Miranda do Douro: Abutre devolvido ao Parque Natural do Douro Internacional (PNDI)

Miranda do Douro: Abutre devolvido ao Parque Natural do Douro Internacional (PNDI)

Agentes ligados à conservação da natureza devolveram ao Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), em Miranda do Douro, um abutre que foi resgatado no final de setembro e tratado por técnicos especializados em avifauna.

“O município de Miranda do Douro foi alertado, em finais de setembro, para a existência de um abutre debilitado na Estrada Nacional 218 que atravessa este concelho. Foi acionado o Instituto de Conservação da Natureza e Floresta e a ave foi encaminhada para o centro de recuperação animal (CIARA), no Felgar, Moncorvo”, informou a presidente da câmara municipal, Helena Barril.

Este trabalho contou com colaboração do SEPNA (Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente) da GNR, proteção civil municipal, CIARA, Hospital Veterinário da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e outros agentes locais ligados ao meio ambiente.

Assistiram a esta largada, os alunos do primeiro ciclo do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro, através de uma ação de sensibilização ambiental.

Fonte: Lusa

Caçarelhos: XXII Feira do Pão com folar, benção dos ramos e chegas de touros

Caçarelhos: XXII Feira do Pão com folar, benção dos ramos e chegas de touros

A XXII Feira do Pão, em Caçarelhos, vai realizar-se no fim-de-semana de 23 e 24 de março, numa edição que vai contar com 50 expositores de produtos como o pão, o folar e os doces tradicionais e a animação do Festival de Gaita de Foles, a Missa do Domingo de Ramos e as concorridas chegas de touros.

De acordo com o presidente da União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, Licínio Martins, a localidade de Caçarelhos distinguiu-se pelo fabrico do pão.

“Antigamente, a localidade de Caçarelhos, à semelhança do que acontecia em todo o planalto mirandês era uma terra onde se cultivavam cereais, como o trigo e o centeio. A moagem destes cereais era feita nos antigos moinhos de água, como o que ainda existe no ribeiro do Carvalhal, um afluente do rio Angueira. Com a farinha obtida cozia-se o pão nos fornos familiares da aldeia”, justificou.

Hoje em dia, estes fornos continuam a ser usados para o fabrico do pão e nesta época da Páscoa para confeccionar os folares e doces tradicionais, como os roscos e os económicos.

“Nesta altura do ano, o público que visita a Feira do Pão de Caçarelhos aproveita para comprar os doces tradicionais para a Páscoa, sendo que o pão e o folar são os produtos mais procurados”, disse.

A feira de Caçarelhos pretende dar visibilidade aos produtos locais e regionais. Segundo o autarca, Licínio Martins, nesta XXII edição vão participar 50 expositores (entre os quais 32 do concelho de Vimioso) que vão comercializar produtos como o pão, os doces tradicionais, frutos secos, fumeiro, queijo, mel, compotas, licores, vinho e diversos artigos de artesanato.

Ao longo destes 22 anos, a Feira do Pão de Caçarelhos tem crescido graças à estratégia de animação cultural. Este ano, um dos destaques na animação do certame volta a ser o Festival da Gaita de Foles, coorganizado entre a Freguesia de Caçarelhos e o Município de Vimioso. O presidente da freguesia, Licínio Martins, afirmou que objetivo deste festival é fomentar o interesse pela música tradicional.

“Este ano, a grande novidade do festival é o workshop de música tradicional, que vai realizar-se na manhã de sábado, dia 23 de março e conta com as participações de José Tejedor, um dos mais conceituados gaiteiros em Espanha e de Alexandre Meirinhos, dos Galandum Galundaina”, adiantou.

Após a abertura oficial da feira, o V Festival da Gaita de Foles começa com a receção e a arruada de 250 gaiteiros e escolas de percussão.

No sábado, a XXII Feira do Pão encerra com o concerto do quarteto “Músicas da Raya” e os convidados: Sebastião Antunes, Jose Manuel Tejedor e Zezé Fernandes.




No Domingo, dia 24 de março, um dos destaques da XXII Feira do Pão é a celebração do Domingo de Ramos, que tem inicio na Capela de São José, com a benção dos Ramos e segue em procissão para a igreja matriz, onde é celebrada a eucaristia dominical.

