Até 28 de julho, o corrente ano registou menos 27% de incêndios rurais e menos 70% de área ardida, face à média da última década, indicou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC).
O ministério do Ambiente refere que, comparando valores de 2023 com o histórico dos 10 anos anteriores “registaram-se menos 27% de incêndios rurais e menos 70% de área ardida relativamente à média do período”
“Até ao dia 28 de julho, o corrente ano regista o 3.º menor valor em número de incêndios e o 4.º valor mais reduzido de área ardida, desde 2013”, pode ler-se.
Segundo o ministério, desde a aprovação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais assistiu-se a uma “diminuição dos incêndios nos meses de verão que tiveram origem no uso do fogo”, além de uma “redução significativa dos incêndios com mais de 500/1.000 hectares”.
De acordo com os dados divulgados pelo ministério, em 2017 o investimento “em prevenção atingia cerca de 20% e 80% no combate”, sendo que, atualmente, “cada um destes eixos conta com cerca de 50%”.
“O investimento total nos dois eixos mais que duplicou face a 2017 (altura em que se investiram 143 milhões de euros), sendo 2023 o ano com o maior esforço de sempre (cerca de 500 milhões de euros)”, explica o MAAC.
O Governo pretende, ainda durante este ano, aprovar um pacote legislativo para a Propriedade Rústica, apoiado nos relatórios e propostas apresentadas pelo Grupo de Trabalho para a Propriedade Rústica.
O objetivo, de acordo com a nota, “é responder aos problemas de gestão do espaço rural colocados pelos atuais regimes de compropriedade, de herança, nomeadamente as que questões colocadas pela herança jacente, vaga e indivisa e evitar a divisão abaixo da unidade mínima de cultura”.
1 Reis 3, 5.7-12 / Slm 118 (119), 57.72.76-77.127-130 / Rom 8, 28-30 / Mt 13, 44-52
“O reino dos Céus é semelhante…“
São muitas as imagens que Jesus usa para nos falar do Reino. Para além do bom pai de família, Jesus apresenta-nos outras três no Evangelho de hoje: o tesouro escondido no campo, o negociante de pérolas, a rede lançada ao mar.
Na primeira, um homem vende tudo o que tem para comprar o campo onde encontrou um tesouro. Ninguém abre um buraco no chão por acaso. Há que andar à procura. O Reino é discreto e, para o «descobrir», temos de procurar. Para chegar ao Reino, temos de recorrer ao entendimento, dom do Espírito Santo que nos inclina para a verdade.
Há aqui um implícito extraordinário: que a busca da verdade, que esta vontade de «conhecer o mundo», nos leva até ao Reino, o verdadeiro tesouro escondido nas entranhas da Criação. E para poder desfrutar do Reino, há que vender tudo e comprar o terreno, isto é, assumir a Criação por inteiro, sem fabricar paraísos particulares.
A segunda imagem apresenta-nos um negociante de pérolas preciosas. Quando descobre a pérola mais bela, vende tudo o que tem para ficar com ela. Eis outra dimensão fundamental das nossas vidas: a beleza. Uma vez encontrada a beleza da vida, a vida ao estilo de Cristo, há que deixar tudo para trás e viver a vida bela, de forma entregue, inteira, coerente, como filhos da luz.
Por último, o Reino é como uma rede que apanha todo o tipo de peixes. Terminada a faina, é na praia que se distingue o que é bom do que é mau, guardando o primeiro e deitando fora o segundo. É longe da agitação das correntes do nosso quotidiano que devemos discernir o que tem valor do que não nos serve. E a medida usada não deve ser a conveniência, mas a bondade. Eis a verdadeira escala pela qual seremos medidos, eis a única medida que nos interessa.
Verdade, beleza e bondade. Todas estas dimensões da nossa vida são parte do Reino. E todas elas implicam a liberdade de prescindir do que não interessa para nos agarrarmos ao único necessário: Cristo. Entreguemo-nos por inteiro. Estejamos dispostos a vender tudo para ser Reino.
