Primavera/verão: Relógios adiantam uma hora na madrugada de Domingo
Portugal continental e as regiões autónomas da Madeira e dos Açores vão adiantar os relógios uma hora, na madrugada do próximo Domingo, 30 de março, dando início ao horário de verão.
Em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, os relógios vão avançar uma hora quando for 01h00, passam a ser as 02h00.
Na Região Autónoma dos Açores, a alteração será feita às 00:00, mudando para a 01:00.
A hora legal volta a mudar em 26 de outubro, para o regime de inverno.
O atual regime de mudança da hora é regulado por uma diretiva (lei comunitária) de 2000, que prevê que todos os anos os relógios sejam, respetivamente, adiantados e atrasados uma hora no último domingo de março e no último domingo de outubro, marcando o início e o fim da hora de verão.
O Mosteiro Trapista de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, no concelho de Miranda do Douro, vai acolher o retiro quaresmal dos consagrados da Diocese de Bragança-Miranda, no sábado, dia 29 de março.
“O retiro quaresmal é um tempo de recolhimento e reflexão sobre a forma como olhamos e somos olhados por Deus, ajudando-nos a aprofundar a nossa vivência espiritual nesta caminhada até à Páscoa”, salienta a irmã Conceição Borges, em nota enviada à Agência ECCLESIA, pelo Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais.
O retiro é organizado pelo Secretariado Regional Bragança-Miranda da CIRP – Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal.
Na diocese do nordeste transmontano estão presentes os Marianos da Imaculada Conceição, os Salesianos de Dom Bosco, os Franciscanos Capuchinhos, as Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, as Irmãs da Caridade do Sagrado Coração de Jesus, as Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias, as Monjas Trapistas e as Carmelitas da Antiga Observância.
Política: PSD aprova por unanimidade Montenegro como candidato a primeiro-ministro
O Conselho Nacional do PSD aprovou por unanimidade, a designação de Luís Montenegro, como recandidato a primeiro-ministro, nas eleições legislativas de 18 de maio.
De acordo com os estatutos do PSD, compete ao Conselho Nacional do PSD aprovar a designação do candidato do partido a primeiro-ministro.
Esta votação foi realizada logo na abertura do Conselho Nacional, por decisão do presidente deste órgão, Miguel Albuquerque, na parte ainda aberta à comunicação social.
“É muito importante quando o primeiro-ministro está na berlinda e está a ser alvo de grandes pedradas. Só se atira pedras às árvores que dão frutos”, afirmou o líder do PSD/Madeira, que voltou a vencer as eleições na região no passado domingo.
Na votação, não houve nem abstenções, nem votos contra, com Albuquerque a saudar a aprovação “por unanimidade e por aclamação”, já que houve aplausos e gritos “PSD, PSD”.
As eleições legislativas antecipadas de 18 de maio, é o segundo ato eleitoral de Luís Montenegro como líder do PSD, depois de ter vencido as eleições de 10 de março de 2024, por uma margem de cerca de 50 mil votos em relação ao PS.
No fim-de-semana de 5 e 6 de abril, a freguesia de Argozelo, no concelho de Vimioso, volta a organizar a Feira da Rosquilha, um doce tradicional de Páscoa, que é a maior atração de um certame, em que se celebra também o 24º aniversário de elevação de Argozelo à categoria de vila.
Quem pretenda visitar a XVIII Feira da Rosquilha, na vila de Argozelo, tem a oportunidade de adquirir produtos locais e regionais como as rosquilhas, pão, fumeiro, queijos, licores, doces tradicionais, mel, frutos secos, cogumelos, compotas, produtos hortícolas e artesanato.
No sábado, dia 5 de abril, um dos destaques da Feira da Rosquilha, em Argozelo, é o Passeio Todo-o-Terreno (TT), organizado pelo motoclube “Os Perros”.
