Miranda do Douro: Antigos alunos do colégio de São José conviveram no Naso

Miranda do Douro: Antigos alunos do colégio de São José conviveram no Naso

Os alunos do antigo colégio de São José, em Miranda do Douro, voltaram a promover um encontro convívio, no passado dia 19 de agosto, no santuário de Nossa Senhora do Naso, onde participaram na eucaristia e confraternizaram num jantar convívio.

Os alunos do antigo colégio de São José reuniram-se no santuário de Nossa Senhora do Naso.

Recorde-se que o antigo colégio começou a lecionar em Miranda do Douro, no ano de 1955 e funcionou até 1970, no atual edifício da ex-UTAD.

De acordo com o antigo aluno, Augusto Fernandes, o primeiro encontro convívio do colégio de São José, realizou-se em setembro de 1996 e reuniu então, 177 pessoas.

“Desde então, os encontros têm sido regulares e são promovidos, anualmente, pelas mordomias encarregadas de organizar o encontro”, explicou.

Após dois anos de interrupção por causa da pandemia, os antigos alunos do externato de São José voltaram a encontrar-se, desta vez, no santuário de Nossa Senhora do Naso.

O encontro iniciou-se com a celebração da eucaristia, presidida pelo padre Manuel Marques, que felicitou os participantes pelo “bom hábito” de confraternização entre os antigos alunos.

Após a missa realizou-se um jantar-convívio no recinto do Santuário de Nossa Senhora do Naso.

Atualmente, os antigos alunos vivem em diferentes regiões do país, desde Miranda do Douro, Porto, Lisboa e outras localidades.

Rogério Martins é um dos antigos alunos do colégio de São José de Miranda do Douro, onde concluiu o 5º ano (atual 9º). Depois prosseguiu os estudos em Bragança. Sobre o significado do encontro-convívio dos antigos alunos, Rogério Martins, disse que é sempre bom voltar à terra e rever os amigos.

Por sua vez, Urbano Raposo, relembrou que estudou no colégio de São José, entre 1958 a 1962. Sobre o colégio expressou que sente saudades daquele tempo e ao mesmo tempo alegria por rever os antigos colegas.

“Naquela altura, embora as turmas fossem mistas, com rapazes e raparigas, o diretor exigia a separação nos recreios”, recordou.

Margarida Franqueira foi aluna do colégio de São José em 1960 e recordou que a escola naquele tempo era uma felicidade.

“Para nós, jovens, foi uma época muito feliz. Relembro que viemos com os nossos pais para Miranda do Douro, pois eles vieram trabalhar na construção da barragem. E aqui encontrámos tudo: o colégio, a igreja, os amigos que vieram de vários regiões do país e até do estrangeiro. E tornámo-nos tão amigos, que hoje continuamos a encontrar-nos” – Margarida Franqueira.

Após viver muitos anos no Porto, Margarida Franqueira decidiu regressar há quatro anos ao concelho de Miranda do Douro, para residir em Cércio.

Por sua vez, a companheira de colégio, Gina Sales, expressou a sua alegria pelo reencontro dos antigos alunos. E sobre o tempo de estudante no colégio de São José, a ex-aluna sublinhou que a pedagogia na década de 1960 dava muita importância à educação e às regras.

“Foi graças à disciplina vivida no colégio de São José, como a obrigatoriedade de estudar e obter boas notas, que acabamos também por desenvolver sólidos valores morais”, disse.

A par dessa exigência, a antiga aluna acrescentou que a instituição proporcionou-lhes a construção de grandes amizades que permanecem até hoje.

HA

Miranda do Douro: Missa e procissão encerraram as Festas da Cidade

Miranda do Douro: Missa e procissão encerraram as Festas da Cidade

Concluíram-se este Domingo, dia 21 de agosto, as Festas da Cidade de Miranda do Douro, com a celebração da Eucaristia na concatedral e a procissão em honra de Santa Bárbara.

A procissão em Honra de Santa Bárbara percorreu a zona histórica da cidade de Miranda do Douro.

A celebração religiosa realizou-se às 17h00 e registou uma grande afluência de pessoas, que após dois anos de interrupção por causa da pandemia, tiveram novamente a oportunidade de participar na procissão dos santos padroeiros pelas ruas da zona histórica da cidade.

Na homília da Missa, o padre Manuel Marques, pároco de Miranda do Douro começou por dizer que Deus é para todos.

