Ambiente: Portugal partilha preocupação sobre resiliência da água

Ambiente: Portugal partilha preocupação sobre resiliência da água

Portugal manifestou a mesma preocupação das 20 maiores economias do mundo, relativamente ao tema do saneamento e resiliência da água, indicou a secretária de Estado dos Assuntos Europeus.

À margem do primeiro dia da Reunião Ministerial de Desenvolvimento, que decorre na cidade brasileira do Rio de Janeiro, Inês Domingos disse que o Governo português defendeu na reunião que “a água e o saneamento devem ser tratados na perspetiva até dos direitos humanos, não só na ação climática, mas na perspetiva dos direitos humanos”.

“O tópico da resiliência da água é uma área que naturalmente onde os nossos interesses se alinham com os interesses do Brasil”, disse aos jornalistas a secretária de Estado dos Assuntos Europeus.

Numa declaração final, o responsáveis pelo desenvolvimento dos países do G20 e observadores, como Portugal, advertiram para o défice de acesso universal à água potável, saneamento básico e serviços de higiene e que objetivo está atualmente “fora do caminho” devido aos crescentes desafios das alterações climáticas.

Sublinharam que é urgente acelerar os progressos neste domínio, face aos desafios da crise climática, da degradação ambiental e das desigualdades no acesso a estes recursos essenciais.

Um tema que “preocupa muitíssimo” Portugal, disse Inês Domingos, sublinhando que o país tem feito um esforço muito grande “para combater os efeitos das alterações climáticas, em particular no tema da água”.

A título de exemplo, a secretária de Estado frisou que Portugal tem feito pressão junto da União Europeia, disse, “para pôr na agenda o tema da resiliência da água”.

Na reunião, os ministros e representantes de cada país comprometeram-se a dar prioridade à água, ao saneamento e à higiene “nas suas agendas nacionais e internacionais” e pediram aos Estados-Membros que aumentem a cooperação técnica para melhorar estes serviços nas zonas rurais e suburbanas.

Sublinharam também a importância de reforçar os sistemas que fornecem serviços equitativos, inclusivos, integrados e resistentes ao clima e catástrofes.

Portugal, que foi convidado, assim como Angola, pela presidência brasileira para membro observador do G20, estará representado pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Inês Domingos (Reunião Ministerial de Desenvolvimento), pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel (reunião da Força-Tarefa do G20 para o Estabelecimento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza) e pelo secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, José Maria Brandão de Brito (ministros das Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20).

Em Fortaleza, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, será a representante portuguesa na reunião do Grupo de Trabalho sobre Emprego.

As prioridades do Governo brasileiro para esta presidência são o combate à fome, à pobreza e à desigualdade, o desenvolvimento sustentável e a reforma da governança global, nomeadamente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, algo que tem vindo a ser defendido por Lula da Silva desde que tomou posse como Presidente do Brasil, denunciando o défice de representatividade e legitimidade das principais organizações internacionais.

Os membros do G20 são as 19 principais economias do mundo: Estados Unidos da América, China, Alemanha, Rússia, Reino Unido, França, Japão, Itália, índia, Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Indonésia, México, Turquia, mais a União Europeia e a União Africana.

O Brasil, que exerce a presidência do G20 desde o primeiro dia de dezembro de 2023, convidou Portugal, Angola, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria, Noruega e Singapura para observadores da organização, assim como a Comunidades dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Fonte: Lusa

Empresas: Recibos de vencimento vão mostrar encargo com a TSU

Empresas: Recibos de vencimento vão mostrar encargo com a TSU

A Associação Business Roundtable Portugal (BRP) criou um modelo de recibo de vencimento, que dá visibilidade aos encargos salariais das empresa, evidenciando a diferença entre aquilo que estas pagam e o que o trabalhador recebe.

O projeto conta, numa primeira fase, com a adesão de sete empresas associadas da RBP – Altice, BA Glass, EDP, Grupo Sousa, José de Mello, Salvador Caetano e Sugal – e o novo modelo de recibo já começou a chegar a alguns dos 24 mil trabalhadores destas empresas, mas o objetivo é que nos próximos meses a iniciativa se estenda a outras.