A abertura da XVIII Feira da Rosquilha está agendada para as 10h30 da manhã de sábado. Neste primeiro dia, o Rancho Folclórico e Etnográfico de Vimioso vai animar a tarde do evento. Para o serão, está programada a recriação da tradição da “Encomendação das almas” e o concerto musical dos “Irmãos Coragem”.
No Domingo, dia 6 de abril, a XVIII Feira da Rosquilha reabre com o programa radiofónico “Domingão do Tio João”. Ao longo de Domingo, o certame oferece outros motivos de interesse para visitar a vila de Argozelo, como a celebração da eucaristia, às 13h30, as Chegas de Touros Mirandeses (15h00) e as danças dos pauliteiros de Miranda.
Anualmente, a Feira da Rosquilha é organizada pela junta de freguesia de Argozelo (Argozelo foi elevada à categoria de vila, no dia 7 de junho de 2001) e conta com o apoio do município de Vimioso.
A Rosquilha
A Rosquilha é um doce tradicional, confeccionado com farinha, fermento, açúcar, ovos, manteiga, azeite e banha de porco. Há quem adicione aguardente e sumo laranja.
Juntam-se todos estes ingredientes, amassam-se bem, dá-se-lhes a forma circular para depois irem ao forno.
A rosquilha é tão apreciada pelo público, que antes mesmo do certame começar em Argozelo, sucedem-se inúmeras encomendas deste doce tradicional de Páscoa.
Miranda do Douro: “Login” prepara os jovens para o uso das redes sociais
Na manhã de 28 de março, a cantora, Cláudia Pascoal regressa a Miranda do Douro, para apresentar aos alunos dos 10º, 11º e 12º ano do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), o projeto pedagógico “Login”, que aborda o uso das redes sociais, procurando informar os jovens sobre os perigos e potencialidades.
A apresentação do projeto vai decorrer no auditório municipal, em Miranda do Douro, estando agendadas duas sessões durante a manhã de sexta-feira, às 9h30 e às 11h15.
O projeto “Login” foi desenvolvido pela Betweien – empresa especializada no desenvolvimento e implementação de projetos educativos – em parceria com a cantora Claúdia Pascoal.
O manual “Login” é um livro com três capítulos, onde os mais novos podem obter informações e descobrir curiosidades, exercícios, dados estatísticos e conceitos como privacidade, identidade, ciberdependência, relações online, phishing, entre outros assuntos.
O livro inclui também três letras de músicas da artista Cláudia Pascoal que foram criadas a partir de três contos: “Uso Consciente das Redes Sociais”, “Perigos das Redes Sociais” e “Potencialidades das Redes Sociais”.
“Login” inclui ainda uma peça de teatro, sobre o tema das redes sociais, destinada à comunidade escolar.
O livro é dirigido às escolas e municípios e pretende sensibilizar os mais jovens para a utilização consciente das redes sociais, informando-os sobre os seus perigos e as suas potencialidades.
Dia Mundial do Teatro: «A arte tem de inquietar» – Adriano Carvalho
No Dia Mundial do Teatro (27 de março), Adriano Carvalho afirma que ser ator é ser um “contador de histórias”, reconhece a arte como ecuménica porque congrega “muitas sensibilidades” e sublinha que esta tem de servir para inquietar.
“A arte serve sempre para alguma coisa, para interpelar, para movimentar, mas ela tem que ter inquietação. A arte é ecuménica porque congrega várias sensibilidades e vai a lugares inaugurais a que cada pessoa de forma singular”, explica à Agência ECCLESIA.
O ator, com 30 anos de experiência em cinema e televisão, acredita que o homem não consegue viver sem arte, por isso ela tem o poder de falar a cada um de forma individual, mesmo que partilhada por muitos e reconhece-a como um caminho para a transcendência: “A expressão da arte convoca-nos a outra experiência e isso é singular”.
“Um ator é uma espécie de auxiliar de contador de histórias, que empresta o seu corpo para fazer questionar e alertar a sociedade e as pessoas, está na fronteira ténue entre o que ele é e a personagem exige. A forma honesta de lá chegar é através da escuta das pessoas”, acrescenta.
