Miranda do Douro: Hotel Vila Galé Mirandum visa atrair novos turistas

A presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, anunciou que o grupo Vila Galé vai investir 14 milhões de euros na construção de uma unidade hoteleira de quatro estrelas na cidade, prevendo criar 38 novos postos de trabalho.

“O projeto passa pela construção, instalação e exploração de uma unidade hoteleira, com equivalência a quatro estrelas, por parte do grupo Vila Galé. Estamos a acompanhar este projeto que ronda os 14 milhões de euros e a criação prevista de 38 postos de trabalho”, adiantou Helena Barril.

De acordo com a autarca de Miranda do Douro, esta unidade hoteleira terá 60 quartos e uma área de construção de 4.500 metros quadrados.

“Trata-se de um investimento estruturante para o concelho de Miranda do Douro, que vai dinamizar a economia local. O futuro empreendimento hoteleiro não vai prejudicar os empresários já existentes do setor, pois a nova oferta destina-se a um segmento de público diferenciado.”, vincou Helena Barril.

Este futuro empreendimento hoteleiro, na opinião da autarca, tem por objetivo atrair um público de segmento médio/alto à cidade e ao concelho de Miranda do Douro.

Helena Barril acrescentou ainda que a montagem do estaleiro para a construção do hotel terá o seu arranque no final deste ano, havendo um prazo de cerca de dois anos e meio para a conclusão do equipamento turístico.

De acordo com a autarquia de Miranda do Douro, o empreendimento turístico fará parte da gama “Collection” dos hotéis do grupo e será designado por “Hotel Vila Galé Mirandum”.

O município de Miranda do Douro cedeu, após concurso público dos direitos de superfície e pelo prazo de 60 anos, um terreno com uma área aproximada de 41 mil metros quadrados localizado nas imediações da barragem, em pleno Douro Internacional.

“Houve outras consultas por parte de vários interessados a esta iniciativa de cedência dos direitos de superfície, mas o vencedor foi o grupo hoteleiro Vila Galé”, disse a autarca mirandesa.

O grupo Vila Galé confirma que participou num concurso que ainda decorre dentro dos prazos legais.

“Oportunamente, caso a proposta venha a ser aceite, serão comunicados mais detalhes”, indicou fonte do grupo.

Fonte: Lusa

Saúde: Médicos terminam greve mas paralisações continuam

Os médicos terminam a 27 de julho a greve nacional de três dias, para exigir ao Governo propostas concretas sobre a valorização da carreira e das grelhas salariais, nas negociações que decorrem desde 2022.

Apesar desta paralisação nacional terminar a 27 de julho, o protesto dos médicos continua com as greves dos médicos de família às horas extraordinárias até 22 de agosto e à produção adicional dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que garante que a adesão nos primeiros dois dias rondou os 90% a nível global, a greve pretendeu forçar o Governo a apresentar propostas concretas nas negociações que decorrem há mais de um ano sobre a revisão das tabelas salariais.

Para sexta-feira, dia 28 de julho, está marcada mais uma ronda negocial, mas o SIM e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) garantiram, na última semana, que só estariam disponíveis para comparecer à reunião se recebessem antecipadamente as propostas, o que o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu que iria acontecer.

No dia 26 de julho, o SIM entregou no Palácio de São Bento uma carta dirigida ao primeiro-ministro com um “fortíssimo apelo” para que o Governo concretize as suas propostas para o novo regime de dedicação plena, os serviços de urgência, a organização e disciplina do trabalho médico e a revisão da grelha salarial, as matérias que estão em cima da mesa negocial entre as partes.

“Depois de ultrapassar o prazo negocial formalmente estabelecido, o Governo, de forma irresponsável, declinou a apresentação de propostas negociais concretas”, refere ainda a carta, ao alertar que em Portugal verificou-se uma “erosão de mais de 22% dos salários médicos nos últimos 10 anos”.

