Fazer o bem incomoda

X Domingo do Tempo Comum

Fazer o bem incomoda

Gen 3, 9-15 / Slm 129 (130), 1-8 / 2 Cor 4, 13 – 5, 1 / Mc 3, 20-35

A popularidade de Jesus trouxe-lhe atenção indesejada. As palavras que proferia e os milagres que fazia provocaram reações fortemente adversas, não só entre desconhecidos, mas também entre amigos e familiares. Contrariamente ao bom senso, fazer o bem desperta, no pior dos casos, uma certa mesquinhez naqueles que nos rodeiam e, no melhor, uma preocupação com o nosso estilo de vida.

Quantos de nós já fomos tidos por insensatos ou ingénuos por colocar o Evangelho em prática? Sejam os fins de semana passados longe da família numa formação ou num retiro, seja o nosso envolvimento na paróquia ou num movimento, e mesmo a frequência dos sacramentos, o seguimento de Jesus é sempre acompanhado de obstáculos.

O Senhor prepara-nos para esta resistência aos trabalhos do Reino. No episódio do Evangelho deste domingo, bem como noutras passagens da Sagrada Escritura, é recorrente o apelo de Jesus a não procurarmos nem o aplauso nem a popularidade. Se o reconhecimento chegar, alegremo-nos e dêmos glória a Deus.

Mas se o que nos for oferecido for a rejeição e a crítica, não nos deixemos abalar. Tenhamos a liberdade para contrastar as nossas vidas com a vida de Jesus e resistamos, com coragem e sem vacilar, à tentação do aplauso e do acolhimento fácil. Esta é a via rápida para uma vida sem sabor, dependente do olhar dos outros, sem verdadeira liberdade.

As duras palavras de Jesus sobre a sua família – «são aqueles que fazem a vontade de Deus» – devem ser o nosso cajado nos momentos mais difíceis da nossa peregrinação na terra. Sejamos corteses com todos, mas resistamos à tentação de a todos querer agradar. A bondade dos nossos passos não será medida em aplausos, a justeza das nossas palavras não depende do reconhecimento, mas sim de ter um coração de carne quando abunda ressentimento e ceticismo.

O sal preserva a carne porque rejeita ser como a carne. Assim também nós, que recebemos dos lábios de Jesus a missão de sermos sal da terra, devemos arriscar cuidar de quem nos rodeia sem deixar esmorecer o Evangelho.

Fonte: Rede Mundial e Oração do Papa

Vimioso: Exposição “155 anos da Escola Conde Ferreira”

Vimioso: Exposição “155 anos da Escola Conde Ferreira”

Por ocasião dos 155 anos da construção da Escola Conde Ferreira, em Vimioso, foi inaugurada no dia 4 de junho, a exposição “(Trans)formar a escola em arquivo”, uma mostra que permite conhecer a história do benemérito Joaquim Ferreira dos Santos, que financiou a construção deste antigo estabelecimento de ensino, que em 2013 foi transformado no atual e moderno arquivo municipal.

No panfleto alusivo à exposição, o município de Vimioso recorda que o benemérito Conde Ferreira (1782-1866) legou parte da sua fortuna para a construção de Escolas de Instrução Primária.

“Convencido de que a instrução pública é um elemento essencial para o bem da sociedade, quero que os meus testamenteiros mandem construir e mobiliar cento e vinte casas de escolas primárias de ambos os sexos nas terras que forem cabeças de concelho, sendo todas por uma mesma planta e com acomodações para vivenda do professor, não excedendo a o custo da casa e mobília a quantia de 1.200$000 réis: e pronta que esteja a casa, será a mesma entregue à Junta da Paróquia em que for construída.” – Testamento de Joaquim Ferreira dos Santos, Conde de Ferreira, lavrado no dia 15 de março de 1866.

Na vila de Vimioso, a Escola Conde Ferreira foi edificada no local do antigo Castelo e ficou concluída no ano de 1869. Funcionou ao longo de 105 anos como escola de instrução primária, até ao ano de 1974.

Em 2013, após obras de requalificação a antiga escola abriu portas como Arquivo Municipal.

A exposição “(Trans)formar a escola em arquivo” pode ser visitada até 31 de agosto.

O Conde Ferreira

Joaquim Ferreira dos Santos nasceu a 4 de outubro de 1782, no lugar de Vila Meã, atual lugar de Azevedo, na freguesia de Campanhã. Foi o quinto filho de um casal de lavradores. 