Contudo, o sacerdote numa alusão à imagem da “porta estreita” utilizada por Jesus no Evangelho deste Domingo, alertou que, amiúde, as riquezas, os apegos, afeições desordenadas e o egoísmo dificultam a comunhão com Deus.

“Quando deixamos que o centro da nossa vida seja Deus, aí sim, vemos milagres na nossa vida”, disse.

Ainda assim, o pároco de Miranda do Douro reconheceu que o caminho da verdadeira felicidade é difícil, pois exige uma permanente atenção e vigilância.

“Deus é a única Pessoa que sacia a nossa sede de sentido e felicidade. E como Pai que é, Deus corrige aqueles que ama. E nós, também devemos corrigir-nos uns aos outros e ajudarmo-nos mutuamente a crescer”, disse.

O padre Manuel Marques ensinou que os verdadeiros amigos não são aqueles que somente nos elogiam.

“São aqueles que nos chamam à atenção e nos corrigem”, disse.

Após a Missa, realizou-se a tradicional procissão com os vários andores dos santos padroeiros pelas ruas da zona histórica da cidade, acompanhados musicalmente pela Associação Filarmónica Mirandesa.

A par do encerramento das Festas da Cidade, neste Domingo, dia 21 d agosto, concluiu-se também a XXIV edição da Famidouro – Feira de Artesanato, com a atuação das Pauliteiras e dos Pauliteiricos, da associação Mirandanças.

No Largo do Castelo, coube ao grupo musical Calhambeque encerrar as festividades deste ano.

HA

Miranda do Douro: Cidade engalanada com 645 rosetas em croché

Miranda do Douro: Cidade engalanada com 645 rosetas em croché

Miranda do Douro está engalanada com 645 rosetas feitas em croché, por 17 mulheres que responderam à iniciativa “Miranda Floriu em Croché 2022”, um projeto que pretende ser um atrativo turístico e fotográfico.

“’Miranda Floriu em Croché 2022′ enquadra-se no âmbito das novas tendências de atração turística e animação de ruas, e tem o intuito de deliciar todos os visitantes e habitantes, animando as ruas com autênticas obras de arte, num leque ímpar de cores, com o objetivo, também, de reavivar memórias de atividades ancestrais de enorme valor, que com o passar do tempo caíram em desuso e criar novos atrativos turísticos e fotográficos”, disse à Lusa a presidente da câmara, Helena Barril.

As flores em croché podem ser vistas nas janelas, varandas, estátuas ou fachadas de monumentos do centro histórico desta cidade do distrito de Bragança.

“Trata-se de uma iniciativa que foi realizada pela primeira vez em Miranda do Douro e estamos muitos satisfeitos com a reação das pessoas a esta forma de embelezar a cidade e chamar a atenção para a prática do croché como arte manual”, vincou a autarca.

Este projeto contou com a colaboração de 17 mulheres, que, de forma altruísta e voluntária, aceitaram o desafio que em pouco mais de dois meses tricotaram as 645 rosáceas em croché.

Eva Cristal, de 23 anos, foi a mais novas das participantes na iniciativa “Miranda Floriu em Croché 2022” e que teve por missão de “vestir” uma das estátuas mais fotografadas da quinhentista cidade e que representa o típico mirandês e mirandesa vestidos com os trajes da Terra de Miranda e que está situada na praça central que ostenta o nome de D. João III.

“Vestir este conjunto escultórico que representa a tradição mirandesa foi um desafio, porque estas duas estátuas são dos elementos mais fotografados pelos visitantes em todo o centro histórico de Miranda do Douro”, observou.

Para a participante, tratou-se de “um desafio” mais pessoal, porque há pouco tempo começou a fazer peças e croché.

“Quis testar a minha capacidade de fazer uma vestimenta para um conjunto de estátuas, coisas que eu nunca tinha feito principalmente em croché, arte que estou a iniciar. Acho que as pessoas devem dar mais valor ao trabalho manual e é isso que eu gostava que as pessoas apreciassem”, concretizou Eva Cristal.

A ideia de engalanar a cidade partiu da antropóloga Cristina Martins, com uma proposta para realizar uma exposição de rosetas em croché, em espaço público, concretamente na praça, que acabou por se estender a outras ruas contíguas do centro histórico.