Outro destaque no Domingo é o almoço convívio, cuja ementa é “vitela mirandesa no pote”. Um prato que faz jus a Caçarelhos, pois esta localidade continua a ser uma terra de criadores de bovinos de raça mirandesa, onde existem atualmente cerca de 120 animais. Na tarde de Domingo, estão programadas oito chegas de touros mirandeses, uma atração que todos os anos traz muito público à Feira do Pão.

“As chegas de touros são uma tradição muito enraizada em Caçarelhos, dado que a antiga feira mensal era simultaneamente uma feira de gado. No decorrer da feira havia sempre chegas de touros, de diferentes localidades para animar o certame. Com o fim das feiras de gado pretendemos recuperar esta antiga tradição e felizmente tem sido um sucesso pelo interesse e a enorme afluência de público”, afirmou.

No Domingo, a XXII Feira do Pão vai contar com a animação do Rancho Folclórico de Vimioso, dos Pauliteiros de Palaçoulo, das Pauliteiras de Malhadas e do concerto do grupo “Sete saias”. Este grupo feminino, que vem da Nazaré, tem no seu repertório temas da música tradicional portuguesa.

“Para o público que pretenda visitar a XXII Feira do Pão, no fim-de-semana de 23 e 24 de março, a aldeia de Caçarelhos oferece a possibilidade de visitar um conjunto de monumentos de valor arquitetónico e de interesse cultural e religioso, como são as capelas de Santo Cristo, de São José, de Santa Luzia, a igreja matriz e o cruzeiro”, convidou Licínio Martins.

Nesta localidade existe ainda o museu do pão e os cabanais, uma construção de século XIX que foi construída para realização da feira mensal.

Na perspetiva do presidente da União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, Licínio Martins, no fim-de-semana de 23 e 24 de março esperam-se milhares de pessoas na XXII Feira do Pão, o que vai contribuir para dinamizar a economia dos concelhos de Vimioso e Miranda do Douro.

“Em Caçarelhos, no fim-de-semana da Feira do Pão antevemos uma grande enchente de público. Pela experiência dos anos anteriores, os estabelecimentos hoteleiros e os restaurantes, em Vimioso e em Miranda do Douro, vão ter trabalho acrescido. Quero também agradecer ao município de Miranda do Douro pela cedência do alojamento aos grupos convidados, no Centro de Formação Agrícola de Malhadas e no Barrocal do Douro”, disse.

A Feira do Pão é uma iniciativa da União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira que conta com os apoios do município de Vimioso, dos Vales de Vimioso, do PINTA, das Termas de Vimioso e da Reserva da Biosfera Meseta Ibérica.

HA

Igreja/Cultura: Peça «O Meu Cristo Partido» é apresentada na igreja matriz de Vimioso

Igreja/Cultura: Peça «O Meu Cristo Partido» é apresentada na igreja matriz de Vimioso

A Diocese de Bragança-Miranda informa que a igreja matriz de Vimioso recebe no Domingo, dia 17 de março, a apresentação da peça de teatro ‘O Meu Cristo Partido’, uma adaptação para teatro do livro do sacerdote espanhol Ramon Cué.

“O Meu Cristo Partido” é uma peça de teatro que conta a história de um padre, colecionador de crucifixos, que um dia compra uma imagem de Cristo a quem faltavam alguns membros. Numa tentativa de restaurar a imagem, o padre confronta-se em diálogo com o próprio Cristo, explorando, de forma exemplar, cada uma das suas mutilações.

“Esta história mostra como Cristo quer que cada um de nós o veja na realidade”, informa a produção Estórias Extraordinárias.

A peça que vai ser apresentada às 18h00, na igreja matriz de Vimioso, é uma adaptação para teatro do livro do sacerdote espanhol Ramon Cué e conta com texto e encenação de José Carlos Completo e Edgar Mafra.

Esta iniciativa cultural é organizada pela Unidade Pastoral de Nossa Senhora da Visitação e conta com o apoio da Freguesia de Vimioso.