Sendim: Concentração motard arranca esta sexta-feira
No fim-de-semana de 28, 29 e 30 de julho, a antiga estação ferroviária, em Sendim, volta a ser o palco da XXIII concentração motard, um evento organizado pelos “Abutes do Douro”, que este ano comemoram o 25º aniversário e vão presentear os motards participantes, com um programa no qual se destacam a gastronomia local, os jogos tradicionais e os passeios turísticos pela região.
A concentração motard é organizada pelo motoclube “Abutres do Douro”, uma associação que foi constituída em 1998 e que este ano celebra o 25º aniversário.
Na concentração motard deste ano, a organização vai presentear os participantes com um programa, em que os destaques são o desfile de motas, a gastronomia local, os concertos, os jogos tradicionais, os passeios pela região, o bike wash e o show erótico.
Organizada pelo grupo de motards “Abutres do Douro”, o evento volta a ter como palco, a antiga estação ferroviária de Sendim.
O presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Luís Santiago, felicitou o motoclube “Abutres do Douro”, pelos 25 anos ao serviço da terra e elogiou a dedicação do grupo, na organização deste evento, que anualmente traz muitos visitantes à vila de Sendim.
A concentração motard vai decorrer de sexta-feira até Domingo, dia 30 de julho, e encerra com o almoço e a entrega de lembranças aos participantes.
JMJ 2023: Guerra, dependência digital e alterações climáticas preocupam os jovens
Jovens dos cinco continentes vão apresentar ao Papa, em Lisboa, preocupações sobre temas como a guerra, desemprego, solidão, dependência digital, perseguição religiosa e alterações climáticas.
Estes problemas vão estar presentes nas reflexões para a Via-Sacra, que o Papa Francisco vai presidir, no dia 4 de agosto, no Parque Eduardo VII, pelas 18h00.
A primeira meditação fala num futuro “tirado” às novas gerações, dando início a uma série de alertas, que evocam, entre outros, “muitas pessoas que tentam desesperadamente fugir de situações desumanas”.
“Fogem da guerra, da fome, da falta de água, das perseguições políticas. A sua casa deixou de ser o seu abrigo e passou a ser o lugar provável da sua morte”, pode ler-se, no texto disponível na aplicação móvel oficial da JMJ Lisboa 2023.
As meditações abordam as tradicionais 14 estações – momentos ligados à prisão, julgamento e execução de Jesus Cristo, na tarde do próximo dia 4 de agosto.
“Hoje, só conta quem produz. Não contam os idosos, não contam as pessoas com deficiência, não contam os desempregados, não contam os sonhadores”, lamentam.
Dizem-nos que a vida está cheia de oportunidades, mas é difícil ver onde estão essas oportunidades quando o dinheiro não chega, quando não se consegue arranjar trabalho e quando ter acesso à educação é, na prática, muitas vezes impossível”.
A reflexão sobre a condição juvenil aponta ao impacto da intolerância, perseguição religiosa ou da violência, com referência a “guerras, atentados, tiroteios em massa, mas também violência nos casamentos e nos namoros, abusos de crianças, bullying, abusos de poder”.
Os jovens autores apresentam várias referências à dependência digital, que fomenta o individualismo e a solidão.
“Vivemos numa terra de espelhos onde o que conta é a aparência, a imagem. Selfies e mais selfies. A tirania do corpo certo e do sorriso perfeito. Fotos de si mesmo nas redes sociais em poses cuidadosamente estudadas. Posts artificiais à espera dos likes dos outros”, advertem.
Questões ligadas a problemas de saúde mental e a distúrbios alimentares também surgem nos textos, que abre espaço para a interrogação sobre o futuro do planeta.
“Assistimos ao consumo descontrolado dos recursos da terra, à extinção de espécies, à devastação de florestas. Assistimos assustados às alterações climáticas e sentimo-nos muito inseguros em relação ao futuro. E tudo isto associado a estilos de vida desequilibrados que fazem com que alguns morram à fome enquanto outros fiquem doentes por comerem demais”, advertem.