No Dia Mundial do Teatro, assinalado a 27 de março, o Instituto Internacional do Teatro (ITI), convidou o pedagogo e encenador grego Theodoros Terzopoulos, a escrever uma mensagem, que circula neste dia e que evoca os apelos que a arte cénica faz ao mundo contemporâneo.
“Estará o teatro preocupado com a condição humana, tal como está a ser moldada no século XXI, em que o cidadão é manipulado por interesses políticos e económicos, redes de comunicação social e empresas fazedoras de opinião? Onde as redes sociais, por mais que a facilitem, são o grande alívio da comunicação, porque proporcionam a necessária distância segura do outro? Uma sensação generalizada de medo do outro, do diferente, do estranho, domina os nossos pensamentos e ações. Pode o teatro funcionar como laboratório para a coexistência de diferenças, sem levar em conta o trauma sangrento?”
“Perguntas que não permitem respostas definitivas, porque o teatro existe e perdura graças a perguntas por responder”, reconhece a mensagem escrita por Theodoros Terzopoulos.
Nascido nos anos 70, a primeira palavra que Adriano Carvalho aprendeu a ler foi «vota», encontrada a cor e pintada nas paredes, a meio da década, onde a criança “tímida e introvertida” crescia numa meio semirrural, na localidade da Parede, na periferia da cidade de Lisboa, outrora entre campos agrícolas que hoje dão lugar a prédios.
Sem uma área de eleição, Adriano Carvalho seguiria um “curso seguro”: pensou em Direito inscreveu-se em Geografia, na Universidade em Coimbra, mas um interregno, ainda em Lisboa, colocou-o em contacto com “um folheto” do Instituto Politécnico de Lisboa e a Escola Superior Teatro e Cinema – “Fui lá fazer umas provas e fiquei”.
Passou três meses no Conservatório, no curso de teatro, mas acabou por rumar a Coimbra com a ideia de estudar um ano por lá, pedir equivalências e regressar a Lisboa, no entanto já levava a semente do teatro.
“O teatro foi um acidente da vida, ou um incidente. Não tenho uma explicação lógica. Aqueles três meses foram uma surpresa, intensivos, marcantes, moldaram-me, deram-me outro olhar. Quando começas a contactar com aquelas pessoas e mundo já não consegues esquecer”, explica.
“Todos nós temos qualquer coisa de artista, temos dons inatos e isso está presente. Podem ser mais ou menos trabalhados. Se desenvolvermos a capacidade de escuta, dar espaço aos outros gerará mais consensos e estamos a precisar muito deles”, finaliza.
A conversa com Adriano Carvalho pode ser acompanhada esta noite no programa ECCLESIA, na Antena 1, emitido pouco depois da meia-noite, e disponibilizado no podcast «Alarga a tua tenda».
Turismo: Portugal é o 3.º destino preferido para investimento hoteleiro na Europa
Portugal alcançou a terceira posição no ‘ranking’ de destino mais atrativo para investimento hoteleiro na Europa, subindo quatro lugares, segundo um inquérito desenvolvido pela consultora CBRE.
“O mercado hoteleiro europeu mantém-se como um setor-chave para os investidores, com Portugal a registar um crescimento notável na atratividade para investimento, de acordo com o ‘European Hotels Investor Intentions Survey’ 2025, desenvolvido pela CBRE”, adiantou.
De acordo com a empresa, Portugal alcançou a terceira posição no ‘ranking’ dos “destinos mais procurados para investimento em hotelaria, depois de Espanha e Itália, no primeiro e segundo lugares, respetivamente, evidenciando um interesse crescente dos investidores internacionais”.
Além disso, segundo a CBRE, a nível de cidades, Lisboa entra diretamente para o quarto lugar das cidades mais atrativas para investimento hoteleiro, “destacando-se pela sua crescente relevância no panorama europeu”, sendo que em 2024, a capital portuguesa não constava no ‘ranking’, “o que demonstra uma evolução significativa da sua competitividade e do apelo junto dos investidores”, acrescentam.