“O croché caiu em desuso e hoje em dia está outra vez na moda, sendo visível em peça de roupa. E por outro lado, há esta tendência de atração turística e animação de ruas, sendo uma vaga mais recente e esta mostras saírem dos museus ou outras salas de ex+posição para o espaço público. Estamos a falar de peça exclusivas, feitas à mão onde não há duas peças iguais o que lhe confere mais valor”, vincou.

A câmara municipal concedeu um apoio no financiamento na compra das linhas e a de algum material acessório, contando este projeto com a colaboração de alguns lojistas e comerciantes, que adornavam as suas montras e fachadas.

Fonte: Lusa

Santulhão: Festival de Música Celta está de regresso

Santulhão: Festival de Música Celta está de regresso

Nesta sexta-feira, dia 19 de agosto, Santulhão volta a realizar o Festival de Música Tradicional e Celta, um evento que vai na 20ª edição e que neste regresso, após dois anos de pandemia, privilegia os grupos portugueses.

Jorge Nuno Rosário, do Grupo Recreativo e Associativo de Santulhão (GRAS) disse que a edição deste ano do festival privilegia os grupos portugueses.

“O grupo cabeça de cartaz são os Urze de Lume, a que se juntam os grupos Tresmoças e os Andarilhos”, indicou.

Para quem pretenda visitar Santulhão, o festival vai iniciar-se às 18h00, com uma arruada pelas ruas da aldeia, protagonizada pelos gaiteiros de Santulhão e de Palaçoulo.

Para além da música, no evento destaca-se o jantar, às 20h00, em que a ementa é o porco no espeto e as bebidas tradicionais como é o caso da “queimada” e do “licor celta”.

Às 22hOO vão iniciar-se os concertos musicais.

O Festival de Música Tradicional e Celta de Santulhão é organizado pelo Grupo Recreativo e Associativo de Santulhão (GRAS) e conta com o apoio da Freguesia de Santulhão e do Município de Vimioso.

HA

São Martinho: I Feira do Contrabando em Alcañices

São Martinho: I Feira do Contrabando em Alcañices

Vai realizar-se no próximo sábado, dia 20 de agosto, em Alcanices, a I Feira do Contrabando, um certame ibérico que é organizado pela ADATA Zamora, em colaboração com o Ayuntamiento de Alcanices e da Junta de Freguesia de São Martinho de Angueira.

Segundo a organização, I Feira do Contrabando de Alcañices vai oferecer ao público exposições de artesanato, um passeio de carros antigos, gastronomia, teatro de rua e palestras.

Outras das atividades do evento são a caminhada e a corrida de 8 quilómetros entre São Martinho de Angueira e Alcañices.

Às 17h30, os caminhantes vão ter à disposição um autocarro, que os levará de Alcañices até São Martinho, para iniciar a caminhada às 18h00, junto à sede da junta de freguesia.

A organização da caminhada “Rota do Contrabandista” pede aos participantes que se vistam de contrabandistas e no final haverá prémios para os melhores mascarados.

Para quem pretenda participar na corrida, a organização informa que às 19h15 vai sair de Alcañices um autocarro com destino a São Martinho. E a corrida inicia-se às 20h00, também junto à sede da junta de freguesia de São Martinho.

A inscrição na corrida tem um custo de 7€ e inclui seguro, saco e gola.

Programa da I Feira do Contrabando, em Alcañices.

HA

Mora: Luta de touros para homenagear os criadores e emigrantes

Mora: Luta de touros presta homenagem aos criadores e aos emigrantes

No próximo sábado, dia 20 de agosto, vai realizar-se pela primeira vez, em Mora, no concelho de Vimioso, a luta de touros mirandeses, uma tradição ancestral que visa homenagear os criadores de bovinos de raça mirandesa e também os emigrantes.

De acordo com a presidente da União de Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, as lutas de touros mirandeses atraem habitualmente o interesse de milhares de pessoas, criadores e visitantes.

Segundo a organização, o evento, em Mora, vai começar às 13h00 de sábado, com um almoço convívio dedicado aos emigrantes, que nesta altura do ano estão de visita à sua aldeia natal.

“Durante o ano, a aldeia de Mora, tem cerca de 20 pessoas residentes. E no verão, com a chegada dos emigrantes, a população local chega às 150 pessoas”, indicou a presidente da União de Freguesias.

