbina Mendes.

Na sua intervenção, a diretora regional da Cultura do Norte, Laura Castro, lembrou que o Museu da Terra de Miranda sempre foi um retrato das pessoas e da comunidade.

“As pessoas são o bem mais precioso”, destacou.

Sobre as obras de remodelação e ampliação que vão realizar no museu, Laura Castro, justificou que a renovação há muito que se exigia e indicou que o custo desta intervenção é de 800 mil euros, cofinanciada pelo Programa Operacional do Norte (Norte 2020).

Aproveitando o 40º aniversário do museu, a diretora regional de Cultura do Norte felicitou a funcionária, Rosa Silva, que celebrou também 40 anos ao serviço do Museu da Terra de Miranda.

Outro dos momentos altos do 40º aniversário do museu, foi a homenagem ao fundador António Maria Mourinho. Neste acto participou a pintora, Balbina Mendes, que destacou o papel primordial do padre Mourinho na herança cultural da Terra de Miranda e em especial, na preservação da língua mirandesa.

“Tudo o que soubéssemos dizer na língua mãe, isto é, em mirandês, o padre Mourinho valorizava”, disse.

Nesta cerimónia, foi também apresentado do III Volume do Cancioneiro Tradicional.

HA

Miranda do Douro: Encontro nacional das Jornadas Médico-jurídicas

Miranda do Douro: Encontro nacional das Jornadas Médico-jurídicas

Esta sexta-feira, dia 21 de Maio de 2022, vão decorrer em Miranda do Douro, as Jornadas Médico-Jurídicas, organizadas pela Secção de Estudos Médico-Legais (SEML) da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), uma iniciativa que tem como objetivo proporcionar formação a médicos e a juristas e que conta com o apoio da Câmara Municipal de Miranda do Douro.

O evento vai realizar-se no mini auditório do pavilhão multiusos, em Miranda do Douro e vai ser coordenado pelo Dr. Francisco Lucas, filho da terra, médico ortopedista nos Hospitais da Universidade de Coimbra e perito em avaliação do dano corporal no Instituto Nacional de Medicina Legal.

De acordo com a organização, este encontro tem como objectivo proporcionar formação a médicos e a juristas, no âmbito da avaliação do dano corporal e sinistralidade, bem como estabelecer pontes e fomentar uma maior compreensão entre as duas classes profissionais.

Segundo a comissão organizadora das jornadas médico jurídicas, são esperados cerca de 100 participantes em Miranda do Douro, que terão a oportunidade de conhecer e promover um dos locais mais belos de Portugal.

Programa das jornadas Médico-Jurídicas Mirandesas:

8h30 Abertura de l Secretariado | Abertura do Secretariado
9h00 Biem-benidos | Bem-vindos
Dr. Francisco Lucas (Especialista em Ortopedia no CHUC)
Mesa Dr. José António de Sousa Lameira (Juiz Conselheiro, Vice-Presidente do Conselho Superior de
Magistratura)
Dr. João de Matos-Cruz Praia (Juiz Presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Bragança)
Dr. António Versos (Presidente da Ordem dos Advogados de Bragança)
Dr. Francisco Lucas (Especialista em Ortopedia no CHUC)
9h20 Abaliaçion de l Danho – La perspetiba médica | Avaliação de Dano – A perspectiva
médica
Dr.ª Susana Pinto (Especialista em Ortopedia da ULSNE)
9h40 Abaliaçon de l dahno emergente de l acidente de trabalho i doença profissional –
aspetos processuales i substantivos | Avaliação do dano emergente de acidente de
trabalho e doença profissional – aspetos processuais e substantivos
Dr.ª Clementina Ferreira (Juíza titular do Juízo de Trabalho de Bragança)
10h10 Al que se releva? | O que se releva?
Dr. Carlos Guiné (Procurador Geral Adjunto Jubilado)
10h30 Abaliaçion de l danho – estado de la arte
Avaliação do dano – estado da arte
Prof. Dr. Duarte Nuno Vieira (Professor Catedrático da Faculdade de Medicina de Coimbra,
Presidente do Conselho Consultivo do Tribunal Penal Internacional)
11h00 Interbalo | Intervalo
11h15 Sesson de abertura | Sessão de abertura
Mesa Dr. Domingos Morais (Juiz Conselheiro no Supremo Tribunal de Justiça)
Dr.ª Patrícia Fernandes (Juíza titular do Juízo de Competência Genérica de Miranda do Douro)
Dr. Carlos Cerca (Especialista em Ortopedia no CHTMAD)
Dr. António Andrade (Especialista em Ortopedia no ULSNE)
11h30 Casos clínicos