O protesto dos médicos prossegue em 1 e 2 de agosto, com uma nova greve nacional convocada FNAM, a segunda marcada pela estrutura sindical em cerca de um mês, depois da paralisação que decorreu em 5 e 6 de julho.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: 27 jovens peregrinos franceses participam nos «Dias na Diocese»

A partir de 26 de julho, mais de de 67 mil peregrinos começam a viver um programa cultural e religioso especial, nas várias dioceses de Portugal e Miranda do Douro vai acolher 27 jovens peregrinos franceses, antes da partida para Lisboa para participar no encontro das Jornadas Mundiais da Juventude.

Os mais de 67 mil jovens peregrinos vão participar no programa “Dias nas Dioceses (DND), que decorre até 31 de julho, nas várias dioceses do país, desde Bragança-Miranda até ao Algarve e ilhas.

“Os jovens vão conhecer a Igreja local, com as suas especificidades, as pessoas e a região, tendo cada uma das dioceses um programa centrado em cinco pilares: Acolhimento, Descoberta, Missão, Cultura e Envio”, indica a organização da JMJ Lisboa 2023.

Os peregrinos estão divididos em mais de 950 grupos e vão ficar alojados em casas de famílias de acolhimento, nas paróquias, instalações públicas, nas escolas, nos municípios e freguesias e nas associações/coletividades.

A Diocese de Bragança-Miranda, por exemplo, vai acolher mais de 700 jovens provenientes de países como a Espanha, França, Itália, Brasil e outros países.

De 26 a 31 de julho, a cidade de Miranda do Douro vai acolher um grupo de 27 jovens peregrinos franceses, numa iniciativa conjunta entre o município de Miranda do Douro, a diocese Bragança-Miranda e a paróquia de Santa Maria Maior.

Nesta estadia de cinco dias, em Miranda do Douro, os jovens franceses vão ser presenteados com um programa espiritual e cultural, no qual se destacam os momentos de oração, uma peregrinação até ao Santuário de Nossa Senhora do Naso e um concerto na Catedral.

Programa "Dias na Diocese", em Miranda do Douro:

Quarta-feira, dia 26 de julho: celebração do acolhimento, às 21h00, na catedral;

Quinta-feira, dia 27 de julho: peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora do Naso e celebração da eucaristia, às 11h30.

Sexta-feira, dia 28 de julho: concerto oração, na catedral, às 21h00.

Sábado, dia 29 de julho: celebração mariana, às 21h00, na catedral.

Domingo, dia 30 de julho: celebração do envio dos peregrinos, às 21h00, na catedral



No âmbito das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), Portugal vai acolher peregrinos de todos os continentes.

Da Europa, chegam jovens de Espanha, França, Itália, Polónia, Alemanha, Estónia, Bélgica, Lituânia, Luxemburgo, Grécia, Reino Unido e da Escócia.

Dos países lusófonos viajam jovens de Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau, Brasil e Timor-Leste.

E dos restantes continentes – América, Ásia e Oceânia – vão participar, por exemplo, jovens da China, Arábia Saudita, Jamaica, Mauritânia e Polinésia francesa, entre outros países.

Fonte: Ecclesia e Diocese de Bragança-Miranda.

Ensino: Quase oito mil professores vinculam este ano

Quase oito mil professores vão entrar este ano para os quadros do Ministério da Educação, a maioria através do novo mecanismo de vinculação dinâmica, anunciou o ministro João Costa.

“Só este ano, graças à recém-criada vinculação dinâmica, a que se juntam os professores vinculados pela norma-travão, deixarão de estar em contratos precários 7.983 professores”, afirmou o ministro da Educação, em conferência de imprensa.

De acordo com as listas definitivas, publicadas a 25 de julho, a maioria dos docentes (cerca de 5.600), vão entrar nos quadros através do mecanismo de vinculação dinâmica, uma das novidades do novo regime de gestão e recrutamento de professores e que permite que os docentes sejam integrados nos quadros à medida que acumulem o equivalente a três anos de serviço.

 Há ainda cerca de 2.400 docentes que vinculam através da chamada norma-travão.

