Criminalidade: Burla informática a centenas de utentes da Segurança Social Direta

Criminalidade: Burla informática a centenas de utentes da Segurança Social Direta

A Polícia Judiciária (PJ) deteve 45 pessoas, no âmbito de uma investigação de burla que lesou centenas de utentes da Segurança Social Direta, que viram as suas prestações sociais desviadas para contas bancárias dos suspeitos.

De acordo com o comunicado divulgado pela PJ, o inquérito é titulado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e no âmbito da “Operação Constelações”, da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), foram realizadas 51 buscas domiciliárias em Lisboa, Porto, Coimbra, Setúbal e Bragança.

“De acordo com a investigação desenvolvida, pelo menos desde junho de 2024, a organização, constituída por vários grupos com ligações entre si, conseguiu aceder ilegitimamente às contas pessoais de centenas de utentes do serviço Segurança Social Direta e proceder à alteração do IBAN que estava registado para recebimento de diferentes prestações sociais (pensão de velhice, subsídio de desemprego, subsídio de doença, rendimento social de inserção e abono de família), que passaram a ser transferidas para contas bancárias controladas pelos suspeitos”, explicou a PJ.

As 45 pessoas detidas estão “fortemente indiciadas” por crimes de associação criminosa, burla informática, falsidade informática e acesso ilegitimo e indevido e o prejuízo para as 531 vítimas identificadas até ao momento, “muitas delas especialmente vulneráveis, que necessitavam daqueles rendimentos para sua sobrevivência”, cifra-se em 228 mil euros, segundo os montantes já apurados.

Entre os detidos estão 35 homens e 10 mulheres, entre os 18 e os 39 anos, que vão ser presentes à autoridade judiciária competente, no Ministério Público.

Fonte: Lusa

Vimioso: Férias Desportivas começam a 30 de junho

Vimioso: Férias Desportivas começam a 30 de junho

Em Vimioso, as Férias Desportivas destinadas a ocupar o tempo livre das crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos, começam a 30 de junho e decorrem até 1 de agosto, com um programa diversificado de atividades desportivas e culturais.

A apresentação das Férias Desportivas realizou-se ao início da tarde desta quarta-feira, dia 25 de junho, no auditório da Casa da Cultura. Na sessão de apresentação a vice-presidente do município de Vimioso, Carina Lopes, informou os pais e encarregados de educação que se inscreveram cerca de 50 crianças, entre os 10 e os 15 anos.

Sobre o programa de atividades e o regulamento, Carina Lopes, revelou que estão previstas várias e diversificadas atividades desportivas e culturais.

“As atividades desportivas como a canoagem, stand up paddle, rapel, escalada, slide, provas de orientação, pump zone, entre outras vão ser proporcionadas pela empresa Coordenadas de Aventura. No âmbito cultural, estão previstas sessões de cinema, visitas a locais de interesse no concelho como o PINTA, as Termas, a zona industrial, o castelo de Algoso, entre outros locais; assim como a visita a uma padaria, para serem padeiros por um dia e aprenderem a confeccionar o pão e um saboroso pão com chouriço!”, informou.

Dado o atraso das obras na piscina municipal (que deve abrir a 14 de julho), as atividades aquáticas das Férias Desportivas vão realizar-se nas praias fluviais do rio Angueira.

Em Vimioso, as Férias Desportivas vão decorrer de segunda a sexta-feira, no horário das 9h00-12h30 e das 14h00-17h00.



Na pausa do almoço e dada a elevada inscrição dos jovens para as refeições na Santa Casa da Misericórdia, o município de Vimioso informa que vai disponibilizar uma sala com micro-ondas, na Casa da Cultura, para o almoço dos jovens que tragam a refeição de casa.

Anualmente, em Vimioso, as Férias Desportivas são um apoio importante para os pais e encarregados de educação, na ocupação do tempo livre dos seus filhos.

Segundo o regulamento, a participação nas Férias Desportivas tem um limite de três faltas injustificadas.

As “Férias Desportivas” são uma atividade organizada pelo município de Vimioso, em colaboração com a Associação para o Desenvolvimento Cultural do Concelho de Vimioso (ADCCV).