Em declarações, o secretário-geral da BRP, Pedro Ginjeira do Nascimento, referiu que a medida pretende clarificar os custos totais associados a uma remuneração, mostrando não apenas os descontos por conta do trabalhador (retenção na fonte do IRS e desconto de 11% para a Segurança Social), mas também dar visibilidade ao encargo de 23,75% do empregador, com a taxa social única (TSU).

Segundo os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal ocupa a 8.ª posição entre os países membros da organização, que apresentam a maior diferença entre os custos laborais suportados pelo empregador e o salário efetivamente recebido pelo trabalhador.

Em média, entre retenção na fonte e descontos para a segurança social (a cargo dos trabalhador e da entidade empregadora) aquele hiato fiscal (também conhecido por ‘tax wedge’) corresponde em Portugal a 42,5%, acima da média da OCDE que é de 34,8%.

Num dos exemplos de recibo mostrado pela RBP está o de um trabalhador de uma daquelas sete empresas em que o total das remunerações e encargos ascende a 2.962,47 euros por mês, incluindo este valor o desconto mensal de 725,06 euros do trabalhador (entre IRS e Segurança Social), e o encargo da empresa com a TSU (533,43 euros ) e que se traduz num salário líquido de 1.703,98 euros.

Além de considerar que é necessário redesenhar o sistema de IRS, a Associação BRP defende que é também necessário “avaliar o sistema de Segurança Social” porque o peso das contribuições “é muito significativo para os encargos totais do trabalho”.

“Claramente olhar apenas para o IRS não chega e temos também de combater a ideia de que se se olhar para a Segurança Social estamos a pôr em causa as pensões, porque as pensões são apenas uma parte [dos 34,75% de descontos que empresa e trabalhador fazem]”, disse Pedro Ginjeira do Nascimento.

O responsável da Associação BRP considerou ainda que perante outros países em que o referido ‘tax wedge’ é mais reduzido (casos da Irlanda ou da Holanda, por exemplo) dificilmente esta diferença poderá ser compensada apenas com ganhos de produtividade e de competitividade, sendo necessário também atuar pelo lado da “desvantagem fiscal” observada em Portugal.

A criação de uma taxa social única com unificação dos descontos para a Segurança Social e o fundo de desemprego ocorreu através de um decreto-lei de 1986, tendo o valor sido estabelecido nos 34,75% – relativamente aos empregadores e trabalhadores por conta de outrem.

Fonte: Lusa

Política: Redução de IRS, IVA e portagens

Política: Redução de IRS, IVA e portagens

O Presidente da República promulgou sete decretos do parlamento sobre IRS, incluindo redução de taxas, IVA da eletricidade e eliminação de portagens, cinco dos quais aprovados pela oposição, com votos contra de PSD e CDS-PP.

Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa refere que estes diplomas “têm em comum uma dimensão financeira com impacto nas receitas do Estado” e “todos diplomas terão de encontrar cobertura no Orçamento do Estado para 2025, a fim de poderem ser executados”.

O Presidente da República acrescenta que “nos diplomas relativos ao IRS, dos quais dois votados apenas pelas oposições, o momento da repercussão nas receitas do Estado está dependente de regulamentação do Governo, através da fixação das retenções na fonte, pelo que podem também só ter impacto no próximo ano orçamental”.

“Ou seja, todos diplomas terão de encontrar cobertura no Orçamento do Estado para 2025, a fim de poderem ser executados, não sendo, por isso, irrelevantes para contribuir para o debate e aprovação do Orçamento para o próximo ano. Deste modo contribuindo também para a estabilidade financeira, económica e política do nosso país”, acrescenta.

Nos termos da Constituição, o Presidente da República tem vinte dias para promulgar ou vetar legislação do parlamento.

O decreto que reduz as taxas de IRS até ao 6.º escalão, com origem num projeto do PS, foi aprovado pela oposição em votação final global em 12 de junho, e de acordo com o portal da Assembleia da República, foi enviado para o Palácio de Belém há exatos vinte dias, em 3 de julho.

O texto apresentado pela Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, a partir do projeto de lei do PS, teve votos contra apenas dos dois partidos que suportam o Governo, PSD e CDS-PP, e passou com a abstenção do Chega e votos a favor de PS, IL, BE, PCP, Livre e PAN.