O número fica, no entanto, abaixo das expectativas iniciais do Ministério da Educação, uma vez que, entre os dois concursos, havia 10.624 lugares de quadro disponíveis.

Fonte: Lusa

Política: CIM Transmontana indignada com “desclassificação” de museus do território

A Comunidade Intermunicipal – Terras de Trás-os-Montes (CIM-TT) aprovou, por unanimidade, uma moção para demonstrar “total indignação” sobre a decisão do Governo em desclassificar o Museu do Abade de Baçal, Domus Municipalis e o Museu da Terra de Miranda, informou o presidente desta entidade, Jorge Fidalgo.

“Não se justifica que estes museus não continuem a integrar a rede nacional. Entendemos que a retirada destes museus de uma rede nacional é uma desclassificação destes espaços culturais”, criticou Jorge Fidalgo.

O conselho da Comunidade Intermunicipal da CIM Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) composta pelos concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Vila Flor, Vimioso e Vinhais aprovou por unanimidade a moção “Indignação sobre as medidas do Governo em relação à desclassificação do Museu do Abade de Baçal, Domus Municipalis e Museu Terra de Miranda”.

O presidente da CIM-TTM considerou ainda que esta resolução do Governo coloca em causa o interesse público, a coesão e o desenvolvimento territorial, considerando ainda que se tratou de uma decisão unilateral, sem o conhecimento ou envolvimento prévio destes municípios, excluindo de todo o processo os principais interessados: municípios e munícipes.

“Atendendo à natureza destes museus que são fundamentais para o nosso território, sendo a identidade de um povo onde está a sua história, a sua cultura, estar a retirar o Museu do Abade Baçal, Domus Municipalis e Museu de Miranda da Rede Nacional de Museus não faz qualquer sentido. Estamos contra e indignados contra esta decisão”, vincou Jorge Fidalgo.

O município de Miranda do Douro já havia dito que discorda em assumir a gestão do Museu da Terra de Miranda e afirmou nunca ter sido contactado pelo Governo acerca desta tomada de posição.

Este município do planalto mirandês assumiu desde logo que não está de acordo em receber a tutela do Museu da Terra de Miranda para a sua gestão, tendo em conta que estes tipos de equipamentos deverão ser geridos por entidades que os protejam com planos estratégicos de preservação nacionais, bem delineados e com rigor técnico à sua execução.

Também a Câmara Municipal de Bragança já se havia insurgido contra a reorganização de monumentos e museus decidida pelo Governo e por não ter sido ouvida no processo que abrange dois equipamentos da cidade.

No caso do Museu Abade de Baçal e da Domus Municipalis de Bragança, a câmara vinca que estão em causa “monumentos icónicos do concelho e amplamente valorizados e apreciados pelos brigantinos e por quem visita” a cidade.

Este documento será enviado ao Governo e ao Presidente da República e à Direção Regional de Cultura do Norte, no sentido de demonstrar a “total indicação” face às mudanças anunciadas nestes equipamentos históricos e culturais.

A partir de 1 de janeiro de 2024, a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) vai dar lugar a duas entidades distintas: o instituto público Património Cultural, com sede no Porto, e a empresa pública Museus e Monumentos de Portugal, com sede em Lisboa, ambos com obrigação de cumprimento de “eficiência económica nos custos” e uma “gestão por objetivos”.

O anúncio foi feito pelo Ministério da Cultura e prevê ainda que o Museu da Terra de Miranda, os museus D. Diogo de Sousa e dos Biscainhos, em Braga, o Museu do Abade de Baçal, em Bragança, o Museu da Guarda, o Museu da Cerâmica, nas Caldas da Rainha, e o Museu Joaquim Manso, na Nazaré, passem da esfera das respetivas direções regionais de Cultura para os municípios.

Numa sessão de apresentação do novo modelo de organização do Património Cultural, os diretores de seis equipamentos culturais de Bragança (Museu do Abade de Baçal e Domus Municipalis), Miranda do Douro (Museu da Terra de Miranda e Sé de Miranda) e Braga (Museu D. Diogo de Sousa e Museu dos Biscainhos insurgiram-se contra a reorganização da gestão dos museus e monumentos e ameaçaram mobilizar a população para reverter a decisão do Governo.

