Saúde: Federação Nacional dos Médicos anuncia greve em 17 e 18 de outubro

Saúde: Federação Nacional dos Médicos anuncia greve em 17 e 18 de outubro

A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) anunciou uma nova greve geral, marcada para os dias 17 e 18 de outubro, em resposta à posição do Governo de “legislar unilateralmente” o novo regime de dedicação plena, sem a concordância dos sindicatos.

Justificando a nova greve, a presidente da Fnam, Joana Bordalo e Sá, disse à saída da sétima reunião negocial extraordinária no Ministério da Saúde, que o Governo “vai legislar unilateralmente, sem a concordância dos sindicatos”, o novo regime de dedicação plena e a grelha salarial associada, “agravando as condições de trabalho” dos médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A Fnam já tinha agendado dois dias de greve nacional para 14 e 15 de novembro e uma manifestação à porta do Ministério da Saúde, em Lisboa, para 14 de novembro.

Em julho e agosto, os médicos cumpriram dois dias de greve, promovida igualmente pela Fnam.

As negociações entre Governo e sindicatos dos médicos iniciaram-se em 2022, sem que as partes tenham chegado a consenso.

Fonte: Lusa

Vimioso: “Caminhada com a médica” dedicada à artrose

Vimioso: “Caminhada com a médica” dedicada à artrose

No dia 7 de outubro, as Termas de Vimioso vão organizar mais uma “Caminhada com a Médica”, uma atividade que consiste num passeio pela natureza, acompanhados por uma profissional de saúde, que desta vez vai esclarecer os participantes sobre a doença da artrose e dar conselhos para um estilo de vida mais saudável.

De acordo com a médica de família, Raquel Diz, a artrose (ou osteoartrose) é a principal causa de incapacidade nas pessoas idosas e deve-se frequentemente à sobrecarga articular e ao excesso de peso.

“De um modo geral, as pessoas no distrito de Bragança, paralelamente à sua atividade profissional, também se dedicam à agricultura de subsistência, o que exige um grande esforço muscular e das articulações, quase sem tempos de repouso”, explicou.

A profissional de saúde referiu também que os excessos na alimentação e a consequente obesidade dificultam o controlo desta doença degenerativa, que afeta as principais articulações do corpo, como são as mãos, os joelhos, as ancas e a coluna vertebral

Para atenuar ou prevenir a artrose, recomenda-se o tratamento da obesidade (perda de peso), evitar sobrecargas articulares, a correção de anomalias articulares e o fortalecimento dos membros inferiores.

O tratamento para a artrose assenta em quatro princípios: educar a pessoa doente, aliviar os sintomas, minimizar a incapacidade e prevenir ou retardar a progressão da doença.

“Para o alívio dos sintomas há a medicação analgésica. Para a reabilitação, recomenda-se a fisioterapia, a hidroterapia e o tratamento termal. Finalmente, a cirurgia ortopédica pode corrigir algumas anomalias ou substituir algumas articulações por próteses”, explicou.

Sobre os benefícios dos tratamentos termais, a médica hidrologista, informou que as propriedades das águas das Termas de Vimioso são recomendadas para tratar as doenças reumatismais e músculo-esqueléticas.

“As águas sulfúreas das termas de Vimioso, com as suas propriedades anti-inflamatórias e analgésicas têm grandes benefícios para tratar e prevenir as artroses. A nível físico, através das técnicas termais, como a massagem. E a nível químico, o contato da água com o corpo e as articulações, diminui a dor e eventualmente pode retardar a progressão de doença”, explicou.

Segundo a profissional de saúde, a artrose pode ser diagnosticada, tratada e acompanhada nos centros de saúde, onde os médicos de família encaminham os doentes para as consultas de especialdade em reumatologia, ortopedia e/ou fisiatria.

Relativamente à originalidade da iniciativa “Caminha com a médica”, Raquel Diz acrescentou que caminhar na natureza é uma das atividades que mais benefícios traz para a saúde e previne várias doenças.

