Vimioso: XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores foi a melhor de sempre

No encerramento da XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores, os produtores, o público e o presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo, mostraram-se unânimes ao considerar que o certame foi um sucesso, em vendas, na afluência de pessoas e na qualidade do evento.

Para explicar o sucesso do certame, o autarca vimiosense, Jorge Fidalgo, fez referência às várias atividades paralelas que enriqueceram a feira, como a montaria ao javali, o passeio motorizado todo-o-terreno, o passeio micológico e o passeio de biclicleta todo-o-terreno.

“Apesar da chuva, todos os participantes expressaram o seu contentamento pelo modo como decorreram estas atividades e isso deixa-me muito satisfeito, pois dinamizamos o concelho, a economia e a região de Trás-os-Montes”, disse.

De acordo com o presidente do município de Vimioso, neste evento anual, procuram inovar de modo a oferecer qualidade ao público.

“No encerramento de cada Feira das Artes, Ofícios e Sabores temos o cuidado de escutar as críticas e sugestões dos expositores, para no ano seguinte fazermos melhor”, indicou.

Os expositores mostraram-se satisfeitos com as vendas realizadas ao longo dos três dias do certame.

Júlio Martins, produtor de fumeiro de Algoso, sublinhou o conforto do pavilhão multiusos para a realização do evento e sobre as vendas realizadas, indicou que o público comprou sobretudo, as alheiras, as chouriças e os butelos.

Por sua vez, José Joaquim, de Junqueira, informou que participa habitualmente nesta feira anual, em Vimioso, e disse que neste ano, as vendas correram muito bem.

“Este certame ajuda-nos a escoar o excedente de produtos que temos lá em casa, como são as cebolas, os alhos, o azeite, as azeitonas, os figos secos, as nozes, as amêndoas, o grão-de-bico, o feijão de casca, o pão, os económicos e os roscos”, elencou.

Do lado do público, a XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores causou boa impressão. Um dos visitantes foi Paulo Guerra, natural de Paços de Ferreira, que veio passar o fim-de-semana com a família e aproveitou para visitar o certame, em Vimioso.

“Gostei muito do evento! Foi uma agradável surpresa e saber da existência de um local para a restauração no decorrer da feira. Entre os muitos produtos expostos, sou um apreciador do fumeiro transmontano”, disse.

Por seu lado, Pedro Filipe, de Vimioso, mostrou-se agradado com a maior variedade de produtos e o maior número de expositores presentes na XXI edição da Feira das Artes, Ofícios e Sabores.

Também de Vimioso, António Dias, que tem acompanhado o evento ao longo dos anos, disse mesmo que “esta edição foi a melhor de sempre”.

E para esse sucesso, muito contribuiu a escolha dos stands dos expositores que descreveu como “bonitos, abertos, atraentes e que permitem ver os produtos com facilidade”.

“As várias atividades paralelas à feira, como a montaria ao javali e o passeio todo-o-terreno trouxeram muitas pessoas. E a atuação dos artistas Camané e José Malhoa também gerou uma grande afluência de pessoas a Vimioso”, concluiu.

HA

Vimioso: IX Festival de Folclore e concurso da Castanha enriqueceram a FAOS

A XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores de Vimioso encerrou no passado Domingo, dia 11 de dezembro, com o Festival de Folclore e o concurso de Doçaria da Castanha, duas atividades que enriqueceram culturalmente o evento.

O IX Festival de Folclore da Castanha decorreu no palco do pavilhão multiusos, em Vimioso.

No terceiro e último dia do certame, em Vimioso, o grande destaque foi a realização do IX Festival de Folclore, que este ano contou com a participação dos grupos: Rancho Folclórico de Vimioso, Rancho Folclórico de Rio de Moinhos (Penafiel) e da Agrupación Folklórica Manteos & Monteras (Aliste/Espanha).

Na abertura do festival, o presidente do município, Jorge Fidalgo, agradeceu o contributo do Rancho Folclórico de Vimioso, que considerou um “embaixador” do concelho vimiosense, ao levar a cultura transmontana a tantos lugares do país e do estrangeiro e ao atrair a vinda a Vimioso, de outros grupos congéneres.

O festival decorreu na tarde de Domingo, e o primeiro grupo a subir ao palco do pavilhão multiusos de Vimioso, foi o grupo espanhol vindo da região vizinha de Espanha. Na sua atuação, os Manteos e Monteras deram a conhecer ao público presente na FAOS, as músicas e danças tradicionais da província de Zamora (Espanha).