Embarcou jovem para o Rio de Janeiro, onde se dedicou à atividade de comerciante. Casou com Severa Lastra, de nacionalidade argentina e de enorme fortuna. Estendeu a atividade comercial para a Argentina, América Central e, por último, África, mais propriamente para Angola.

Em 1832 regressou a Portugal, instalando-se, definitivamente, no Porto. Desde aqui, dinamiza operações comerciais com o Rio de Janeiro. 

Após a sua morte, a 24 de março de 1866, e sem descendência, torna-se benemérito nacional. No testamento destinou dinheiro para a criação de 120 escolas espalhadas pelo país, com uma particularidade, em termos arquitetónicos: o projeto tinha de incluir, para além da escola, a construção de uma casa anexa para o professor viver. 

HA

Vimioso: Exposição de arte sacra

Vimioso: Exposição de arte sacra

«Santa Maria – Devoção e Cultura» é o tema de uma exposição de arte sacra que está patente, nas galerias da Casa da Cultura de Vimioso, até 31 de agosto.

“São perto de 40 imagens, entre os séculos XVII e XX, provenientes de algumas famílias e do acervo sacro das comunidades de Algoso, Caçarelhos, Mora, Pinelo, São Joanico, Serapicos, São Pedro, Vale Pena, Vilar Seco e Vimioso (Diocese de Bragança-Miranda)”, lê-se numa nota enviada à Agência ECCLESIA.

“Olhar para Santa Maria é referenciá-la a uma igreja, capela, oratório ou até a uma família. Um lugar de culto é, mesmo fora das celebrações, um lugar vivo onde se exprimem a oração do povo e a realidade invisível”, salienta o padre Rufino Xavier, promotor da iniciativa.

“A deslocação de uma obra (escultura ou pintura) para uma exposição como esta pode ser ocasião, para a comunidade que a circunda ou frequenta, de entrar na compreensão do lugar e do mistério que fez nascer a obra, reapropriando-se delas de uma nova maneira, para que possam permitir ao outro de aí entrar e perceber o sentido”, acrescenta.

«Santa Maria / Devoção e Cultura» tem o apoio do Município de Vimioso e de todas as Comissões Fabriqueiras da Unidade Pastoral Senhora da Visitação.

Fonte: Ecclesia

Meteorologia: Possibilidade de trovoadas secas e queda de granizo

Meteorologia: Possibilidade de trovoadas secas e queda de granizo

A Proteção Civil alertou para o agravamento das condições meteorológicas na sexta-feira e sábado, com possibilidade de queda de granizo, subida da temperatura até aos 36 graus e elevado perigo de incêndios rurais.

Num aviso à população, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) citou previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que apontam para a possibilidade de aguaceiros, por vezes fortes, acompanhados de trovoadas nas regiões Norte e Centro, “não sendo de excluir a possibilidade de trovoadas secas”.

O vento, de quadrante sul, poderá soprar com rajadas fortes, estando também prevista uma subida da temperatura máxima, com valores entre os 33 graus e os 36 graus.

Poderão ocorrer inundações em zonas urbanas, cheias, deslizamentos de terras e derrocadas e o piso rodoviário poderá acumular lençóis de água. Queda de ramos de árvores e danos em infraestruturas de comunicação e energia são outros efeitos expectáveis.

De acordo com a ANEPC, o impacto destes efeitos pode ser minimizado, através da adoção de comportamentos adequados. Em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, recomenda-se a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e a retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas.

Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas e ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, são outras recomendações.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Apresentação das “Constituições sinodais do Bispado de Miranda de 1565”

Miranda do Douro: Apresentação das “Constituições sinodais do Bispado de Miranda de 1565”

As “Constituições Synodaes do Bispado de Miranda”, um “livro raro” datado de 1565, foi reeditado e apresentado na concatedral, em Miranda do Douro, no dia 5 de junho, numa cerimónia que contou com a participação de várias personalidades, entre as quais os autores do estudo, a presidente do município, Helena Barril e o arcebispo primaz de Braga, Dom José Cordeiro.

O professor de História Medieval e de História da Igreja da Universidade do Porto (UO), Luis Amaral, fez uma apresentação da obra agora reeditada.