“A caminhada é a atividade física mais fácil de realizar e com a menor taxa de desistência. Por isso, é recomendada para pessoas com problemas ortopédicos, cardíacos ou com excesso de peso. A prática regular da caminhada tem muitos benefícios para a saúde”, destacou.

A participação na atividade “Caminha com a Médica”, agendada para o dia 7 de outubro, é gratuita. Para realizar a inscrição deve contatar as Termas de Vimioso, através do endereço de email: termasdevimioso@cm-vimioso.pt

HA

Ambiente: Recuperação da biodiversidade dos rios estagnou há mais de uma década

Ambiente: Recuperação da biodiversidade dos rios estagnou

Um estudo publicado na revista Nature e que teve a participação de investigadores portugueses concluiu que apesar das tendências positivas na década de 1990, a recuperação da biodiversidade dos rios europeus estagnou a partir de 2010.

De acordo com uma nota de imprensa, divulgada pela Universidade de Coimbra (UC), os aumentos verificados na biodiversidade de cursos de água europeus “ocorreram principalmente antes da década de 2010 e, desde então, estagnaram”.

“Os ganhos em biodiversidade nas décadas de 1990 e 2000 refletem a melhoria da qualidade físico-química da água, devido à implementação de sistemas de tratamento mais eficazes e projetos de reabilitação ou restauro ecológico. Já a desaceleração na recuperação da biodiversidade ribeirinha da década de 2010 mostra que as medidas atuais não são suficientes, traduzindo-se cada vez menos em resultados positivos na recuperação da biodiversidade”, explicou Maria João Feio, investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

Maria João Feio participou com Manuel Graça, investigador da mesma entidade, no estudo agora publicado, que reuniu 96 peritos europeus de 70 instituições e foi coordenado por investigadores do Senckenberg Research Institute e Natural History Museum (de Frankfurt, Alemanha).

A cientista lembrou que nas últimas três décadas, principalmente após a publicação no ano 2000 da Diretiva Quadro europeia da Água, “têm vindo a ser implementadas diversas medidas de mitigação para combater a degradação dos rios e dos seus ecossistemas”.

“No entanto, o número de fatores que ameaçam estes ecossistemas continua a aumentar em todo o mundo”, alertou.

O estudo pretendeu analisar o nível de recuperação da biodiversidade aquática dos sistemas ribeirinhos ao longo do tempo, em resultado das medidas de mitigação implementadas na Europa, tendo sido possível concluir por um aumento do número de espécies (0,73% ao ano), riqueza funcional (2,4% por ano) e abundância (1,7% por ano) nas comunidades de macroinvertebrados aquáticos.

No entanto, “apesar destas tendências positivas”, o número de espécies “ainda diminuiu em 30% dos locais”, constatou Maria João Feio.

“Os ecossistemas ribeirinhos onde se verificou menor recuperação foram os localizados a jusante de barragens, em áreas urbanas e terrenos agrícolas. Além disso, as comunidades de invertebrados localizadas em zonas com taxas de aquecimento mais rápidas tiveram menor recuperação, o que mostra os impactos das alterações climáticas, nomeadamente o efeito do aumento da temperatura”, enfatizou a investigadora da UC.

A estagnação verificada, continuou a especialista, “ocorreu porque surgiram também novas ameaças, nomeadamente poluentes emergentes, como fármacos e microplásticos, alterações climáticas e espécies invasoras”.

Maria João Feio disse que o número de espécies não nativas encontradas em 69% dos locais analisados “tem vindo a aumentar de forma acentuada” à razão de 4% ao ano.

Perante estes resultados, os investigadores consideram “urgente continuar o restauro ecológico baseado na renaturalização e recuperação das espécies, não meramente estético, ou focado no escoamento, ou na remoção de nutrientes da água, mas também de um novo planeamento focado nos novos impactos, tais como poluentes emergentes, alterações climáticas e espécies invasoras”.