Senhor, ensina-nos a ter estilos de vida mais simples, mais solidários, mais conscientes das consequências, mais próximos do essencial. Mais parecidos contigo”.
Joana Andrade, responsável pela espiritualidade da semana da JMJ Lisboa 2023, precisa que o foco desta celebração são as “fragilidades dos jovens”, no mundo atual.
“A lógica é percorrer os passos de Jesus para o Calvário, enquanto jovens: sempre que caímos, saber que Jesus nos ajuda a levantar e que não estamos sozinhos neste caminho”, diz à Agência ECCLESIA.
O padre Nuno Amador, da Direção de Pastoral e Eventos do Comité Organizador Local (COL), aponta a meditações “muito existenciais”, em ligação às dificuldades das novas gerações.
“Procuramos que, nas 14 estações, fossem refletidas as fragilidades dos jovens do mundo inteiro”, assume.
O “itinerário de espiritualidade” proposto aos jovens participantes na JMJ Lisboa 2023 vai estar em destaque na emissão deste domingo, no Programa ECCLESIA, com emissão na Antena 1 da rádio pública a partir das 06h00.
Turismo: Lagos do Sabor merecem ser valorizados – Governo
O secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, afirmou que os recursos turísticos dos “Lagos do Sabor”, no nordeste transmontano, merecem ser valorizados, dadas as suas características específicas para integrar o Roteiro + Interior Turismo.
“A região dos Lagos Sabor [no Baixo Sabor] merece ser projetada. Aquilo que é único deve ser promovido, passando assim por uma aposta da nossa linha estratégica para o turismo: sustentabilidade e autenticidade”, disse o governante após uma visita aos murais a fresco que foram restaurados na Igreja Matriz de Valverde, em Alfândega da Fé.
O governante fez um périplo pelo território do Baixo Sabor, onde foi conhecer de perto a rota de pinturas murais, que remontam aos séculos XVI e XVII, que vai abranger quatro concelhos deste território incluindo 23 igrejas e capelas, e os projetos para os “Lagos do Sabor” com valor global de 900 mil euros.
O projeto “História a Fresco – Rota da Pintura Mural” vai incidir nos concelhos de Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros, onde os especialistas têm colocados a descoberto, após a remoção da talha dos altares, “importantes exemplares desta arte”.
O projeto “Lagos do Sabor” prevê a criação de um “Eco-Resort” flutuante, com unidades de alojamento e capacidade de navegação nos lagos e pontos de ancoragem, em forma de flor de amendoeira, com pequenas piscinas centrais ou estações náuticas.
A isto, somam-se praias fluviais e ancoradouros, abrangendo os quatro municípios numa única gestão ao longo dos 70 quilómetros das margens de lagos.
A Linha + Interior Turismo, com uma dotação de 20 milhões de euros, prevê um apoio até 70% a fundo perdido da despesa elegível, até um máximo de 400 mil euros por projeto.
“Estamos a explicar os apoios disponíveis para empresas e para as intuições e autarquias, no âmbito destas medidas englobadas no Roteiro + Interior Turismo num território que é uma Bio-Região e também é classificado pela Unesco ”, vincou Nuno Fazenda.
Segundo o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, o interior do país pode e deve ser um fator “de inspiração e transformação do próprio turismo nacional”.
Por seu lado, o presidente da Associação de municípios do Baixo Sabor disse esperar que a linha de apoio que agora está a ser anunciada pelo Governo possa complementar e reforçar o investimento neste este território que abrange quatro concelhos do Nordeste Transmontano.
“Estamos a preparar candidaturas ao programa Roteiro + Interior Turismo destinadas à promoção do turismo natureza ou para um plano de divulgação, comunicação e desenvolvimento dos projetos destinados aos ‘Lagos do Sabor’”, indicou o também presidente da câmara de Alfândega da Fé.
A iniciativa Agenda Turismo para o Interior integra um pacote de medidas que o Governo apresentou em maio, na cidade da Covilhã, no valor de 200 milhões de euros e prevê um apoio até 70% a fundo perdido da despesa elegível, até um máximo de 400 mil euros por projeto.