HA

Mogadouro: Município promove via-sacra ao vivo

Mogadouro: Município promove via-sacra ao vivo

Uma centena de figurantes da comunidade de Mogadouro participam numa Via-Sacra, ao vivo, agendada para 30 de março, que vai percorrer as principais artérias da vila.

“A encenação da Via Sacra envolve pessoas da comunidade, juntando o teatro com as raízes, tradições e a religiosidade local”, disse a vereadora do pelouro da Cultura do município de Mogadouro, Márcia Barros.

A encenação da Via Sacra terá o seu início na Alameda de Nossa Senhora do Caminho, fará o percurso pelas ruas e praças da zona histórica e terminará no Castelo com a encenação da crucificação de Jesus.

“Esta representação é uma oportunidade para conhecer de perto a religiosidade de uma comunidade forte, em pleno Nordeste transmontano”, indicou a autarca.

A Via Sacra é um exercício de piedade, geralmente feito diante de pequenas cruzes ou quadros com cenas da Paixão de Cristo, através dos quais se recordam catorze passos do sofrimento, crucifixão e morte de Jesus.

“No exercício da Via-Sacra aceitamos o convite de Jesus a segui-Lo, contemplando-O no caminho que Ele fez por nós até à morte na Cruz. Jesus é o inocente que recebe e assume em si uma culpa que não tem: foi condenado injustamente. Mas o sofrimento não vale por si, vale enquanto expressão de amor. E o de Jesus é a expressão máxima do amor com que Deus nos ama, até ao extremo”, explica o Santuário de Fátima.

Fonte: Lusa

Agricultura: Produção de amêndoa aumentou em Portugal

Agricultura: Produção de amêndoa aumentou em Portugal

Entre 2010 e 2022, a produção de amêndoa em Portugal cresceu quase 40 mil toneladas, impulsionada pelo aumento da área de amendoal no Alentejo, Beira Interior e Trás-os-Montes, com o Algarve a perder a sua tradicional representatividade.

Segundo dados do Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos (CNCFS), a produção de amêndoa com casca em Portugal passou de 7.012 toneladas em 2010 para 46.215 toneladas em 2022 (últimos dados).

Por sua vez, a produção de amêndoa sem casca ascendeu a 10.398 toneladas em 2022, acima das 1.578 toneladas contabilizadas em 2010, sendo que um quilograma (kg) de amêndoas com casca, equivale a 0,225 kg sem casca.

“A produção de amêndoa em Portugal tem tido um crescimento acentuado nos últimos anos, em resultado da forte renovação dos pomares de amendoeira observada em Trás-os-Montes, ao aumento da área de amendoal nesta região, mas principalmente devido ao forte aumento da área de amendoal no Alentejo e Beira Interior, com potencial produtivo devido à rega”, apontou, em resposta à Lusa, o presidente do CNCFS, Albino Bento.

Já a área de produção mais do que duplicou, no período em análise, de 26.842 hectares para 63.884 hectares.

Em Portugal, as principais regiões produtoras de amêndoa são Trás-os-Montes (26.770 hectares) e o Alentejo (26.698 hectares).

No total, Trás-os-Montes e Alentejo representam 84% da área de amendoal no país.

“O Algarve era tradicionalmente uma região produtora de amêndoa, mas atualmente é pouco representativa”, ressalvou Albino Bento.

As variedades mais utilizadas são Lauranne e Ferragnès (francesas) e Guara, Belona, Soleta, Marinada, Vayro e Glorieta (espanholas).

Apesar do aumento verificado na produção, as alterações climáticas têm sido um desafio para os produtores portugueses, uma vez que o aumento da temperatura no inverno tem causado uma floração antecipada, aumentando assim o risco de perda de produção com as geadas.

Perante este problema, os produtores nacionais “procuram cada vez mais variedades de floração mais tardia, mas mesmo essas florescem em março, ainda dentro do período de risco de geadas em Trás-os-Montes e parte da Beira Interior”, referiu o presidente do CNCFS.

Soma-se o facto de a primavera e o verão serem cada vez mais secos e quentes, afetando a produção de amêndoa em pomares de sequeiro.

Em 2022, Portugal exportou 28.786 toneladas de amêndoa com casca para Espanha e 2.993 toneladas sem casca.

