Sendim: Curso de Mecanização e condução de Veículos Agrícolas

Sendim: Curso de Mecanização e condução de Veículos Agrícolas

De 15 janeiro a 2 de abril de 2026, vai decorrer na vila de Sendim, o curso “Mecanização e Condução de Veículos Agrícolas”, uma formação gratuita, de 250 horas, em horário laboral e pós-laboral, com a finalidade de capacitar os agricultores da região para conduzir, manter e efetuar pequenas reparações em tratores, máquinas e alfaias agrícolas.

Segundo o presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Luís Santigado, já estão inscritas no curso de “Mecanização e condução de Veículos Agrícolas” mais de 50 pessoas, uma formação que tem apenas 18 vagas.

“O curso de Mecanização básica e condução de veículos Agrícolas tem grande procura por parte dos agricultores, uma vez que os habilita a conduzir todo o tipo de tractores, máquinas e alfaias agrícolas, assim como cuidar dos aspectos de manutenção preventiva e de executar pequenas reparações e afinações. Já antevíamos que o curso teria uma grande adesão, pelo que esperamos que haja novas formações para responder à procura”, disse o autarca sendinês.

De acordo com Carlos Lopes, da Associação Arribas do Douro, o curso gratuito é financiado por fundos comunitários e vai decorrer ao longo de 250 horas, em horário misto, isto é, laboral e pós-laboral, no edifício da Freguesia de Sendim.

“O curso tem um componente de 122 horas práticas, que vão decorrer em horário laboral. A componente teórica de 128 horas vai ser ministrada em sala, em horário pós-laboral”, indicou.

As inscrições podem ser feitas presencialmente na Freguesia de Sendim ou na Associação Arribas do Douro, em Mogadouro. Em alternativa, as inscrições também podem ser efetuadas através dos números de telefone 279 342 012/ 936 645 798 ou pelo email: arribasdourp@hotmail.com

“Os candidatos a esta formação devem ter pelo menos 18 anos de idade e a escolaridade mínima obrigatória, atestada através do certificado de habilitações. Para efetuar a incrição, os interessados em frequentar o curso devem entregar o certificado de habilitações e o comprovativo da situação profissional (empregado ou desempregado)”, informa a associação Arribas do Douro.

No final do curso, os formandos devem estar habilitados a conduzir veículos agrícolas, da categoria II ou III e efectuar a respetiva manutenção.

“O curso vai habilitar os formandos a saber regular, afinar e operar o trator e as máquinas agrícolas preparação do solo, de sementeira e plantação, de fertilização e correção e de aplicação de produtos fitofarmacêuticos. Os formandos vão também aprender a considerar as condições de segurança, climáticas, proteção ambiental, segurança alimentar, higiene e saúde no trabalho”, indica a entidade formadora.

Conteúdos programáticos:

- Código da Estrada

- Trator e Máquinas Agrícola3s – Constituição, Funcionamento, Manutenção e Regulação

- Condução do Trator com reboque e Máquinas Agrícolas

- Processos e Métodos de Mobilização do Solo

- Processos e Métodos de Correção / Fertilização do Solo

- Processos e Métodos de Sementeira e Plantação

- Processos e Métodos de Proteção Fitossanitária e de aplicação de produtos Fitofarmacêuticos

O curso “Curso de Mecanização e condução de Veículos Agrícolas” é financiado pelo Portugal 2030 e pelo programa Pessoas 2030.

HA

Vimioso: Passeio todo-o-terreno trouxe centenas de espanhóis à I Feira Ibérica de Artes e Sabores

Vimioso: Passeio todo-o-terreno trouxe centenas de espanhóis à I Feira Ibérica de Artes e Sabores

No âmbito da I Feira Ibérica de Artes e Sabores, o motoclube de Vimioso organizou a 7 de dezembro, o já tradicional passeio todo-o-terreno “No trilho dos furões”, uma atividade desportiva que voltou a atrair a vinda de centenas de pilotos espanhóis, jipes e motos, o que gerou um considerável movimento no alojamento, restauração e comércio da vila.

No final do passeio de todo-o-terreno, o presidente do motoclube “Os Furões”, Eurico Domingues, expressou grande satisfação pelo êxito da prova, tendo destacado a elevada participação de pilotos, portugueses e espanhóis.

“Como já é habitual, o passeio de todo-o-terreno contou com a participação de muitos espanhóis, vindos de várias regiões de Espanha, como a Galiza, Astúrias, Castela e Leão, Madrid, Extremadura e a Andaluzia. A prova foi do agrado dos pilotos, dada a dureza do trajeto, a chuva matinal também ajudou pois tornou o piso com bastante aderência, pelo que estavam reunidas boas condições para a prática da modalidade do todo-o-terreno”, disse o dirigente associativo.

Entre os pilotos, Juan Collar, veio de Oviedo (Astúrias/ Espanha) com um grupo de amigos para participar no passeio de todo-o-terreno “No trilho dos Furões”, uma das atividades que animaram a I Feira Ibérica de Artes e Sabores, em Vimioso.

“Foi a primeira vez que vim a Vimioso para participar neste passeio de todo-o-terreno. Gostei muito do trajeto com belas paisagens, assim como da organização da prova, do convívio e por isso no próximo ano esperamos voltar”, disse o piloto espanhol.