Mogadouro: Festival aéreo “Red Burros Fly In” regressa com exibição de aeronaves
O festival aéreo “Red Burros Fly In” regressa aos céus de Mogadouro este sábado, dia 29 de julho e nesta edição vão participar meia centena aeronaves de vários pontos do país e de Espanha, protagonizando acrobacias aéreas e saltos em paraquedas.
“Este festival está incluído no cartaz de atividades do município para o verão, sendo uma iniciativa com muita procura. Esta é a segunda edição em que deslocamos, pelo segundo ano consecutivo, o ‘Red Burros Fly In’ para a zona histórica, para um maior envolvimento de todos os que apreciam o mundo da aviação ligeira”, disse a vereadora do Desporto e Cultura, Márcia Barros.
De acordo com a organização, o “Red Burros Fly In” já é um festival de dimensão internacional, contando com a presença de várias nacionalidades e ao mesmo tempo atrai fotógrafos e apaixonados pela aviação ligeira, em geral.
“Este ano vamos ter menos pilotos espanhóis presentes devido a eventuais constrangimentos no espaço aéreo, devido ao aproximar da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e as taxas de carbono em vigor”, vincou a vereadora.
Do programa consta o lançamento de paraquedistas (Falcões Negros do Exército), a que se juntam vários tipos de acrobacias aéreas, que estarão a cargo de pilotos como Luís Garção, no seu Extra 330 LT, e Pedro Cunha Pereira aos comandos de um Citabria. Está igualmente prevista uma exposição estática de modelos de aviões de vários modelos e épocas.
A acrobacia de formação tem presença assegurada com os YakStar, onde duas aeronaves executarão manobras a alta velocidade. No final do festival está programada uma formação com todos os aviões de acrobacia “num espetáculo visual único”.
Outra das presenças aguardadas é a Patrulha Fantasma, a única na Península Ibérica a executar manobras com aeronaves “com motores de características dissimilares”.
A organização deste festival, que vai já na sua 12.ª edição, promete ainda a presença da “acrobacia clássica”, com um North American T-6, bem como um Chipmunk Mk20, aviões que fizeram história ao serviço da Força Aérea Portuguesa (FAP).
O “RedBurros Fly-In” terá como ponto de partida o Aeródromo Municipal de Mogadouro (AMM) e as acrobacias centram-se junto ao castelo templário de Mogadouro, envolvendo, assim, toda a comunidade local e visitantes.
“O “Red Burros FlY In” é um festival inspirado na tradicional feira asinina, que decorre anualmente na aldeia do Azinhoso, localidades onde está instalado o AMM, tendo como objetivo aproximar a comunidade ao mundo da aeronáutica, desde pequenos a graúdos, com o intuito de promover, divulgar e estimular o desenvolvimento da aviação no nordeste transmontano na vertente desportiva, comercial, militar, lazer e turismo”, avançou a autarca.
O nome colocado ao festival “Red Burros Fly In é uma mistura de várias tradições e empenho na organização já que “Red “ significa o sangue, alma e empenho dado ao festival” e “a [outra] palavra faz jus a um animal que está na moda e sempre teve ligações à região [o burro]”. A primeira edição do evento ocorreu em 2010.
De acordo com a mesma fonte, o evento aeronáutico é gratuito.
Todo o evento será supervisionado e autorizado pela Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), GNR e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Vale de Mira: Festas em honra de Santa Ana e Nossa Senhora das Dores
No fim-de-semana de 29 e 30 de julho, a aldeia de Vale de Mira, no concelho de Miranda do Douro está em festa, sendo esperado muito público para participar num programa festivo, em que os destaques são os jogos tradicionais, o jantar convívio, a celebração religiosa e o concerto musical da artista Rebeca.