A investigação mostrou também a importância da continuação da monitorização ecológica dos rios, “para que se possam fazer estudos que abordem as evoluções temporais”.

Fonte: Lusa

Política: PS apela à divulgação do 2.º despacho que ordena cobrança de IMI das barragens

Política: PS apela à divulgação do 2.º despacho que ordena cobrança de IMI das barragens

Os dois deputados do PS, eleitos por Bragança, defenderam que o secretário de Estado do Assuntos Fiscais deve tornar público o conteúdo do segundo despacho, que ordena à Autoridade Tributária (AT), a cobrança do IMI das barragens.

“Consideramos que era importante que o senhor secretário de Estado [dos Assuntos Fiscais] tornasse público o segundo despacho que ordena à AT a cobrança de IMI das barragens, para percebermos melhor todo este processo, para que haja mais transparência nessa matéria”, disse a deputada socialista eleita por Bragança, Berta Nunes.

A parlamentar questionou o motivo que levou o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais a emitir um segundo despacho, em finais de agosto, para se proceder à cobrança do IMI referente às barragens, quando no início de fevereiro já tinha sido emitido um primeiro.

“Gostaríamos de perceber melhor por que é que o senhor secretário de Estado dos Assuntos Fiscais foi obrigado a emitir um segundo despacho para ordenar a cobrança do IMI das barragens”, disse a deputada.

Para os dois deputados do PS, eleitos por Bragança, a cobrança do IMI de todas as barragens é muito importante para os territórios onde estes empreendimentos estão instalados.

“O despacho emitido há cerca de seis meses não deixa dúvidas quanto a esta matéria”, frisou a socialista Berta Nunes.

De acordo com a deputada, “aparentemente a AT não cumpriu o que foi ordenado no primeiro despacho, o que obrigou o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais a fazer um novo despacho para se proceder à cobrança de IMI das barragens”.

A 6 de setembro, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Santos Félix, salientou que a AT notificou os titulares das barragens para inscrição das mesmas junto do fisco, mas alertou para a complexidade do processo do IMI destes imóveis.

A deputada Berta Nunes considerou também que “é legítima” a preocupação já manifestada pelo Movimento Cultural da Terra de Miranda (MCTM) em relação a cobrança de IMI das barragens da região de Trás-os-Montes, “para que não se perca este imposto referente de 2019, por falta de atuação da AT”.

A 7 de setembro, o MCTM considerou que a AT está a deixar passar tempo para que não haja avaliação das barragens e assim se perca a receita do IMI referente a 2019.

“A perceção com que ficamos é que a AT está a deixar passar tempo para que não haja avaliação das barragens e tememos que se perca a cobrança do IMI referente a 2019. Se isto acontecer, quem vai beneficiar é a EDP, e assim verificamos que há privilégios para a empresa em detrimento da população da Terra de Miranda, no distrito de Bragança”, explicou o membro do MCTM, Óscar Afonso.

Óscar Afonso estranhou igualmente que recentemente tenha sido emitido um segundo despacho pela mesma Secretaria de Estado e nada tenha acontecido em matéria de cobrança de impostos sobre o negócio das barragens por parte da AT.

Para avançar com esta espécie de avaliação geral das barragens para efeitos de IMI, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) terá de fornecer à AT informação sobre “as construções e edificações que constituem prédios”, com base no entendimento que consta do parecer da Procuradoria-Geral da República.

Com o processo de avaliação concluído e sendo as liquidações de IMI efetuadas até 31 de dezembro de 2023, vai ser possível à AT reclamar o IMI relativo aos anos de 2019, 2020, 2021 e 2022.

A vertente fiscal das barragens saltou para a agenda mediática na sequência da venda pela EDP de seis barragens em Trás-os-Montes (Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua), por 2,2 mil milhões de euros, a um consórcio liderado pela Engie.