Fonte: Lusa e RTP

Argozelo: Centro Interpretativo das Minas de Argozelo vai integrar a rota do património industrial

Argozelo: Centro Interpretativo das Minas de Argozelo vai integrar a rota do património industrial

Esta terça-feira, dia 23 de julho, o Centro Interpretativo das Minas de Argozelo foi o local de apresentação do projeto transfronteiriço “In_Genius_Duero_Douro”, uma inicativa conjunta de portugueses e espanhóis, que pretende inventariar e promover o património industrial existente nos dois lados da fronteira, como é o caso das antigas minas de estanho e volfrâmio, na vila de Argozelo.

Na apresentação do projeto, o presidente de Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), Jorge Fidalgo, começou por dizer que o Centro Interpretativo das Minas de Argozelo é um dos exemplos de património industrial, existente na região transmontana.

“No âmbito do projeto In_Genius_Duero_Douro, vamos agora fazer uma inventariação de outros locais e espaços industriais existentes nos nove concelhos que integram a CIM-TTM e reabilitá-los de modo a torná-los visitáveis numa rota turística transfronteiriça”, disse.

Entre estes locais está também referenciado o Complexo Agroindustrial do Cachão, no concelho de Mirandela e o trabalho industrial ligado ao Fabrico da Seda, em Bragança.

O presidente da CIM-TTM prosseguiu dizendo que o património industrial também inclui as experiências humanas, como os testemunhos e a história das pessoas que participaram na atividade industrial, como foi o caso da população de Argozelo na atividade mineira.

Segundo a CIM-TT, o prazo para a execução de projeto “In_Genius_Duero_Douro” é de 2 a 3 anos e o valor do financiamento é de 1 milhão e 200 mil euros.

“Grande parte deste valor destina-se ao marketing, divulgação e promoção da rota do património industrial, nas regiões portuguesa e espanhola”, indicou.

Do lado espanhol, Joaquim Garcia, coordenador do projeto explicou que, numa primeira fase, vai proceder-se à identificação do património industrial existente na região autónoma de Castela e Leão (Espanha) e nos nove concelhos da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM).

Joaquim Garcia sublinhou a importância do caráter transfronteiriço deste projeto, que tem como objetivo definir uma estratégia comum de valorização do património industrial, que impulsione a economia destas duas regiões.

Questionado sobre que património industrial existe em Castela e Leão e em Trás-os-Montes, o coordenador do In_Genius_Duero_Douro deu como exemplos, os antigos moinhos de água, as linhas ferroviárias e as minas.

“Neste trabalho de identificação do património industrial é importante definir o que há em comum entre a região espanhola e a região de Trás-os-Montes”, disse.

O responsável espanhol acrescentou que no desenvolvimento do projeto é importante envolver os agentes locais, que possam beneficiar com o turismo dito industrial.

“Este segmento do turismo pode acrescentar valor ao território ao ser uma mais uma oferta de dinamização da economia local”, avançou.

O projeto transfronteiriço “In_Genius_Duero_Douro” é cofinanciado pela União Europeia (UE) através do programa “Interreg VI A Espanha – Portugal (POCTEP) 2021-2027”.

Neste projeto participam instituições espanholas. como a Fundación Santa Maria La Real del Património Histórico, a Junta de Castela e Leão, a Direção General de Património Cultural, a Associação Ibérica dos Municípios Ribeirinhos do Douro (AIMRD), AEICE e o Ajuntamento de Zamora.

Do lado português, estão envolvidas a Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Turismo Porto e Norte, o Ministério da Cultura e o Instituto do Património e Cultura.

HA

Vimioso: Engenheiro de Construção de Edifícios (M/F)

Vimioso: Engenheiro de Construção de Edifícios (M/F)

Pretende contratar-se “TÉCNICO/A DE OBRA” com formação superior em ENGENHARIA CIVIL, que identifica o projeto, o caderno de encargos e plano de trabalho da obra e determina a sequência das diversas fases de construção.