Na abertura da cerimónia, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, deu a conhecer uma das obras originais das “Constituições Synodaes do Bispado de Miranda”. O exemplar, com 469 anos, foi recentemente adquirido pela autarquia e depois de restaurado vai ser colocado numa vitrina, na concatedral de Miranda do Douro.

Por sua vez, a Frauga- Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote, promotora da reedição desta obra, através do presidente, Jorge Lourenço, agradeceu a participação das várias personalidades e do público na cerimónia. O presidente da Frauga destacou, em particular, o trabalho desenvolvido pelos autores do estudo, que decorreu ao longo de quase quatro anos.

Na apresentação das “Constituições Synodaes do Bispado de Miranda”, o professor e historiador, Luís Amaral, explicou que o livro contém um conjunto de normas que naquela época tinham um impacto extenso na vida quotidiana, com implicações não só religiosas mas também políticas e civis.

“A reconstituição desta obra é um feito de salvaguarda do património nacional e não apenas local. No século XVI, as Constituições Sinodais do Bispado de Miranda foram uma resposta aos problemas decorrentes das profundas transformações sociais que se viviam na Europa”, justificou.

De regresso a Miranda do Douro, Dom José Cordeiro, agora como arcebispo primaz de Braga, para participar na apresentação desta obra, salientou a importância de dar atenção às “raízes”.

“Olhar para o passado ajuda-nos a ver o futuro com renovada esperança”, disse.

Um dos autores da reconstituição das “Constituições Synodaes do Bispado de Miranda”, o diretor do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto (UP), José Francisco Meirinhos, indicou que este livro foi publicado em 1565, sendo provavelmente o primeiro livro dedicado à cultura religiosa na Terra de Miranda.

Como se lê no prefácio, estas ‘constituições’ constituem não só “um documento de extraordinária importância para a história da Igreja em Portugal”, mas também “para se compreender a posição cultural e política de Miranda em meados do século XVI como centro administrativo e eclesiástico de um novo bispado, que ocupava uma importante posição militar sobre a linha defensiva e de fronteira com Espanha”.

Segundo o investigador, a obra reflete ainda “as posições da Igreja de Roma aprovadas no longo concílio de Trento”, que se estendera de 1545 a 1563, apenas dois anos antes da publicação original.

Das “Constituições Synodaes do Bispado de Miranda” existem apenas 14 exemplares e 13 estão em assinalável desgaste por causa do uso intensivo ao longo dos séculos.

No entendimento da professora de Literatura da FLUP, Maria de Lurdes Correia Fernandes, o uso intensivo, a falta de páginas e as muitas anotações escritas revelam que o interesse que esta obra despertou ao longo do tempo.

O livro estabelece a organização da antiga diocese de Miranda, como a hierarquia eclesiástica, as funções de cada membro da igreja e sobretudo, qual a atividade de culto legítimo, que era prescrita aos habitantes da cada localidade da Terra de Miranda.

No encerramento da apresentação das “Constituições Synodaes do Bispado de Miranda”, o atual bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, felicitou a iniciativa conjunta da Frauga, do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto (UP) e do Município de Miranda do Douro.

“Com a reedição desta obra é agora possível conhecer a história religiosa, cultural, social, política e militar do então bispado de Miranda, em meados do século XVI”, destacou.

As “Constituições Synodaes do Bispado de Miranda” foram estabelecidas por Julião de Alva, terceiro bispo da então diocese de Miranda, 20 anos após a sua criação, que recorde-se aconteceu em 1545.

HA e Lusa

Portugal: Há um milhão de imigrantes no país

Portugal: Há um milhão de imigrantes no país

Em 2023, a população estrangeira em Portugal aumentou cerca de 33%, totalizando mais de um milhão de imigrantes a viver legalmente no país, segundo informações apresentadas pelo Governo.

O Plano de Ação para as Migrações, apresentado pelo Executivo e que inclui 41 medidas, indica que “a população imigrante aumentou de forma significativa no último ano”, passando de 781.247 em 2022 para 1.040.000 em 2023.

O Governo compara também com o número e imigrantes residentes em Portugal em 2015, que era 383.759.

O documento precisa que os dados de 2023 são provisórios e não estão incluídas nestas estatísticas os estrangeiros com situação regular ao abrigo da concessão de autorizações de permanência, de vistos de curta duração, de estudo, de trabalho ou de estada temporária, bem como os estrangeiros com situação irregular.

De acordo com o Governo, a maior parte das autorizações de residência atribuídas em Portugal são para o exercício da atividade profissional.