HA

Alcañices: Antropologia pretende contribuir para o desenvolvimento da raia

Alcañices: Antropologia pretende contribuir para o desenvolvimento da raia

A 24 de junho, a localidade de Alcañices, em Espanha, foi o local do encontro “Antropologia na Raia”, uma jornada de trabalho que reuniu instituições e associações, espanholas e portuguesas, com o objetivo comum de produzir conhecimento científico para o desenvolvimento dos territórios raianos ou fronteiriços.

O professor de Antropologia Social, na Universidade de Salamanca, Arsenio Dacosta foi o anfitrião do encontro “Antropologia na Raia”.

O encontro teve lugar na sala Toriles, do Ajuntamento de Alcañices, onde participaram representantes da Universidade de Salamanca, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Universidad de Zamora (UNED), Universidade do Norte do Texas (EUA), Museu Etnográfico de Castela e Leão (Zamora), Museu da Terra de Miranda (Miranda do Douro), Plataforma en defensa de la Arquitetura Tradicional de Aliste, FRAUGA, ALCM, Palombar, AEPGA, entre outras instituições.

Na abertura da jornada de trabalho, Arsenio Dacosta, professor de Antropologia Social, na Universidade de Salamanca desafiou os participantes indicar que temas gostariam de aprofundar. Entre os assuntos mencionados foram indicados o desenvolvimento rural; a cooperação transfronteiriça; a cultura; o património natural, cultural e industrial; as estratégias turísticas; o repovoamento; a imigração; o empreendedorismo rural; entre outros temas.

“Nesta jornada de trabalho queremos também escutar as gentes que vivem na raia e registar quais são os seus problemas e anseios. Atente-se por exemplo, que em Alcañices, há novas empresas e negócios que abriram com a chegada de pessoas e famílias de imigrantes. Que impacto está a ter a imigração no mundo rural?”, exemplificou.

Questionado sobre que contributo pode dar a a antropologia para o desenvolvimentos dos territórios raianos, o professor universitário explicou que a antropologia é a ciência que estuda o ser humano e a sua evolução, nas várias vertentes social, política, cultural, etc.

“O objeto de estudo da antropologia é integral, ou seja, considera várias pespetivas. Por exemplo, se pretendo estudar o tema do trabalho transfronteiriço na raia, vou investigar a proveniência dos trabalhadores, as razões para trabalhar noutro país, as diferenças socioeconómicas entre Espanha e Portugal e também que impacto têm as diferenças culturais na vida das pessoas”, indicou.

O promotor da iniciativa, Arsénio Dacosta, adiantou que os encontros “Antropologia na Raia” poderão ter continuidade no próximo ano, noutras localidades da fronteira como são Vimioso, Fermoselle, Picote, Sayago, Mogadouro, entre outras localidades.

“O objetivo fundamental deste encontro antropológico é conhecer em profundidade este território raiano, que está situado na fronteira mais antiga da Europa. Recorde-se que o Tratado de Alcañices foi assinado da 12 de setembro de 1297 e portanto esta fronteira tem 728 anos de história. Ainda assim, creio que ainda há muito a fazer para que haja uma maior proximidade e colaboração entre os dois povos, espanhóis e portugueses”, sublinhou.

Tratado de Alcañices

Tratou-se de um acordo de definição de fronteiras que pretendia resolver vários focos de conflito entre Portugal e Castela, evitando que pequenas disputas territoriais pudessem arrastar os dois países para uma guerra de dimensões superiores. O tratado foi assinado em 1297, entre o rei de Portugal D. Dinis e o rei de Castela Fernando IV. Tratou-se, portanto, de um acordo de cedência mútua de posições fronteiriças e de reconhecimento de uma linha de separação dos territórios dos dois países.

O encontro “Antropologia na Raia, em Alcanices, também contou com a particpação do Museu da Terra de Miranda, através da diretora, Celina Pinto, que considerou esta iniciativa muito pertinente para a zona raiana.