O segundo grupo a atuar no festival, foi o Rancho Folclórico de Rio de Moinhos (Penafiel). Segundo os visitantes, esta foi a segunda vez que vieram a Vimioso representar cultura duriense, com as suas músicas e danças típicas, tais como o “Malhão”, o “Vira”, “Os barqueiros do norte” e “O meu amor procura agrados, não formosura”.

Para o final, estava reservada a atuação do grupo anfitrião, o Rancho Folclórico de Vimioso, que apresentou o seu repertório musical e as danças tradicionais, aos conterrâneos e visitantes, presentes na XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores.

Consciente da responsabilidade de representar o concelho, a presidente da Associação para o Desenvolvimento Cultural do Concelho de Vimioso (ADCCV), Elisabete Fidalgo, disse estes festivais de folclore são oportunidades de enriquecimento cultural.

“Ao visitar outras regiões e ao sermos visitados por grupos folclóricos de outras regiões e países, dá-se um encontro de pessoas e uma troca de culturas, a vários níveis: na música e instrumentos musicais, nas coreografias da dança e nos trajes típicos da cada região. E estes encontros também são oportunidades para aprender e evoluir como grupo tradicional, explicou.

Fundado em 1996, o grupo Rancho Folclórico de Vimioso debate-se, segundo a presidente, Elisabete Fidalgo, com a dificuldade em integrar novas pessoas e sobretudos os mais jovens.

“Não é fácil manter o rancho folclórico em Vimioso. O grupo é formado por pessoas de várias localidades do concelho e nem sempre é possível conciliar as vidas, para os ensaios e as atuações”, disse.

Perante a dificuldade em encontrar crianças e jovens para o rancho folclórico, Elisabete Fidalgo, desafiou os pais a encorajarem os filhos a aprender as danças e músicas tradicionais de Vimioso.

Finalizado o festival de folclore, seguiu-se o concurso de Doçaria da Castanha, um evento integrado na Feira das Artes, Ofícios e Sabores, com o objetivo de sensibilizar a população para a importância da castanha na economia e gastronomia locais.

Esta iniciativa, promovida pela Associação para o Desenvolvimento Cultural do Concelho de Vimioso (ADCCV) e apoiada pelo município de Vimioso e as várias freguesias do concelho, pretendeu incentivar à inovação e o empreendedorismo, no aproveitando da castanha, como um recurso local e referencia do concelho.

HA

Vimioso: Feira das Artes, Ofícios e Sabores foi uma montra dos produtos regionais

No decorrer da Feira das Artes, Ofícios e Sabores (FAOS), realizado no pavilhão multiusos de Vimioso, e animados pela música e dança tradicional dos pauliteiros de Miranda, decorreu no sábado, dia 10 de dezembro, a sessão gastronómica “D’Gustar – Provas com Produtos das Terra de Trás-os-Montes”.

No showcooking realizado no decorrer da FAOS, o cozinheiro utilizou quatro produtos do concelho de Vimioso: as compotas, o azeite, o queijo e o mel.

De acordo com o chef António do Rosário, formador no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), de Bragança, este workshop teve como propósito dar a conhecer a qualidade dos produtos transmontanos, certificados com o selo Terras de Trás-os-Montes.

Na sessão realizada no decorrer da FAOS, o cozinheiro utilizou quatro produtos do concelho de Vimioso, como são as compotas, o azeite, o queijo e o mel.

“Oferecemos ao público a oportunidade de degustar as compotas e o azeite de Vimioso. Com o queijo e o mel, preparámos uma entrada de alheira, envolvidos numa massa folhada”, explicou.

Segundo o Chef António do Rosário, em Trás-os-Montes há excelentes produtos.

“Felizmente, nos últimos anos têm surgidos jovens produtores que estão a apostar na qualidade e não na quantidade. E para alcançar a qualidade basta manter a genuinidade dos produtos, Depois, precisamos aprender a comercializar os nossos produtos”, disse.

Na sua visita aos vários expositores da Feira das Artes, Ofícios e Sabores (FAOS) de Vimioso, o cozinheiro que viveu em França, destacou, entre outros produtos, a qualidade dos frutos secos, do pão e do fumeiro.