A Alemanha, por seu turno, recebeu, no mesmo ano, 298 toneladas, seguindo-se França, com 142 toneladas de amêndoa sem casca.

Questionado sobre as perspetivas no que diz respeito à produção e exportação em 2024, Albino Bento notou ser ainda cedo, uma vez que a floração está a terminar no Alentejo, a começar em Trás-os-Montes e a Beira Interior encontra-se em floração.

A amendoeira é a árvore de fruto com a maior área plantada na União Europeia, contabilizando-se, em 2021, 881.000 hectares (dados do Eurostat), sendo que a maior parte das amendoeiras está em Espanha.

Espanha é o segundo maior exportador de amêndoas a nível mundial, atrás dos Estados Unidos, revelou a campanha “Amêndoa Sustentável da UE”, organizada pelo CNCFS e pela espanhola SAB-Almendrave.

Esta campanha centra-se em quatro mercados – Portugal, Espanha, Alemanha e França -, tendo por objetivo dar visibilidade às amêndoas europeias e aumentar a sua procura.

Fonte: Lusa

Legislativas: Conferência Episcopal pede «soluções para os problemas e as desigualdades sociais»

Legislativas: Conferência Episcopal pede «soluções para os problemas e as desigualdades sociais»

O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) saudou a participação dos eleitores nas eleições legislativas, pedindo aos responsáveis políticos que encontrem “soluções para os problemas e as desigualdades sociais”.

Em nota enviada à Agência ECCLESIA, após a reunião mensal do organismo, os membros do Conselho realçam “a forte diminuição do abstencionismo e a forma pacífica e educada como decorreu o processo eleitoral, expressões da consolidação do sistema democrático” em Portugal, 50 anos após a revolução do 25 de Abril.

A taxa de abstenção nas eleições legislativas de domingo situou-se nos 33,77%, a mais baixa desde 1999, quando ficou nos 38,91%; os números deixam de fora os eleitores residentes no estrangeiro, dado que estes valores vão ser conhecidos a 20 de março.

“O Conselho apela aos democraticamente eleitos para que garantam a estabilidade política durante a legislatura e reforça a mensagem da Conferência Episcopal divulgada antes das eleições: que os eleitos estejam ao serviço do bem comum, devolvam a esperança e a confiança aos cidadãos e encontrem soluções para os problemas e as desigualdades sociais”, acrescenta a nota.

A CEP informa ainda que, sob proposta das Comissões Diocesanas para a Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis (CD), a Equipa de Coordenação Nacional tem como nova coordenadora Carla Manuela Ferreira da Silva Rodrigues, advogada (CD Braga).

A equipa inclui Maria Marta Dâmaso Neves, Psicóloga Clínica (CD Coimbra); Custódio Manuel Monteiro Moreira, ex-investigador da Polícia judiciária (CD Évora); Paula Margarido, advogada e anterior coordenadora (CD Funchal); e José Souto de Moura, juiz conselheiro jubilado (CD Lisboa).

“O Conselho continuou a sua reflexão sobre a atribuição de reparações financeiras a vítimas de abusos sexuais contra menores e pessoas vulneráveis praticados no contexto da Igreja Católica em Portugal, em vista da apresentação de uma proposta na próxima Assembleia Plenária”, acrescenta o comunicado.

Esta assembleia vai decorrer em Fátima de 8 a 11 de abril.

Fonte: Ecclesia

Miranda do Douro: GNR alertou freguesias para os incêndios rurais

Miranda do Douro: GNR alertou freguesias para os incêndios rurais

Na terça-feira, dia 12 de março, a Guarda Nacional Republicana (GNR) prestou uma ação de sensibilização aos autarcas das freguesias do concelho de Miranda do Douro, dedicada ao tema dos “Incêndios Rurais”, durante a qual alertaram para a necessidade da limpeza das propriedades e para a obrigatoriedade de autorização nas queimadas e queimas de sobrantes.