“O setor hoteleiro português tem vindo a consolidar a sua posição como um dos mais dinâmicos da Europa, impulsionado por um turismo resiliente e por um mercado cada vez mais sofisticado”, disse Duarte Morais Santos, diretor de hotéis da CBRE Portugal, citado na mesma nota.
“O facto de Portugal ter subido quatro posições neste ‘ranking’ reflete o reconhecimento da sua robustez e do potencial de crescimento sustentável”, afirmou.
Segundo a CBRE, apesar da situação geopolítica, “a confiança no mercado hoteleiro europeu continua a crescer”.
“Mais de 90% dos investidores estão dispostos a manter ou a aumentar a alocação de capital ao setor”, adiantou, salientando que “oferece retornos competitivos”.
De acordo com a CBRE, Espanha continua a ser o principal destino de investimento, pelo segundo ano consecutivo, “apoiado pelos fundamentos do mercado a longo prazo e pela procura turística sustentada”, sendo que Itália ultrapassou o Reino Unido, ocupando o segundo lugar.
“Portugal e o Reino Unido ficaram, conjuntamente, em terceiro lugar, enquanto França e Grécia mantiveram o quarto e quinto lugar, respetivamente”, explicou.
No que diz respeito a cidades, Londres continua a ser a principal escolha, tendo Madrid solidificado “ainda mais o seu estatuto de segunda cidade mais atrativa para o investimento hoteleiro, com Roma a completar o top 3 de cidades, subindo da quarta posição alcançada em 2024”, seguindo-se Lisboa e Barcelona, a completar o top 5.
O inquérito da CBRE teve lugar no último trimestre do ano passado, com 110 respostas de investidores de vários tipos.
Sociedade: Programa Integrar já apoiou quase 50 mil imigrantes
O programa Integrar, destinado a apoiar imigrantes na procura de emprego, já ajudou quase 50 mil imigrantes, indicou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho.
Na sessão de encerramento do seminário “Formar para o Trabalho”, a ministra indicou que o programa Integrar “já auxiliou a integração de quase 50 mil imigrantes”.
Em causa está um programa lançado em setembro de 2024 e que se destina aos imigrantes inscritos nos centros de emprego, com ações de formação, medidas para reconhecer competências e apoio na procura de trabalho.
No discurso, a governante abordou o tema das políticas de imigração, apontando que este é um dos desafios atuais e referindo que “o princípio” do Governo passa por “integrar os imigrantes com condições de dignidade”.
“Não é impedir, é regular para que todos vivam melhor”, sublinhou, no seminário inserido na Futurália 2025, que arranca hoje, em Lisboa, lembrando ainda a “exigência do contrato de trabalho”.
Apesar de sublinhar que o Governo se encontra em gestão, e, por isso, os seus “vínculos” em termos “daquilo que se pode dizer estão agora mais estreitados”, Palma Ramalho destacou ainda outros programas criados pelo executivo em matéria de formação laboral.
“Dos programas desenvolvidos, já abrangemos cerca de 8 mil jovens desde outubro de 2024”, indicou.
A ministra do Trabalho enalteceu ainda os dados do emprego, notando que Portugal tem, neste momento, “a maior taxa de empregabilidade de sempre”, com mais de cinco milhões de pessoas empregadas, e que “o desemprego é perfeitamente residual”.
“Mesmo o desemprego jovem, que nos preocupa sempre, caiu 7,4% face a dezembro de 2023”, vincou, indicando que ainda assim situa-se “acima dos 20%”.
Lembrando ainda os “novos desafios geopolíticos e geoeconómicos” que a Europa enfrenta, com vários parceiros comerciais de Portugal a enfrentar “recessão ou estagnação económica”, Palma Ramalho fez ainda referência aos desafios dos jovens.
“A juventude enfrenta obstáculos à entrada no mercado de trabalho e por isso decidem procurar oportunidades noutros países para aumentar o seu rendimento.