Condições Requeridas:

Habilitações Escolares e Profissionais: Licenciatura

Formação Profissional Exigida: Não

Data Prevista para Início do Trabalho: 2024-07-01

Área de formação: Construção Civil e Engenharia Civil

Experiência Profissional anterior: Não

Outros Requisitos:
Tipo(s) de carta condução: Ligeiros

Transporte Próprio: Sim

Normas específicas de higiene e segurança no trabalho: Não

Condições Oferecidas:

Contrato de Trabalho: Sem termo

Regime de trabalho: a tempo completo

Horário Trabalho: regime diurno

Nº de Horas: 8 horas; Horário:08:00 - 17:00

Descanso Semanal: regime Geral

Formas de Prestação de Trabalho: Presencial

Remuneração e Subsídios: 1300 EUR/Mês
Subsídio de refeição:Subsídio de alimentação7.5 EUR / dia

IRCT:A entidade contratante declara estar abrangida pelo seguinte IRCT: Contrato Coletivo de Trabalho / 2024.04.08

Candidatar-se à oferta de trabalho nº 589289056

Descrição do Perfil:
Pretende contratar-se “TÉCNICO/A DE OBRA” com formação superior em, ENGENHARIA CIVIL de acordo com a seguinte descrição funcional:

– Trabalhador/a que identifica o projeto, o caderno de encargos e plano de trabalho da obra e determina a sequência das diversas fases de construção;

– Identifica os materiais de construção e tem conhecimento das técnicas e da sua aplicação;

– Organiza o estaleiro, mede os trabalhos realizados, determina os tempos e orçamenta trabalhos de construção civil;

– O candidato deverá ter o seguinte perfil: Conhecimentos de AUTOCAD, MS PROJECT e OFFICE;

– Submeter propostas para concursos públicos. Boa capacidade de negociação e comunicação, de relacionamento interpessoal e de trabalho em equipa;

– Remuneração compatível com os conhecimentos e experiência profissionais.

Fonte: IEFP

Paris2024: Valores olímpicos “importam mais do que nunca” – presidente COI

Paris2024: Valores olímpicos “importam mais do que nunca” – presidente COI

No discurso de abertura da 142.ª Sessão do Comité Olímpico Internacional, véspera das Olímpiadas de Paris2024, o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, referiu que os valores olímpicos importam “mais do que nunca, nestes tempos obscuros”.

Thomas Bach abriu o conselho do comité, para lembrar os valores de solidariedade, igualdade e dignidade que considera importantes para os tempos que correm, na véspera de nova edição dos Jogos Olímpicos.

Na presença do presidente de França, Emmanuel Macron, Bach discursou na Fundação Louis Vuitton, destacando a mesma mensagem a que já tinha aludido quando os atletas inauguraram o Muro da Trégua Olímpica apelando à paz.

“Os atletas deixaram-no muito claro hoje de tarde, quando se reuniram no Muro e enviaram, dali, um chamamento a todos os dirigentes políticos mundiais. Estavam lá todos, unidos, os desportistas de países em guerra. (…) Só com os nossos valores podemos unir o mundo inteiro em paz”, declarou.

O dirigente máximo do organismo de cúpula do movimento olímpico ressalvou depois a forma como Paris2024 são os Jogos “mais jovens, inclusivos, urbanos e sustentáveis” de sempre, saudando os organizadores, passando em revista outros pontos da agenda que tem para o futuro, da estratégia digital aos Jogos Olímpicos de esports.

A Comissão Executiva do COI propôs à 142.ª Sessão, que terá de aprovar, um acordo com a Arábia Saudita, para que organize e acolha os Jogos Olímpicos de desportos eletrónicos.

Os Jogos Olímpicos Paris2024 vão ser disputados entre 26 de julho, dia da cerimónia de abertura, no rio Sena, em Paris, e 11 de agosto.

Portugal vai estar representado por 73 atletas, 37 mulheres e 36 homens, em 15 modalidades.

Fonte: Lusa

Picote: Voluntários pretendem musealizar casa do período romano

Picote: Voluntários pretendem musealizar casa do período romano

A Associação Palombar, com a colaboração de voluntários internacionais, vai realizar trabalhos de prospeção e musealização de uma casa do período romano, em Picote, no concelho de Miranda do Douro.

“Este trabalho pretende alargar a área de escavação da casa romana, com a finalidade de colocar as suas estruturas mais visíveis, nomeadamente um celeiro que foi identificado em 2015 por investigadores da Universidade do Porto (U.Porto), para depois se realizar um projeto de musealização deste espaço”, contou a arqueóloga Mónica Salgado.