Nestes meses quentes de verão, todas as localidades da Terra de Miranda celebram as tradicionais festas e romarias, prestando assim homenagem aos santos patronos de cada localidade. Em Vale de Mira, as festividades são dedicadas à padroeira Santa Ana e a Nossa Senhora das Dores.
Segundo Bruno Vasco, da comissão de festas, o programa festivo em Vale de Mira inicia-se no sábado, dia 29 de julho, às 14h00, com a realização dos jogos tradicionais, como a malha e o bota abaixo. Para o final da tarde, está preparado um jantar convívio, numa ementa com bacalhau e cabra estufada. O dia de sábado termina com animação musical.
Nestas festividades assume uma especial importância a participação nas celebrações religiosas e nas procissões, pois são oportunidades de conhecer melhor a história de vida dos santos padroeiros de cada localidade.
No Domingo, dia 30 de julho, a festa reinicia com o peditório pela aldeia, acompanhado pelo grupo de gaiteiros locais. Às 14h30, vai celebrar-se a missa em honra de Santa Ana e Nossa Senhora das Dores.
Este ano, os destaques da festa em Vale de Mira são os concertos musicais do grupo ”Konsequência”, que antecede a popular artista “Rebeca”.
Santa Ana
Ana e Joaquim são os pais da Virgem Maria, Mãe de Deus, segundo a antiga tradição cristã, que remonta ao século II.
O culto a Santa Ana já existia no oriente no século VI e estendeu-se depois ao ocidente, no século X.
Mais recentemente foi introduzido o culto a São Joaquim. Santa Ana e São Joaquim, são considerados os patronos dos avós e a sua festividade celebra-se a 26 de julho.
Tradicionalmente, a iconografia representa Santa Ana ensinando a Virgem Maria a ler.
Miranda do Douro: 30 jovens peregrinos franceses preparam-se para as JMJLisboa
De 26 a 30 de julho, Miranda do Douro está a acolher a estadia de cerca de 30 jovens peregrinos franceses, oferecendo-lhes um programa cultural e religioso, antes da partida para Lisboa, para participar nas Jornadas Mundiais da Juventude.
A oração de acolhimento aos jovens peregrinos franceses realizou-se no serão do dia 26 de julho, na catedral de Miranda do Douro.
O grupo de 30 jovens peregrinos franceses, provenientes de diocese de Auch, localizada no sudoeste de França, chegou a Miranda do Douro, no dia 26 de julho, tendo sido recebidos no salão nobre do município, pela presidente Helena Barril. A autarca expressou a sua alegria pela estadia dos jovens em Miranda do Douro, antes da partida para as Jornadas Mundiais da Juventude, que vão decorrer de 1 a 6 de agosto, em Lisboa.
“Desde logo, Miranda do Douro quis associar-se ao grande encontro mundial das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), através do acolhimento de um grupo de jovens peregrinos. De 26 a 30 julho, vamos proporcionar-lhes o alojamento, a alimentação e dar-lhes a conhecer o nosso território”, disse.
Helena Barril especificou que o grupo de jovens franceses vai ficar alojado na residência do centro de formação agrícola, em Malhadas.
“Espero que, aquando da partida para Lisboa, no próximo dia 31 de julho, os jovens franceses levem o coração cheio da nossa hospitalidade, de simpatia e de boas recordações de Miranda do Douro, para que possam voltar no futuro!”, disse.
A estadia dos jovens em Miranda do Douro resulta de uma iniciativa conjunta entre o município local, a diocese Bragança-Miranda e a paróquia de Santa Maria Maior.
Assim, de 26 a 30 de julho, os jovens franceses vão ser presenteados com um programa espiritual e cultural, no qual se incluem momentos de oração, uma peregrinação até ao Santuário de Nossa Senhora do Naso e um concerto na concatedral.
Aquando da chegada a Miranda do Douro, no serão do dia 26 de julho, realizou-se na concacatedral, a oração de acolhimento aos jovens peregrinos franceses, durante a qual os visitantes se apresentaram à população local.