Fonte: Lusa

Vimioso: “O folclore está na moda” – Elisabete Fidalgo

No dia 13 de agosto vai realizar-se o XXVI Festival de Folclore de Vimioso, um evento etnográfico que vai contar com a participação de cinco grupos, vindos de regiões como a Estremadura, o Minho, o Douro Litoral e Trás-os-Montes, o que tornam este espetáculo uma oportunidade de enriquecimento cultural e social.

Fundado em 1996, o Rancho Folclórico de Vimioso tem como missão preservar e divulgar os cantares e as danças que evocam as tradições, ofícios e os produtos mais caraterísticos do concelho de Vimioso.

De acordo com a presidente da Associação para o Desenvolvimento Cultural do Concelho de Vimioso (ADCCV), Elisabete Fidalgo, “o folclore está na moda” e há cada vez mais jovens a interessarem-se pela música e pela dança tradicional.

“Os jovens divertem-se muito ao dançar e cantar nos ranchos folclóricos. Esta participação também lhes permite conhecerem outras regiões, culturas e pessoas, no país e no estrangeiro, o que torna os jovens mais abertos, cultos e sociáveis”, disse.

Referindo-se ao XXVI Festival de Folclore de Vimioso, Elisabete Fidalgo, acrescentou que estes festivais também são oportunidades de enriquecimento cultural e social para toda a população.

“Ao visitarmos outras regiões e depois ao sermos visitados por outros grupos folclóricos, dá-se um encontro de pessoas e uma troca de culturas, a vários níveis: na música e nos instrumentos musicais, nas coreografias e na dança e nos trajes típicos da cada região. E portanto, estes encontros são verdadeiras oportunidades para aprender e evoluir como grupo tradicional que somos”, disse.

No dia 13 de agosto, o XXVI Festival de Folclore de Vimioso vai iniciar-se às 17h00, com a recepção aos ranchos convidados, seguido de um jantar convívio.

Para as 20h00 está programado o desfile etnográfico, seguido da entrega de lembranças e a colocação das fitas pelas entidades locais.

O festival de folclore tem início marcado para as 21h00, no parque municipal de Vimioso.

Nesta XXVI edição, os grupos etnográficos participantes são: o rancho folclórico de Vimioso (Trás-os-Montes), o rancho folclórico de Poceirão/Palmela (Estremadura), o rancho folclórico de São Martinho de Courel /Barcelos (Minho), o rancho folclórico de São Pedro da Bela Vista / Penafiel (Douro Litoral) e o rancho folclórico de Loureiro/Régua (Alto Douro).




O XXVI Festival de Folclore de Vimioso é organizado pela Associação para o Desenvolvimento Cultural do Concelho de Vimioso (ADCCV) e conta com o apoio do município de Vimioso.

HA

Vimioso: Mickael Carreira é a grande atração no feriado municipal

No próximo dia 10 de agosto, a vila de Vimioso vai assinalar o feriado municipal, que coincide com a mais concorrida feira do ano, a feira de São Lourenço, um certame que atrai a vinda de muitos emigrantes para realizar compras e assistir aos tradicionais concursos de bovinos mirandeses, às lutas de touros e ao concerto musical.

Por ocasião do feriado municipal, o município de Vimioso convida os emigrantes e outros visitantes a assistir ao concurso de bovinos mirandeses, que tem início às 10h00 da manhã e visa, simultaneamente, destacar uma das marcas identitárias da região e premiar o trabalho dos criadores do concelho na preservação desta raça autóctone.

Habitualmente, o feriado municipal é também uma oportunidade de convívio entre os emigrantes, as suas famílias e a população local, que aproveitam este reencontro para partilhar refeições nos restaurantes locais, onde se destacam os pratos típicos da região, como são a posta à mirandesa, a caldeirada de cabrito, o cordeiro assado e o fumeiro.