Para certificar a qualidade dos produtos, Luís Meirinho, técnico de turismo da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT), explicou que os produtores têm que trabalhar no território dos nove concelhos que integram a comunidade intermunicipal.

“Para se obter o selo Terras de Trás-os-Montes há que cumprir uma série de requisitos que atestem que os produtos são originários desta região”, explicou.

Sobre a pertinência de organizar o workshop degustativo no decorrer da FAOS, o técnico de turismo sublinhou que é importante realçar a qualidade dos produtos das Terras de Trás-os-Montes ao público.

O vice-presidente do município de Vimioso, António Santos, expressou a sua alegria por ver a Feira das Artes, Ofícios e Sabores (FAOS), a cada ano mais participada, por produtores e artesãos, pela afluência de público e pela qualidade do evento.

“A Feira das Artes, Ofícios e Sabores iniciou-se no ano 2000, com apenas 18 expositores. E desde então é um certame que tem vindo a evoluir qualitativamente, o que atrai a vinda e a participação de cada vez mais produtores e artesãos”, disse.

Para alcançar esta notoriedade, o autarca destacou as excelentes condições do pavilhão multiusos de Vimioso, que oferece condições ímpares para a realização de eventos comerciais, culturais e desportivos.

HA

Agricultura: Investigadores querem tornar castanheiro mais resistente às alterações climáticas

Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) lideram um projeto que visa tornar o castanheiro mais resistente às alterações climáticas, em particular, em zonas onde a falta de água e os picos de temperatura são “alarmantes”.

Em comunicado, a FCUP adianta que o projeto, também liderado por investigadores do GreenUPorto – Centro de Investigação em Produção Agroalimentar Sustentável, foi recentemente distinguido com um financiamento de 250 mil euros pelo Programa Promove da Fundação “La Caixa”.

Citada no comunicado, a investigadora e líder do projeto, Fernanda Fidalgo, esclarece que o projeto pretende “contribuir para uma melhor gestão dos sistemas agroflorestais” do parque Nacional de Montesinho, em Bragança, que é “o principal ‘hotspot’ de castanheiro em Portugal”.

O objetivo do projeto, que arranca no próximo ano, é tornar o castanheiro mais resiliente às alterações climáticas, em particular, em zonas onde a falta de água e os picos de temperatura “são alarmantes”.

Nesse sentido, os investigadores vão desenvolver estratégias para “aumentar a resistência do castanheiro às alterações climáticas”, selecionando e desenvolvendo “tolerantes” de castanheiro, o que contribui “para valorizar a produção da castanha em Portugal”.

O projeto vai ter por base duas técnicas já descritas, nomeadamente, o ‘stress priming’ e a micorrização.

“No ‘stress priming’, as plantas são expostas a condições controladas de ‘stress’ moderado de modo que criem ou desenvolvam memória, tal como acontece nos animais, que lhes permitirá responder mais prontamente, em termos de defesa, a uma situação futura de stress”, acrescenta, também citado no comunicado, o investigador Cristiano Soares.

De acordo com o investigador, é como se as plantas recebessem “uma vacina” para que, em caso de necessidade, seja desencadeado um conjunto de respostas, “permitindo um melhor desempenho fisiológico em situação de ‘stress’”.

Os investigadores vão ainda explorar a potencialidade das micorrizas na proteção do castanheiro contra os efeitos das alterações climáticas, isto é, uma “associação entre fungos e as raízes das plantas que contribui para uma melhor absorção de água e de nutrientes”.

Para testar a aplicação destas estratégias, os investigadores vão recorrer a ensaios laboratoriais e a experiências de campo, previstas a serem desenvolvidas no Parque Natural de Montesinho.

O projeto conta ainda com a colaboração de investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), do Instituto Politécnico de Bragança e com a empresa portuguesa de biotecnologia vegetal Deifil.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Município apresenta orçamento para 2023

A Câmara Municipal de Miranda do Douro aprovou o orçamento para o próximo ano de 2023, com um montante global de 25,9 milhões de euros, mais sete milhões de euros face ao ano anterior.

“Este aumento de verba no orçamento é considerado o maior de sempre, devendo-se ao processo de transferência de competências do Estado para as autarquias e ao conjunto de obras com um grande peso financeiro que transitam para o próximo ano”, informou a a presidente do município, Helena Barril.

Segundo a autarca, o orçamento prevê um investimento de “mais de oito milhões de euros de investimento em obras de construção e requalificação, na implementação do seguro de saúde municipal, na modernização dos equipamentos existentes e na modernização do parque de máquinas e viaturas”.