13h00 Almuorço cumbíbio | Almoço convívio

Público-alvo:

  • Médicos e juristas com particular interesse em avaliação do dano corporal e
    sinistralidade

Local do evento: Mini-auditório do Pavilhão Multiusos de Miranda do Douro

Programa social (participantes e acompanhantes)

16h00 – Passeio de barco

Programa social para acompanhantes, durante os trabalhos (10h00-12h00)

Visita a Museu e Catedral de Miranda do Douro

Local do almoço: Hotel Parador Santa Catarina

Preço da inscrição (inclui almoço): 50€

Preço do almoço para acompanhantes: 25€

Preço do jantar (opcional para participantes e acompanhantes): 20€

Casos Clínicos: Os participantes que pretendam apresentar casos clínicos, devem enviar o
título e resumo até ao dia 10 de Maio. Serão selecionados 10 casos, com dois suplentes, para
apresentações com duração até cinco minutos. Deverão ser enviados para spot@spot.pt

Inscrições:

Inscrições:
https://docs.google.com/forms/d/1Orj2LF4fxja_aD3FKQHuewszg14PfKJeSld2DGYP_ZY/viewform
?edit_requested=true

HA

Cultura: Museu da Terra de Miranda edita 3.º volume do Cancioneiro Tradicional Mirandês

Cultura: Museu da Terra de Miranda edita 3.º volume do Cancioneiro Tradicional Mirandês

O Museu da Terra de Miranda apresenta, esta quarta-feira, dia 18 de maio, o terceiro volume do Cancioneiro Tradicional Mirandês, que resulta das recolhas efetuadas durante mais de 40 anos, no planalto mirandês, por António Maria Mourinho.

O etnomusicólogo Mário Correia, responsável pela compilação deste volume, disse que António Maria Mourinho (1917-1996) deixou um conjunto de cerca de 400 páginas A4, sendo este o material que estava a corrigir para um terceiro volume do Cancioneiro Tradicional Mirandês.

“Trata-se de um conjunto de páginas muito desordenado e desorganizado, e quando a diretora do Museu da Terra de Miranda me entregou este material agarrei-o com todo o entusiasmo. Porém, não foi uma tarefa fácil porque estava tudo baralhado e havia páginas não numeradas, temas cruzados e outras partes que nem faziam parte do cancioneiro”, explicou Mário Correia.

A edição do terceiro volume do Cancioneiro Tradicional Mirandês está incluída nas comemorações do 40.º aniversário deste museu, situado em Miranda do Douro, no distrito de Bragança.

Toda a organização deste volume do Cancioneiro Tradicional Mirandês demorou cerca de 10 meses.

O primeiro volume do Cancioneiro Tradicional Mirandês foi apresentado em 1984, enquanto o segundo tomo data de 1987.

“Depois de ser estruturado, procurei seguir a linha do padre Mourinho nos volumes anteriores do cancioneiro e foi possível completar, corrigir, suprir faltas e omissões para se chegar a este terceiro volume e penso que em nada desmerece dos anteriores”, concretizou o etnomusicólogo.