“A Antropologia pode dar um contributo muito importante e profícuo para o desenvolvimento destes territórios da fronteira luso-espanhola. Recentemente, os Museus da Terra de Miranda e o Museu Etnográfico de Castela e Leão em Zamora, realizaram, em conjunto, o projeto Internacional Termus – Territórios Musicais que foi um sucesso. Por isso, acredito que esta cooperação transfronteiriça, na área da antropologia, também será bem-sucedida”, disse.

Por sua vez, Xerardo Pereiro, professor de Antropologia, no antigo polo da UTAD, em Miranda do Douro, referiu que este encontro deve-se, simultaneamente, ao interesse pela investigação científica e à ligação afetiva a este território raiano.

«A UTAD é uma instituição comprometida com a região de Trás-os-Montes. O objetivo deste encontro “Antropologia na Raia” visa preparar a organização de uma universidade de verão, no próximo ano, dedicado aos problemas que existem nestes territórios transfronteiriços”, informou.

Segundo o docente universitário, este trabalho vai ser realizado em conjunto com as instituições locais e as populações, através de um método participativo, para pensar o presente e o futuro destes territórios, de modo a promover a cooperação e um desenvolvimento planificado.

“Nos territórios raianos, os problemas já estão sobejamente identificados como são a necessidade do repovoamento, o acolhimento e a integração de imigrantes, a modernização do mundo rural, o empreendedorismo e criação de trabalho, a fixação de jovens, o cuidado e o contributo das pessoas idosas”, indicou.

Sobre o contributo da Antropologia, Xerardo Pereiro, destacou a perspectiva humana. De acordo com o docente, a investigação antropológica permite analisar os problemas da perspectiva das pessoas, o que favorece a eficácia das políticas, com o devido planeamento e organização das ações.

HA

Sociedade: Prazo mínimo para atribuir nacionalidade é de sete anos

Sociedade: Prazo mínimo para atribuir nacionalidade é de sete anos

O Governo português anunciou o alargamento dos prazos para atribuição da nacionalidade, de sete anos de residência legal no caso de cidadãos lusófonos e de 10 anos para pessoas oriundas de outros países.

No briefing do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou que será apresentada uma proposta de alterações à lei da nacionalidade, reforçando a “exigência de ligação efetiva, de pertença à comunidade nacional”.

Porque é essa “ligação robusta” que assegura a nacionalidade, “aquilo que define o nosso povo, enquanto comunidade política”, salientou.

Nos casos dos candidatos à nacionalidade por cidadania originária – quem nasce em território português, mesmo que filho de estrangeiros -, o Governo vai impor novas regras.

Nos casos dos “descendentes de estrangeiros que residam em território nacional”, as autoridades vão passar a “exigir que os pais tenham residência legal no mínimo de três anos”.

Além disso, disse o ministro, “a nacionalidade é atribuída não por defeito mas apenas se a pessoa manifestar uma vontade positiva nesse efeito”.

Nos casos da naturalização, designada juridicamente de “nacionalidade derivada”, o Governo vai aumentar o atual prazo mínimo de cinco anos de “residência legal para habilitar para a obtenção da nacionalidade”, para sete anos para quem venha dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e “10 anos para os restantes” países.

O “prazo começa a contar com a obtenção do título de residência”, ao contrário do que sucedia, que contava a partir do requerimento inicial, explicou.

Nestes casos, o Governo vai exigir “conhecimento suficiente de língua, mas também de cultura portuguesa” e dos “direitos e deveres fundamentais da República Portuguesa”, estando previstos “testes de avaliação”.

Além disso, será exigida a assinatura de uma “declaração solene de adesão aos princípios do Estado de direito democrático” por parte dos requerentes.

Leitão Amaro salientou ainda que será elevado o “padrão de exigência do percurso criminal do requerente”, ficando excluídos os candidatos que tenham no seu cadastro “pena efetiva de prisão”, ao contrário das atuais limitações (apenas mais de três anos de prisão).

Fonte: Lusa | Foto: Flickr

Saúde: 231 novos médicos de família no SNS

Saúde: 231 novos médicos de família no SNS

Dos 389 médicos de família que terminaram recentemente a formação da especialidade, 231 escolheram uma das 585 vagas disponibilizadas no último concurso para a colocação nas unidades locais de saúde (ULS).