A luta de touros mirandeses vai iniciar-se às 17h00, numa competição em que vão participar 10 animais.

Os imponentes touros mirandeses chegam a pesar 1200 quilos e observá-los a medir forças é um espetáculo que, habitualmente, desperta a curiosidade e o interesse de muito público.

Segundo Cristina Miguel, as lutas ou “chegas de bois” são uma componente das festas de verão e continuam bem vivas no planalto mirandês.

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Ambiente: Falta de água vai atingir 17% dos europeus até 2050

Ambiente: Falta de água vai atingir 17% dos europeus até 2050

Cerca de 17% da população europeia está em grande risco de escassez de água até 2050, indica uma análise divulgada pela organização “World Wide Fund for Nature” (WWF).

A nova análise “mostra que a Europa será cada vez mais propensa a secas e escassez de água”, alerta um comunicado divulgado pela Associação Natureza Portugal (ANP), que trabalha em associação com a WWF.

Os dados do “Water Risk Filter” apontam para a necessidade, segundo o comunicado, “de tomada de medidas urgentes pelos governos e empresas para aumentar a resiliência das sociedades e economia, particularmente através de soluções baseadas na natureza”.

“As secas na Europa não devem chocar ninguém: os mapas de risco da água há muito que apontam para um agravamento da escassez em todo o continente. O que nos deve chocar é que os governos, empresas e investidores europeus continuam a fechar os olhos aos riscos de escassez da água, como se estes riscos se resolvessem sozinhos”, diz, citado no comunicado, Alexis Morgan, da WWF.

Ruben Rocha, da ANP/WWF, também citado no documento, lembra que em Portugal, como nos restantes países de clima mediterrânico, a situação de seca meteorológica é cada vez mais intensa devido às alterações climáticas.

“Sabemos que a agricultura é responsável por cerca de 75% do consumo de água em Portugal, valor muito superior à média europeia (aproximadamente 25%) e maior do que a média mundial (70%), devido a práticas agrícolas insustentáveis, que exigem medidas urgentes e muitas vezes impopulares do ponto de vista político”, diz.

O estudo recorda que os rios da Europa estão atualmente a sofrer as consequências do calor, com quatro dos rios mais importantes do continente – Danúbio, Pó, Reno e Vístula – a enfrentarem recordes nos seus níveis mínimos, ameaçando os negócios, indústria, agricultura e mesmo o consumo de água pelas pessoas.

Lamentavelmente 60% dos rios da Europa estão hoje “pouco saudáveis”, diz a organização ambientalista.

Fonte: Lusa

Vimioso: Apresentação do livro “Máscaras rituais de Portugal – Entrudo de Santulhão”

Vimioso: Apresentação do livro “Máscaras rituais de Portugal – Entrudo de Santulhão”

O presidente da Assembleia da Academia Ibérica da Máscara, Roberto Afonso, apresentou no dia 14 de agosto, o livro “Máscaras rituais de Portugal – Entrudo de Santulhão”, com o intuito de dar a conhecer esta tradição cultural, tão caraterística do povo de Santulhão.

A apresentação da obra ocorreu na freguesia de Santulhão e contou com a presença da vereadora da cultura do município de Vimioso, Carina Lopes e do presidente da freguesia, Jorge Gonçalves.

Segundo o autor, Roberto Afonso, o livro está ilustrado com fotografias e textos sobre a tradição do Carnaval, em Santulhão.

“A obra inclui alguns testamentos lidos no culminar do grandioso cortejo que acontece a cada Terça-feira de Carnaval”, explicou.

E na segunda parte do livro, são apresentadas imagens de todas as coleções do autor.

“São máscaras, fragmentos dos trajes e acessórios usados nas festas, com a identificação que cada uma representa, a data e a localidade em que ocorrem, as características das máscaras e os respetivos artesãos e artistas”, explicou.

O livro “Máscaras rituais de Portugal – Entrudo de Santulhão” resultou da exposição que esteve patente na Casa da Cultura de Vimioso, entre 29 de outubro de 2021 e 31 de janeiro de 2022, na qual foi dado destaque ao Entrudo celebrado na localidade de Santulhão, pertencente ao concelho de Vimioso.

Na dita exposição estiveram representadas mais de 40 festas, sendo que 30 eram do nordeste transmontano, mais concretamente dos concelhos de Vinhais, Bragança, Vimioso, Miranda do Douro, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros e Mirandela.