Na abertura do encontro, o vice-presidente do município de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues, agradeceu a presença dos autarcas de Sendim, Malhadas, Palaçoulo, Ifanes/Paradela, Duas Igrejas, Vila Chã da Braciosa e Picote e sublinhou a importância destas ações de sensibilização, solicitando mesmo à GNR a repetição destas ações nas várias localidades do concelho, junto das populações.

Esta primeira sessão informativa decorreu no miniauditório, em Miranda do Douro, onde o Serviço da Equipa de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR, prestou informações práticas sobre a gestão do combustível nas propriedades.

“É obrigatória a limpeza da área circundante das propriedades e edificados isolados, por exemplo armazéns ou estábulos, construídos juntos aos aglomerados populacionais. Quem não limpar os terrenos incorre no pagamento de coimas”, informou o cabo-chefe da GNR, Célio Pires.

Segundo os militares do Destacamento Territorial de Miranda do Douro, as localidades do concelho onde há maior risco de incêndios são São Martinho de Angueira, Constantim e Picote, por causa da ausência dos proprietários (por exemplo, os emigrantes) e da consequente menor atividade agrícola e abandono dos campos.

Sobre a realização de queimadas e queimas, a GNR alertou que o uso do fogo é uma prática corrente na atividade agrícola. No entanto, ocorrem casos em que as queimadas e queimas se descontrolam e originaram graves incêndios.

“Para evitar os incêndios, as queimadas (o uso de fogo para renovação de pastagens ou eliminação de restolhos e de sobrantes de exploração florestal ou agrícola, cortados e não amontoados), carecem de licença municipal e o necessário acompanhamento dos bombeiros ou sapadores florestais”, advertiram.

No entanto, esta exigência foi criticada por vários autarcas do concelho de Miranda do Douro, dados os custos que os proprietários têm que pagar para assegurar a presença dos bombeiros no local da queimada.

Já em relação às queimas (uso do fogo para eliminação de amontoados de sobrantes de exploração florestal ou agrícola como podas de vinhas, de oliveiras, entre outros), foi indicado que, de 1 de junho até 31 de outubro é necessária autorização municipal.

“As queimas dos amontoados não podem ultrapassar uma área de 4 metros quadrados e 1,5 metro de altura. As coimas são de 1250€”, precisaram.

No final da sessão, os vários presidentes e representantes das freguesias do concelho de Miranda do Douro mostraram-se determinados em informar e prevenir as suas populações.

A representante da freguesia de Duas Igrejas, Anabela Cameirão, sublinhou a importância de avisar as pessoas para a obrigatoriedade do prévio licenciamento antes da realização de queimadas e queimas.

Por sua vez, o presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Luís Santiago, indicou que não obstante a intensa atividade agrícola que há nesta freguesia, há também várias zonas mais suscetíveis a incêndios, como são as arribas do rio Douro, as ladeiras de Teixeira e o cabeço da Trindade.

“De um modo geral, as pessoas já estão informadas e comunicam atempadamente à junta de freguesia a intenção de realizar as queimas de sobrantes. E na época do verão, a população já está consciente de que não se podem realizar queimas”, disse.

Em Miranda do Douro, a ação de sensibilização “Incêndios Rurais” resultou de uma colaboração entre a Guarda Nacional Republicana (GNR) e o Município de Miranda do Douro e que contou ainda com a participação do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

HA

Miranda do Douro: Feira da Bola Doce de 28 a 30 de março

Miranda do Douro: Feira da Bola Doce de 28 a 30 de março

A cidade de Miranda do Douro acolhe de 28 a 30 de março, a Feira da Bola Doce Mirandesa, considerada um ‘ex-libris’ da doçaria tradicional e o certame que este ano se realiza no jardim dos Frades Trinos vai contar com a participação de 90 expositores.

A presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, indicou que as inscrições foram alargadas já que o certame tem vindo a ganhar escala a nível nacional.

“Por este motivo, alargámos os convites a produtores de fora do território do Planalto Mirandês numa tentativa de abrir portas a outros produtores devido ao aumento de solicitações para participarem nesta feira, que é uma montra dos produtos regionais. Vamos, também, ser criteriosos na seleção dos expositores”, indicou a autarca.

Para Helena Barril, a Feira da Bola Doce Mirandesa vai mostrar o que de melhor se faz no território do planalto mirandês e Terra Fria Transmontana.