Segundo a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), a percentagem de 39% de ocupação de vagas em 2025, “embora baixa”, foi superior às registadas em 2023 (32%) e 2024 (28%).

Na primeira época de 2025, formaram-se em medicina geral e familiar 389 médicos, com o Ministério da Saúde a aprovar um total de vagas superior ao de novos especialistas “para acolher o maior número de médicos disponíveis e que aguardam a sua contratação, como assistentes”, o primeiro nível da carreira, adiantou a ACSS.

Foram abertas 585 vagas, foram apresentadas 412 candidaturas, mas ficaram ocupadas apenas 231. Ou seja, ficaram por preencher cerca de 60% do total de lugares disponibilizados no concurso.

“No caso específico de medicina geral e familiar, a abertura de mais vagas não significa, necessariamente, uma maior percentagem de taxa de ocupação”, alegou a ACSS, apontando o exemplo da primeira época de 2024, quando foram abertas 904 vagas e apenas foram ocupadas 255.

Os dados da ACSS indicam ainda que em duas ULS nenhuma das vagas foi preenchida, caso da do Alto Alentejo, onde ficaram por ocupar os 12 lugares colocados a concurso, e do Estuário do Tejo, que tinha 37 vagas que ficaram desertas.

Em Lisboa, região com maior falta de médicos de família, na ULS Santa Maria das 33 vagas publicitadas, apenas sete ficaram ocupadas, enquanto só 11 dos 40 lugares disponíveis para a ULS de São José ficam preenchidos.

A ULS de Lisboa Ocidental contrariou a reduzida taxa de ocupação de vagas, conseguindo preencher 20 das 23 vagas que tinha disponíveis.

Já no Algarve, das 34 vagas colocadas a concurso, 13 ficaram preenchidas e 21 não ocupadas.

A Ordem dos Médicos defendeu a abertura de todas as vagas disponíveis nas zonas onde faltam médicos de família e alertou para as “falhas gritantes” ocorridas na colocação dos novos especialistas de medicina geral e familiar.

“É inaceitável que existam utentes sem médico de família e, em simultâneo, especialistas em medicina geral e familiar sem colocação. Este é um problema de gestão, não de recursos”, alertou o bastonário Carlos Cortes, citado num comunicado da ordem.

Segundo a Ordem dos Médicos (OM), a situação da medicina geral e familiar “atingiu um ponto crítico”, verificando-se que milhares de utentes continuam sem médico de família atribuído, ao mesmo tempo em que a “resposta pública permanece marcada pela inação e por falhas gritantes na colocação de especialistas disponíveis”.

Já para o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), o facto de 60% das vagas ter ficado por preencher é um “reflexo claro de um sistema que falha aos profissionais e aos utentes”, um cenário que considerou que “não é novo” e constitui um “sinal de alarme que não pode continuar a ser ignorado”.

Entre os principais motivos para essa “rejeição”, a estrutura sindical identificou a falta de abertura de todas as vagas necessárias, alegando que a liberdade de escolha, aliada a condições atrativas, é o que fixa médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), “não a imposição administrativa”.

Segundo o SIM, o facto de estas vagas terem ficado desertas deve-se ainda aos atrasos nos concursos e à ausência de transparência e previsibilidade no processo, embora reconhecendo “melhorias substanciais” neste concurso comparando com o anterior.

Os últimos dados disponíveis no portal da transparência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) indicam que o número de utentes sem médico de família tem aumentado ao longo deste ano, passando dos 1.564.203 em janeiro para os 1.633.701 em abril, ou seja, mais cerca de 70 mil pessoas.

Fonte: Lusa

Saúde: Centros de saúde com consultas de medicina dentária

Saúde: Centros de saúde com consultas de medicina dentária

A Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE), no distrito de Bragança, tem a partir deste mês de junho, consultas de medicina dentária disponíveis em todos os seus centros de saúde.

Para levar a especialidade a todo o distrito de Bragança foi essencial o alargamento da equipa clínica, integrada agora por “mais uma médica dentista que vai assegurar o serviço nos centros de saúde de Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo e Carrazeda de Ansiães”, explicou a ULSNE num comunicado.