“O documento aprovado em sede de reunião de executivo municipal em 30 de novembro mantém uma linha de investimento nos equipamentos, nas escolas, o apoio ao movimento associativo e às iniciativas culturais que foram reforçados, bem como as funções sociais do município, acompanhando a dinâmica existente no concelho, com uma redução acentuada dos impostos municipais”, especificou.

De acordo com Helena Barril, houve também um reforço de verbas para a requalificação do parque habitacional no âmbito da Estratégia Local de Habitação, avançando já no próximo ano com o início da requalificação de edifícios municipais, como é o caso do auditório (já com projeto), a biblioteca e as instalações do antigo ciclo preparatório, entre outros equipamentos.

A construção do matadouro intermunicipal é outra das grandes apostas em termos de criação de infraestruturas e que tem uma dotação de mais de quatro milhões de euros.

A requalificação das Estação de Tratamento de Água (ETA) é outro dos investimentos programados no orçamento de 2023, com 850 mil euros, e ainda a implementação de telegestão no abastecimento na rede de água do concelho.

Já no campo fiscal, o executivo de Miranda do Douro prevê isentar as empresas do pagamento da Derrama. Outra das iniciativas é a manutenção do IMI nos valores mínimos (0,3%).

Para a oposição socialista na câmara de Miranda do Douro, “o orçamento anual de cada município elenca e quantifica as escolhas políticas e financeiras, feitas pelo executivo que foi eleito para governar cada câmara municipal. Essas escolhas foram anunciadas e defendidas em cada um dos programas eleitorais sufragados”.

“Por exemplo, no que diz respeito ao setor da saúde, este orçamento aloca verbas avultadas para a implementação de um seguro municipal de saúde privado, com o qual a equipa do Partido Socialista não concorda, por ver aí uma de tentativa de privatização do setor da saúde, assim como uma duplicação dos serviços já propostos pelo Serviço Nacional de Saúde”, indicam os vereadores socialistas.

Por “não encontrar as suas próprias propostas neste orçamento e por discordarem de várias opções políticas propostas pelo executivo governativo, o voto dos vereadores do Partido Socialista foi contra o documento”, disse o eleito Carlos Ferreira que é acompanhado pelo vereador Júlio Meirinhos, ambos eleitos nas listas do PS.

O executivo municipal de Miranda do Douro é constituído por três eleitos por uma coligação formada pelo PSD/CDS-PP e dois eleitos pelo PS.

A Assembleia Municipal de Miranda do Douro é de maioria da coligação PSD/CDS-PP.

O orçamento municipal de Miranda do Douro será apresentado no dia 23 de dezembro, para apreciação e votação na Assembleia Municipal.

Fonte: Lusa

Parlamento: Nova lei «alarga de forma clara as indicações para a eutanásia», afirmam juristas e médicos católicos

A Associação dos  Juristas Católicos (AJC) e a Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP) afirmaram em comunicado que o diploma aprovado na Assembleia da República é uma “quebra” de um princípio civilizacional e “alarga de forma clara as indicações para a eutanásia”.

“Foi alargado o campo de aplicação da lei para além das situações de doença terminal e de morte iminente, passando a abranger (além das situações de deficiência, já contempladas em projetos anteriormente aprovados) situações de doença incurável, mesmo que não fatal, que seriam compatíveis com a vida por muitos anos”, indica o comunicado.

O comunicado enviado à Agência ECCLESIA refere que o alargamento “representa uma mudança substancial” que aproxima o diploma português sobre a prática da eutanásia “dos sistemas legais mais permissivos”.

Representa já um salto qualitativo importante no sentido do alargamento progressivo e imparável do campo de aplicação da lei, demostrando os perigos da chamada ‘rampa deslizante’, evidentes na experiência de todos os países que legalizaram a eutanásia e o suicídio assistido”.

“É inaceitável que, a quem sofre de doença incurável ou deficiência, o Estado e os serviços de saúde possam responder com a morte provocada, desistindo de combater e aliviar o seu sofrimento e de oferecer uma mensagem de esperança e de solidariedade; é de prever, por isso, que muitos desses doentes passem a sentir que a sociedade os encara agora como um pesado fardo”, indica o comunicado.