De acordo com a arqueóloga, estes Campos de Trabalho Voluntário Internacionais (CTVI) visam dar continuidade aos trabalhos arqueológicos já desenvolvidos e agora integrados num projeto do município de Miranda do Douro, Junta de Freguesia de Picote e Palombar.

“O papel dos voluntários internacionais neste projeto passa por conhecerem a metodologia utilizada no campo da arqueologia e da musealização de sítios arqueológicos”, explicou Mónica Salgado.

Ao longo dos anos, para além desta habitação romana, foram já descobertos em Picote uma estrutura que serviu de celeiro, berrões, várias estelas funerárias, entre outros achados do mesmo período.

A aldeia de Picote está referenciada historicamente como tendo uma presença humana ancestral bem vincada. Na bibliografia antiga identifica-se a localização de um povoado fortificado da Idade do Ferro(700 a.C. até século 1 a.C.), posteriormente romanizado.

“Temos alguns indícios de que na Idade do Ferro existiu um povoado fortificado na aldeia de Picote, embora ainda não se saiba com rigor a sua localização. Depois temos vários indícios da ocupação romana deste território, onde é visível o aparecimento de vários elementos deste período histórico (período romano) com a casa romana”, disse.

O Campo de Trabalho Voluntário Internacionais (CTVI) – Escavação Arqueológica, realizado no âmbito do projeto NatuRural Heritage da Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, vai contribuir para o processo de musealização da Casa Romana.

“O grande objetivo deste trabalho é tornar este espaço visitável, que vai contribuir para dinamização do ecomuseu de Picote ao ar livre”, indicou a arqueóloga.

O 65.º CTVI realiza-se entre os dias 12 e 26 de agosto e o 66.º CTVI entre os dias 02 e 16 de setembro, e têm o apoio da Câmara de Miranda do Douro, Junta de Freguesia de Picote, Frauga – Associação para o Desenvolvimento Integrado de Picote, Associação Família Kolping de Picote e Associação francesa REMPART.

 O projeto NatuRural Heritage da Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, financiado pelo Corpo Europeu de Solidariedade (CES) da União Europeia (UE), tem como objetivo principal promover o restauro e a conservação do património rural e natural de aldeias do Nordeste Transmontano.

O projeto está centrado na realização de campos de trabalho voluntário internacionais, com vista a promover o restauro de edificados da arquitetura vernacular associados às comunidades rurais e a conservação da natureza, bem como na promoção de prospeções arqueológicas, com o objetivo de contribuir para a investigação e descoberta do património material local ancestral.

As ações do projeto decorrem nas aldeias de Uva, no concelho de Vimioso e em Picote, no concelho de Miranda do Douro.

A Associação Palombar já realizou cerca de 70 campos de trabalho voluntário internacionais na região do planalto mirandês.

Fonte: Lusa

Fotos: Mónica Salgado

Calor: DGS recomenda proteção a face ao aumento da temperatura

Calor: DGS recomenda proteção a face ao aumento da temperatura

A Direção-Geral de Saúde (DGS) recomendou a adoção de medidas de proteção adicionais, face ao aumento da temperatura no continente, com “especial atenção” aos doentes crónicos, crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê uma subida das temperaturas máximas no interior do país, com valores acima dos 40°C em algumas regiões e a ocorrência de noites tropicais, alertou a DGS num comunicado publicado no seu ‘site’.

A autoridade de saúde recomenda, entre outras medidas de proteção, que as pessoas se mantenham em ambientes frescos, pelo menos duas a três por dia, que evitem a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11:00 e as 17:00, e que usem protetor solar com fator superior a 30, renovando a sua aplicação de duas em duas horas.

A DGS aconselha ainda a ingestão de água ou de sumos de fruta natural e pede que se evite o consumo de bebidas alcoólicas.

Recomenda confecionar refeições frias e leves, comendo mais vezes ao dia, e utilizar roupa larga, que cubra a maior parte do seu corpo, e chapéu de abas largas e óculos de sol.

Solicitando às pessoas que se mantenham informadas “relativamente às condições climáticas para poder adotar os cuidados necessários”, a autoridade de saúde recomenda também a quem tiver de trabalhar no exterior que o faça acompanhado, “porque em situações de calor extremo poderá ficar confuso ou perder a consciência”.