O documento indica ainda que as migrações contribuem para “a revitalização demográfica e o aumento da população ativa”, tendo a maior parte dos estrangeiros residentes em Portugal entre os 25 e os 44 anos.

No Plano de Ação para as Migrações, aprovado pelo Conselho de Ministros, o Governo pôs fim ao regime excecional que permitia a um estrangeiro entrar em Portugal e só depois pedir autorização de residência e anunciou a criação de uma estrutura de missão para regularizar processos pendentes, estimados em 400 mil.

Entre as 41 medidas prevista no plano, consta ainda a transformação do atual visto de mobilidade para imigrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) num visto comunitário (Shengen), que permite circular pela União Europeia, e criação de uma Unidade de Estrangeiros e Fronteiras (UEF) na PSP para fiscalizar a presença de imigrantes e criar centros de atendimento de emergência.

Fonte: Lusa

Europeias: Mais de 212 mil eleitores votaram antecipadamente

Europeias: Mais de 212 mil eleitores votaram antecipadamente

No Domingo, dia 2 de junho, mais de 212 mil eleitores portugueses, entre os quais o Presidente da República e o primeiro-ministro, votaram antecipadamente para as eleições europeias, indicou o Ministério da Administração Interna (MAI).

De acordo com o MAI, os dados até agora recolhidos dizem respeito a 293 câmaras municipais, faltando contabilizar 15 autarquias.

Até ao momento, foram contados 212.794 votantes de 252.209 eleitores inscritos, perfazendo uma taxa de participação de 84%.

No Domingo, dia 2 de junho, os eleitores inscritos até ao dia 30 de maio, poderiam votar no município que escolheram quando solicitaram o voto antecipado.

O eleitor inscrito para votar antecipadamente mas que não tenha conseguido fazê-lo poderá ainda exercer o seu direito cívico no dia das eleições, a 9 de junho, em qualquer mesa de voto à sua escolha em Portugal e no estrangeiro.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, votaram antecipadamente para as eleições europeias, para as quais são chamados a votar mais de 10,8 milhões de portugueses, para escolher 21 dos 720 eurodeputados.

Em Portugal, concorrem às eleições europeias 17 partidos e coligações: a AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.

A modalidade de voto antecipado em mobilidade foi instituída com a entrada em vigor da Lei Orgânica n.º 3/218, por ocasião da eleição de deputados portugueses ao Parlamento Europeu em 2019.

Fonte: Lusa

Miranda do Douro: Gorgonzola é a primeira pizzaria do interior do país certificada na pizza napolitana

Miranda do Douro: Gorgonzola é a primeira pizzaria do interior do país certificada na pizza napolitana

A pizzaria Gorgonzola, localizada na cidade de Miranda do Douro, é a primeira pizzaria do interior do país a receber a certificação internacional da verdadeira pizza napolitana, uma distinção concedida pela Associazione Verace Pizza Napoletana (Itália).

Inaugurada em 2006, na cidade de Miranda do Douro, a pizzaria Gorgonzola (nome do queijo picante de leite de vaca, originário de Gorgonzola, em Itália), está agora registada na Associazione Verace Pizza Napoletana (Itália), com o número 1081, o que atesta que o fabrico e a confecção segue os preceitos da verdadeira pizza napolitana.

Segundo a Associazione Verace Pizza Napoletana (Itália), a pizzaria Gorgonzola, é a 8ª pizzaria em Portugal, a receber esta distinção e a primeira no interior do país. As outras pizzarias certificadas estão localizadas em Lisboa (5), Porto (1), Aveiro (1) e Miranda do Douro (1).

Para o proprietário da pizzaria Gorgonzola, Emanuel Soares, este reconhecimento é o resultado do trabalho de vários anos, ao longo dos quais começou como autodidata, para depois procurar aconselhamento e formação profissional, inicialmente junto do italiano Giuseppe Irace e depois junto de outras entidades.

Desde então, o pizaiolo, Emanuel Soares, aprendeu a receita e várias técnicas, que lhe permitiram aperfeiçoar-se na arte de confecionar as originais pizzas napolitanas: a “marguerita” e a “marinara”.

“Uma das caraterísticas da pizza napolitana é o tempo de cozedura, entre 60 a 90 segundos, num forno com uma temperatura a 450 graus. Outras das caraterísticas da verdadeira pizza napolitana são a farinha selecionada, a forma de amassar e a escolha criteriosa dos ingredientes”, indicou.