Os juristas e médicos católicos alertam para os “conceitos vagos e indeterminados a que recorre este diploma” que “permitem interpretações subjetivas não passíveis de qualquer limite ou controlo com base em parâmetros externos e objetivos”.

“Como foi já afirmado pelo Tribunal Constitucional, a incerteza resultante da utilização desses conceitos é particularmente perigosa quando está em causa uma decisão de consequências tão graves e irreversíveis como é a de provocar a morte de outra pessoa”, sublinham.

Os juristas e médicos católicos “reafirmam a sua posição contra qualquer legalização da eutanásia e do suicídio assistido como quebra do princípio civilizacional da proibição de matar que está também na base da nossa ordem jurídica, a qual consagra a inviolabilidade da vida humana no artigo 24.º da Constituição”.

O comunicado da AJC e da AMCP reafirma que “a eutanásia e o suicídio assistido não são atos médicos” e constituem “procedimentos vedados pelo código deontológico médico e atentam contra a própria Medicina”.

“Quando se deparam com um doente em sofrimento de grande intensidade, os médicos cuidam e acompanham com humanidade e proximidade. Dispomos hoje de meios muito eficazes, para apaziguar o sofrimento físico, psicológico e espiritual dos nossos doentes”, lembra o comunicado.

Toda a ciência médica sublinha a dificuldade em quantificar objetivamente o sofrimento e alude à relação entre a sua intensidade percepcionada e outros fatores, orgânicos, psicológicos e sociais, que podem ser transitórios. A morte, porém, é definitiva”.

Os jurista e médicos católicos afirmam que “as alterações a anteriores projetos, introduzidas pelo diploma agora aprovado, não levaram a que qualquer das entidades consultadas, em especial a Ordem dos Médicos e o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, tenham alterado a sua clara oposição aos mesmos”.

“Manifestamos a nossa firme convicção de que estes motivos, entre outros, justificam a fiscalização preventiva da constitucionalidade do diploma de legalização da eutanásia e do suicídio assistido que acaba de ser aprovado, a declaração de inconstitucionalidade do mesmo e o subsequente veto do Senhor Presidente da República”, conclui o comunicado.

Para o Movimento Ação Ética, a “a eutanásia compromete de forma inexorável o respeito pela maior das conquistas civilizacionais, o direito à vida”, “põe em causa a centralidade da ética na vida de cada um e de todos” e, “mesmo que venha a ser permitida por lei, não deixará de ser iníqua, isto é, perversa e injusta”.

“Defensores da eutanásia exibem um despudorado e arrogante desprezo pelo maior de todos os valores. Ninguém é dono da vida! Não pedimos para nascer! Apenas recebemos a vida como um dom que temos que administrar. A legalização da eutanásia é apresentada como sinal de modernidade, ao dar primazia à autonomia, mas há limites à autonomia como a liberdade (é impensável decidir ser escravo!) e a vida”, afirma o movimento em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Para a Federação Portuguesa pela Vida, “hoje é um dia triste para Portugal” por causa da legalização da morte a pedido.

“Esta votação vem mais uma vez provar que num país onde a esmagadora maioria da população não tem acesso a cuidados paliativos, a cuidados continuados e a cuidados básicos de saúde, a grande preocupação da maioria dos deputados é a sua agenda ideológica”.

A Federação Portuguesa pela Vida afirma estar “confiante que este atentado à dignidade humana não chegará a ser lei”, mas “independentemente do que venha acontecer, o dia de hoje fica marcado pela tristeza de haver uma maioria de deputados que diante do sofrimento nada mais tem a oferecer que a morte”.

PR

Vimioso: Ana Abrunhosa elogiou a XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores

A cerimónia oficial de abertura da XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores (FAOS) de Vimioso, contou com a participação da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, no dia 9 de dezembro, e nesta sua visita a governante disse entender os problemas da interioridade e encorajou os vimiosenses a trabalhar pela valorização e promoção do seu concelho.

No palco do pavilhão multiusos, o presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, felicitou e agradeceu a visita da ministra, Ana Abrunhosa, bem como das demais personalidades públicas e autarcas que quiseram participar na sessão de abertura deste certame com 21 anos de existência.

O autarca de Vimioso aproveitou a presença da ministra da Coesão Territorial, para reivindicar mais equidade e justiça para o concelho de Vimioso.