Outros problemas são o envelhecimento da população e da conciliação da vida pessoal com a vida profissional.
Miranda do Douro: Alunos aprendem a ver os lobos da perspectiva ambiental
Com o propósito sensibilizar a comunidade local para a riqueza da biodiversidade existente no planalto mirandês, a Palombar está a desenvolver com os alunos do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), o projeto “Futuros Partilhados”, de modo a descontruir preconceitos em relação às espécies de animais selvagens, como o lobo ibérico.
O projeto foi apresentado pela Palombar ao Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD) e segundo a professora Isaura Peres, adjunta da direção do AEMD, está a ser implementado na Escola Básica e Secundária de Miranda do Douro, pelos alunos do 10.º ano, da área de ciências.
“Dado que o projeto visa promover a reflexão e a sensibilização ambiental, está a ser desenvolvido com uma turma de 10º ano, da área de ciências. As sessões do projeto no AEMD, realizam-se com uma frequência quinzenal, tendo como convidados vários intervenientes das áreas da biologia e das artes. Em cada sessão é abordado um tema específico, através de exercícios artísticos, como a construção de histórias e vídeos de sensibilização ambiental”, explicou.
Da Palombar, Nuno Preto, explicou que ao aliar a arte com a conservação da natureza, o projeto “Futuros Partilhados” tem como objetivo principal recriar histórias que aproximem a comunidade local e a vida selvagem.
“Ao usar expressões artísticas, como a escrita e o teatro, pretendemos desenvolver nos alunos das escolas de Miranda do Douro, a reflexão, o pensamento crítico e a argumentação em relação à biodiversidade existente nesta região. De um modo particular, pretende-se descontruir preconceitos e medos a relação às espécies predadoras, como as raposas, os lobos e as aves de rapina”, indicou.
O membro da Palombar, acrescentou que para além dos jovens, o projeto “Futuros Partilhados” envolve também as pessoas idosas, que vivem nos lares da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro (SCMMD).
“É um projeto intergeracional pois queremos aproveitar a sabedoria e a memória das pessoas idosas. Nos lares, realizamos a recolha de histórias, mitos e tradições locais. A este legado juntamos depois o saber científico e as novas perspectivas e contributos dos jovens alunos”, disse.
A acompanhar o desenvolvimento do projeto educativo no AEMD, a professora, Ana Pimentel, adiantou que os alunos estão a acolher “entusiasticamente”, quer o tema da sensibilização ambiental, quer a nova metodologia de ensino-aprendizagem.
“Os alunos estão muito motivados dado que o projeto utiliza um método participativo, que implica a criação artística em grupo, estimulando assim a reflexão, o diálogo e a argumentação, sobre temas, por vezes, controversos, como as espécies predadoras existentes no meio ambiente em que vivem”, destacou.
Por sua vez, os alunos, como Gonçalo Lourenço, expressaram grande satisfação pelo método inovador e multidisciplinar, que lhes permite aprender através da interação, do diálogo e da representação artística.
“Em vez de aprendermos de forma unidirecional, com o professor a ditar e nós os alunos a reter a informação, a metodologia empregue no projeto “Futuros Partilhados” é uma novidade. Este método apela à nossa reflexão, ao diálogo e à construção de novas perspectivas através da expressão artística, como a escrita ou o teatro, o que para nós é entusiasmante”, disse.
Também a companheira de turma, Ana Luísa, elogiou o projeto “Futuros Partilhados”, pela abordagem a temas próximos, como a biodiversidade ambiental existente na região.
“Sendo natural da aldeia de Genísio, a natureza e as espécies de animais selvagens fazem parte da realidade da comunidade local. Por isso, este projeto permite-me conhecer melhor a biodiversidade existente e descontruir medos em relação a animais, como por exemplo, o lobo”, disse.
A fase piloto do projeto “Futuros Partilhados” iniciou-se no dia 26 de fevereiro e decorre até novembro de 2025, altura em que será exibido um ciclo de cinema ambiental. O projeto poderá estender-se até 2027.