Sobre o significado das máscaras, o investigador disse na altura que a máscara é uma marca distintiva da cultura popular no nordeste transmontano.

Segundo o colecionador, “o esconder-se atrás de uma máscara permitia cometer excessos e subverter as normas e o poder instituído.”

Outro aspeto nas máscaras que desperta o interesse do professor Roberto Afonso é o lado artístico destes objetos.

“Há máscaras de madeira, de lata, de couro e de vários materiais”, indicou.

Para o investigador, uma exposição de máscaras é também um roteiro das festas ou rituais com mascarados que existem em Portugal, como é o caso do Entrudo de Santulhão.

HA

Vimioso: Serapicos é um paraíso para as borboletas

Vimioso: Serapicos é um paraíso para as borboletas

No dia 13 de agosto, foi inaugurada a Estação da Biodiversidade de Serapicos, no concelho de Vimioso, que consiste um percurso circular com cerca de 1,5 quilómetros, ao longo dos quais os visitantes poderão conhecer mais de perto os insetos e as plantas que aí vivem.

Ângela Cordeiro é bióloga, trabalha no município de Vimioso e deu a conhecer a nova Estação da Bioversidade de Serapicos.

Segundo Ângela Cordeiro, as Estações da Biodiversidade são percursos pedestres curtos, sinalizados no terreno através de painéis informativos sobre as riquezas biológicas a observar pelos visitantes.

“Cada estação está localizada num local de elevada riqueza biológica e paisagística. Os painéis funcionam como uma espécie de guia de campo e fazem referência a espécies emblemáticas e comuns. É dado particular destaque aos insetos e plantas, que são a base para a conservação dos ecossistemas terrestres”, explicou.


Na recém-inaugurada Estação da Biodiversidade de Serapicos, o destaque vai para a existência de borboletas, libelinhas, libélulas, abelhas e outros insetos.

“Por indicação do TAGIS – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal, em Serapicos há determinadas espécies de borboletas que, pela sua raridade, são alvo de interesse científico”, disse.

Na perspectiva da bióloga do município de Vimioso, a estação da biodiversidade de Serapicos reúne condições excecionais para a preservação de cerca de 70 espécies de borboletas.

“Serapicos é um local especial, onde vivem espécies de borboletas que não existem em nenhum outro local do país. E isso é uma mais-valia para o nosso território, pois desperta o interesse e motiva a visita das pessoas”, concluiu.

A nova Estação de Biodiversidade de Serapicos vem enriquecer o programa de atividades do PINTA – Parque Ibérico de Aventura e Natureza.

“Através do PINTA vamos organizar saídas de campo para a nova estação de biodiversidade, com o objetivo de atrair a visita de publico e de turistas. No entanto, também é importante dizer, que qualquer pessoa, individualmente, pode ir conhecer a estação, fazendo uso dos painéis informativos e da aplicação informática”, adiantou.

Ângela Cordeiro explicou que no painel inicial da Estação da Biodiversidade existe um QR code de uma aplicação informática, onde os visitantes poderão descarregar as fotografias dos insetos e das plantas vistos no decorrer da visita.

“Essas fotografias poderão ajudar na investigação dos biólogos. As fotos dessas espécies vão ser identificadas por especialistas da plataforma BioDiversity4All”, explicou.

A técnica do município de Vimioso acrescentou que o estudo da biodiversidade é muito importante, pois permite conhecer as mudanças ambientais ocorridas num determinado local.

“A estação de biodiversidade vai permitir-nos acompanhar e aferir que mudanças biológicas estão a ocorrer em Serapicos. Vai ser possível verificar se há declínio das espécies e investigar as possíveis causas desse declínio”, explicou.

Ângela Cordeiro referiu ainda que os insetos são bons “bioindicadores”, pois são muito sensíveis às mudanças operadas no seu habitat natural.

“Ao conhecer a evolução das espécies na estação da biodiversidade de Serapicos, estaremos também capazes de tomar medidas para defender e preservar a biodiversidade aí existente”, sublinhou.

A Estação da Biodiversidade de Serapicos resultou de uma candidatura do município de Vimioso, ao programa Norte 2020.

De acordo com a bióloga, a recém inaugurada estação de Biodiversidade, em Serapicos, passa a integrar a rede de Estações da Biodiverdidade existentes em Portugal.