Mário Correia realçou que esta edição do cancioneiro inclui um forte contributo dos romances tracionais cantados na Terra de Miranda, canções e versos populares, contos de natureza religiosa, teatro popular mirandês ou as loas.

“Contudo, há [algo] que é absolutamente novo nesta edição do cancioneiro que [são] as trovas da Consoada e do Entrudo. Trovas estas que são de origem popular, muitas delas de autores desconhecidos. Todos os espécimes recolhidos e que figuram neste livro procurei incluir citações do padre Mourinho para contextualizar todo o trabalho”, vincou o investigador.

Este cancioneiro terá ainda um CD onde estarão gravados sete romances tradicionais que são cantados neste território transmontano e que foi possível recuperar nos arquivos de António Maria Mourinho.

Por seu lado, a diretora do Museu da Terra de Miranda, Celina Pinto, explicou que com o lançamento deste terceiro volume do Cancioneiro Tradicional Mirandês se pretende, antes de mais, homenagear o fundador deste museu, António Maria Mourinho.

“O lançamento deste terceiro volume é também concretizar um desejo que o próprio padre Mourinho deixou expresso por escrito num período antes de 1996. Este cancioneiro não é mais que a voz do povo”, explicou a responsável.

O padre António Maria Mourinho estudou num seminário em Bragança em 1941 e tornou-se reitor da freguesia mirandesa de Duas Igrejas, em Miranda do Douro, em 1942. Entre 1960 e 1970 estudou em Espanha, no Instituto de Alta Cultura, da Direção-Geral do Património Cultural e do Conselho Nacional de Investigações Científicas de Madrid.

Mourinho contribuiu para a criação do Museu da Terra de Miranda, onde foi diretor entre 1982 e 1991.

Foi nomeado Oficial da Ordem Militar de Cristo em 1943, venceu o Prémio Europeu de Arte Popular em 1982 e também recebeu a Medalha de Honra de Miranda do Douro (grau ouro) em 1991, entre outras distinções.

Fonte: Lusa

Alcañices: Inaugurada a exposição “Saulus – A Igreja em Aliste e Alba”

Alcañices: Inaugurada a exposição “Saulus – A Igreja em Aliste e Alba”

A 17 de maio foi inaugurada na Igreja de Nossa Senhora da Saúde, em Alcañices (Espanha), a exposição “Saulus – A Igreja em Aliste e Alba”, uma mostra de objetos litúrgicos, pinturas, esculturas, fotografias, documentários e outros materiais que dão a conhecer a vivência religiosa do vizinho povo espanhol.

A inauguração da exposição, que dá a conhecer 172 peças, dispostas em seis painéis, contou com a presença do Bispo de Zamora, Dom Fernando Valera Sanchez, assim como de várias autoridades civis e militares.

Segundo o bispo espanhol, “esta exposição é uma mostra da beleza existente nos arciprestados de Alba e Aliste”.

Apesar dos concelhos zamoranos de Aliste e Alba serem considerados duas das zonas rurais mais desfavorecidas da província de Zamora, do ponto de vista socioeconómico, nesta região existe um valioso património antropológico, religioso e cultural. Por esta razão, a igreja local preparou a exposição “Saulus – A Igreja em Aliste e Alba”, com o objetivo de mostrar a riqueza cultural aqui existente.

“Para que os seus habitantes e fiéis se sintam identificados com as suas características distintivas e o público visitante conheça a história de Aliste e Alba através da obras artísticas que conserva”, pode ler-se num comunicado.

Além disso, a exposição inclui obras da diocese portuguesa, vizinha, de Bragança-Miranda, com a qual existe uma estreita relação.

Sobre a participação portuguesa na exposição, o presidente da Comissão de Arte Sacra de Bragança – Miranda, o padre José Manuel Pereira Ribeiro Gomes, sublinhou a proximidade cultural entre portugueses e espanhóis.

“Sempre houve esta relação entre os dois povos e na produção artística não há fronteiras. Isso está bem evidente nas peças portuguesas que foram feitas por artistas espanhóis e vice-versa. Este intercâmbio sempre existiu”, realçou.