“Esta medida, alinhada com os princípios orientadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no âmbito do Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral, é essencial ao nível da promoção da saúde global dos utentes, com impacto ao nível das funções essenciais, como mastigar, respirar e falar, abrangendo, igualmente, a dimensão psicossocial ao nível da autoconfiança e bem-estar”, descreveu ainda a instituição.

A ULSNE é responsável pela gestão dos 14 centros de saúde existentes no distrito Bragança, bem como de três hospitais, situados em Bragança, em Macedo de Cavaleiros e em Mirandela.


Fonte: Lusa

Malhadas: Regime extensivo reduz número de bovinos mirandeses em concurso

Malhadas: Regime extensivo reduz número de bovinos mirandeses em concurso

Esta terça-feira, dia 24 de junho, o Mercado de Gado, em Malhadas, foi o recinto do Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa, um evento que tem vindo a perder animais, por causa do atual pastoreio em regime extensivo, o que segundo o autarca de Malhadas, Camilo Raposo, exige uma reconfiguração do concurso.

Este ano, participaram no Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa 33 animais, pertencentes a sete criadores das localidades de Malhadas (3), São Pedro da Silva (2), Fonte Ladrão (1) e Palancar (1).

O presidente da Freguesia de Malhadas, Camilo Raposo, justificou esta diminuição do número de animais a concurso, com o envelhecimento de alguns criadores e a progressiva mudança para o pastoreio em regime extensivo.

“Os 33 animais em concurso não representam a totalidade do número de efetivos no concelho de Miranda do Douro. A principal razão para a ausência de outros animais é a criação em grandes áreas, o que os torna menos dóceis ao maneio e por isso é muito difícil e perigoso trazê-los para o recinto do concurso. Daí que seja necessário repensar o modo de funcionamento do concurso e adapta-lo à nova realidade do regime extensivo. Uma solução é criar pequenos recintos para colocar os animais e fazer aí a avaliação do concurso”, explicou.

Ainda assim, o autarca de Malhadas felicitou o município de Miranda do Douro pela organização do concurso e indicou que no concelho há jovens agricultores que têm trabalhado para instalar novas explorações pecuárias.

“Os bovinos de raça mirandesa são importantíssimos para esta região, para além da marca identitária, são um recurso económico valioso que importa valorizar. Por isso mesmo, felicito todos os criadores e em particular os jovens, que decidem dedicar-se à agricultura e pecuária no nosso território”, disse.

Para apoiar os criadores dos bovinos de raça mirandesa, o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, indicou que a autarquia apoia a 100% da sanidade animal, a desparasitação, algumas vacinas e atribui 5 mil euros de prémios no concurso concelhio.

“O Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa visa premiar o trabalho dos agricultores/criadores desta raça autóctone do planalto mirandês. No total, a organização deste evento anual ronda os 15 mil euros”, indicou o autarca.

Sobre o atual momento da raça, João Choupina, presidente da Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa (ACBRM), indicou que apesar dos problemas inerentes à atividade pecuária, os criadores têm conseguido manter o efetivo de animais no solar da raça, que compreende os concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e Vinhais.

“Este setor enfrenta problemas como a idade avançada de alguns criadores, o fecho de algumas explorações, o surto de doenças como hemorrágica epizoótica e o aumento dos custos de produção. Ainda assim, a ACBRM e a cooperativa agropecuária Mirandesa têm trabalhado em conjunto para melhorar a criação dos animais e a qualidade da carne mirandesa”, disse.

João Choupina é também criador de bovinos de raça mirandesa, na aldeia de Talhas, no concelho de Macedo de Cavaleiros, onde tem uma exploração de 60 animais. Questionado sobre a importância dos concursos da raça de bovinos mirandeses, o criador macedense respondeu que são momentos de convívio com outros criadores e oportunidades de mostrar os seus melhores animais.

Celso Martins, de São Pedro da Silva, foi um dos criadores participantes no Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa. Em 2020, o jovem criador iniciou-se na pecuária, tendo atualmente 35 animais.