Outro grande destaque no Dia do Município de Vimioso é o concerto de Mickael Carreira, agendado para as 23h00, no parque municipal, seguido da atuação do DJ Overrule.

Recorde-se que a localidade de Vimioso foi elevada a vila em 1516, pelo rei D. Manuel, que lhe atribui o foral de vila. Anos mais tarde, em 1534, o rei D. João III atribuiu o título de conde de Vimioso, a D. Francisco de Portugal, o que denota o prestígio alcançado então pela vila.

Segundo o censos 2021, o concelho de Vimioso regista atualmente uma população de 4.149 pessoas, que residem nas 10 freguesias e aldeias.

De acordo com o site do município, a autarquia de Vimioso tem criado condições para o bem estar da população, em áreas como as infra-estruturas básicas, os espaços culturais, de lazer e desportivos, de modo a propiciar a fixação e atração de novos habitantes.

Na vila de Vimioso, os locais de maior interesse são a Igreja matriz, o pelourinho, a atalaia, o parque municipal, a casa da cultura, as piscinas municipais, o pavilhão multiusos e a zona industrial, onde está edificada, por exemplo, a Unidade de Transformação da Carne Mirandesa, propriedade da Cooperativa Agropecuária Mirandesa.

São Lourenço

São Lourenço foi martirizado no dia 10 de agosto de 258. Nesse ano, o imperador romano, Valeriano, condenou à morte todos os bispos, padres e diáconos. São Lourenço era diácono e tesoureiro da Igreja Romana e foi torturado numa grelha em brasa, para que entregasse os bens que estavam sob a sua administração.

Pela sua dedicação e coragem é considerado um dos importantes mártires da Igreja Romana.

Mais tarde, o imperador, Constantino, o Grande, convertido ao cristianismo, decidiu homenageá-lo mandando construir um templo sobre o seu túmulo.

Posteriormente, em Roma, foi construída uma basílica em honra de São Lourenço, que é conhecida como a igreja de São Lourenço de Dâmaso.

HA

Economia: Preços dos cereais aumentam devido à rutura do acordo de exportação

Os preços dos cereais registaram subidas acentuadas nos principais mercados, uma semana depois da rutura do acordo para a exportação do grão ucraniano.

No mercado europeu Euronext, baseado em Paris, os contratos de futuros do trigo começaram a semana com variações entre 10,5% e 17,25% (neste caso, para os que vencem em setembro), enquanto os de milho chegaram a 14%, no caso dos que acabam em agosto.

A bolsa de Chicago registou operações com subidas entre 46,25% e 60% nos contratos de futuros do trigo, enquanto no milho os aumentos foram de entre 22% e 26,25%.

Em Espanha, na semana passada, a primeira desde que foi interrompido o acordo, alterou-se a tendência descendente e os preços do trigo, do milho e da cevada subiram cerca de três por cento.

Espanha é deficitária no comércio de cereais e este ano vai precisar de ainda mais grão devido à seca. Além disso, Espanha, a seguir à China, foi o país mais beneficiou com o acordo entre russos e ucranianos, mediado pela ONU e pela Turquia.

Fonte: Lusa

Ambiente: ICNF compromete-se com simplificação de projetos para apoios à floresta

O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) comprometeu-se com a simplificação do modelo de execução dos projetos, nos próximos apoios financeiros de preservação da floresta, previstos no Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).

“A simplificação do modelo de apresentação e execução dos projetos é igualmente um dos nossos grandes objetivos para os apoios previstos”, assegurou o ICNF, numa referência ao PEPAC (2023-2027).

A resposta do ICNF surge depois das associações Zero e Pinus terem alegado que a pequena propriedade vai continuar vulnerável aos incêndios florestais, uma vez que as condições de acesso aos apoios financeiros para prevenção de fogos “não são favoráveis” para os pequenos proprietários.

Segundo a Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável e o Centro Pinus – Associação para a Valorização da Floresta de Pinho, as condições de acesso aos incentivos financeiros de defesa florestal previstos no Programa de Desenvolvimento Rural 2020 (PDR2020) “não são favoráveis” para os pequenos proprietários nos territórios vulneráveis aos incêndios, localizados sobretudo a norte do rio Tejo e onde domina a pequena propriedade.