Fonte: Lusa

Ensino: Início do ano letivo com falta de professores

Ensino: Início do ano letivo com falta de professores

A 12 de setembro inicia-se o ano letivo 2023/2024, para cerca de 1,3 milhões de alunos, do 1.º ao 12.º ano, mas muitas destas crianças e jovens ainda não têm professores nas escolas, para todas as disciplinas.

Entre 12 a 15 de setembro, as escolas vão abrir oficialmente o novo ano letivo, mas a escassez de professores volta a perturbar o regresso às aulas, ao deixar milhares de alunos sem docente, a pelo menos uma disciplina.

Após a colocação de quase três mil docentes, as escolas têm ainda cerca de 1.300 horários vazios e a 11 de setembro, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) falava em mais de 100 mil alunos sem professor.

A falta de professores afeta sobretudo as escolas das regiões do Algarve e Lisboa e Vale do Tejo, mas também algumas disciplinas em particular, como Português, Matemática ou Informática.

O problema é reconhecido pelo ministro da Educação que, no ano passado, alargou os requisitos para a contratação de professores sem profissionalização e admitiu, durante o fim de semana, estar a trabalhar em medidas para apoiar os docentes deslocados.

João Costa, que vai estar hoje na Escola Básica Professor Abílio Madeira Martins, em Minde, na Escola Básica do Cabo, Vialonga, e na Escola Básica e Secundária de Vialonga, disse ainda que algumas das alterações previstas à formação de professores também poderão ajudar a dar resposta, como o regresso dos estágios remunerados. 

A escassez de professores poderá não ser, no entanto, o único fator a deixar os alunos sem aulas, prevendo-se que o ano letivo arranque da mesma forma que terminou o anterior, com a forte contestação dos profissionais das escolas.

A partir de 16 de setembro, a plataforma de nove organizações sindicais que inclui a Fenprof e a Federação Nacional da Educação (FNE), inicia uma greve ao sobretrabalho, às horas extraordinárias e à componente não letiva.

A paralisação não tem impacto nas aulas, mas logo no início da segunda semana, o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) avança para uma greve de cinco dias. Menos de um mês depois, em 6 de outubro, há uma greve nacional convocada pela plataforma sindical.

O motivo para a contestação mantém-se – a recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço – e, da parte dos sindicatos, não parece haver qualquer intenção de abrandar a luta até que o Ministério da Educação aceite negociar aquela reivindicação, que foi várias vezes afastada pelo Governo.

Com mais ou menos greves, o que também prossegue este ano é o plano de recuperação das aprendizagens para colmatar as dificuldades vividas durante a pandemia de covid-19, mas desta vez sem o reforço de professores.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Clássica Douro Internacional levou os ciclistas às aldeias da Terra de Miranda

Miranda do Douro: Clássica Douro Internacional levou os ciclistas às aldeias da Terra de Miranda

No Domingo, dia 10 de setembro, Miranda do Douro foi o local de partida e de chegada da Clássica Douro Internacional, uma prova de cicloturismo que trouxe à região mais de 500 participantes, para pedalar pelas aldeias do planalto mirandês e conhecer as paisagens do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

A 2ª edição da “Clássica Douro Internacional” decorreu ao longo da manhã de Domingo, dia 10 de setembro, com partida e chegada no largo do Castelo, em Miranda do Douro.

Miguel Santos, da equipa Love Tiles, participou, pelo segundo ano consecutivo, na prova de cicloturismo, em Miranda do Douro. Sobre a prova deste ano, o cicloturista de Aveiro disse que apreciou mais o percurso do ano passado, em que o pelotão teve a oportunidade de passar também pela vizinha Espanha.

“Apesar da alteração do percurso, este ano tivemos um tempo estupendo para a prática do cliclismo”, disse.

Em representação da equipa do Grupo Desportivo Teixosense (Covilhã), Nuno Martins, informou que os 12 elementos da sua equipa participaram pela primeira vez nesta prova e elogiaram a organização e as bonitas paisagens da região.