“Para nós criadores desta raça de bovinos é prestigiante participar no Concurso Concelhio de Bovinos de Raça Mirandesa. A par disso, é sempre agradável reencontrar amigos criadores de outras localidades”, justificou.

Também de São Pedro da Silva, o agricultor, Hirundino Fernandes, tem uma exploração pecuária extensiva de 70 bovinos de raça mirandesa. O criador mirandês indica que a atividade pecuária implica custos significativos como a mão-de-obra, máquinas e equipamentos, gasóleo, adubos para as sementeiras, forragens e rações.

“Nesta altura do ano, entre o início de maio e o final de junho, é a época de maior trabalho com as ceifas, os enfardamentos e a recolha das forragens”, informou.

Segundo este criador, atualmente a cooperativa agropecuária Mirandesa paga a 7,30 euros/quilo de carne, o que na opinião, de Hirundino Fernandes, é um preço “aceitável”, dado que depende da oferta e da procura no mercado.

“Há fases do ano, como o verão, em que há maior procura de carne pelo que gostaríamos de ter mais produto da marca mirandesa para vender. Mas para isso, há que criar mais animais o que nem sempre é fácil”, disse.

Para aumentar a criação de bovinos de raça mirandesa, os agricultores exigem, concomitantemente, um aumento dos apoios provenientes da Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) que sofreram uma redução para 160€/anuais, por animal.

HA

Música: Vanessa Miranda regressa com “Obrigada”

Música: Vanessa Miranda regressa com “Obrigada”

A cantora Vanessa Miranda, natural de Miranda do Douro, apresentou a 13 de junho, no programa televisivo “Praça da Alegria”, na RTP1, o novo single “Obrigada”, que representa o seu regresso aos palcos.

Na apresentação da nova música “Obrigada”, Vanessa Miranda afirmou que pretende regressar aos palcos, após a interrupção desde 2020, aquando da pandemia e por motivos da maternidade e da mudança de residência para Paris (França).

No seu percurso, a artista mirandesa começou a cantar desde pequenina, quando a mãe, Cristina Martins, lhe ofereceu um karaoke, com microfone e as colunas. A partir daí, a sua ligação à música foi umbilical, aprendeu a música de forma autodidata, participou com entusiasmo nos festivais de música e integrou os grupos musicais da região.

Os momentos altos da sua carreira foram as participações nos programas televisivos Ídolos, em 2012; no The Voice, em 2014; e a vitória na Grande Gala do Fado, no Teatro Sá da Bandeira, no Porto.

“Na minha carreira, interpretei vários géneros musicais, desde o fado até ao pop. Esta experiência permitiu-me adquirir um conjunto diversificado de influências musicais”, disse a artista mirandesa.

Sobre o novo single “Obrigada”, Vanessa Miranda adiantou que já tem outras músicas preparadas com vídeoclips, para lançar até ao final do ano.

“A estratégia é apresentar as novas músicas nos canais televisivos e realizar ações de promoção. Este ano, vou realizar concertos em França, para as comunidades portuguesa, cabo-verdiana e lusófonas. Como emigrante e dada a minha proximidade às comunidades portuguesas, entendo perfeitamente o sentimento da saudade”, disse.

Questionada sobre os concertos em Portugal e mais concretamente, na sua cidade natal, em Miranda do Douro, Vanessa Miranda, deixou a porta aberta aos possíveis convites.

“É sempre bom regressar a casa e cantar em Miranda do Douro!”, disse.

HA

Música: Galandum Galundaina apresentam “Maragato”

Música: Galandum Galundaina apresentam “Maragato”

Com a chegada do verão, sucedem-se os festivais e concertos de música e os Galandum Galundaina têm uma nova música intitulada “Maragato”, à qual o grupo mirandês acrescentou uma letra e melodia originais.

Paulo Meirinhos, dos Galandum Galundaina explicou que a designação “maragato” remete para um povo originário da região espanhola das Astúrias, antigos negociantes de gado e nómadas, que se deslocavam por toda a comunidade Castela e Leão (Espanha) até Miranda do Douro, em Portugal.