O padre José Ribeiro adiantou que no futuro há a possibilidade de organizar uma exposição similar, em Bragança e/ou Miranda.

Por sua vez, o comissário da exposição “Saulus – A Igreja em Aliste e Alba”, o padre espanhol, Jose Angel Rivera de Las Heras, reiterou que entre Portugal e Espanha sempre houve cooperação cultural e artística.

“A arte e a cultura são dois meios para promover a proximidade e a amizade entre os povos vizinhos. Graças a Deus, cada vez mais há este fluxo de portugueses que nos visitam em Alcañices. Assim, como há cada vez mais espanhóis que visitam Miranda do Douro, Vimioso e Bragança”, indicou.




Quem pretenda visitar em Alcañices, a exposição “Saulus – A Igreja em Aliste e Alba”, a organização informa que a coleção vai estar presente na Igreja de Nossa Senhora da Saúde, até outubro de 2022.

HA

Vimioso: I Torneio Transfronteiriço de Basquetebol realiza-se a 22 de maio

Vimioso: I Torneio Transfronteiriço de Basquetebol realiza-se a 22 de maio

O pavilhão multiusos de Vimioso vai ser o recinto do I Torneio Transfronteiriço de Basquetebol, que vai decorrer no próximo Domingo, dia 22 de maio e vai pôr em competição 8 equipas portuguesas e espanholas, num total de 230 atletas.

O I Torneio Transfronteiriço de Basquetebol vai iniciar-se às 9h00 de Domingo, dia 22 de maio e vão competir quatro equipas portuguesas: Estrelas Brigantinas, Mirandela BC, Guarda UP e BC Vila Real e quatro equipas espanholas da região de Zamora: CO Zamarat, CAB La Bañeza, Club Deportivo Corazón de Maria Zamora e Z Basquet.

O torneio destina-se aos escalões sub 14 e sub 16, masculinos e femininos e conta com o apoio do Agrupamento de Escolas de Vimioso, que vai assegurar a alimentação dos jovens basquetebolistas na cantina escolar.

A vereadora do município de Vimioso, Carina Lopes, justificou a escolha de Vimioso para local desta competição, com a localização geográfica e as excelentes condições do pavilhão multiusos.

“Vimioso ocupa uma posição central entre Mirandela e Zamora e a Associação de Basquetebol de Bragança dirigiu-nos o convite e nós aceitamos o desafio”, informou.

Carina Lopes, sublinhou que aos 230 atletas que vão participar no torneio de basquetebol, há a juntar ainda as suas famílias, o que faz deste evento um importante meio para promover o concelho de Vimioso e as suas mais valias, como é o caso da restauração local.

De acordo com a Associação de Basquetebol de Bragança (ABB), este torneio transfronteiriço tem como principal objetivo a promoção da modalidade no concelho de Vimioso, pelo que a partir das 11h00, de Domingo, há um treino aberto à comunidade de Vimioso.

Outro dos objetivos do I Torneio Transfronteiriço é o estabelecimento de uma maior cooperação desportiva com Espanha, de modo a desenvolver a motivação dos atletas e a melhorar a qualidade da prática desportiva na Associação de Basquetebol de Bragança.

HA

Miranda do Douro; Município recorre às ovelhas para limpar espaços verdes

Miranda do Douro: Município recorre às ovelhas para limpar espaços verdes

O município de Miranda do Douro começou a utilizar ovelhas de raça autóctone do planalto mirandês, para fazer a limpeza da vegetação dos espaços verdes das áreas envolventes à cidade, devido à falta de mão-de-obra.

Nesta primeira fase, foram colocadas 30 ovelhas de raças churra galega mirandesa, uma raça autóctone, que terão por missão fazer a limpeza da vegetação, numa encosta com oliveiras com cerca de um hectare, situada junto à principal avenida de entrada da cidade de Miranda do Douro.