Para a obtenção da certificação internacional, a pizzaria Gorgonzola, localizada na rua do Mercado, em Miranda do Douro, também foi requalificada com a introdução de um forno moderno, com a reorganização do espaço de trabalho e de maior conforto para o público.

Atualmente, a pizzaria Gorgonzola emprega quatro pessoas e serve uma grande variedade de pizzas. Questionado sobre quais as pizzas mais procuradas nos meses do verão, o pizzaiolo, Emanuel Soares, sugeriu, por exemplo, as pizzas com rúcula.

“Após o tempo de cozedura no forno, a pizza leva uma salada fresca, a rúcula, o que torna a pizza agradável de comer neste tempo de calor”, sugeriu.

A par do trabalho na pizzaria Gorgonzola, Emanuel Soares, também presta serviços de catering e participa regularmente em eventos, como a Ronda das Adegas que decorre em Atenor, nos dias 7, 8 e 9 de junho.

“Gorgonzola” é o nome do queijo picante de leite de vaca, originário de Gorgonzola (Itália), de pasta mole e amanteigada, com o interior raiado de mofo e cheiro intenso.

HA

Miranda do Douro: Diretora do Museu da Terra de Miranda dedica prémio à cultura mirandesa

Miranda do Douro: Diretora do Museu da Terra de Miranda dedica prémio à cultura mirandesa

A diretora do Museu da Terra de Miranda, Celina Bárbaro Pinto, foi distinguida com o Prémio de Mérito Profissional na área da Museologia, numa cerimónia que decorreu no dia 31 de maio, na Alfândega do Porto e contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Todos os anos, a cerimónia da APOM – Associação Portuguesa de Museologia premeia os profissionais e instituições que mais se destacaram no panorama museológico nacional.

Segundo a APOM, o prémio atribuído à diretora do Museu da Terra de Miranda, Celina Pinto, é um reconhecimento do seu trabalho e dedicação à promoção e divulgação da museologia e da cultura da Terra de Miranda, tanto a nível nacional como internacional.

Questionada sobre a importância desta distinção, Celina Pinto, afirmou que foi “com surpresa e honra” que recebeu o prémio, num elenco em que estavam representados profissionais dos museus de todo o território continental e das regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

“Agradeço à Associação Portuguesa de Museologia (APOM) pelo cuidado em acompanhar e valorizar o trabalho de todos os museus e dos seus profissionais, quer estejam sediados nos grandes centros urbanos, mas também no interior e nas ilhas”, destacou.

Sobre o prémio, a diretora do museu fundado por António Maria Mourinho e aberto ao público a 18 maio de 1982, fez questão de o dedicar “a todos os mirandeses e mirandesas, que amam este território e a sua peculiar cultura”.

“Entendo o Prémio de Mérito Profissional na área da Museologia, não como um prémio de valorização pessoal, mas sim de valorização deste território e do equipamento cultural que é o Museu da Terra de Miranda. Sempre defendi que este museu tem um potencial cultural imenso.”, disse.

No Museu da Terra de Miranda é possível conhecer as expressões culturais do planalto mirandês, desde a habitação, os hábitos agro-pastoris, o trajo ancestral, o calçado, a caça e a pesca nos rios, os instrumentos de trabalho, os adornos pessoais, as diversas formas de artesanato (ferro, madeira, cestaria, couro, linho e lã), a alimentação, as crenças rituais e a fala, com a predominância de uma língua própria – a língua mirandesa.

Em obras de requalificação desde novembro de 2022, o Museu da Terra de Miranda, está num processo de modernização. Segundo a diretora, Celina Pinto, as obras estruturais do edifício já estão concluídas e está decorrer agora a segunda fase da requalificação, que pressupõe outra candidatura e um concurso público, para a instalação dos equipamentos técnicos como o ar condicionado, as bombas de calor, painéis solares, ventilação, etc.

“Posteriormente, vai proceder-se à instalação da museologia e da museografia. Ou seja, vamos selecionar as peças, elaborar o discurso museológico, a cenografia e o contexto histórico-cultural. Este trabalho é a cereja no topo do bolo, de qualquer técnico de museologia, pois é o que comunica com o público que visita o museu”, disse.