“O percurso foi variado, teve partes para rolar e outras com subidas e descidas de alguma dificuldade. Apesar da impossibilidade de irmos a Espanha, eu gostei bastante da prova e espero regressar em futuras edições, disse.

De Miranda do Douro, o ciclista, Emanuel Soares, disse que o percurso da primeira edição da Clássica Douro Internacional foi mais rolante e rápido.


“No percurso deste ano houve mais subidas e descidas e por isso foi-me mais difícil ganhar ritmo de corrida. Pessoalmente, gosto mais de corridas rolantes, pois também dão para contemplar melhor as bonitas paisagens da região”, disse.

Por sua vez, Luís Braz, ciclista de Bragança, referiu que a prova deste ano foi divertida, dado que o pelotão teve a oportunidade de passar por muitas das aldeias dos concelhos de Miranda do Douro, Vimioso e Mogadouro, onde puderam interagir com as populações locais.

“Dou os parabéns à organização pela escolha do percurso, onde privilegiaram as estradas secundárias, em detrimento das estradas principais, o que favoreceu a segurança dos ciclistas e possibilitou uma maior interação com o público”, disse.

O grande vencedor da Clássica Douro Internacional 2023, foi Jorge Mariz, da equipa Penacova Ceg Touch, que concluiu a prova de 102 quilómetros, com um tempo de 2 horas 44 minutos e 11 segundos. Sobre a prova deste ano, o jovem ciclista referiu que o percurso inicial foi mas difícil, o que levou a equipa a adoptar outra estratégia na corrida, de modo a guardar forças para o final.

Do lado feminino, a ciclista Liliana Silva elogiou a segurança do percurso e as belas paisagens do planalto mirandês.

No final, o diretor da prova, João Cabreira, fez uma avaliação positiva da II Clássica Douro Internacional.

“Neste ano houve mais participantes e mais público a assistir, o que demonstra que a prova está a crescer. Sobre a alteração do percurso, isso deveu-se a uma alteração à última hora, do parecer da Guardia Civil espanhola, que nos obrigou a redesenhar o trajeto”, explicou.




Sobre a boa receptividade das populações das aldeias da Terra de Miranda à passagem dos ciclistas, João Cabreira adiantou que, em futuras edições, os percursos vão privilegiar esse contato com o público.

Por sua vez, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, mostrou-se muito satisfeita com a participação de 570 ciclistas, na II Clássica Douro Internacional e fez questão de esclarecer que apesar da impossibilidade dos ciclistas irem a Espanha, a prova deu a conhecer a beleza do Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

“Com esta prova de cicloturismo pretendemos dar a conhecer e promover turisticamente a Terra de Miranda. Ao longo deste fim-de-semana, a Clássica Douro Internacional deu visibilidade à beleza natural do nosso território, mas também à nossa história, à cultura, à língua, às tradições, ao artesanato, à gastronomia ”, disse.

A autarca de Miranda do Douro referiu-se ainda à iniciativa da empresa Rubis Gás, que no decorrer da Clássica Douro Internacional desenvolveu um projeto de responsabilidade social, para apoiar uma instituição de solidariedade do concelho.

“Agradeço à população e às instituições que se juntaram a esta causa social, como foram os os atletas do Clube Desportivo de Miranda do Douro (CDMD), os Bombeiros Voluntários e os atletas do Grupo Desportivo Mirandês. Destaco que cada quilómetro pedalado equivaleu a 5 euros e no final, os quilómetros foram convertidos em dinheiro, cujo valor foi entregue à Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro (SCMMD)”, destacou.

A prova de cicloturismo “Clássica Douro Internacional” foi organizada pela empresa Cabreira Solutions e contou com o apoio do município de Miranda do Douro e de patrocínios de várias empresas.