“Temos espaços verdes com necessidades de limpeza de vegetação, como é caso desta encosta à entrada da cidade, e deparamo-nos todos os dias com a falta de mão-de-obra para fazer este trabalho. Esta ideia de aliarmos as raças autóctones, neste caso ovelhas, surgiu de imediato e estes animais começaram hoje a fazer o seu trabalho de sapadores”, explicou a presidente da câmara de Miranda do Douro, Helena Barril.

De acordo com a autarca, outras espécies autóctones como o burro mirandês ou cabras, poderão fazer parte desta iniciativa que o município de Miranda do Douro considera como “pioneira”, mas cada espécie só poderá ser utilizada onde a vegetação assim o permita, para não causar danos na flora local.

Neste primeiro espaço com cerca de um hectare, vedado para os animais não saírem para a via pública, foi colocado água e outras forragens próprios da alimentação destes pequenos ruminantes.

“Nestas encostas estamos a utilizar as ovelhas porque aqui há oliveiras e as cabras não são apropriadas para esta função, porque são animais que comem praticamente todo o tipo de vegetação”, exemplificou Helena Barril.

Outros espaços, como o Parque Urbano do rio Fresno, com cerca de seis hectares, uma área nobre da cidade transmontana, também, poderá ser alvo desta experiência e neste espaço será utilizado o burro mirandês, dadas as características da área a limpar e desmatar que é apropriada à dieta destes animais.

A autarca de Miranda do Douro disse ainda que esta iniciativa tem uma dupla função: a limpeza e fertilização das zonas verdes que circundam Miranda do Douro e ao mesmo tempo mostrar a quem visita a cidade, as suas raças autóctones, como as ovelhas de raça churra galega mirandesa ou o burro mirandês, importantes elementos do património genético deste território do Nordeste Transmontano.

Já Andrea Cortinhas, secretária técnica da Associação de Criadores de Ovinos de Raça Churra Galega Mirandesa, é da opinião de que a utilização destes animais na limpeza das zonas verdes vai permitir um controlo sustentável da vegetação.

“Não estamos a utilizar biocombustíveis na mão de obra para executar estas operações de limpeza e, ao mesmo tempo, estamos a transformar o manto vegetal na melhor proteína que é na carne de cordeiro mirandês”, vincou.

O número de animais de raças autóctones a utilizar em cada área poderá aumentar mediante a sua adaptação ao meio urbano.

Esta experiência resulta de uma parceria entre o município, junta de freguesia de Miranda do Douro e a Associação de Criadores de Raça Churra Mirandesa.

Fonte: Lusa

Cultura: Miranda do Douro vai assinalar o 477º aniversário da elevação da cidade a sede de Diocese

Cultura: Miranda do Douro vai assinalar o 477º aniversário da elevação da cidade a sede de Diocese

No próximo Domingo, dia 22 de maio, Miranda do Douro vai assinalar o 477º aniversário da elevação da cidade a sede da Diocese, com um variado programa cultural e religioso.

No programa da comemoração deste aniversário destaca-se o desfile dos Estandartes, acompanhado pela Banda Filarmónica da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mogadouro, até à Concatedral de Miranda do Douro, antes de iniciar a celebração da Eucaristia.

Recorde-se que a outora designada “Diocese de Miranda” pertenceu à Arquidiocese de Braga até 1545, exceto algumas áreas fronteiriças do norte que estiveram na dependência de Astorga até ao tratado de Alcanices de 1297.

Em 22 de Maio de 1545, pela Bula Pro excellenti Apostolicae Sedis, o Papa Paulo III, a pedido do Rei D. João III, criou a diocese de Miranda do Douro, constituída pelos arciprestados de Miranda do Douro, Bragança, Lampaças, Mirandela e Monforte.