«A música “maragato” já existia e o que nós, os Galandum Galundaina fizemos foi trabalhá-la musicalmente e acrescentar-lhe uma letra nova. É isso que fazemos habitualmente, pegamos em músicas e cantigas antigas da Terra de Miranda e criamos novas melodias para fazer evoluir a música tradicional. Acredito que a tradição não é algo estático, mas algo que também evolui e se adapta a cada época”, explicou o músico.

O grupo Galandum Galundaina foi constitutído em 1996 e ao longo destes quase trinta anos, editaram vários discos, entre os quais “L´Purmeiro”, “Modas e Anzonas”, “Senhor Galandum”, “Quatrada”e o DVD “Galandum ao Vivo”.

Para alcançar este sucesso e notoriedade musical, Paulo Meirinhos referiu que criação musical exige dedicação e trabalho.

“No dia-dia, cada um dos quatro membros dos Galandum Galundaina exerce a sua profissão e temos e vantagem de ser professores de música. Outra mais valia do grupo, é o gosto comum pela música tradicional da Terra de Miranda e o nosso propósito em preservá-la, modernizá-la e divulgá-la”, contou.

Este ano, os Galandum Galundaina participaram recentemente na XIII Ronda das Adegas, em Atenor; no evento Vinhos do Atlântico, em Valença; e no concerto solidário da Casa do Gaiato, em  Paço de Sousa (Penafiel), juntamente com a Banda do Exército destacamento do Porto e o Coro da Sé Catedral de Aveiro. 

A 11 de julho, os Galandum Galundaina atuam no evento Canha, no Montijo;
A 12 de julho, em Nogueiró, Braga;
A 26 de julho, no Festival da Lombada, em Palácios, Bragança;
A 2 de agosto, no Tradidanças, Carvalhais, São Pedro do Sul;
A 6 de agosto, no Redondo.

Casa da Música Mirandesa

No âmbito do trabalho desenvolvido na Casa da Música Mirandesa, Paulo Meirinhos referiu-se ainda ao recente colaboração com o grupo D.A.M.A.

“Os DAMA mostraram interesse em conhecer o repertório das músicas tradicionais da Terra de Miranda e gravaram duas músicas em mirandês, na Casa da Música Mirandesa, para incluir no seu novo albúm, disse.

Na sua visita a Miranda do Douro, o grupo formado por Francisco Maria Pereira (Kasha), Miguel Coimbra e Miguel Cristovinho, mostraram-se entusiasmados com a cultura mirandesa.

Ao longo do ano, a Casa da Música Mirandesa tem por missão preservar, promover e transmitir o património musical da Terra de Miranda.

“Uma das nossas principais missões é ensinar as crianças, jovens e adultos a música tradicional, quer as melodias, as letras e os instrumentos tradicionais. Queremos que a música e a cultura mirandesas sejam vivas e evoluam”, disse o professor de música, Paulo Meirinhos,

A Casa da Música Mirandesa foi inaugurada a 10 de julho de 2004 e funciona no edifício da antiga escola primária, no Largo do Castelo, em Miranda do Douro.

HA

Vilar Seco: Corte de estrada para asfaltamento

Vilar Seco: Corte de estrada para asfaltamento

De 23 a 27 de junho, a estrada municipal entre Vilar Seco e o cruzamento na Estrada Nacional 218, de ligação a Caçarelhos ou Genísio e Miranda do Douro, está cortada ao trânsito devido às obras de asfaltamento da via.

Segundo o comunicado do município de Vimioso, até sexta-feira, dia 27 de junho, a interrupção diária ao trânsito vigora entre as 7h30 e as 18h00.

Em alternativa, para aceder a Vilar Seco, os veículos são obrigados a ir por São Pedro da Silva, Duas Igrejas ou Águas Vivas.

“A requalificação e alargamento da estrada nº 569, desde o cruzamento da estrada nacional 218 até à localidade de Vilar Seco, implicou a limpeza e compactação das bermas, seguida da colocação de brita para o asfaltamento. A obra nos três quilómetros de estrada custou cerca de 300 mil euros”, indicou a autarquia de Vimioso.

HA