Fotos: Cabreira Solutions

HA

Póvoa: Milhares de portugueses e espanhóis celebraram a Natividade de Nossa Senhora

Póvoa: Milhares de portugueses e espanhóis celebraram a Natividade de Nossa Senhora

No dia 8 de setembro, o santuário de Nossa Senhora do Naso, na Póvoa, acolheu milhares de pessoas, para participar na missa campal e na procissão, alusivas à festa da Natividade de Nossa Senhora, que continua a ser Mãe e modelo de fé para a população do planalto mirandês e da vizinha Espanha.

No santuário do Naso, a celebração religiosa iniciou-se com a procissão dos andores de Nossa Senhora do Naso e da Imaculada Conceição, acompanhada musicalmente pela banda da Associação Filarmónica Mirandesa.

Seguiu-se depois a missa campal, presidida pelo pároco Manuel Marques, acompanhado pelos padres Javier Fresno Campo (diocese de Zamora/ Espanha) e Rufino Xavier (pároco de Vimioso).

Segundo a Igreja Católica, a Virgem Maria ocupa um lugar central nas festas e romarias.

Ao longo do ano, são muitas as festas dedicadas a Nossa Senhora: Santa Maria, Mãe de Deus (1 janeiro), Nossa Senhora da Purificação ou das Candeias (2 de fevereiro), Nossa Senhora da Anunciação (25 de março), Nossa Senhora de Fátima (13 de maio), Nossa Senhora da Visitação (31 de maio).

A 12 de junho celebra-se a festa do Imaculado Coração de Maria; Nossa Senhora do Carmo (16 de julho); a 15 de agosto, a igreja celebra a festa de Nossa Senhora da Assunção; Nossa Senhora Rainha (22 de agosto); a 8 de setembro, celebra-se a Natividade de Nossa Senhora; Nossa Senhora das Dores (15 de setembro); Nossa Senhora do Rosário (7 de outubro) Apresentação de Nossa Senhora (21 de novembro) e Imaculada Conceição (8 dezembro).

A Natividade de Nossa Senhora (8 de setembro) é uma das festas marianas mais antigas, tendo começado a ser celebrada em Roma, no século VIII, durante o pontificado do Papa Sérgio I. Trata-se da terceira festa da “natividade” presente no calendário romano: natividade de Jesus, o Filho de Deus (Natal); natividade de São João Batista (24 de junho) e natividade de Nossa Senhora (8 de setembro).

Nos Evangelhos não há referência à Natividade de Nossa Senhora, dado que o acontecimento fundamental na vida de Maria foi a Anunciação. Maria, a Mãe de Deus, é modelo de discípula e exemplo de vida cristã: pela fé, pelo seguimento do seu Filho, Jesus e pela caridade para com os outros.

HA

Vimioso: Gigantes do Todo-o-Terreno voltam para o King of Portugal 

Vimioso: Gigantes do Todo-o-Terreno voltam para o King of Portugal 

Os gigantes do todo-o-terreno automóvel vão voltar a Vimioso, entre 4 e 7 de outubro, para mais uma edição de King of Portugal, com 82 equipas de 15 nacionalidades, adiantou o diretor do evento, José Rui Santos.

Em 2022, o “King of Portugal” atraiu a vinda de milhares de pessoas a Vimioso.

“Vamos ter a participação de 82 equipas, oriundas de 15 nacionalidades, onde o país mais representado logo a seguir a Portugal é a França, o que é uma novidade, visto que anteriormente, o país que mais representação tinha era Espanha”, explicou José Rui Santos.

Na competição com os veículos XXL de todo-o-terreno vão estar ainda equipas vindas de Inglaterra, Itália, Escócia, Alemanha, Bélgica, Suíça e Moçambique.

De acordo com os promotores, o King of Portugal é uma das mais difíceis provas da especialidade, com um traçado misto de grandes pedras, aceiros e asfalto, num total de 400 quilómetros. Durante três dias, homens e máquinas são colocados à prova no circuito disperso pelo concelho de Vimioso.