Recorde-se que as estações da Biodiversidade começaram a ser implementadas em Portugal, em 2010, e a primeira estação da biodiversidade foi a de Carrazedo, localizada na Serra da Nogueira, no concelho de Bragança.

HA

Miranda do Douro: Hino da JMJ Lisboa 2023 foi cantado em mirandês

Miranda do Douro: Hino da JMJ Lisboa 2023 foi cantado em mirandês

No sábado, dia 13 de agosto, cantou-se o hino das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), em mirandês, para assim convidar os jovens da Terra de Miranda, a participar no grande encontro mundial de jovens, que vai realizar-se em Lisboa, em agosto de 2023.

O jovem Rui Fernandes cantou, em mirandês, o hino das JMJ Lisboa 2023.

A presença da Cruz e do ícone de Nossa Senhora pela concatedral de Miranda do Douro, fez parte da peregrinação que os símbolos da JMJ LIsboa 2023 estão a realizar por todas as dioceses do país.

Recorde-se que esta peregrinação iniciou-se no final de 2021 e nesta passagem pela diocese de Bragança-Miranda, um dos peregrinos, foi o bispo-auxiliar de Lisboa, Dom Américo Aguiar.

“Já visitámos 10 dioceses e temos visto uma crescente curiosidade e entusiasmo nas cidades, vilas, aldeias e nas famílias, por este grande encontro mundial de jovens que vai realizar-se em agosto de 2023, em Lisboa”, disse.

Dom Américo Aguiar informou que, se para alguns jovens o anúncio das JMJ é o primeiro contato, para outros este grande encontro é uma continuação e faz parte do caminho que já estão a percorrer em Igreja.

“Apercebemo-nos que os jovens estão disponíveis para acolher a boa notícia de que Cristo está vivo. E é isso que o Papa Francisco pretende: que as Jornadas Mundiais da Juventude sejam um encontro com Cristo vivo”, afirmou.

E para que esse encontro aconteça, D. Américo Aguiar disse que a igreja tem que o anunciar.

“Temos que ser a Igreja em saída que vai ao encontro dos jovens e da população em geral, para anunciar as Jornadas Mundiais da Juventude, em Lisboa, no próximo ano”, disse.

O bispo auxiliar de Lisboa reiterou que a missão da Igreja é ir ao encontro.

“A nossa identidade é ser missionários. É isso que o Papa Francisco nos pede, insistentemente: para ir ao encontro das periferias geográficas e existenciais”, lembrou.

No âmbito da comunicação e em particular no digital, o bispo responsável pelas JMJ Lisboa 2023, encorajou os comunicadores a anunciar este grande encontro aos jovens.

No final da eucaristia celebrada na concatedral de Miranda do Douro, Dom Américo Aguiar saudou a iniciativa de cantar, em mirandês, o hino das Jornadas Mundiais da Juventude Lisboa 2023.

O tema “Hai pressa nel aire”, foi interpretado pelo jovem Rui Fernandes, natural de Miranda do Douro.

“Gostei muito de cantar, em mirandês, o hino das JMJ Lisboa 2023. Ensaiei com o meu professor, Paulo Meirinhos, e também em casa com a minha família. E no próximo ano, claro que gostaria de ir a Lisboa para participar nesse grande encontro de jovens”, disse.

O mirandês é, desde 1999, a segunda língua oficial portuguesa.

“Esta letra foi muito bem traduzida, a métrica estava perfeita. Fizemos umas pequenas adaptações”, referiu Paulo Meirinhos, da Casa da Música Mirandesa.

Para o músico, sendo o Hino da JMJ cantado por jovens de todo o mundo, trata-se de “uma oportunidade de divulgar a língua mirandesa”.

“A tradução da letra foi coordenada pelo Município de Miranda do Douro numa parceria com a Associação da Língua Mirandesa, a Casa da Música Mirandesa e a Diocese de Bragança-Miranda”, indica uma nota de imprensa do Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais.

Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude também passaram pelo Mosteiro Trapista de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo.

A JMJ nasceu por iniciativa do saudoso Papa São João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

As edições internacionais destas jornadas promovidas pela Igreja Católica são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, e desde então a JMJ já passou pelas seguintes cidades: Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

A próxima edição da Jornada Mundial da Juventude vai realizar-se em Lisboa, em agosto de 2023.

HA e Ecclesia