O anfitrião, o padre Manuel Marques, explicou as Jornadas Mundiais da Juventude, que vão decorrer de 1 a 6 de agosto, em Lisboa, tem por grande objetivo “despertar o interesse da juventude pelo conhecimento de Deus”.
“Com as JMJ Lisboa 2023 queremos dar a conhecer Deus aos jovens e mostrar-lhes uma igreja viva, alegre e que propõe um estilo de vida saudável e assente em valores como a comunhão, a partilha e o serviço”, disse.
Por sua vez, o bispo francês, Bertrand Lacombe, que está a acompanhar o grupo de 30 jovens franceses, acrescentou que para atrair a juventude à igreja é necessário propor-lhes atividades novas e criativas, que vão ao encontro dos seus interesses e gostos.
“Nas Jornadas Mundiais da Juventude, em Lisboa, vão participar 40 mil jovens de toda a França. Muitos destes jovens sentem-se integrados na igreja, porque participam em movimentos como o escutismo, os serviços de voluntariado e os grupos de oração, como é o caso da comunidade ecuménica de Taizé, disse.
Sobre a participação dos jovens nas Jornadas Mundiais da Juventude, em Lisboa, o bispo francês disse esperar que sejam sobretudo dias de encontro com Deus e com os jovens do mundo inteiro.
A jovem, Cecile Michard, de 18 anos, que integra o grupo de peregrinos franceses agradeceu ao município e à paróquia de Miranda do Douro, o acolhimento nestes dias prévios ao grande evento, em Lisboa.
“Agradecemos ao município e à paróquia de Miranda do Douro, pelo caloroso acolhimento, pela estadia e por nos proporcionar um programa espiritual e cultural, antes da viagem para Lisboa, para participar nas Jornadas Mundiais da Juventude”, disse.
Programa "Dias na Diocese", em Miranda do Douro:
Quarta-feira, dia 26 de julho: celebração do acolhimento, às 21h00, na catedral;
Quinta-feira, dia 27 de julho: peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora do Naso e celebração da eucaristia, às 11h30.
Sexta-feira, dia 28 de julho: concerto oração, na catedral, às 21h00.
Sábado, dia 29 de julho: celebração mariana, às 21h00, na catedral.
Domingo, dia 30 de julho: celebração do envio dos peregrinos, às 21h00, na catedral
Ambiente: Peixes dos rios portugueses em risco de sobrevivência
Mais de metade das espécies de peixes de água doce existentes em Portugal estão ameaçadas de extinção, seis delas criticamente em perigo, alerta o Livro Vermelho, agora apresentado.
O chamado de “Livro Vermelho dos Peixes Dulciaquícolas e Diádromos” (de água doce e que migram da água doce para a salgada e vice-versa), o trabalho estudou 43 espécies de peixes, sendo 32 residentes e 10 migradores, confirmando-se também a extinção de uma espécie em Portugal, o esturjão.
Segundo os resultados do projeto, que foi coordenado pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, há seis espécies que merecem a maior preocupação por estarem “criticamente em perigo”. Estão neste conjunto a lampreia-do-nabão, a lampreia-do-sado, e o ruivaco-do-oeste. Ao grupo juntam-se três peixes migradores, o salmão-do-atlântico, a truta-marisca e a lampreia-do-rio.
Em perigo estão mais 15 peixes, entre eles o sável, o saramugo ou a boga-portuguesa. Na categoria de vulnerável, o projeto coloca cinco espécies.
Como resultado, 26 das espécies nativas, 60%, estão classificadas numa das três categorias de ameaça da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
O Livro Vermelho agora apresentado segue-se a outro trabalho que foi divulgado há 18 anos.
Pedro Raposo de Almeida, diretor do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), que participou nestes estudos, disse que o livro é um instrumento para auxiliar a conservação dos peixes migradores e de água doce e alertou que os próximos 10 nos são cruciais na gestão e conservação da natureza no que respeita à parte aquática, porque se corre o risco de extinção de muitas espécies.
Na mesma linha, Filomena Magalhães, coordenadora geral do projeto, na sessão de apresentação do livro salientou “a força dos números”, exemplificando com apenas 19% das espécies com uma classificação que representa pouca preocupação.