Dois séculos mais tarde, a 5 de Março de 1770, o Papa Clemente XIV, desmembrou a Diocese em duas: a de Miranda, confinada ao arciprestado do mesmo nome e a de Bragança, formada pelos quatro restantes.

A divisão durou apenas dez anos, já que a 27 de Setembro de 1780, o Papa Pio VI, pela Bula Romanus Pontifex, reuniu as dioceses de Miranda e de Bragança numa só, com sede em Bragança.

A designação de Diocese de Bragança-Miranda foi concedida pela Santa Sé no dia 27 de Maio de 1996.

A Diocese tem 6.599 km2 de superfície, é a quarta diocese mais extenso do país e registou uma população de 136 252 habitantes no censos de 2011.

A comemoração dos 477 anos de elevação de Miranda do Douro a sede da diocese, é uma inciativa do Município de Mirada do Douro, através da Casa de la Música Mirandesa, em cooperação com as três Unidades Pastorais do concelho – Santa Maria Maior, Santíssima Trindade e Nossa Senhora da Visitação e com o apoio do Museu da Terra de Miranda.

HA

Sendim: Sendineses querem voltar a dançar no Grupo Etnográfico

Sendim: Sendineses querem voltar a dançar no Grupo Etnográfico

Com o objetivo de dar nova vida ao grupo Renascer Grupo Etnográfico de Sendim, realizou-se na tarde de Domingo, dia 15 de maio, uma reunião no pavilhão multiusos, para averiguar a disponibilidade e o interesse dos sendineses em participar e dinamizar este histórico grupo cultural.

Segundo Sandra Nobre, o encontro “Preservar o Passado para seguir o Futuro”, realizado no pavilhão multiusos, em Sendim, permitiu trocar ideias e escutar várias opiniões da população sendinesa, sobre a possibilidade de reativar o rancho folclórico local e por conseguinte o Centro Cultural.

O Centro Cultural de Sendim é uma das mais antigas associações da vila, tendo sido constituída a 5 de dezembro de 1980.

Segundo Sandra Nobre, esta associação cultural e recreativa chegou a ter cerca de 200 associados e integrava grupos como o Renascer Grupo Etnográfico de Sendim e os Pauliteros locais. Posteriormente, o grupo de pauliteiros viriam a criar uma associação própria.

Com o passar dos anos e devido à dificuldade em fixar os jovens na vila, o Centro Cultural de Sendim e os seus grupos sofreram um acentuado declínio nas atividades.

Aqui chegados e para inverter esta tendência, um grupo de sendineses liderado por Sandra Nobre, pretende agora realizar eleições para os órgãos sociais desta associação local.

“Após as eleições, um dos grandes desafios é motivar os sendineses a participar no grupo Renascer Grupo Etnográfico de Sendim, de modo a estamros prontos para atuar e animar a festa da vila, no próximo dia 13 de julho e também na festa de Santa Bárbara, em agosto”, adiantou.

No encontro “Preservar o Passado para seguir o Futuro” , realizado no passado Domingo, dia 15 de agosto, participaram personalidade ilustres da vila de Sendim, como os professores José Mourinho, António Carção e José Campos e o investigador Mário Correia.

De acordo com o antigo presidente do Centro Cultural de Sendim, José Mourinho, esta coletividade dinamizou, ao longo dos anos, o rancho folclórico local e realizou também outras atividades, com destaque para as representações teatrais, no Natal e na Páscoa.

“Eu tinha a vantagem de ser professor e essa proximidade aos alunos permitia que os motivasse a participar nos grupos e atividades do Centro Cultural de Sendim”, lembrou.

Para reanimar esta histórica associação cultural e recreativa, José Mourinho recomendou que, em primeiro lugar, se deve realizar a eleição dos novos órgãos sociais.

“Após a eleição da nova direção e dado o interesse em reativar o rancho etnográfico, sugiro que o grupo seja misto, ou seja, que integre adultos, jovens e crianças. E posteriormente, quando houver uma maior adesão, então sim, podem formar-se grupos por faixas etárias”, sugeriu.