“Uma das novidades para edição de 2023 desta prova é que o vencedor irá representar o King of Portugal nos Estados Unidos, na competição King of the Hammers, que é uma corrida ‘off-road’ que combina corridas no deserto e rastreamento de rochas”, explicou José Rui Santos.

A prova de todo-o-terreno automóvel é composta por várias etapas, entre as quais se destacam o circuito da pedreira e os chamados “ovos de dinossauro”, tratando-se de uma zona da pista com grandes pedras que “impõem grande destreza por parte dos pilotos e equilíbrio das máquinas.

O traçado do King of Portugal foi todo redesenhado, recuperando troços que já não eram utilizados na competição desde 2014.

Para José Rui Santos, o número de participantes é “uma surpresa”, assinalando que várias equipas acabaram por ficar fora da competição, que também vai decidir o campeão internacional de Ultra Four Racing.

“Esperamos uma grande afluência de público de Portugal, Espanha e França”, vincou o responsável, recordando que o prólogo está marcado para o feriado de 05 de outubro, antecedendo dois dias de competição, que culminam no sábado, dia 07.

Já a autarquia de Vimioso, que investiu cerca de 50 mil euros nesta prova que se realiza há mais de uma década, espera triplicar o investimento em proveitos para o concelho e para a região.

“O King Of Portugal é o maior evento realizado em Vimioso e o que traz mais dividendos económicos para o concelho e para região do planalto mirandês, onde o retorno é três vezes superior ao investimento”, referiu o presidente da Câmara de Vimioso, Jorge Fidalgo.

A organização da prova é da responsabilidade do Clube NorteX4, que conta com o apoio do município de Vimioso e da Federação Portuguesa do Automobilismo e Karting (FPAK).

Fonte: Lusa

Ambiente: Mais de 60% da eletricidade gerada em origem renovável

Ambiente: Mais de 60% da eletricidade gerada em origem renovável

Em Portugal continental, cerca de 60%, dos 3.177 GWh (gigawatts-hora) de eletricidade gerada em agosto, teve origem renovável, segundo dados divulgados pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).

“Em agosto de 2023, foram gerados 3.177 GWh de eletricidade, dos quais 60,7% tiveram origem renovável”, informou a APREN em comunicado, explicando que o aumento de 5,9 % face a agosto de 2022 “deve-se ao aumento da incorporação solar em 9,4%, produzindo respetivamente 425 GWh, face aos 157 GWh em agosto de 2022”.

No acumulado de janeiro a agosto, o setor eletroprodutor emitiu um total de 2,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente (MtCO2eq), sendo que o setor da eletricidade renovável evitou a emissão de 6,2 MtCO2eq e o gasto de 1.251 e de 385 milhões de euros na importação de gás natural e de eletricidade, respetivamente, indicou a associação.

No mês de agosto, registou-se um preço médio horário no Mercado Ibérico de Eletricidade (Mibel) em Portugal de 97,9 euros por megawatt-hora (MWh), tendo-se esse valor situado nos 91,3 MWh no acumulado dos primeiros oito meses do ano.

De acordo com a APREN, desde 15 de junho de 2022, quando o mecanismo ibérico de limite do preço do gás natural entrou em funcionamento, até 31 de agosto deste ano, o mesmo gerou uma poupança de 22,8 euros/MWh, o que equivaleu a uma redução de 13,6% no preço horário médio no Mibel.

Analisando a poupança devido ao limite do preço do gás natural, correspondente à diferença entre o preço sem o mecanismo e o preço com a compensação a pagar às centrais a gás natural, verifica-se que, durante os meses de abril a agosto, o mecanismo não provocou alterações no preço da eletricidade.

No total, 245,1 dos 332,1 terawatts-hora (TWh) produzidos foram sujeitos ao mecanismo de ajuste dos consumidores na Península Ibérica.

Os dados da APREN indicam ainda que o Sistema Elétrico Nacional registou, entre janeiro e agosto, um saldo importador de 7.538 GWh, com exportações de eletricidade de 1.902 GWh e importações de 9.440 GWh.