Também é aconselhado que em casa se corram as persianas ou portadas, no período de maior calor, e ao entardecer se deixe o ar circular.

Onze distritos de Portugal continental vão estar sob aviso laranja devido à previsão de tempo quente, indicou esta madrugada o IPMA.

Os distritos de Évora, Setúbal, Santarém, Beja e Portalegre vão estar sob aviso laranja, referiu o IPMA em comunicado.

Já distritos de Bragança, Viseu, Guarda, Vila Real, Castelo Branco e Braga vão estar sob aviso laranja.

O aviso laranja (o segundo mais elevado) é emitido pelo IPMA quando existe uma situação meteorológica de risco moderado a elevado.

Além disso, o IPMA anunciou que todos os distritos de Portugal continental e os arquipélagos da Madeira e Açores estão hoje em risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV).

Portugal continental e o arquipélago dos Açores vão estar pelo menos até quinta-feira, dia 25 de julho, em risco muito elevado de exposição à radiação UV.

O arquipélago da Madeira vai estar hoje com níveis elevados e o Funchal está em risco extremo e o Porto Santo em risco muito elevado.

O Funchal mantém-se com níveis extremos e o Porto Santo em risco elevado.

A escala de radiação ultravioleta tem cinco níveis, entre risco extremo e baixo.

Fonte: Lusa

Uva: Festa dos Pombais deu a conhecer a aldeia

Uva: Festa dos Pombais deu a conhecer a aldeia

A II Festa dos Pombais realizada na aldeia de Uva, no dia 20 de julho, deu a conhecer aos visitantes o património arquitetónico, natural e cultural desta aldeia do concelho de Vimioso e simultaneamente, proporcionou o convívio entre os visitantes e a população local.

A II Festa dos Pombais iniciou-se com um passeio interpretativo.

A II Festa dos Pombais iniciou-se com uma visita guiada, durante a qual o técnico da Palombar – Conservação da Natureza e Património Rural, Américo Guedes, deu a conhecer aos cerca de 30 participantes, a história destes antigos edificados.

“Os pombais serviam de abrigo aos pombos selvagens, que eram alimentados com trigo e lentilhas, para depois servirem de alimento e fonte de fertilizante nos campos”, explicou.

Desde 2010, a organização não governamental Palombar tem vindo a reconstruir e preservar os pombais na aldeia de Uva, no concelho de Vimioso, valorizando assim o património arquitetónico local e contribuindo para a preservação de espécies, como o pombo das rochas (Columbia livia) e da coruja das torres (Tyto Alba).

“Com a conservação destas espécies protegem-se também os ecossistemas agrícolas e selvagens da região”, justificou.

Uma das visitantes na II Festa dos Pombais, Manuela Monteiro, veio de Alfena (Valongo) para visitar a filha que está a estagiar na Palombar. A visitante, que veio acompanhada da família, disse ter apreciado a visita guiada, onde teve oportunidade de conhecer a utilidade dos pombais.

Por sua vez, a filha, Ana Sousa, que está a concluir o curso “Turismo em Espaços Rurais e Naturais”, na Escola Superior Agrária de Coimbra, mostrou-se entusiasmada com o estágio curricular na Palombar.

“Sendo eu natural da área metropolitana do Porto, estou a gostar muito da experiência de viver em Uva e do estágio na Palombar. Eventos como este da Festa dos Pombais, são um bom exemplo de como é possível dinamizar o mundo rural, através da participação dos jovens. Vejam-se também os campos de trabalho e as ações de voluntariado que estas associações realizam e que trazem gente de todo o mundo para este território”, disse.

Após o passeio interpretativo aos pombais seguiu-se uma oficina para crianças, dedicada à construção das paredes dos pombais, através da técnica de reboco com terra e palha.

Na tarde de sábado, ocorreu a abertura do Mercado de Artesanato e Produtos locais. O certame foi animado com teatro de rua, jogos tradicionais, contadores de histórias, arruada de gaiteiros e um concerto musical ao final da tarde, que teve como palco um antigo pombal.

No serão da Festa dos Pombais, o destaque foi a apresentação do livro “Memórias dos Pombais”, que consiste numa recolha de histórias e testemunhos dos habitantes da aldeia de Uva.