O professor António Carção mostrou-se otimista quanto à possibilidade de dar nova vida ao rancho etnográfico de Sendim e afirmou que “quando os pais virem as crianças e jovens a dançar, facilmente vão aderir ao desafio”, indicou.

“Quando os pais virem as crianças e os jovens a dançar, facilmente vão aderir ao desafio”, indicou.

Por sua vez, José Campos chamou a atenção para o número reduzido de crianças e jovens que vivem atualmente, em Sendim, e para enfrentar este problema sugeriu que haja uma maior cooperação entre as várias associações existentes na vila.

Na sua intervenção, o investigador Mário Correia, sugeriu que as atividades do Centro Cultural de Sendim não devem limitar-se apenas à reativação do rancho folclórico e etnográfico.

“Há outras atividades que podem gerar a participação da comunidade, como a tradição da Encomendação das Almas, as vindimas, a matança do porco, a corrida da rosca, etc”, apontou.

Paula André, vice-presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, também ela uma entusiasta com a ideia de reanimar o grupo Renascer Grupo Etnográfico de Sendim, informou da disponibilidade e interesse da autarquia em sensibilizar a população para uma maior participação cívica e cultural.

HA

Mogadouro: Município transfere cerca de meio milhão de euros para freguesias

Mogadouro: Município transfere cerca de meio milhão de euros para freguesias

O município de Mogadouro assinou 21 contratos de delegação de competências para as Uniões e Juntas de freguesias deste concelho, no valor de cerca de meio milhão de euros.

“Com este instrumento transferimos para as freguesias uma verba que lhes permite responder às necessidades básicas das suas pulações”, explicou o presidente da câmara de Mogadouro, António Pimentel.

Para o autarca de Mogadouro, é importante que na proximidade às populações haja um instrumento financeiro que lhes permita responder às necessidades do dia-a-dia de cada freguesia.

Das competências que o município delega nas Uniões e Juntas de Freguesia fazem parte assegurar a manutenção dos espaços verdes, limpezas de vias e pavimentos, limpeza de caminhos rurais, manutenção e reparação de mobiliário urbano, assegurar a realização de pequenas reparações nos estabelecimentos de educação pré-escolar e do primeiro ciclo, entre outras ações.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Peregrinos mirandeses chegaram a Fátima

Miranda do Douro: Peregrinos mirandeses chegaram a Fátima

No dia 4 de maio, o grupo de amigos Sérgio Diz, Dilar Neto, Luis Miguel Ventura e Nuno Martins iniciaram uma peregrinação, a pé, de Miranda do Douro até ao Santuário de Fátima, onde chegaram no dia 12 de maio, após percorrerem 400 quilómetros, numa aventura inesquecível de nove dias de caminhada, que exigiu um grande esforço e durante a qual os peregrinos aprofundaram a fé e a amizade entre eles.

Sérgio Diz, Dilar Neto, Luís Ventura e Nuno Martins percorreram 400 quilómetros, a pé, entre Miranda do Douro e Fátima.

Há um ano atrás, o desejo de ir em peregrinação, a pé, a Fátima, juntou-os. Começaram então a preparação física para empreender tamanha aventura. Durante a semana, caminhavam individualmente. E ao fim-de-semana, em equipa, percorriam longas distâncias. À medida que o mês de maio de 2022 se aproximava, definiram também o plano logístico para iniciar a caminhada de 400 quilómetros, que separa Miranda do Douro do Santuário de Fátima.

Sérgio Diz informou que o plano era chegar a Fátima em 9 dias e para tal teriam que percorrer, diariamente, cerca de 40 quilómetros. Assim sendo, no dia 4 de maio, os quatro amigos iniciaram a primeira etapa desta longa peregrinação, partindo de Miranda do Douro com destino a Mogadouro. No dia seguinte, chegaram a Moncorvo. Depois a Foz Côa. E assim sucessivamente.

