Genísio: Mais um ataque de lobos mata 10 ovelhas e fere 12 com gravidade

Genísio: Mais um ataque de lobos mata 10 ovelhas e fere 12 com gravidade

Na noite de 12 para 13 de setembro, um feroz ataque de lobos, na aldeia de Genísio, no concelho de Miranda do Douro, causou a morte de 10 ovelhas e o ferimento de outras 12, confirmando assim o receio e a indignação dos criadores pecuários que se queixam de sucessivos ataques no planalto mirandês.

O criador de ovinos, Alcino Antão, proprietário de um rebanho com 54 ovelhas, estava consternado com a morte de 10 ovelhas e o ferimento de outras 12, que segundo o parecer da médica veterinária, têm poucas possibilidades de sobreviver.

“Já sou criador de ovinos há cerca de 15 anos e nunca me tinha ocorrido um incidentes destes. Pelos ferimentos nas ovelhas há fortes indícios de ataques de lobos. Durante a noite o rebanho estava numa propriedade a 100 metros de casa, ouvi ladrar os cães, saí à rua, mas não me aproximei porque por vezes os cães ladram durante a noite. De manhã, voltei a ouvir os cães ladrar e vi corvos na propriedade e foi quando me deparei com este cenário desolador: dez ovelhas já estavam mortas e outras tantas tinham ferimentos no pescoço e nas patas traseiras”, descreveu.

Perante o sucedido, Alcino Antão, contatou de imediato o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), que enviou dois técnicos até Genísio para registar a ocorrência, fotografar os animais mortos e feridos e anotar o número da exploração agropecuária.

“Os próprios técnicos do ICNF confirmaram que se tratou de um ataque de lobos. Nestas noites mais quentes de verão, optei por deixar o rebanho de ovelhas ao ar livre e próximo de casa. Mas os predadores não se intimidaram com a luz pública e saltaram facilmente a cerca de rede, com 1,20 metro de altura”, disse.

Para ser indemizado pela perda dos animais, o criador de ovinos tem agora de comunicar o prejuízo na plataforma digital do Instituto de Financiamento de Agricultura e Pescas (IFAP).

“O valor da indemnização nunca vai corresponder ao trabalho que de criar estes animais. Das dez ovelhas já mortas, oito delas estavam prenhas de pelo menos dois a três cordeiros cada uma. Para agravar a situação, com a redução do número de animais da minha exploração vou ser penalizado nos apoios anuais do IFAP”, lamentou.

Doravante, para prevenir outros ataques de lobos o criador de ovinos de Genísio, vê-se obrigado a guardar os seus animais sempre dentro do estábulo e a redobrar a vigilância no pastoreio diurno das ovelhas nos lameiros.

“Perante este grave acontecimento e com a idade avançada, mais dia menos dia, vou ter que acabar com a atividade agropecuária”, lamentou.

Por sua vez, o irmão, Belmiro Antão, é criador de burros de Miranda e também se mostrou muito preocupado com o aparecimento de lobos no planalto mirandês.

“Nesta região, os poucos criadores de animais, sejam ovinos, bovinos e asininos, são pessoas de idade. Com o aparecimento destes animais predadores como o lobo isto vai levar ao abandono da atividade pecuária”, disse.

Questionada sobre os sucessivos e mortíferos ataques às explorações de ovinos no planalto mirandês, a secretária técnica da Associação de Criadores de Ovinos Mirandeses (ACOM), engenheira, Andrea Cortinhas, descreveu a situação como dramática.

“Infelizmente, estão a ocorrer sucessivos ataques de lobos aos rebanhos de ovelhas nesta região do planalto mirandês. Os avultados prejuízos com a morte dos animais, estão a pôr em risco a já débil atividade pecuária. Recordo que, esta atividade fisicamente desgastante, é feita maioritariamente por pessoas idosas”, disse.

Andrea Cortinhas, acrescentou que com a morte e redução do número de animais, os prejuízos económicos são avultados e causam uma perda enorme na raça, que demora anos a repor.

“Com os ataques de lobos aos rebanhos, as ovelhas feridas acabam por morrer e mesmo aquelas que sobrevivem, com o stress acabam por abortar. Daí que o prejuízo não é apenas o imediato, tem impacto a médio e longo prazo na reposição do número de animais da raça autóctone”, indicou.