“Sabemos que o trabalho da senhora ministra não é tarefa fácil, tais são as assimetrias entre o litoral e o interior do país. Mesmo assim, os munícipes de Vimioso solicitam ao governo a devida justiça no acesso ao ensino secundário. Reivindicamos também melhores acessibilidades, como é a ligação Vimioso – Carção e o acesso à fibra ótica em todas as localidades do concelho”, reivindicou.

Na sua resposta, Ana Abrunhosa, começou por elogiar a organização da XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores de Vimioso, como um evento que promove a cultura e as tradições locais.

“Após a interrupção forçada por causa da pandemia vamos celebrar este recomeço!”, disse.

Referindo-se às reivindicações do autarca de Vimioso, a ministra disse entender as dificuldades de um concelho como o de Vimioso, já que ela própria é uma pessoa do interior, que está atenta a muitos concelhos que vivem situações idênticas de norte a sul do país.

“Perante os desafios da baixa demografia, as populações têm que trabalhar em conjunto na valorização e promoção do seu território. E é importante diversificar as atividades económicas como um modo para fixar a população”, recomendou.

No que diz respeito ao ensino secundário, Ana Abrunhosa, respondeu que os alunos que se veem obrigados a ir estudar para outros concelhos pela inexistência desse ciclo de estudo em Vimioso, têm direito a bolsa de estudo e a alojamento gratuito numa residência escolar.

A ministra referiu-se ainda à ligação Vimioso – Carção e considerou-a uma obra prioritária na região, pelo que efetuou diligências para que sejam destinados fundos europeus excecionais, de modo a assegurar a construção dessa ligação.

A ministra da Coesão Territorial comprometeu-se na construção da ligação Vimioso – Carção.

Relativamente às telecomunicações, a governante assegurou que no decorrer do próximo ano, em 2023, a fibra ótica vai chegar aos territórios do interior do país, como o concelho de Vimioso.

A cerimónia de abertura da FAOS culminou com a homenagem ao saudoso artesão de cobre, Delmino Gonçalves, natural de Vale de Frades, que participou no certame ao longo de 20 anos.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, foi presenteada com um cesto de escrinhos recheado de produtos locais e um voucher para usufruir dos serviços das Termas de Vimioso.

HA

Vimioso: Ministra inaugurou nova estação rodoviária

Na chegada a Vimioso, no dia 9 de dezembro, para participar na abertura da XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores de Vimioso, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, foi convidada pelo município, para inaugurar o novo interface de transportes rodoviários.

Concluída em dezembro de 2018, a nova estação rodoviária custou cerca de 278 mil euros foi construída com o objetivo de criar um espaço facilmente acessível para os autocarros, garantindo a segurança e comodidade dos passageiros.

“Com este novo equipamento pretende-se ordenar e melhorar o contexto urbano da vila de Vimioso, eliminando os transtornos do trânsito e salvaguardando a segurança dos passageiros. Com esta intervenção pretende-se ainda criar um território com uma identidade reforçada, mais coeso e apto a atrair as oportunidades que dinamizem o seu tecido económico, social e cultural”, informou o município.

O novo interface de transportes rodoviário de Vimioso, recebeu o nome do autor do projeto, o saudoso arquiteto António Gonçalves Coelho.

Na sua intervenção, a ministra da Coesão territorial, Ana Abrunhosa, disse ser um gosto voltar a Vimioso, “um concelho do interior, que sofre com o isolamento, mas que também tem grandes potencialidades”.

Na presença da ministra, de várias autoridades e autarcas da região, presidente do município de Vimioso, Jorge Fidalgo, apresentou também o novo camião cisterna para abastecimento de água às populações, em situações de seca, como a ocorrida no recente verão.

O novo camião foi adquirido com o apoio da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

HA

Vimioso: Seminário de inovação social apontou caminhos para novos projetos no concelho

Na abertura da XXI Feira das Artes, Ofícios e Sabores de Vimioso, no passado dia 9 de dezembro, realizou-se o seminário “Inovação Social – Estratégias para o Futuro”, onde se apontaram caminhos para desenvolver projetos inovadores, que respondam aos problemas sociais do concelho.

No auditório do pavilhão multiusos de Vimioso, o presidente do município, Jorge Fidalgo, lançou o repto ao explicar que “inovar socialmente” significa “fazer diferente” e implica a mobilização e participação das pessoas.