Para a Zero e o Centro Pinus, as “tarefas necessárias” para preparar as candidaturas “são sempre extremamente complexas”, podendo exigir a consulta de dezenas de documentos e portarias.

Por outro lado, “o valor atribuído para preparar uma candidatura e acompanhar a sua execução é, no máximo, de 6.000 euros”, sendo, para as duas associações, desadequado para pagar a gestão agrupada de pequenos proprietários.

Para que os incentivos financeiros para a prevenção de incêndios florestais cheguem “a quem mais precisa deles”, a Zero e o Centro Pinus defendem a “remuneração adequada do serviço de gestão agrupada de pequenos proprietários, através destes fundos ou outros complementares”, e “critérios de avaliação que favoreçam as entidades gestoras de áreas agrupadas”.

Sem isso, os “apoios públicos para a prevenção de incêndios podem não chegar a quem mais precisa” e os “territórios vulneráveis aos incêndios continuarão vulneráveis”, argumentam.

Como resposta, o ICNF revela-se “fortemente empenhado” em que os novos apoios financeiros previstos no PEPAC “respondam de forma mais adequada às necessidades e realidade dos diferentes territórios nas suas dimensões ambiental, económica e social”.

Demarcando-se do comunicado coassinado pelo Centro Pinus, de cuja direção faz parte, o ICNF invocou que o comunicado “não foi aprovado em reunião da direção” da associação.

Questionada anteriormente pela Lusa sobre a ligação do ICNF ao conteúdo do comunicado, a diretora-executiva do Centro Pinus, Susana Carneiro, disse que o comunicado, “validado pelo presidente da direção”, não visava o instituto, mas as “políticas do Governo”.

Susana Carneiro sublinhou que o ICNF faz parte do Centro Pinus na qualidade de “gestor e produtor de pinho”.

O Centro Pinus, que pretende “promover a sustentabilidade do pinheiro-bravo na floresta portuguesa”, reúne representantes da produção florestal, dos prestadores de serviços, das indústrias, da administração pública, do ensino superior e do setor financeiro.

Tutelado pelo Ministério do Ambiente e Ação Climática, o ICNF tem como missão “propor, acompanhar e assegurar a execução das políticas de conservação da natureza e das florestas, visando a conservação, a utilização sustentável, a valorização, a fruição e o reconhecimento público do património natural”.

Compete ao ICNF, entre outras funções, gerir a aplicação de fundos de apoio à preservação da floresta.

Fonte: Lusa

Saúde: Médicos iniciam greve nacional de três dias

Os médicos do setor público iniciam uma greve nacional de três dias, para forçar o Governo a apresentar uma proposta concreta de revisão da grelha salarial, que o ministro da Saúde prometeu enviar aos sindicatos.

Convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), a paralisação decorre em simultâneo com uma greve ao trabalho extraordinário, iniciada a 24 de julho pelos médicos de família, com a duração de um mês e também promovida pela mesma estrutura sindical.

Para o dia 28 de julho está marcada uma nova reunião negocial entre Governo e sindicatos.

A 21 de julho, no final de uma reunião negocial, o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, acusou o Ministério da Saúde de “não apresentar os documentos negociais”, asseverando que só iria à próxima reunião com a tutela se recebesse as propostas do Governo antecipadamente.

Na véspera do primeiro dia da greve nacional, que termina a 26 de julho, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, assegurou que iria apresentar uma proposta de revisão da grelha salarial aos médicos e lamentou o “criticismo excessivo” que tem havido sobre a forma como têm decorrido as negociações, que se iniciaram ainda em 2022 com a antecessora ministra Marta Temido, mas que resultaram até à data sem acordo entre as partes.

Na fase de discussão do protocolo negocial, em julho de 2022, Governo e sindicatos concordaram em incluir a grelha salarial dos médicos do Serviço Nacional de Saúde nas negociações.

Fonte: Lusa