No concelho de Miranda do Douro, os ataques de lobos a explorações pecuários estão a ocorrer com frequência. Recentemente, em Malhadas e depois a 4 de setembro, numa exploração agropecuária na aldeia de Fonte Ladrão, outro ataque de lobos causou a morte de 12 ovelhas.

PREJUÍZOS ATRIBUÍDOS AO LOBO

Os prejuízos sobre efetivos pecuários atribuídos ao lobo são indemnizados pelo Estado Português desde a entrada em vigor da Lei n.º 90/88, de 13 de agosto - Lei de Proteção ao Lobo-ibérico.

Nesta revisão das normas aplicáveis alterou-se a abordagem que se faz ao direito à indemnização. Este modelo pretende potenciar a corresponsabilização dos proprietários de gado pela proteção do mesmo, sem pôr em causa a obrigação do Estado, de indemnizar, como compensação do risco que aqueles proprietários correm pela atividade que exercem, em áreas de presença de lobo. Institui-se um mecanismo de pagamento de indemnização que supõe o pagamento de um número limitado de prejuízos em cada ano civil, bem como uma redução do valor a pagar relativamente ao dano efetivo, à medida que aumenta o número de ocorrências.

É fixada a lista de animais passíveis de indemnização e clarificados os conceitos relativos aos requisitos de proteção a observar para que possa ser reconhecido o direito à indemnização, a título de exemplo a tipologia do cão de proteção de gado.

Outra alteração significativa prende-se com a transferência do pagamento das indemnizações do ICNF, para o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, de forma a aumentar a eficácia administrativa, proporcionado ainda uma maior acessibilidade no acompanhamento do processo por parte dos interessados.

Espera-se com este conjunto de medidas potenciar a coexistência da atividade pecuária com a presença de lobo.

De forma a melhor esclarecer sobre a implementação destas medidas, é disponibilizado um folheto informativo destinado aos criadores de gado em área de lobo.

Fonte: ICNF

HA | Fotos e vídeo: Patrícia Antão



Dança: Pauliteiros de Miranda inspiraram o espetáculo “Do Terreiro ao Mundo”

Dança: Pauliteiros de Miranda inspiraram o espetáculo “Do Terreiro ao Mundo”

O espetáculo “Do Terreiro ao Mundo”, com coreografia de Clara Andermatt, estreou-se a 13 de setembro, em Vila Real e é inspirado nas danças dos Pauliteiros de Miranda, colocando em diálogo a dança contemporânea com esta tradição da Terra de Miranda.

Clara Andermatt revelou que o projeto parte da premissa de trabalhar sobre o universo dos Pauliteiros, mas que expandiu o espetáculo para o “território riquíssimo” que é Trás-os-Montes.

A coreógrafa referiu que fez a sua própria viagem a este universo, onde encontrou “algumas características fortes e identitárias”.

“A dança contemporânea pode também fazer este diálogo com as tradições e a partir delas criar algo novo que seja simultaneamente universal, mas ao mesmo tempo característico de um território”, afirmou o diretor do Teatro de Vila Real, Rui Araújo.

O projeto “Do Terreiro ao Mundo” nasceu de um desafio lançado pelo Teatro de Vila Real à companhia Instável, que convidou a coreógrafa Clara Andermatt, tratando-se de uma coprodução com o Centro Cultural de Lagos.

“É uma forma, talvez, de nós próprios começarmos a olhar para as nossas tradições como uma possibilidade de reinvenção e de dar o nosso contributo à arte universal a partir de elementos que fazem parte do nosso código genético, enquanto transmontanos”, referiu Rui Araújo.

Com raízes na chamada “dança das espadas”, os Pauliteiros executam a tradicional “dança dos paus”, caracterizada por movimentos guerreiros, rituais e religiosos, acompanhada por gaita-de-foles, caixa e bombo.

As danças rituais dos Pauliteiros nas festas tradicionais de Miranda do Douro estão integradas no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, desde abril de 2025.

Para preparar este espetáculo, Clara Andermatt contou que foi para Miranda do Douro, pesquisar, ver os pauliteiros, conversar com alguns grupos, o que lhe permitiu perceber características particulares e identitárias destas danças.

“Só pode ser uma interpretação e uma visão particular. Quem conhece o universo dos Pauliteiros, quem conhece as danças (…) vai bem entender a raiz e os desvios”, referiu a coreógrafa, que adiantou que a peça “está cheia de referências” como os paus, as cores e a dança numa interpretação sua desta tradição.

O espetáculo é interpretado por quatro bailarinos e dois músicos que, em palco, constroem um diálogo entre corpo, gesto e som, e tem música original de Luís Pedro Madeira e Clara Andermatt.

Luis Pedro Madeira é multi-instrumentista, professor de educação musical e compositor. Os figurinos são de Gabriela Gomes, artista plástica e investigadora.

“É bonito ver que as coisas estão muito vivas e que há muita gente a fazer esse trabalho, que dão valor à tradição e que vão também desenvolvendo e criando coisas novas e isto é mais uma visão”, salientou Clara Andermatt, considerando que este foi um desafio “muito interessante” e que, ao mesmo tempo, sentiu “as coisas muito vivas” e “também algum desconsolo” pelo despovoamento que atinge este território.

Criadora de mais de meia centena de peças apresentadas em Portugal e no estrangeiro, Andermatt gosta de cruzar culturas, linguagens e de trabalhar com diferentes corpos e percursos.

A estreia de “Do Terreiro ao Mundo”, a 13 de setembro marcou também o arranque do festival de dança contemporânea Algures a Nordeste, que decorre até ao final de setembro, em Vila Real e inclui cinco espetáculos, um deles de dança inclusiva direcionado às escolas.

“É uma forma de mostrar que todos podem ter um contributo para as artes, desde que tenham talento e que trabalhem”, disse Rui Araújo, referindo-se ao espetáculo “Somatati”, da CiM – Companhia de Dança, que junta intérpretes com e sem deficiência.

O festival inclui ainda uma homenagem a Camilo Castelo Branco com o projeto “Camilo – Vida e Obra”, do Ballet do Douro, o espetáculo “Maurice Accompagné”, da Companhia Paulo Ribeiro, e “In Absentia, com Helder Seabra.

Fonte: Lusa

Ensino Superior: Ainda há 9313 vagas nas universidades e politécnicos

Ensino Superior: Ainda há 9313 vagas nas universidades e politécnicos

Na 2.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, apenas metade dos candidatos ficou colocada, num total de 8.824 novos caloiros nas universidades e politécnicos, havendo ainda 9.313 vagas nas universidades e politécnicos.

Dos 16.594 candidatos à 2.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES), ficaram colocados menos de nove mil, segundo dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), que mostram que entraram mais alunos nas universidades do que nos politécnicos: Quase 4.900 conseguiram lugar numa das 13 universidades públicas e os restantes nos politécnicos.

Somando as duas fases do CNAES, há agora pouco mais de 52 mil caloiros em instituições públicas, o que representa quase menos cinco mil estudantes do que no ano passado.

Mas os alunos ainda podem concorrer à 3.ª fase, cujas vagas serão divulgadas no dia 22 de setembro no site da DGES.

As duas instituições com mais alunos colocados nesta fase situam-se na capital: Entraram agora mais 1.036 alunos em cursos da Universidade de Lisboa e outros 623 no Instituto Politécnico de Lisboa.

Olhando para as instituições com mais vagas sobrantes destacam-se os institutos politécnicos de Bragança (1.218 vagas), de Coimbra (634), de Viseu (572) e da Guarda (547).

Na generalidade das universidades sobraram menos vagas, com o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa a apresentar apenas sete vagas sobrantes, a Universidade Nova de Lisboa com 52 e, no extremo oposto, a Universidade de Aveiro com 310 lugares.

Entre universidades e politécnicos, sobraram 9.313 vagas, mas cabe às instituições decidir se abrem ou não mais lugares. Da lista divulgada pela DGES, apenas a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa ficou com zero vagas.

“Cada instituição de ensino superior decide, para cada um dos seus cursos, sobre a abertura da terceira fase do concurso”, sublinham os serviços do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, lembrando que as instituições não podem abrir mais vagas do que as que agora sobraram, acrescidas às vagas que não venham a ser ocupadas pelos estudantes agora colocados.

Os estudantes colocados na 2.ª fase devem realizar a matrícula e inscrição entre os dias 15 e 17 de setembro, junto da instituição de ensino superior, onde ficaram colocados.

As candidaturas para a 3.ª fase decorrem online, entre os dias 23 e 25 de setembro.

Os dados divulgados pela DGES mostram que quase oito mil candidatos desta fase eram alunos que já tinham conseguido uma vaga na 1.º fase, mas decidiram voltar a tentar.

Houve depois outros cerca de três mil alunos que não tinham ficado colocados na 1.º fase e 5.595 que se candidataram apenas agora pela primeira vez ao CNAES de 2025.

Fonte: Lusa

A dor só tem sentido com amor

Exaltação da Santa Cruz (Festa) / 70.º aniversário do Papa Leão XIV

A dor só tem sentido com amor

Num 21, 4b-9 / Slm 77 (78), 1-2.34-38 / Filip 2, 6-11 / Jo 3, 13-17

Há silêncios que falam mais alto que muitos discursos. De Jesus são-nos relatadas muito poucas palavras por Ele pronunciadas durante a Paixão, a ponto de isso causar admiração a Pilatos (Mc 15, 5). Após as suas negações, Pedro viu apenas fixar-se sobre si o olhar benigno e misericordioso do Senhor e isso bastou para desatar a chorar por se sentir perdoado e confirmado pelo Mestre. Elevado na cruz, impressiona a forma como Jesus se cala, sem reação agressiva para com os que o condenaram, o insultavam e o provocavam com troça ofensiva. O crucificado limitou-se a pouquíssimas breves frases, manifestando perdão, confiança no Pai, sede, referência a Maria, sua Mãe, à qual nos confiou, dando-a a nós como Mãe. Amor até ao fim, a pensar nos outros, em todos nós, e dirigindo a sua bondade atenta para o ladrão a seu lado.

A cruz, banhada pelo sangue do Salvador, tornou-se trono que veneramos por ter sustentado o corpo martirizado do próprio Deus encarnado. Contemplamos na cruz os braços abertos do Senhor, para nos acolher e nos dirigir este convite: «Vinde a mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis repouso para as vossas almas».

Em Jesus crucificado, contemplamos, agradecidos, o Amor divino manifestado, Deus como que despojado da sua divindade. Em Jesus Cristo, a omnipotência divina colocou-se ao nível da fragilidade dos humanos, sujeitando-se à arbitrariedade daqueles que não o recebem, o rejeitam e o condenam à morte.

Celebrar a Exaltação da Santa Cruz significa que reconhecemos e proclamamos que realmente «Deus amou de tal modo o mundo, que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que crê n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna», como o próprio Jesus disse a Nicodemos.

Tinha de ser assim? Sim, porque o amor verdadeiro sofre necessariamente por aquele a quem ama. Não há amor sem sofrimento. A dor só tem sentido se aceite e suportada com e por amor.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa | Foto: Flickr


Sendim: Cooperativa Ribadouro inicia a campanha vinícola a 17 de setembro

Sendim: Cooperativa Ribadouro inicia a campanha vinícola a 17 de setembro

A Cooperativa Agrícola Ribadouro C.R.L., voltou a organizar uma assembleia geral extraordinária, no serão de 11 de setembro, no pavilhão multiusos de Sendim, para informar os associados da abertura da campanha vinícola a 17 de setembro.

A reunião foi convocada pelos órgãos sociais da cooperativa sendinesa para informar os associados da venda da vinho de 2024, sendo que a colheita vai ser paga a 0.30€/quilo de uvas.

Na campanha vinícola deste ano, a direção da Ribadouro C.R.L, informou que a abertura da adega cooperativa, em Sendim, está prevista para quarta-feira, dia 17 de setembro e o horário de trabalho é o seguinte:

2ª feira – fecho
3ª feira – abertura às 9h00 até ao fecho;
De 4ªfeira a Domingo, abertura das 14h00 até ao fecho.

De acordo com a cooperativa Ribadouro, este ano o preço do quilo de uvas varia entre os 0,36€ e 0,38€, com a graduação base de 12%.

Para iniciar os trabalhos da campanha vinícola, a Cooperativa Agrícola Ribadouro está à procura de trabalhadores para receber a colheita deste ano. Os interessados devem contatar a cooperativa através do seguinte número de telefone:: 273 739 252.

HA

Miranda do Douro: Festival Meating junta a gastronomia à música

Miranda do Douro: Festival Meating junta a gastronomia à música

No sábado e Domingo, dias 13 e 14 de setembro, o Festival Gastronómico Meating está de regresso a Miranda do Douro, com os propósito de promover a gastronomia e a culturas locais, através da criatividade dos chef’s e da interação musical.

O evento, de entrada livre, no antigo Paço Episcopal, decorre no fim-de-semana, das 12h00 às 2h00 da manhã e conta com a participação dos ‘chefs’ Rui Paula, António Loureiro, Lídia Brás e João França.

Os conceituados cozinheiros vão preparar receitas com base nas raças autóctones do planalto mirandês como são o Cordeiro Mirandês DOP, Cabrito Transmontano DOP, Carne Mirandesa DOP e o Porco Bísaro.

O fumeiro, os vinhos transmontanos e a Bola Doce Mirandesa são outros dos ingredientes do Meating.

“O objetivo é que os chefs criem algo de novo a partir dos produtos locais e que os artistas nacionais, de diferentes estilos, criem também eles concertos únicos em colaboração com as gentes locais. Isto vai resultar numa experiência gastronómica e cultural exclusiva”, explica a organização.

Na animação musical, o programa inclui os concertos de Valter Lobo, Expresso Transatlântico, Bons Rapazes, Emmy Curl, Club Macumba e as danças dos Pauliteiros de Miranda.

O Festival Meating está inserido na iniciativa “De la Tierra pa la Mesa”, um, projeto cofinanciado pelo Programa Regional NORTE 2030.

Fontes: Lusa e MMD

Turismo: Vila Galé prevê abrir mais hotéis em Portugal

Turismo: Vila Galé prevê abrir mais hotéis em Portugal

Até 2027, o Grupo Vila Galé prevê abrir mais nove hotéis em Portugal e no Brasil, sendo assim proprietário de 61 unidades hoteleiras no total, entre as quais o futuro hotel Vila Galé Mirandum, que vai ser construído na cidade de Miranda do Douro.

“Estamos a investir em projetos que promovem o turismo, unindo história, cultura e sustentabilidade. O objetivo é oferecer sempre uma experiência diferenciadora”, afirma o fundador e presidente do grupo, Jorge Rebelo de Almeida, citado em comunicado.

Assim, refere, até 2027 está prevista a abertura de “nove novos empreendimentos, ampliando a presença em regiões estratégicas de Portugal e do Brasil”.

Com estes novos empreendimentos – cujo investimento o grupo não revelou -, a Vila Galé atingirá um total de 61 hotéis e 12.764 quartos em 2027, face aos 52 hotéis (11.764 quartos) que estão em funcionamento este ano em Portugal, Brasil, Espanha e Cuba.

Em Portugal serão inaugurados cinco hotéis: Vila Galé Miranda do Douro, Vila Galé Penacova, Vila Galé Paço Real de Caxias, Vila Galé Tejo (na Quinta da Cardiga) e o Palácio Almada Carvalhais, no Largo Conde Barão, em Lisboa.

Já no Brasil, a rede prevê reforçar a presença com quatro novos projetos: Vila Galé Collection São Luís, Vila Galé Collection Maranhão, Vila Galé Collection Coruripe Alagoas e o Vila Galé Nep Kids Coruripe Alagoas, dedicado exclusivamente ao público infantil.

O comunicado dá conta que o grupo avançou em apenas um ano da 122.ª para a 105.ª posição no ‘ranking’ anual da Revista Hotels, “uma das publicações mais prestigiadas do setor, que classifica as maiores redes hoteleiras do mundo com base no número de quartos em operação”.

Este resultado, acrescentam, refere-se a 2024, quando a rede hoteleira contava com 9.947 quartos em 45 hotéis.

“Esta subida reforça a consolidação da rede portuguesa entre os principais ‘players’ globais da hotelaria”, sublinha o grupo.

Tendo em conta as unidades já em funcionamento este ano, a Vila Galé prevê vir a integrar pela primeira vez o grupo das 100 maiores cadeias hoteleiras do mundo.

“Este resultado reflete a visão estratégica do grupo, que aposta num sólido plano de expansão”, conclui.

Fonte: Lusa | Fotos: HA

Igreja/Ensino: Ano letivo 2025/2026 começa com «grandes desafios»

Igreja/Ensino: Ano letivo 2025/2026 começa com «grandes desafios»

O Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) e a Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), da Igreja Católica em Portugal, destacam a “grande alegria” com que está a começar o Ano Letivo 2025/2026, e explicam alguns desafios do setor.

“Será um ano, como todos os anos, com grandes desafios, mas também com uma grande alegria, e com uma grande expectativa positiva, porque temos, nas nossas escolas, ao serviço dos alunos, das famílias, dos professores, a totalidade dos manuais em suporte de papel e uma imensidão de recursos na Porto Editora”, disse o coordenador da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) no SNEC, hoje, em declarações à Agência ECCLESIA.

O professor António Cordeiro destacou também a “alegria” de terem esses recursos disponíveis “ao serviço do bem dos alunos, ao serviço da educação integral dos alunos”, através de EMRC, e realçou a “necessidade de apostar” nesses materiais, “e retomar o trabalho com as equipas” continuarem a desenvolver e melhorar esses conteúdos.

É o desafio normal de muita vontade, muita alegria, de acolher os nossos alunos.”

Em Portugal, o regresso às aulas decorre de 11 a 15 de setembro e segundo a Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), “é sempre um momento de reencontro e de reencontro em grande alegria”.

“As comunidades educativas têm esta particularidade e interrompem, durante o verão, para descanso, para férias, dos alunos, dos professores, dos educadores não-docentes, etc. Gera-se depois um reencontro, e ele é sempre marcado por uma grande nota de alegria, e, invariavelmente, vai ser isso que na realidade das escolas vai acontecer”, desenvolveu o presidente da direção da APEC.

Em declarações à Agência ECCLESIA, Fernando Magalhães referiu também o tema dos professores, que marcam cada novo ano escolar, e explicou que “exige um esforço no processo de recrutamento” das Escolas Católicas em identificarem “os melhores professores para colaboraram”.

“São pessoas com qualidade científica, pedagógica, humana, que representam uma mais-valia para os projetos. Por outro lado, referente aos nossos projetos de Escola Católica, pessoas, o mais possível, identificadas com o ideário da escola católica; já é difícil encontrar professores, acrescem a dificuldade de professores católicos”, desenvolveu o responsável, que é também o diretor do Externato Frei Luís de Sousa (Almada), da Diocese de Setúbal.

O presidente da Associação Portuguesa de Escolas Católicas destaca ainda a “questão geracional” dos “jovens adultos” que chegam agora à realidade do emprego, nomeadamente a “profissão educativa, de professor”,  com “compromissos cada vez mais curtos em relação à vinculação aos projetos”.

“Obriga os projetos educativos, as Escolas Católicas, a reinventarem-se, e a reinventarem o modo e a forma como não só atraem, mas como depois asseguram a retenção do talento que lhe chega”, acrescentou.

Já o coordenador de Educação Moral e Religiosa Católica no SNEC, sobre os “desafios” deste novo ano escolar, refere a “escassez de professores” da disciplina para “aqueles pequenos horários”, que acreditam que “poderão surgir ainda”.

António Cordeiro salienta que a Igreja Católica em Portugal “continua a apostar na formação dos professores” de EMRC, na Faculdade de Teologia da Universidade Católica, e em terem novos alunos no Curso de Ciências Religiosas com o objetivo de ser professores da disciplina.

Fonte: Ecclesia

Miranda do Douro: 590 alunos iniciaram as aulas nas escolas do concelho

Miranda do Douro: 590 alunos iniciaram as aulas nas escolas do concelho

O auditório da Escola Básica e Secundária (EBS), em Miranda do Douro, foi esta quinta-feira, dia 11 de setembro, o local da sessão de abertura do ano letivo 2025/2026, cujas novidades são a redução do número de alunos no Agrupamento de Escolas (AEMD), a proibição do uso de telemóvel até ao 6º ano e a revisão dos conteúdos da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

A sessão na Escola Básica e Secundária (EBS) foi sobretudo dedicada à receção e integração dos alunos do 5º e 10º anos. No encontro, o diretor do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), professor António Santos, apresentou aos novos alunos e encarregados de educação, a estrutura organizativa da escola, bem como algumas linhas orientadoras para o novo ano letivo.

Comparativamente com o ano letivo anterior há uma ligeira diminuição no número de alunos inscritos nas várias escolas do AEMD, dado que em 2024/2025 havia 612 alunos.

“Este ano são 590 alunos e esta redução deve-se, entre outras razões, à partida dos filhos de imigrantes paquistaneses e brasileiros, cujas famílias foram à procura de trabalho noutras regiões do país. Temos pena, pois foram crianças e jovens que se integraram muito bem na escola e aprenderam rapidamente a língua portuguesa”, disse o diretor do AEMD.

Outra das razões que explicam a diminuição do número de alunos no AEMD é a escassa oferta curricular nos ensinos secundário e profissional, o que obriga os alunos a procurarem estabelecimentos de ensino noutras localidades.

“Os alunos devem procurar as áreas formativas que mais lhe interessam para desenvolver o seu percurso académico, como sejam a área das Artes ou os cursos profissionais como Mecânica e a Eletricidade e outros. São áreas que o AEMD não tem porque não existem alunos suficientes para abrir esses cursos. Atualmente, o ensino secundário em Miranda do Douro oferece o curso de línguas e literaturas e o curso de ciências e tecnologia. Este ano não abrimos o curso profissional de turismo dada a inexistência de candidatos suficientes”, indicou.

Todos os anos, a Escola Básica e Secundária de Miranda do Douro (EBS) recebe alunos do concelho vizinho de Vimioso, sobretudo para frequentar o ensino secundário. Neste novo ano letivo, matricularam-se cerca de uma dezena de alunos vimiosenses. Um dos encarregados de educação, Paulo Martins, antigo aluno do AEMD, informou que o filho, Rodrigo, matriculou-se no 10º ano, na área científico-humanística.

“O meu filho, Rodrigo, estava ansioso por conhecer a nova escola em Miranda do Douro. É uma grande mudança para ele e é simultaneamente uma oportunidade de conhecer novos colegas e continuar a aprender na escola. Para ele e para nós, os pais, a principal dificuldade são as viagens de Vimioso para Miranda do Douro, dado que são feitas em duas etapas: através do transporte escolar de Vimioso até Caçarelhos e depois entre Caçarelhos e Miranda do Douro. O ideal seria que o transporte fosse direto, para evitar tempos de espera, sobretudo no frio do inverno”, indicou.

No ano letivo 2025/2026, duas das novidades são a proibição do uso de telemóveis nas escolas até ao 6ª ano e a revisão da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

“Na disciplina de Cidadania e Desenvolvimento foram definidos apenas oito temas em vez dos anteriores 17, sendo que quatro temas são gerais e outros quatro são definidos autonomamente pelas escolas”, explicou o diretor, António Santos.

Questionado sobre se há falta de professores no AEMD, o diretor, António Santos, respondeu, com agrado, que as escolas do concelho de Miranda do Douro já têm a totalidade dos docentes: 87.

“Falta tão só a aprovação do projeto da disciplina de Língua e Cultura Mirandesas. Nesta disciplina há algumas alterações, dado que o professor Duarte Martins vai deixar de lecionar o mirandês para se dedicar ao ensino especial, pelo que é necessário contratar outro (a) docente. Relativamente às inscrições dos alunos na disciplina de Língua e Cultura Mirandesas, a frequência escolar mantêm-se nos 80%”, adiantou.

Nas várias escolas do Agrupamento de Miranda do Douro (AEMD): Escola Básica e Secundária (EBS) de Miranda do Douro; a Escola Básica 1 2 3 de Sendim; Escola Básica (EB) de Miranda do Douro; Jardim de Infância de Palaçoulo; Jardim de Infância de Sendim; e Jardim de Infância de Miranda do Douro, o ano letivo 2025/2026 decorre em três trimestres, com férias no Natal, na Páscoa e no final do ano letivo.

HA

Sociedade: Esperança de vida na UE aumenta para 81,7 anos

Sociedade: Esperança de vida na UE aumenta para 81,7 anos

Nos 27 países da União Europeia (UE), a esperança de vida aumentou para os 81,7 anos, segundo dados divulgados pelo Eurostat.

De acordo com os dados do serviço de estatística da UE, os valores mais elevados foram registados em Itália e na Suécia (ambos 84,1 anos), em Espanha (84 anos) e no Luxemburgo (83,5 anos).

Em contraste, os valores mais baixos foram registados na Bulgária (75,9 anos), na Roménia (76,6 anos) e na Letónia (76,7 anos).

Em Portugal, o Eurostat aponta uma esperança de vida à nascença de 82,7 anos, que se compara com a de 82,5 homóloga.

O Instituto Nacional de Estatística, por seu lado, divulgou em maio o indicador para o triénio 2022-2024, com um valor de 81,49 anos.

Fonte: Lusa | Foto: HA