Para complementar este certame, disse, foram convidados os embaixadores da cultura mirandesa como os pauliteiros, as dança mistas e os guerreiros tradicionais.

“Este certame está igualmente associado à Semana Santa, já que se trata de uma época privilegiada para o reencontro das famílias e afluência dos vizinhos espanhóis, esperando-se dividendos económicos para o concelho”, vincou.

O município de Miranda do Douro está a divulgar a Feira da Bola Doce na região Norte e na vizinha Espanha, no sentido de atrair o maior número de visitantes ao concelho.

A bola doce mirandesa deixou de ser uma iguaria da época da Páscoa e tornou-se num ‘ex-libris’ da doçaria do Planalto Mirandês que pode ser degustada ao longo de todo o ano, dentro e fora do país.

A bola doce é feita com canela e açúcar às camadas, sendo amassada à mão e cozida em forno tradicional a lenha.

A bola mirandesa “é um doce húmido e intenso”. A massa, igual à do pão mas mais fina, é intercalada com camadas de açúcar e canela e o recheio também é feito em camadas.

O historiador António Rodrigues Mourinho fez um levantamento deste produto e concluiu que se trata de uma peça de pastelaria com origem, pelo menos, em tempos dos descobrimentos portugueses.

“Há registos pelo menos desde 1510 que indicam [esta como] a data mais provável da introdução da bola doce nas mesas dos habitantes do Planalto Mirandês. A tradição foi herdada dos conventos ou de famílias do clero e de gente rica. O povo foi modificando a bola à maneira regional, dando-lhe uma forma e sabor próprio que a distingue da doçaria de outras regiões”, referiu o investigador.

Atualmente, há mais de uma dúzia de unidades que fabricam durante todo ano a bola doce mirandesa, que pode ser adquirida nos estabelecimentos ou via Internet.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Helena Barril apela à conservação das tradicionais capas de honra

Miranda do Douro: Helena Barril apela à conservação das tradicionais Capas d’Honra Mirandesas

A presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, apelou para a conservação das tradicionais Capas d’Honra Mirandesas, independentemente do estado em que se encontrem, porque são um elemento identitário e cultural deste território raiano.

“As pessoas têm que valorizar esta peça de vestuário e tirá-las das arcas e armários. Em caso de estarem muito desgastadas, devem ser preservadas para serem inventariadas, porque há muitas capas de honra que são muito antigas e têm grande valor histórico e cultural”, disse Helena Barril.

O município de Miranda do Douro está há cerca de dois anos a proceder à inventariação do número de Capas de Honra existentes no concelho para se perceber as diferentes formas de confeção desta peça do vestuário.

“É muito difícil avançar com um número exato, mas calcula-se que haja cerca de um milhar de capas de honras na Terra de Miranda e no país”, acrescentou a autarca.

O apelo foi feito numa altura em que se prepara mais uma cerimónia de exaltação da Capa de Honra Mirandesa, agendada para 24 de março, em Miranda do Douro e que vai reunir algumas dezenas destes exemplares do traje típico português.

Helena Barril deixou ainda o apelo aos proprietários de capas para que as deem a conhecer através do desfile que vai percorrer as ruas da cidade de Miranda do Douro, no dia 24 de março.

A autarca referiu também que “ainda há muitas Capas de Honra na posse das pessoas, principalmente nas aldeias, e que através de conversas do dia-a-dia se vai apercebendo desta realidade”.

“Temos de incentivar as pessoas a mostrar as suas capas, porque se trata de uma herança cultural de grande valor patrimonial e sentimental”, vincou.

As inscrições para as cerimónias de “Angradecimiento de la Capa d´Honras Mirandesa”, devem ser entregues até ao dia 21 de março no Balcão Único do município de Miranda do Douro.

No âmbito das medidas de salvaguarda, cada inscrição terá de preencher uma ficha de inventariação e catalogação, relativa à sua Capa de Honras.

Este evento pretende valorizar a capa de honras assim como registar o número de capas existentes e a sua antiguidade.