À medida que se iam aproximando das localidades de chegada, estabeleciam contatos para alugar o alojamento e encontrar locais para as refeições.

O calor, o cansaço e a falta de equipas de assistência ao longo do percurso foram os maiores obstáculos.

O calor, o cansaço e a falta de equipas de assistência ao longo do percurso foram os maiores obstáculos. Apesar destas contrariedades, Dilar Neto, disse que a amizade e o companheirismo entre os quatro peregrinos foram a fonte do alento e da força de vontade para seguir em frente e não desistir.

“Ao longo da peregrinação, ralhámos uns com os outros, brincámos e sobretudo apoiámo-nos sempre. Foi extraordinária a união que conseguimos construir entre nós”, destacou.

Os peregrinos mirandeses realçaram também a importância da oração enquanto caminhavam.

“Rezávamos o terço quatro vezes ao longo do dia: ao iniciar a caminhada, logo pela manhã. Antes do almoço. Depois do almoço. E ao final da caminhada diária”, indicou Sérgio Diz.

“Rezávamos o terço quatro vezes ao longo do dia: logo pela manhã, ao iniciar a caminhada. Antes do almoço. Depois do almoço. E ao final da caminhada diária” – Sérgio Diz.

Para Luís Miguel Ventura, o mais saboroso desta longa peregrinação foram os momentos de reflexão. E o mais custoso foi a longa distância, o cansaço acumulado e a falta de equipas de apoio ao longo do caminho.

Questionado sobre a importância de caminhar em grupo, Luís Ventura, disse que os companheiros foram fundamentais.

“Somos quatro amigos que nos conhecemos há bastante tempo e isso tornou tudo mais fácil” – Luís Ventura.

Para que esta grande aventura fosse bem sucedida, Nuno Martins, destacou a qualidade do trabalho logístico realizado pelos companheiros Sérgio Diz e Luís Ventura.

“Foi tudo planeado e já sabíamos de antemão, o percurso que teríamos que percorrer diariamente, as pausas a cada 10 quilómetros, a localidade onde iríamos dormir, tomar o pequeno-almoço, almoçar, etc. Definir previamente estes detalhes foi muito importante”, sublinhou.

Nuno Martins reconheceu que percorrer diariamente 45 quilómetros, ao longo de nove horas seguidas por dia, exigiu um enorme esforço e houve momentos de grande sofrimento.

“Ao 4ºe 5º dias, o cansaço era tanto que parecia que nunca mais chegávamos!”, disse.

No decorrer da peregrinação, a visita da esposa e dos dois filhos foi um grande alento para Nuno Martins, o que lhe deu força para continuar.

Os peregrinos mirandeses chegaram ao Santuário de Fátima na noite do dia 12 de maio. À chegada, Nuno Martins descreveu a peregrinação como uma experiência fantástica, que aprofundou a amizade com os seus amigos e deu-lhe a oportunidade de cumprir uma antiga promessa a Nossa Senhora.

“Fui adiando o cumprimento da promessa até que ao dia em que vi estes dois amigos a treinar para vir a pé a Fátima e disse-lhes: «Se calhar vou convosco!» Comecei a treinar com eles e vim mesmo a Fátima!”, expressou com grande alegria.

“Foi tudo planeado e já sabíamos de antemão, o percurso que teríamos que percorrer diariamente, as pausas a cada 10 quilómetros, a localidade onde iríamos dormir, tomar o pequeno almoço, almoçar, etc. Definir previamente estes detalhes foi muito importante” – Nuno Martins.

No Santuário de Fátima, os peregrinos não conseguiram esconder a profunda emoção. Questionados sobre o que os motivou a percorrer, a pé, uma distância tão longa, Sérgio, Dilar, Luís e Nuno deram a mesma resposta: a Fé.

“A fé move montanhas!”, concluiu a Dilar.

“A fé move montanhas!” – Dilar Neto.

HA