Por isso, o autarca lançou o desafio: “No concelho de Vimioso, como é que vamos promover melhor as Termas? O Parque Ibérico de Natureza e Aventura (PINTA)? O património? O turismo? A gastronomia? As pessoas? E que novas atividades podem surgir?”, interpelou.

Jorge Fidalgo deu como exemplo de inovação social no concelho, o trabalho “extraordinário” que as associações AEPGA, Palombar e ALDEIA têm realizado na dinamização de várias aldeias.

Por sua vez, Carla Branco, da consultora Partnia, informou que a iniciativa pública “Portugal Inovação Social”, visa promover o empreendedorismo e concede apoios financeiros a projetos que respondam a problemas sociais.

“O concelho de Vimioso é uma área privilegiada para implementar projetos de inovação social, que respondam aos problemas deste território, como são a demografia e o envelhecimento da população”, disse.

No decorrer do seminário, o coordenador do IEFP, Filipe Vaz, deu a conhecer a medida “Empreende XXI”, um programa de apoio à criação, desenvolvimento e financiamento de projeto empresariais.

No âmbito da atividade turística, o vice-presidente do Turismo Porto e Norte, Inácio Ribeiro, reconheceu que o concelho de Vimioso, à semelhança de tantos outros concelhos do interior do país, está distante dos grandes fluxos turísticos que se verificam nas grandes cidades de Lisboa e do Porto.

“O turismo é uma grande fonte de receita para o país. O que é que os turistas procuram no interior? A natureza, a vida no campo, os produtos regionais, a caça e a pesca, o vinho e a gastronomia, a família, a lareira, as tradições, as festas e romarias. Cada vez mais, as pessoas procuram o turismo segmentado”, indicou.

Inácio Ribeiro acrescentou que Vimioso deve trabalhar para dar notoriedade ao seu território e oferecer qualidade aos turistas e visitantes.

“Vimioso tem as termas! E o turismo de bem-estar está muito na moda!”, sublinhou.

O vice-presidente do Turismo Porto e Norte, direcionou também o olhar para a vizinha Espanha e perguntou: “O que querem os espanhóis quando visitam Portugal? Há que criar produtos que respondam às suas necessidades e preferências” – interpelou.

Em representação da Comunidade Intermunicipal – Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT), Rui Caseiro, conhecedor dos problemas que afetam este vasto território, como é a baixa demografia, disse que, para dar maior dinamismo à região é imperativo promover a troca de experiências e a colaboração entre os vários municípios.

Rui Caseiro deu como exemplo os ‘campeonatos de jogos tradicionais’, uma iniciativa da CIM-TT que aproxima as pessoas dos vários concelhos e fomenta um espírito de encontro, de partilha e de colaboração.

O seminário dedicado à “Inovação Social – Estratégias para o Futuro” encerrou com a intervenção da vereadora do município de Vimioso, Carina Lopes, que expressou a esperança de que surjam vários projetos inovadores, que causem impacto social no concelho vimiosense.

HA

Ambiente: Palombar edita livro infantil para desmitificar o lobo-ibérico

A associação de conservação da natureza Palombar, com sede em Vimioso, editou o livro “O Lobo Que Não Era Mau”, destinado ao público infantil e que pretende revelar aos mais novos a importância do lobo-ibérico na natureza.

“O livro descreve caraterísticas fundamentais do lobo ibérico, desde a sua biologia, valor ecológico, comportamento, ameaças que enfrenta e medidas práticas para a sua conservação, que promovam a coexistência pacífica do homem com o lobo”, explica em comunicado a Palombar.

“O Lobo Que Não Era Mau” é da autoria de Uliana de Castro, técnica superior de comunicação da Palombar e licenciada em jornalismo, contando com ilustrações de César Miranda e prefácio de Francisco Petrucci Fonseca, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, investigador do cE3c/CHANGE e presidente do Grupo Lobo.

“Através da desconstrução de preconceitos, cujo vilão é o lobo – propagados por contos infantis como o “O Capuchinho Vermelho”, que produziram, no imaginário social coletivo, uma imagem negativa desta espécie, este novo livro mostra, numa narrativa conduzida pelas dúvidas e a curiosidade intrínsecas de uma criança, quem é afinal o lobo-ibérico (Canis lupus signatus)”, indica a autora.

O livro foi editado com o apoio da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), da Associação de Conservação do Habitat do Lobo Ibérico e dos municípios de Bragança, Guarda, Miranda do Douro, Mogadouro, Montalegre e Vimioso.

Fonte: Lusa