Fonte: Lusa

Agricultura: Azeite transmontano tem que procurar mercado para “qualidade diferenciada”

Agricultura: Azeite transmontano tem que procurar mercado para “qualidade diferenciada”

O azeite de Trás-os-Montes e Alto Douro precisa de encontrar um “mercado diferenciador” para valorização da sua “qualidade diferenciada”, disse Francisco Pavão, presidente da Associação Dos Produtores Em Proteção Integrada De Trás-os-Montes E Alto Douro (APPITAD).

“Na nossa região há muitas produções aliadas a sistemas de qualidade, sobretudo à Denominação de Origem Protegida (DOP) Azeite de Trás-os-Montes. Obviamente, que aí temos que procurar outros mercados. Um mercado diferenciador, que esteja disposto a pagar a diferença pelo tipo de azeite daquela especificidade. Mantivemos em Trás-os-Montes e Alto Douro a aposta nas variedades tradicionais. Temos que saber promover e valorizar e ter mais-valias com essa aposta que fizemos”, explicou Francisco Pavão.  

Segundo o presidente da associação, isso vai obrigar a procurar “novos mercados e consumidores” com “capacidade financeira” para pagarem esta “qualidade diferenciada”.

Para Francisco Pavão, pode passar pelo mercado nacional, com o aumento do turismo, mas não só: “Temos que ir para o mercado da exportação. Não é fácil. Mas temos que fazer isto numa ação concertada da promoção de uma região com diferentes identidades naquilo que são os perfis de azeite”, considera Francisco Pavão.

“É impossível, aos custos de produção que temos e aos fatores de contexto das explorações, termos valorização no mercado a granel. No caso de Trás-os-Montes e Alto Douro valorizamos o produto embalando-o e colocando-o à disposição dos consumidores”, disse.

E o caminho está a traçar-se: “No último concurso de azeites de Trás-os-Montes e Alto Douro, tivemos 66 azeites, de 60 produtores, de 22 concelhos da região, o que prova que temos um conjunto enorme de marcas, algumas com bastante notoriedade. Temos que promover a região e a diversidade dos azeites aqui produzidos”., apontou Francisco Pavão.

Este azeite diferenciado é um produto, enfatiza Francisco Pavão, “que não é para fritar ou refogar” mas “para finalizar pratos”.

“Se estamos disponíveis para pagar um bom azeite, uma garrafa a custar entre 15 a 20 euros, o custo por refeição é muito reduzido. Se olharmos para um produto de garrafão, não é diferenciado”, detalha o dirigente.

Francisco Pavão dá como exemplo o vinho na promoção dos territórios: “Temos que ir beber inspiração ao vinho e ver o que foi feito nos últimos 20 anos. Passou de um setor que vendia, sobretudo, a granel e que hoje em dia promove e valoriza os distintos territórios, de norte a sul do país e ilhas. Temos que começar a valorizar os azeites pela especificidade dos territórios onde são obtidos”.

O presidente da APPITAD admite que tudo isto exige “muito trabalho” e também “um esforço de união da região”. “Precisámos de sinergias com outros produtos. Porque é das regiões do país com mais produtos qualificados com Denominação de Original Protegida (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP), afirmou.

Para o dirigente, este pode ser o futuro para “os pequenos territórios”, que não conseguem “competir por volume”, muito por culpa, considera Francisco Pavão, da falta de estruturas para armazenar água na região, cuja agricultura é ainda essencialmente de sequeiro.

“Ainda no outro dia me perguntavam ‘então e esta chuva o que é que vai fazer?’. A água vamos perdê-la para os rios e vai toda parar ao mar. Hoje em dia, o regadio é um dos mecanismos de mitigação das alterações climáticas, para aumentar a resiliência”, disse, considerando que é preciso pensar “urgentemente” num plano estratégico.

Fonte: Lusa