Dado o valor cultural desta peça de vestuário, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) inscreveu, em novembro de 2022, a Capa de Honra Mirandesa no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI), culminando “um longo caminho na salvaguarda desta peça do traje transmontano”.

O pedido de registo foi proposto em 10 de julho de 2022 pela Câmara Municipal de Miranda do Douro, que desenvolveu um trabalho de investigação para aprofundar o conhecimento desta arte, “com o objetivo da sua inventariação na plataforma MatrizPCI”.

De um agasalho de guardadores de gado até uma peça de vestuário que “está na moda”, a tradicional Capa de Honras Mirandesa está a conquistar espaço num panorama do vestuário tradicional português, onde se confecionam chapéus, capas, carteiras e outras indumentárias que são usadas um pouco por todo o país e Europa, tanto por homens como por mulheres.

A Capa de Honra Mirandesa vai continuar a ser perpetuada no tempo com várias manifestações como a do estilista português Nuno Gama, que já se tinha inspirado na peça para a apresentação da sua coleção durante a ModaLisboa 2018.

Também o ‘designer’ francês Christian Louboutin se inspirou na Capa de Honra Mirandesa para a apresentação de uma das suas coleções, em 2019.

Em fevereiro de 2019, o Papa Francisco vestiu uma Capa de Honra oferecida pelo município de Miranda do Douro.

Atualmente, é apenas utilizada em cerimónias protocolares ou atos de importância relevante. Neste âmbito, é usual oferecer uma capa de honra às pessoas distintas que visitam o município de Miranda do Douro.

Fonte: Lusa

Legislativas: Diálogo entre partidos é o desafio para evitar instabilidade

Legislativas: Diálogo entre partidos é o desafio para evitar instabilidade

O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) afirmou que a diminuição da abstenção nas eleições legislativas valoriza o “maior legado do 25 de abril” e aponta o diálogo como forma de evitar a instabilidade “a curto prazo”.

“Em face dos resultados, o desafio que se coloca agora é um diálogo entre os vários partidos, sobretudo entre os dois mais votados”, disse Pedro Vaz Patto.

A Aliança Democrática elegeu 77 deputados para Assembleia da República, a que se juntam 3 da Região Autónoma da Madeira. Já o Partido Socialista conseguiu eleger 76 e o Partido Chega alcançou 48 deputados. A Iniciativa Liberal elegeu oito, o Partido Comunista Português quatro, o Livre também quatro e o Partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza (PAN) um deputado.

Os quatro mandatos eleitos pela emigração estão ainda por apurar.

Na análise aos resultados das Legislativas 2024, o presidente da CNJP disse que, em campanha eleitoral, “o que se põe em evidência são as diferenças” e o que “divide os partidos”, lembrando que se encontram também “pontos comuns” nas várias propostas partidárias.

“Quando se faz um apelo ao voto, há que fazer distinções entre as várias alternativas. Mas, se formos ver bem, não há só divisões, também há pontos comuns”, afirmou.

“O desafio que agora é importante é que, no diálogo entre os partidos mais votados, se procurem consensos, compromissos até e, sem por em causa o essencial dos programas dos vários partidos, é possível encontrar pontos de contacto, porque isso é o que reclama o interessa nacional: colocar o interesse nacional acima do interesse dos partidos”.

Pedro Vaz Patto sublinha que “ninguém ganharia com uma instabilidade que enveredasse por eleições a curto prazo, tendo em conta o contexto de crise internacional que se está a viver, e também os desafios, os problemas das pessoas em relação à pobreza, acesso habitação, à educação”.

Para o presidente da CNJP, o facto da abstenção não ter sido tão elevada como em eleições anteriores valoriza os apelos à participação feito por diferentes instituições, nomeadamente a Conferência Episcopal Portuguesa e a Comissão Nacional Justiça e Paz, e destaca o “maior legado do 25 de Abril”.

“A oportunidade que temos de participar, de influir nos destinos do nosso país, de uma forma justa, honesta igualitária, onde todos têm o mesmo peso na decisão, é o maior legado do 25 de abril”, afirmou.

Após as Legislativas 2024, o presidente da República vai ouvir os partidos políticos com assento parlamentar em ordem à constituição do próximo Governo de Portugal.

Fonte: Ecclesia