Atualmente, o Museu da Terra de Miranda encontra-se temporariamente instalado, no antigo Paço Episcopal, em Miranda do Douro. Com o propósito de recordar a arquitetura do edifício, construído no século XVII e e cuja ruína aconteceu com a transferência da sede episcopal para Bragança em 1780, foi feita uma maquete do antigo edifício do bispado.

“A maquete do antigo paço episcopal foi encomendada a Matias Figueruelo, que já tinha construído a maquete da concatedral de Miranda do Douro e realizado trabalhos sobre a rota do Românico, em Espanha. O Museu da Terra de Miranda achou por bem, reconstruir a maquete do antigo Paço Episcopal, que naquela altura e em conjunto com a catedral, seria um edifício belíssimo e grandioso, na cidade de Miranda do Douro”, disse.

Com a recente reorganização operada pelo Ministério da Cultura, o Museu da Terra de Miranda ficou sob a tutela da entidade pública Museus e Monumentos de Portugal, enquanto que a Concatedral e o antigo paço episcopal passaram para a alçada do Património Cultural.

HA

Fotos: MTM

Bragança – Miranda: Canonização da irmã Maria de São João Evangelista

Bragança – Miranda: Canonização da irmã Maria de São João Evangelista

Durante o V Congresso Eucarístico Nacional, o bispo da diocese de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, anunciou que a Santa Sé autorizou a abertura do processo de beatificação e canonização de irmã Maria de São João Evangelista, fundadora das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado.

D. Nuno Almeida, que leu a carta recebida da Santa Sé, do Dicastério das Causas dos Santos, em resposta ao pedido da diocese transmontana, explicou que “nada impede” (nihil obstat), a abertura da causa de canonização e beatificação da Serva de Deus irmã Maria de São João Evangelista.

“Analisada a questão, apraz-me certificar vossa excelência de que da parte da Santa Sé nada obsta a que se possa abrir a causa de beatificação e canonização da referida Serva de Deus, cumpridas as normas a observar nos inquéritos a fazer, publicadas por este dicastério”, destacou da carta do organismo da Cúria Romana.

O bispo da Diocese de Bragança-Miranda deu a novidade no painel ‘Eucaristia e Santidade’ do V Congresso Eucarístico Nacional, que está a decorrer em Braga, até este domingo, onde sete convidados estão a apresentar participantes do 1.º Congresso Eucarístico Nacional, que se realizou há 100 anos, que têm processos de canonização em curso.

D. Nuno Almeida adiantou que a sessão solene de abertura da causa de beatificação e canonização da fundadora das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado vai realizar-se no dia 15 de agosto, na Diocese de Bragança-Miranda.

A Congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, nascida na Diocese de Bragança-Miranda, tem estado a desenvolver a recolha de testemunhos para abertura do processo de beatificação da irmã Maria de São João Evangelista.

A última Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), realizada de 13 a 16 de novembro de 2023, em Fátima, “deu parecer favorável” à abertura do processo de beatificação da irmã Maria de São João Evangelista, cofundadora da congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, na Diocese de Bragança-Miranda.

Em declarações à Agência ECCLESIA, a superiora das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado, irmã Emília Seixas, recordou, após o parecer da CEP, que foi acolhido “com grande júbilo, porque as religiosas estavam “ansiosas para que houvesse este passo”.

Alzira da Conceição Sobrinho, nome de batismo da irmã Maria de São João Evangelista, nasceu em Pereira (Mirandela), a 4 de abril de 1888, e faleceu em Chacim (Macedo de Cavaleiros), a 10 de junho de 1982, no Dia do Corpo de Deus; o comunicado final da 208.ª assembleia plenária da CEP destaca que levou “uma vida de intenso fervor eucarístico, de diversos meios têm surgido testemunhos sobre graças obtidas de Deus por sua intercessão”.

A congregação das Servas Franciscanas Reparadoras de Jesus Sacramentado foi ereta canonicamente a 15 de agosto de 1950, por D. Abílio Augusto Vaz das Neves, bispo da Diocese de Bragança-Miranda, e em 1 de novembro de 1991 foi reconhecida como Instituto de Direito Pontifício.

A congregação oficialmente começou com “outras duas senhoras”, escolhidas pelo bispo diocesano, que faziam parte de “um núcleo de vivência eucarística” que se formou em Pereira, com Alzira da Conceição Sobrinho e Maria Augusta Martins, que só entraram na congregação, respetivamente, em 1948 e em 1951.

Fonte: Ecclesia