O projeto é financiado pelo programa PARTIS & ART FOR CHANGE da Fundação Calouste Gulbenkian, BPI e Fundação “la Caixa” e conta com a colaboração da Câmara Municipal de Miranda do Douro, da Santa Casa da Misericórdia (valência de lar para idosos) e do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AERMD).
Sociedade: Jovens consideram notícias “tendenciosas” e “aborrecidas”
Em Portugal, os jovens consideram as notícias “tendenciosas” e “aborrecidas”, sobretudo sobre política, conclui um inquérito desenvolvido pelo projeto YOUNDigital.
O projeto de cidadania digital YouNDgital inquiriu 1.362 jovens a viver em Portugal, com idades entre os 15 e os 24 anos, e identificou quatro grupos diferentes tendo em conta a forma como encaram as notícias.
O primeiro grupo, designado “Exploradores Digitais Centrados no Lazer”, conta com 50,27% de repostas do sexo masculino que têm interesse em notícias sobre desporto, tecnologia, saúde e entretenimento, sendo que os jovens deste grupo procuram os media para conversar e passar tempo, porque as notícias são “tendenciosas” e “aborrecidas”, sobretudo matéria política.
Este grupo identificou os ‘Youtubers’ como forma de saber “o que se passa no mundo”, sendo que as suas principais fontes de informação são as redes sociais, revelando menos procura por jornais, rádio ou professores.
O grupo “Exploradores Digitais de Temas Variados” integra 59% de repostas dadas pelo sexo feminino e revelou ter interesse em temas como saúde, entretenimento, tecnologia, sociedade, educação e economia, embora procurem os ‘instagrammers” para saber “o que se passa no mundo”.
Os jovens deste grupo consideram as notícias “tendenciosas” e com “um impacto negativo” na sua “vida e no estado de espírito”, pois acedem aos meios de comunicação social para conversar e fazer trabalhos escolares, tendo como principal fonte de informação os membros da família.
O terceiro grupo “As Notícias Não São a Minha Praia” tem uma maior percentagem de respostas do sexo masculino, cerca de 61% e o desporto e o entretenimento destacam-se entre os baixos níveis de interesse nos media.
De forma a saber o que se passa no mundo acedem aos ‘youtubers’, embora em menor escala do que o primeiro grupo, sendo que partilham a mesma perspetiva sobre as notícias que o grupo anterior, acrescentando que as notícias são aborrecidas, especialmente sobre política.
Este grupo revelou também aceder os meios de comunicação social para conversar e fazer trabalhos escolares, mas com valores globais mais baixos do que o segundo grupo, sendo que têm como fonte de informação os meios de comunicação social, mas em menor escala do que os dois grupos já definidos.
O último grupo identificado pelo estudo é categorizado como “Vislumbre dos Media à Antiga” e demonstrou interesse pelo desporto, entretenimento e alguma atenção à tecnologia.
Trata-se de um grupo mais diversificado do que os grupos um e dois, mas mais alargado em ternos de notícias do que o grupo três, sendo constituído por 50,69% de repostas do sexo feminino e as restantes do sexo masculino.
Este grupo considera que “os jornalistas são mais proeminentes (em comparação com os influenciadores digitais, que aparecem mais nos grupos um e dois)”, sendo que também partilham da opinião de que as notícias “têm um impacto negativo” na sua vida e no seu estado de espírito”, descrevendo os media como “tendenciosos”, tal como nos outros grupos.
Este grupo acede sobretudo os meios de comunicação para conversas e para fazer os trabalhos da escola, tendo como fontes de informação as redes sociais e os familiares.
Assim, o inquérito concluiu que “o destaque dado às notícias não foi evidente nos agrupamentos, com foco nos interesses do indivíduo e não no coletivo”, realçando o importante papel desempenhado pela escola e pela família.
O YouNDigital é um projeto desenvolvido pelo centro de investigação da Universidade Lusófona (CICANT) e conta com o financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia.