Miranda do Douro: Inauguração das instalações remodeladas dos Bombeiros

Miranda do Douro: Inauguração das instalações remodeladas dos Bombeiros

Os bombeiros de Miranda do Douro passam a dispor de um quartel “remodelado, ampliado e funcional” onde foram investidos cerca de 600 mil euros que vai permitir melhores condições de trabalho à corporação transmontana.

“Tratou-se de um processo de ampliação e remodelação do quartel que teve início há mais de 20 anos e que agora vemos concretizado. Foi um projeto complicado com muitos avanços e recuos e que nos últimos cinco anos começou a ganhar forma e que hoje é uma realidade, há muito ambicionado por toda a população”, explicou o vice-presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros de Miranda do Douro, José Augusto Raposo.

De acordo com o responsável, a localização do quartel dos bombeiros de Miranda do Douro junto a uma linha de água foi um dos “maiores problemas” que assolou a associação humanitária ao longo de várias décadas e “desta vez a problema ficou resolvido” já que uma das partes ficou assente em estacas de cimento “com mais de 20 metros de profundidade”.

A intervenção no quartel dos bombeiros de Miranda do Douro, no distrito de Bragança, incluiu a construção de novas camaratas, balneários destinados aos homens e mulheres que ali prestam serviço, ampliação de garagens para viaturas, modernos e funcionais gabinetes e uma nova central de comunicações.

A estrutura inicial do quartel foi construída em 1982 e desde logo mostrou “fragilidades” por estar construída junto a uma linha de água que vai desaguar ao vizinho rio Fresno.

O projeto de remodelação do quartel contou com a comparticipação de fundos comunitários através do Portugal 2020, na ordem dos 85%, sendo que 15% do projeto foi assegurado por fundos da própria associação e do município, com apoio técnico da Associação de Municípios do Douro Superior.

Segundo o comandante da cooperação, Luís Martins, os trabalhos incluíram a construção de um novo parque de viaturas com capacidade para “todos os carros de fogo e ambulâncias de socorro e de transporte de doentes”, além de dotar o equipamento de gabinetes e oficinas de mecânica.

“Não havia condições nenhumas de trabalho, tínhamos camaratas diminutas, não tínhamos balneários, o pessoal chega de um fogo ou de outra situação e tem que ir tomar banho a casa, o que não fazia qualquer sentido. Não havia espaço para parte feminina do corpo ativo, o que causa constrangimentos e de momento tudo foi finalmente ultrapassado”, apontou o comandante.

Luís Martins disse que a intervenção no quartel, onde trabalham cerca de 70 pessoas, entre funcionários e voluntários, era uma obra “absolutamente necessária para dar condições ao corpo ativo e à direção”.

Os responsáveis da associação humanitária garantiram durante os discursos de inauguração das obras de requalificação “que se trata de uma obra estruturante para o concelho e prometida pelos sucessivos Governos”.

“Temos agora boas condições para quem aqui trabalha no seu dia-a-dia o possam fazer com conforto, espaço, privacidade. Outras das melhorias é que as viaturas não têm de ficar na rua para não se degradarem”, indicou o comandante.

Os bombeiros de Miranda do Douro têm ao seu dispor cerca de três dezenas de veículos, entre ambulâncias, carros de combate a incêndios florestais e urbanos e embarcações destinadas a operações de socorro náuticas nos rios Douro e Fresno, ou outros pontos do distrito de Bragança.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Idosos celebraram o 13 de outubro no Santuário de Nossa Senhora do Naso

Miranda do Douro: Idosos celebraram o 13 de outubro no Santuário de Nossa Senhora do Naso

As pessoas idosas e os trabalhadores do lar da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro foram ao Santuário de Nossa Senhora do Naso, celebrar o dia 13 de outubro, data da última Aparição de Nossa Senhora, em Fátima.

O encontro iniciou-se com a celebração da Eucaristia, presidida pelo senhor padre Manuel Marques, na capela do santuário mariano, de Nossa Senhora do Naso.

Na homília, o pároco, lembrou que a 13 de outubro de 1917 ocorreu a última Aparição de Nossa Senhora, em Fátima.

Referindo-se às leituras da celebração, o celebrante chamou a atenção para a pedagogia de Jesus, que não teve medo de criticar os grandes de Israel pelas injustiças cometidas e por viverem numa lógica de aparência e de querem ser superiores aos outros. Segundo o sacerdote, também hoje, a falta de justiça e de verdade produz uma sociedade injusta.

Sobre o papel dos cristãos, o senhor padre Manuel Marques disse que “têm o dever de fazer o bem sem olhar a quem”. E acrescentou que “não falar mal dos outros já é fazer o bem”, disse.

Assim como é fazer bem “descobrir as qualidades das outras pessoas”. Referindo-se concretamente ao ambiente que se vive nos lares, o pároco de Miranda do Douro, relembrou que onde vivem e trabalham muitas pessoas nem sempre é fácil promover uma sã convivência entre todos. “É uma tarefa exigente”, disse. Para o conseguir, o senhor padre Manuel Marques sugeriu “a leitura, escuta e interiorização da Palavra de Deus, para depois a viver no dia-a-dia. Assim, como fez Maria, Nossa Senhora de Fátima e do Naso”, concluiu.

Sobre esta iniciativa de celebrar o 13 de outubro, no Santuário de Nossa Senhora do Naso, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia, o engenheiro Manuel Rodrigo, disse que iniciativas como esta são sempre bem-vindas “para proporcionar momentos de lazer às pessoas que vivem fechadas nos lares”.

“É nossa intenção proporcionar aos utentes mais iniciativas como esta, acompanhá-los ao exterior e se possível a locais, como o Santuário de Nossa Senhora do Naso, que lhes recorda muitas vivências e onde têm a oportunidade de pedir, mais de perto, a Nossa Senhora, que lhes conceda um pouco de saúde”, disse.

HA

Após a celebração da Eucaristia realizou-se um momento de convívio e lanche no recinto do Santuário de Nossa Senhora do Naso.

Vimioso: Educação, saúde e acessibilidades são as prioridades para o novo mandato de Jorge Fidalgo

Vimioso: Educação, saúde e acessibilidades são as prioridades para o novo mandato de Jorge Fidalgo

Na manhã de 14 de outubro, Jorge Fidalgo tomou posse como presidente da Câmara Municipal de Vimioso, numa cerimónia marcada pela despedida de José Rodrigues e pela presença da Secretária de Estado de Valorização do Interior, Isabel Ferreira.

O ato solene de tomada de posse dos novos órgãos autárquicos, realizou-se no auditório da Casa da Cultura, e contou com a presença dos funcionários da autarquia, assim como de várias autoridades civis, eclesiásticas e das associações e coletividades do concelho de Vimioso.

A cerimónia iniciou-se com a tomada de posse dos eleitos para a Assembleia Municipal e juntas de freguesia do concelho.

Neste ato, destaque para a tomada de posse do novo presidente da Assembleia Municipal, Sérgio Augusto Pires, que substituiu José Rodrigues.

O momento mais aguardado, foi a tomada de posse de Jorge Fidalgo, que assim inicia o seu terceiro mandato como presidente da Câmara Municipal de Vimioso. 3

Neste reinício de funções, Jorge Fidalgo, começou por agradecer à população do concelho, o ter exercido o direito de voto nas recentes eleições autárquicas, de 26 de setembro.

De seguida, o autarca vimiosense enalteceu o trabalho fundamental das juntas de freguesia e dos seus representantes, na proximidade aos munícipes e na ligação à Câmara Municipal.

Sobre o projeto do executivo, para o novo mandato 2021/25, Jorge Fidalgo estabeleceu como prioridades: a educação e mais concretamente, a luta pelo estabelecimento da escolaridade obrigatória (até ao 12º ano), no agrupamento de escolas de Vimioso.

Na saúde, o presidente vimiosense, alertou para a falta de médicos de família no concelho e avançou que vão continuar a exigir o restabelecimento do horário alargado de funcionamento do centro de saúde de Vimioso.

“A falta de serviços de educação e de saúde não podem continuar a ser um fardo pesado para quem vive e trabalha no concelho de Vimioso”, protestou.

Outra ação prioritária para o executivo é a construção da ponte entre Vimioso e Carção. “É uma obra que vai beneficiar não só o concelho de Vimioso, mas também os concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Freixo de Espada à Cinta”, lembrou.

Para além destes objetivos, Jorge Fidalgo, mencionou ainda a deficitária rede de comunicações móveis existente no concelho e a necessidade de “instalar a fibra ótica em todas as localidades”.

No final da sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal de Vimioso, exortou os munícipes a serem proativos e empreendedores. “Para além do que o município pode fazer pelos munícipes, o que é que cada um de nós pode fazer pela sua aldeia, vila e concelho?”, interpelou.

Por sua vez, José Rodrigues, na sua despedida como presidente da Assembleia Municipal, congratulou-se com a presença de muitos jovens nos novos órgãos autárquicos e louvou a sua disponibilidade para trabalhar no desenvolvimento do concelho.

Fazendo uso da sua experiência na vida política, José Rodrigues, disse que governar é fazer escolhas. “Por vezes bem difíceis, tendo em conta as circunstâncias e os recursos existentes”, disse.

O também ex-presidente da autarquia vimiosense, ao recordar-se do seu percurso político, ensinou que “tanto se serve o concelho, no poder como na oposição”.

No final do seu emocionado discurso de despedida, disse que está “feliz pela oportunidade que teve de servir o concelho de Vimioso”.

HA

Livro: Bispo de Bragança-Miranda apresenta «Caroço de Cereja»

Livro: Bispo de Bragança-Miranda apresenta «Caroço de Cereja»

O bispo de Bragança-Miranda lançou um novo livro intitulado ‘Caroço de Cereja’, que reúne as homilias da Missa Crismal proferidas na catedral diocesana, assinalando os seus dez anos de episcopado.

“Sempre que comia as poucas cerejas que sobravam ou não serviam para o procedimento dos frascos em calda, costumava deixar o caroço na boca para prolongar o aprazível sabor da cereja branca”, refere D. José Cordeiro, no texto de abertura do novo livro.

Na informação enviada à Agência ECCLESIA, a Diocese de Bragança-Miranda informa que o bispo local lembra a sua infância, em Parada, no concelho de Alfândega da Fé, “conhecido pelas amendoeiras em flor e pelas cerejas de qualidade”.

“Também no dia da última Páscoa da minha querida mãe, Maria da Graça, 3 de junho de 2019, os vizinhos e amigos trouxeram a casa da família muitas e belas cerejas vermelhas. Nesse dia de Luz e de Paz, recordei-me dos tempos de infância”, acrescenta o 44.º bispo da Diocese de Bragança-Miranda.

O livro ‘Caroço de Cereja é uma compilação das homilias proferidas na Missa Crismal, celebração que se realiza normalmente na manhã de quinta-feira na Semana Santa, na catedral transmontana.

Na nova obra, D. José Cordeiro explica que, nos últimos dez anos, a preparação e a celebração litúrgica da Missa Crismal, na igreja Catedral de Bragança-Miranda, “teve o efeito de caroço de cereja, girando na boca todos os dias do ano, como expressão da sinodalidade eclesial, a começar com a desafiante sinodalidade presbiteral”

A capa de ‘Caroço de Cereja’ é uma alusão às 18 unidades pastorais desta Igreja diocesana e, para além das homilias da Missa Crismal, os leitores podem recordar a homilia da celebração dos 25 anos da ordenação presbiteral de D. José Cordeiro.

O bispo de Bragança-Miranda dedicou a publicação, que integra a coleção ‘Domus Ecclesiae’, ao presbitério da diocese e a “todos que experimentam a Liturgia de nascente”.

D. José Manuel Cordeiro celebrou o décimo aniversário da ordenação episcopal (02/10/2011) no dia 7 de outubro, quando a diocese assinalou o 20.º aniversário da Dedicação da Catedral e deu a conhecer a nova publicação do seu bispo.

O Secretariado das Comunicações Sociais da Diocese de Bragança-Miranda informa ainda que a inspiração para o título do novo livro – ‘Caroço de Cereja’ – veio de um outro rótulo de Erri De Luca, romancista, tradutor e poeta italiano, ‘caroço de azeitona’.

Fonte: Ecclesia | CB/OC

Cultura: Museu Terra de Miranda vai ser ampliado e remodelado

Cultura: Museu Terra de Miranda vai ser ampliado e remodelado

O Museu da Terra de Miranda (MTM) vai ser alvo de uma intervenção prevista para o final do ano, num investimento que ronda os 800 mil euros, informou a diretora da unidade museológica.

“A intervenção visa obras de ampliação, remodelação e atualização de espaços técnicos administrativos, e a criação de uma nova narrativa museológica, obras que estão orçadas em cerca de 800 mil euros”, concretizou a diretora do museu, Celina Pinto.

O MTM está instalado num edifício do século XVII, no centro da cidade de Miranda do Douro, que já apresentava fragilidades estruturais, a serem colmatadas com “esta intervenção de fundo”.

Segundo a responsável, a anunciada obra de beneficiação e ampliação do MTM vem marcar uma nova etapa da história deste museu, “considerando o desafio de mudança que agora se coloca”.

“Urgia atualizar este museu, atualizar o espaço e a narrativa dos discursos no sentido de acompanhar a atual evolução da museologia. Há muito que aguardávamos por esta obra, e irá acontecer num momento especial para esta instituição, mais propriamente quando no próximo ano celebramos os 40 anos da criação do museu”, vincou a responsável.

“Em primeiro lugar este projeto vem proporcionar condições dignas ao funcionamento desta instituição museológica que se quer capaz de cumprir a sua missão museológica de conservação, salvaguarda, interpretação e comunicação do património cultural”, concretizou Celina Pinto.

Por outro lado, e de acordo com a responsável, a intervenção vem possibilitar a criação de novos conteúdos museográficos, possibilitando a aproximação a uma nova museologia, mais contemporânea, mais sensitiva e mais interativa, “sentida” e partilhada num espaço de referência que ultrapassa a dimensão local, considerando que este museu é detentor de um potencial antropológico/etnográfico incondicionalmente único no contexto nacional.

“Pretendemos, através de um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido nos últimos anos – e que se prende com registos e levantamentos, ampliação e reconstituições das coleções, reforço de equipa, constituição de parcerias e redes de trabalho -, poder agora alavancar o desenvolvimento de um trabalho mais estrutural e sistemático”, enfatizou.

Para a diretora da unidade museológica, este projeto de reabilitação física do MTM, além de ajudar a suprir as necessidades e fragilidades deste equipamento cultural, no que se refere à sua estrutura edificada, sublinha a importância, cada vez maior, que o património seja reabilitado numa perspetiva de promoção e coesão territorial, no sentido de combater e atenuar os desequilíbrios e assimetrias regionais.

“Em termos de discurso o MTM reflete uma dimensão geográfica, um sentido de territorialidade, pelo qual está subjacente a leitura do seu próprio território, da sua paisagem e da sua história, da sua língua, dos seus modos de viver e da sua cultura”, observou a responsável.

Para a direção e a tutela do MTM, as características desta tipologia de museu devem apresentar-se enquanto estrutura dinamizadora de ações culturais capazes de promover o desenvolvimento local.

Fonte: Lusa

Autárquicas: António Pimentel (PSD) justifica vitória com projeto de futuro para Mogadouro

Autárquicas: António Pimentel (PSD) justifica vitória com projeto de futuro para Mogadouro

Ao ser eleito presidente da Câmara de Mogadouro, pelo PSD, António Pimentel foi afirmou que a sua vitória se deve ao trabalho de uma equipa que soube escutar as preocupações da população e apresentar um projeto de futuro para o concelho.

“Vencemos com um projeto de futuro para Mogadouro através de um trabalho de uma equipa que as pessoas aceitaram. Acho que as pessoas entenderam a nossa mensagem e por esse motivo nos deram um resultado eleitoral favorável”, disse António Pimentel.

O candidato vencedor disse ainda que a vitória foi por 159 votos sobre a candidatura do PS, liderada pelo mais direto adversário, o ainda presidente da Câmara de Mogadouro, Francisco Guimarães, que se recandidatava a um terceiro mandato pelo PS.

“Acho que este resultado traduz-se numa margem confortável. Contudo, o importante é ter ganhado estas eleições para poder contribuir com as nossas propostas para o desenvolvimento do concelho”, vincou o vencedor das eleições autárquicas em Mogadouro, eleito nas listas do PSD.

Em 2013, António Pimentel disputou as eleições autárquicas pelo PSD, onde perdeu por uma margem de apenas 11 votos, após recontagem, para o candidato do PS, que era igualmente Francisco Guimarães. Agora o diferencial “foi mais dilatado” a favor do PSD, que ainda carece de confirmação oficial, “mas não deixa dúvidas de uma vitória confortável”, após oito anos de governação socialista.

Por seu lado, Francisco Guimarães, após o rescaldo da noite eleitoral, disse que foi uma escolha dos mogadourenses e só lhe resta desejar os parabéns ao candidato vencedor.

“Os mogadourenses escolheram e deram a vitória ao candidato do PSD. Agora espero que tenha sucesso naquilo que vai ser a sua governação autárquica”, concretizou Francisco Guimarães.

Fonte: Lusa 

Autárquicas: Helena Barril vence em Miranda do Douro com maioria absoluta

Autárquicas: Helena Barril vence em Miranda do Douro com maioria absoluta

A coligação PSD/CDS-PP, liderada por Helena Barril, venceu as eleições, em Miranda do Douro, e com maioria absoluta, um resultado que expressa a “vontade de mudança” do povo da Terra de Miranda.

A festa da vitória da candidatura “É Tempo de Acreditar”, na praça D. João III, em Miranda do Douro. (HA)

A coligação PSD/CDS-PP venceu as eleições autárquicas, com maioria absoluta, conquistando a presidência ao PS, com 54,15% dos votos, segundo os dados do Ministério da Administração Interna.

Apurados os resultados nas 13 freguesias, a coligação PSD/CDS-PP obteve três mandatos, o PS, liderado por Júlio Meirinhos, ficou em segundo lugar com 41,12% dos votos e dois mandatos. As restantes forças políticas concorrentes não conseguiram eleger. A CDU obteve 0,86% dos votos e o Chega 0,51%.

No concelho de Miranda do Douro estavam inscritos 7376 eleitores. 

A candidatura “É tempo de acreditar”, liderada por Helena Barril, disse que a vitória nestas eleições autárquicas “traduz a vontade de mudança” do eleitorado no concelho de Miranda do Douro.

“Fizemos uma campanha exemplar, como nunca tinha sido feita até aqui e isso traduziu-se nesta vitória”, afirmou Helena Barril.

A futura presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, expressou a sua alegria dizendo que esta conquista política tem um grande significado, pois é “o resultado de muito trabalho e dedicação” e os mirandeses e mirandesas “corresponderam inteiramente ao que lhes propusemos”.

“Agora é tomar posse e começar a trabalhar pelo bem da Terra de Miranda e das suas gentes”, avançou.

Helena Barril disse que a vitória nestas eleições autárquicas “traduz a vontade” de mudança do eleitorado no concelho de Miranda do Douro.

Por sua vez, o professor universitário, Óscar Afonso, eleito presidente da assembleia municipal de Miranda do Douro, disse que a vitória nas eleições autárquicas significa um “aumento da responsabilidade”.

“Vemos que a nosso concelho está em declínio e queremos fazer alguma coisa. Por isso, assumimos um compromisso com o povo de Miranda e queremos honrar esse compromisso”, adiantou.

Óscar Afonso, acrescentou ainda que a vitória foi o culminar de muito trabalho, quer na realização das sessões de esclarecimento à população (as várias conferências online), quer no contato e proximidade às pessoas de todo o concelho, onde sentiram um desejo de mudança nas pessoas. E finalmente nos comícios da campanha eleitoral que foram preparados com todo o “cuidado”.

“Esta é a vitória da mudança e isso traz-nos um aumento das responsabilidades”, concluiu.

Óscar Afonso, o futuro presidente da Assembleia Municipal de Miranda do Douro, agradeceu e pediu a colaboração de todos na governação do concelho de Miranda do Douro. (HA)

Nuno Rodrigues, eleito vice-presidente da autarquia, declarou que a mudança política operada em Miranda do Douro, “deu muito trabalho e só foi possível graças ao contributo de todos os mirandeses”.

Por sua vez, Vitor Bernardo que vai integrar o novo executivo da autarquia de Miranda do Douro, disse que a vitória da candidatura “É Tempo de Acreditar”, mostrou que “o povo mirandês não quer que sejam sempre os mesmos a governar o concelho” e a vitória é do “povo mirandês”.

Outro vencedor da noite, foi Francisco Parreira, ao ser eleito presidente da junta de freguesia de Miranda do Douro. Questionado quanto ao significado desta sua primeira eleição como autarca, começou por referir que a vitória se deveu “ao muito trabalho realizado pela sua abnegada equipa”.

Francisco Parreira pretende agora “corresponder aos compromissos assumidos com a população de Miranda do Douro, dinamizar a freguesia e implementar o projeto de desenvolvimento da freguesia”.

O músico, Paulo Meirinhos, esposo de Helena Barril, a futura autarca de Miranda do Douro, disse que a vitória eleitoral é “o reconhecimento dos mirandeses pelo trabalho realizado pela Helena em prol das pessoas, ao longo dos anos”.

“As pessoas reconheceram a qualidade da sua equipa e a campanha eleitoral que foi realizada com muita elevação”, concluiu.

A população do concelho de Miranda reuniu-se na praça D. João III, para celebrar a vitória nas eleições autárquicas. (HA)

HA

Autárquicas: PSD passa a maioritário no distrito de Bragança

Autárquicas: PSD passa a maioritário no distrito de Bragança

Nas recentes eleições autárquicas, o PSD conquistou sete das 12 câmaras do distrito de Bragança, tornando-se assim maioritário na presidência das autarquias.

Nas eleições autárquicas, de 26 de setembro, o PSD, em coligação com o CDS-PP, ganhou três câmaras aos socialistas. A coligação de direita ganhou em Miranda do Douro, Mogadouro e Vila Flor.

Em Miranda do Douro, Helena Barril, em coligação com o CDS-PP, conquistou 54,15% dos votos, vencendo assim com maioria absoluta, o candidato do PS, Júlio Meirinhos, que ficou nos 41,22%.

Outra surpreendente conquista aconteceu em Mogadouro, com António Pimentel a obter 48%74 dos votos e a derrotar o presidente recandidato, Francisco Gonçalves, que registou 46,35%.

Em Vila Flor, Pedro Lima alcançou 53,77% dos votos e venceu o autarca recandidato Fernando Barros, que obteve 40,47% da votação.

O PSD continua também a liderar Vimioso, com a reeleição de Jorge Fidalgo. Numa análise à vitória no concelho vimiosense, o presidente reeleito, disse que o resultado alcançado (63,38%) “superou as expetativas e é um reconhecimento por parte da população do trabalho desenvolvido ao longo dos anos”.

Jorge Fidalgo, referiu ainda que “ao contrário do que se poderia esperar, sobre um possível desgaste ao fim de 8 anos à frente da autarquia de Vimioso, continua a haver muita força e determinação para executar os projetos”, disse.

“A população do concelho de Vimioso deu-nos mais uma vez, uma prova de confiança, o que aumenta a nossa responsabilidade nos próximos quatro anos”, afirmou.

Em Bragança, Hernâni Dias foi também reeleito, fazendo o pleno em todos os órgãos autárquicos no concelho, onde o partido social-democrata é poder há 24 anos.

Os social-democratas mantiveram também o bastião do partido, em Carrazeda de Ansiães, onde João Gonçalves governará com maioria reforçada, ao obter quatro dos cinco mandatos para o executivo municipal.

A coligação PSD/CDS-PP manteve também Nuno Gonçalves à frente da Câmara de Torre de Moncorvo.

Ao fazer uma avaliação aos resultados do Partido Social-Democrata (PSD), no distrito de Bragança, o presidente da distrital do PSD, Jorge Fidalgo, dirigiu uma palavra de gratidão e ânimo aos candidatos que não alcançaram o resultado que os sociais-democratas desejavam.

Foram eles, Maria do Céu Quintas, em Freixo de Espada à Cinta, que perdeu a autarquia para Nuno Ferreira, do PS.

Em Vinhais, Carlos Almendra não conseguiu superar o socialista Luís Fernandes.

Em Mirandela, Duarte Trabanca, perdeu para Júlia Rodrigues.

Assim, como Nuno Morais também não logrou vencer em Macedo de Cavaleiros, o socialista Benjamim Rodrigues.

E em Alfândega da Fé, Vitor Bebiano, também não conseguiu superar Eduardo Tavares.

“Quero agradecer aos candidatos todo o trabalho que desenvolveram ao serviço do partido e dos seus concelhos. As propostas não foram vitoriosas, mas virão novas eleições nas quais esperamos merecer a confiança do eleitorado”, adiantou o presidente da distrital do PSD.

Quanto aos sete candidatos sociais-democratas que venceram as eleições nos seus concelhos, Jorge Fidalgo (que também venceu em Vimioso) felicitou os seus companheiros de partido, pelo trabalho realizado, quer como presidentes de câmara que se recandidataram, quer como novos candidatos vencedores pelas propostas que apresentaram.

“É com satisfação que vemos que o PSD volta a ser a força maioritária no número de câmaras municipais, no distrito de Bragança. Mas o nosso objetivo é ter sempre o maior número de autarquias possível. Este aumento de 5 para 7 autarquias deixa-nos satisfeitos.”

Nestas eleições no distrito de Bragança, o PSD conquistou 7 autarquias (Bragança, Carrazeda de Ansiães, Miranda do Douro, Mogadouro, Torre de Moncorvo, Vila Flor e Vimioso), o PS venceu 5 (Alfândega da Fé, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Vinhais) e os grupos de cidadãos foram a terceira força política, com o “Unidos por Carrazeda” a conquistar um mandato no executivo de Carrazeda de Ansiães.

O partido Chega ficou em quarto lugar na região, com quase 2%, o equivalente a 1.620 votos.

Resultados eleitorais no distrito de Bragança. (MAI)

https://www.autarquicas2021.mai.gov.pt/resultados/territorio-nacional?local=LOCAL-040000

Fonte: Lusa e HA

Entrevista: «Decidi ficar para tratar dessas vinhas velhas» – Aline Domingues

Entrevista: «Decidi ficar para tratar destas vinhas velhas» – Aline Domingues

A vindima é uma das tradições agrícolas mais antigas do nosso país, que é marcada por muito trabalho, mas também pela alegria e a festa. Na aldeia de Uva, no concelho de Vimioso, vive Aldine Domingues, uma jovem luso-francesa que decidiu mudar-se para o planalto mirandês, para aqui se dedicar à viticultura.

Aline Domingues decidiu instalar-se no planalto mirandês para se dedicar à viticultura. (HA)

Terra de Miranda – Notícias: Há quanto tempo se dedica ao cultivo da vinha e à produção de vinho?

Aline Domingues: Comecei este projeto em 2017, quando decidi vir para Portugal, com o propósito de desenvolver um projeto vitícola na região do Douro. Mas depois, em conversa com o meu avô, apercebi-me do abandono das vinhas no planalto mirandês, cuja causa é o despovoamento e o facto de as pessoas idosas já não poderem cuidar das vinhas.

T.M.N: Que trabalhos exige a vinha ao longo do ano?

A.D.: Eu opto por tratar das vinhas com o método da agricultura biológica, ou seja, procuro cuidar dos solos. Para tal, após a vindima e antes da chegada das chuvas, em outubro, vou lavrar as vinhas para aí semear tremoços, lentilhas e trevos. São leguminosas que têm a capacidade de captar o azoto do ar e de o fixar no solo, servindo assim de ingrediente ou alimento para as videiras.

T.M.N.: Quais são as castas predominantes nesta região do planalto mirandês?

A.D.: As castas tradicionais desta região são a negreda e o bastardo preto.

T.M.N.: Que doenças afetam as videiras?

A.D.: No planalto mirandês, dado que o clima é árido e há pouca humidade, não há muitas doenças. Ainda assim, uma das doenças mais comuns é a propagação de fungos como o míldio.

T.M.N.: Quais são as condições atmosféricas ideais para a vinha?

A.D.: A vinha quer muito sol e pouca água, para não stressar as videiras.

T.M.N.: Como se poduz um bom vinho?

A.D.: O bom vinho faz-se na vinha, ao longo do ano. Para tal, são necessárias uvas maduras e claro, sem doenças. Depois, vem o trabalho na adega. Como faço um vinho natural, sem aditivos e conservantes, é muito importante lavar bem a adega e todos os materiais, antes de começar a prensar as uvas, para as transformar em vinho.

O bom vinho faz-se na vinha, ao longo do ano. Para tal, são necessárias uvas maduras e sem doenças.

T.M.N.: Após a prensa das uvas o trabalho está terminado?

A.D.: Após a prensa da uvas há que acompanhar a fermentação do vinho. Diariamente, meço a temperatura do vinho e a sua densidade ou quantidade de açúcar. Dado que é um vinho natural, sem a adição de outros produtos tenho que cuidar bem da fermentação, para evitar que o vinho se estrague. Esta fermentação vai decorrer ao longo de vários meses e o vinho só estará pronto para beber em junho, do próximo ano.

A fermentação vai decorrer ao longo de vários meses e o vinho só estará pronto para beber em junho do próximo ano.

T.M.N.: E quais são as caraterísticas destes vinhos?

A.D.: Para mim, o importante é o equilíbrio entre o aroma e acidez. Tradicionalmente, nesta região vindima-se muito tarde, o que faz com que as uvas tenham muito açúcar e portanto muito álcool. Os vinhos que produzo têm mais acidez, sabem mais à fruta e são mais leves.

T.M.N: Como vai ser a colheita de uvas deste ano? Que quantidade espera colher? E como é a qualidade das uvas?

A.D.: A quantidade é boa, mas em termos de qualidade, a colheita deste ano vai ser complicada, porque a maturação das uvas está atrasada. Nas últimas semanas de setembro, a temperatura arrefeceu bastante e chove, o que não permitiu que as uvas amadurecessem tanto quanto desejaria. A uva branca, por exemplo, está pouco doce e falta-lhe aroma.

T.M.N.: Que tipos de vinhos produz?

A.D.: Produzo três tipos de vinho. Um branco. Um tinto. E um vinho rosé.

T.M.N.: O seu vinho tem um marca própria?

A.D.: Sim, a marca dos vinhos denomina-se Menina d’Uva. São comercializados sobretudo para Porto, Lisboa e o estrangeiro.

T.M.N.: Esta região tem boas condições de solo e de clima para a produção de vinho?

A.D.: Sim, no planalto mirandês há ótimas condições para a viticultura, dado que há vários tipos de solos, como são o granito, o xisto e a argila. Mas, estranhamente, é uma região esquecida e subaproveitada na produção de vinho.

T.M.N.: Depois da vindima, que tarefas vai realizar na vinha?

A.D.: Como referi atrás, após a vindima vou lavrar as vinhas para aí semear tremoços, lentilhas e trevos que têm a capacidade de captar o azoto do ar e de o fixar no solo, servindo assim de ingrediente ou alimento para as videiras. Depois, em janeiro vou iniciar a poda das videiras.

T.M.N.: Porque é que a poda é tão importante?

A.D.: A poda é muito importante, porque uma videira é uma planta, ou seja, é um circuito de seiva. Se na poda corto a planta num sítio errado posso interromper esse circuito de seiva e assim secar a planta. Por essa razão, dou uma grande importância ao trabalho da poda das videiras. No primeiro ano de cultivo de uma vinha, tenho por método dedicar cinco minutos a cada videira, usando uma machada e uma tesoura. Depois, nos anos seguintes, o trabalho da poda já é mais rápido. Este trabalho da poda inicia-se em janeiro. E após a poda, as vinhas são estrumadas.

T.M.N.: Para além do trabalho, costuma dizer-se que a vindima é também uma festa. Continua a ser assim?

A.D.: Sim, a vindima também é um momento de convívio entre familiares, amigos e até voluntários que se interessam pela produção de vinho biológico.

No planalto mirandês há ótimas condições para a viticultura, dado que há vários tipos de solos, como são o granito, o xisto e a argila. Mas, estranhamente, é uma região esquecida e subaproveitada na produção de vinho.

“Quem não vive para servir, não serve para viver” – Mahatma Gandhi

XXV DOMINGODO TEMPO COMUM

“Quem não vive para servir, não serve para viver”Mahatma Gandhi

Sab 2, 12.17-20 / Slm 53 (54), 3-6.8 / Tg 3, 16 – 4, 3 / Mc 9, 30-37

Esta página do livro da Sabedoria adverte-nos sobre os falsos sábios que vivem centrados nos seus prazeres, desregradamente sem lei nem limite. Por isso a vida dos justos é-lhes um estorvo e, em si mesma, uma condenação dos seus erros. Assim, planeiam liquidar quem segue a lei de Deus e pratica a justiça. Mas quem elimina uma pessoa boa acrescenta um crime de bradar aos céus à própria maldade. A Palavra de Deus, por contraste, exorta-nos a seguir o caminho da bondade e da justiça, custe o que custar. Este bom exemplo será um positivo desafio à conversão dos que andam em contramão nas estradas da vida.

São Tiago adverte-nos sobre o que se passa no nosso coração. Podemos deixar que se vão acumulando invejas e rivalidades, ódios e todo o tipo de paixões destrutivas. Este acumular de maldade venenosa acaba por explodir em conflitos e guerras. Cabe-nos estar atentos para cultivar «a sabedoria que vem do alto, que é pura, pacífica, compreensiva e generosa». Sendo verdade que «quem semeia ventos colhe tempestades», não menos verdade é que quem semeia bondade colhe amores-perfeitos.

O evangelista Marcos refere três vezes o anúncio da paixão feito por Jesus. É neste contexto dramático que os discípulos ousam discutir sobre quem é o mais importante do grupo dos seguidores de Jesus. É a imagem das nossas contradições e incongruências, em que em vez de socorrermos um ferido, nos ocupamos a analisar a ementa de luxo de um restaurante próximo. Jesus, sem se centrar na sua paixão, põe em evidência a verdadeira grandeza, cujo modelo é uma criança simples e pura. Esta é também a imagem do que há de grande e bom em mim?

“Sendo verdade que «quem semeia ventos colhe tempestades», não menos verdade é que quem semeia bondade colhe amores-perfeitos.”

(Meditação diária no site da Rede Mundial do Apostolado da Oração)

https://www.redemundialdeoracaodopapa.pt/meditacao-diaria/1443