E lembrou que há espécies que não foi possível avaliar, que podem estar ameaçadas e em risco de se perderem.
“Falta-nos dados sobre populações, mas a perceção que temos é que o cenário pode ser ainda mais preocupante. Os custos da não ação são demasiados”, disse.
Para ilustrar a gravidade da situação, a responsável lembrou a existência de espécies unicamente em Portugal, o que significa que não existem em mais nenhum lugar do mundo, além de rios em Portugal e que se a espécie se perder significa a sua extinção.
“Nove das espécies de peixes de água doce enfrentam um risco de extinção extremamente ou muito elevado”, dizem os responsáveis, segundo os quais sete dos 17 endemismos da Península Ibérica estão também ameaçados.
Para reverter a situação, Filomena Magalhães, professora da Faculdade de Ciências, defendeu como essenciais medidas como a restauração de habitats, melhorar as condições dos sistemas aquáticos e áreas ribeirinhas, e tentar contrariar intervenções como a captação de água. E monitorizar constantemente a situação.
Estruturas como barragens, poluição de origem doméstica e agroflorestal ou as alterações climáticas são outros perigos para os peixes dos rios portugueses.
Das 43 espécies de peixes de água doce analisadas, apenas oito não estão em risco de extinção.
O projeto de estudo do Livro Vermelho sobre os peixes começou em 2019. Em simultâneo, foi também apresentado o Sistema Nacional de Informação dos Peixes Dulciaquícolas e Migradores, SNIPAD, uma plataforma que tem como objetivo reunir e facilitar o acesso a informação sobre os peixes dos rios portugueses e servir para apoiar a investigação científica e a conservação destas espécies.
Miranda do Douro: Hotel Vila Galé Mirandum visa atrair novos turistas
A presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, anunciou que o grupo Vila Galé vai investir 14 milhões de euros na construção de uma unidade hoteleira de quatro estrelas na cidade, prevendo criar 38 novos postos de trabalho.
“O projeto passa pela construção, instalação e exploração de uma unidade hoteleira, com equivalência a quatro estrelas, por parte do grupo Vila Galé. Estamos a acompanhar este projeto que ronda os 14 milhões de euros e a criação prevista de 38 postos de trabalho”, adiantou Helena Barril.
De acordo com a autarca de Miranda do Douro, esta unidade hoteleira terá 60 quartos e uma área de construção de 4.500 metros quadrados.
“Trata-se de um investimento estruturante para o concelho de Miranda do Douro, que vai dinamizar a economia local. O futuro empreendimento hoteleiro não vai prejudicar os empresários já existentes do setor, pois a nova oferta destina-se a um segmento de público diferenciado.”, vincou Helena Barril.
Este futuro empreendimento hoteleiro, na opinião da autarca, tem por objetivo atrair um público de segmento médio/alto à cidade e ao concelho de Miranda do Douro.
Helena Barril acrescentou ainda que a montagem do estaleiro para a construção do hotel terá o seu arranque no final deste ano, havendo um prazo de cerca de dois anos e meio para a conclusão do equipamento turístico.
De acordo com a autarquia de Miranda do Douro, o empreendimento turístico fará parte da gama “Collection” dos hotéis do grupo e será designado por “Hotel Vila Galé Mirandum”.
O município de Miranda do Douro cedeu, após concurso público dos direitos de superfície e pelo prazo de 60 anos, um terreno com uma área aproximada de 41 mil metros quadrados localizado nas imediações da barragem, em pleno Douro Internacional.
“Houve outras consultas por parte de vários interessados a esta iniciativa de cedência dos direitos de superfície, mas o vencedor foi o grupo hoteleiro Vila Galé”, disse a autarca mirandesa.
O grupo Vila Galé confirma que participou num concurso que ainda decorre dentro dos prazos legais.
“Oportunamente, caso a proposta venha a ser aceite, serão comunicados mais detalhes”, indicou fonte do grupo.