A presidente da União de Freguesias de Uva, Campo de Víboras e Uva, Cristina Miguel, destacou a originalidade desta festa, que põe em destaque os pombais, a marca identitária desta localidade.

“Quem visitou Uva, no decorrer da Festa dos Pombais teve a oportunidade de participar em inúmeras atividades lúdicas, pedagógicas, musicais, de teatro, gastronómicas, literárias, concertos e que culminou com a apresentação do primeiro livro sobre a história desta localidade”, disse.




O livro “Memórias dos Pombais” editado pela Palombar reúne testemunhos e histórias de vida dos habitantes de Uva. A apresentação da obra contou com a participação do presidente da Câmara Municipal de Vimioso, Jorge Fidalgo.

A II Festa dos Pombais encerrou com a música do grupo Daguida e a atuação do DJ Plame.

O grupo Bioma proporcionou um fim-de-tarde musical, num antigo pombal.

HA

Miranda do Douro: Festa dos Cravos reabriu a igreja da Misericórdia

Miranda do Douro: Festa dos Cravos reabriu a igreja da Misericórdia

Após 12 meses encerrada para obras de requalificação, a igreja da Misericórdia, na cidade de Miranda do Douro, voltou a acolher no Domingo, dia 21 de julho, a celebração da Eucaristia, por ocasião da Festa dos Cravos ou Festa de Santa Isabel.

De acordo com António Grande, associado da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro (SCMMD), a festa anual desta coletividade celebra-se aquando da Festa da Visitação de Nossa Senhora.

“Antigamente, nesta festa ornamentava-se a Santa Casa da Misericórdia e o chão da igreja era coberto de flores, num ambiente que ajudava os fiéis a celebrarem esta data com grande devoção ”, recordou.

Segundo a tradição, no final da celebração religiosa, o sacerdote realiza a benção dos cravos, que são depois distribuídos à saída da igreja. É por esta razão que a celebração é conhecida pelo nome de “Missa ou Festa dos Cravos”.

Em Miranda do Douro, a Santa Casa da Misericórdia (SCMMD) foi fundada em 1557, por iniciativa do 2º Bispo de Miranda, Dom Rodrigo de Carvalho, que dirigiu a diocese entre 1556 e 1559.

Atualmente, a Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro (SCMMD) tem como valências: o Lar de Idosos de Miranda do Douro; a Unidade de Cuidados Continuados Santa Maria Maior; o Lar de Idosos de São Miguel, em Palaçoulo; o Lar de Idosos Senhora do Monte, em Duas Igrejas; o Centro Infantil Menino Jesus da Cartolinha; e o Serviço de Apoio Domiciliário.

Para além da assistência às pessoas mais vulneráveis, a Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro desempenhou também um papel importante na cultura, ao ser um instrumento de irradiação da religiosidade e do ensino.

Em Portugal, a primeira misericórdia surgiu a 15 de agosto de 1498, em Lisboa, graças à especial intervenção da Rainha D. Leonor e com o total apoio do Rei D. Manuel I.

“O desenvolvimento da expansão marítima, da atividade portuária e comercial favoreceu o afluxo de gente aos grandes centros urbanos, como era o caso de Lisboa. Gente que vinha à procura de trabalho ou de enriquecimento, numa busca muitas vezes sem frutos. As condições de vida degradavam-se. As ruas transformavam-se em antros de promiscuidade e doença, aglomerando-se pedintes e enjeitados. Também os naufrágios e as batalhas originavam grande número de viúvas e órfãos, e a situação dos encarcerados nas prisões do Reino era aflitiva”, pode ler-se no site da SCML.

Neste contexto difícil, D. Leonor, rainha viúva de D. João II, decidiu instituir uma Irmandade de Invocação a Nossa Senhora da Misericórdia, na Sé de Lisboa, onde passou a ter sede.

Seguiu-se depois a criação de outras misericórdias por todo o país.

A Misericórdia adotou como símbolo identificador a imagem da Virgem com o manto aberto, protegendo os poderes terrenos: reis, rainhas, príncipes, poderes espirituais, Papas, cardeais, bispos, clérigos ou membros de ordens religiosas.

Uma proteção mariana que se estendeu também a todos os necessitados, crianças, pobres, doentes, presos, entre outros grupos vulneráveis.



HA