Na visita à I Feira Ibérica de Artes e Sabores, o grupo de espanhóis vindo das Astúrias, aproveitou para comprar alguns dos produtos típicos portugueses como o queijo, as rosquilhas e o fumeiro.

Outro estreante no raid de todo-o-terreno, o português, Hugo Santos, também apreciou o passeio pelos montes e vales de Vimioso.

“Gostei do passeio. No entanto, com a elevada participação de carros e motos e a longa extensão do trajeto (40 quilómetros), a conclusão da prova foi muito demorada”, disse.

Em Vimioso, o passeio de todo-o-terreno “No Trilho dos Furões” culminou com um jantar convívio, no recinto da I Feira Ibérica de Artes e Sabores, seguido do concerto musical dos D.A.M.A.

HA | Fotos: Município de Vimioso e HA | Vídeo: HA

Economia: Uma em cada seis empresas portuguesas prevê mais investimento

Economia: Uma em cada seis empresas portuguesas prevê mais investimento

Uma em cada seis empresas portuguesas admite investir mais, segundo um inquérito divulgado pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), que destaca as “fortes intenções de investimento” face ao contexto comunitário, de 16% contra 4%.

Segundo um inquérito do BEI sobre o investimento em Portugal, o saldo líquido de empresas que esperam aumentar o investimento em 2025 situa-se nos 16%, um dos mais elevados da UE [União Europeia] e substancialmente acima da média europeia (de 4%).

Depois de ter ouvido, entre abril e julho de 2025, 480 companhias nacionais, numa amostra total de 12.000 na UE, o BEI observa que “as empresas portuguesas continuam a demonstrar fortes intenções de investimento e mantêm uma perspetiva mais otimista sobre o panorama empresarial dos seus setores do que a média da UE”.

“Estão a investir mais do que a média europeia em inovação e fazem maior uso de ferramentas de IA [inteligência artificial] para processos internos”, bem como a “investir mais nas questões relacionadas com as alterações climáticas do que nos anos anteriores e estão a diversificar as fontes de importação para responder a perturbações nas cadeias de valor”, elenca a instituição de crédito europeia no documento, a que a Lusa teve acesso.

A proporção de empresas portuguesas que investiram no último exercício financeiro é de 84%, valor semelhante ao de 2024 (82%) e próximo da média da UE (86%).

Citada em comunicado de imprensa, a economista-chefe do BEI Debora Revoltella aponta que este inquérito “revela que as empresas portuguesas têm fortes intenções de investimento e uma perspetiva positiva sobre o setor”.

“Estão a intensificar o investimento na ação climática e a investir mais do que a média da UE na inovação, o que demonstra claramente o seu compromisso com a competitividade e a transição ecológica”, conclui a responsável.

Por seu turno, “as empresas portuguesas estão cada vez mais pessimistas em relação ao clima económico global e ao clima político/regulatório”, registando um saldo negativo pior do que o da UE nesta questão (-45% versus -30%), indica o documento do BEI.

“Apesar disso, existe um saldo líquido positivo de empresas que acreditam que as perspetivas de negócio do seu setor irão melhorar nos próximos 12 meses (14%), um valor bastante acima da média da UE (0%). As empresas em Portugal também se mostram mais otimistas do que a média da UE quanto ao acesso a financiamento externo (11% vs 1%) e interno (16% vs 9%)”, é apontado.

No que toca aos obstáculos ao investimento, incidem na indisponibilidade de trabalhadores qualificados e na incerteza quanto ao futuro como principais entraves, bem como nas regulações empresariais e no mercado de trabalho.

“Em todos estes casos, os obstáculos são superiores aos enfrentados pela média das empresas da UE”, é referido.

Quanto à igualdade de género, as empresas portuguesas apresentam uma das maiores quotas de representação feminina em cargos de liderança na UE, já que 41% têm pelo menos 40% de mulheres na gestão de topo, um valor superior à média europeia de 25%.

Fonte: Lusa | Foto: Tanoaria J.M.Gonçalves

Defesa: Portugal precisa de mais oito mil militares – CEMGFA

Defesa: Portugal precisa de mais oito mil militares

Portugal precisa de mais oito mil militares para atingir o objetivo legal de um efetivo de 32 mil nas Forças Armadas, prevendo-se até 36 mil homens e mulheres nos vários ramos, nos próximos 20 anos.

Em entrevista ao jornal Público, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general do Exército José Nunes da Fonseca, especifica que há “capacidade de defesa a baixas altitudes”, mas reconhece vulnerabilidade “a médias e altas altitudes”, tal “como está a Ucrânia” e “a maior parte dos países da NATO” (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

“Para o objetivo de 32 mil militares, faltam cerca de sete, oito mil. A estimativa de recursos humanos é chegar muito próximo dos 35, 36 mil, dadas as capacidades que estão a ser levantadas porque são muito significativas, muito tecnológicas e, sobretudo carecem de pessoas. Não podemos adquirir equipamentos e depois não te pessoas para os operar”, disse.

O principal conselheiro militar do ministro da Defesa Nacional estimou serem precisos 67 mil milhões de euros só em equipamento nas próximas duas décadas, algo como “3.500 milhões de euros por ano”.

“Houve que fazer opções. A atual Lei de Programação Militar (LPM), no seu conjunto global, são 5.570 milhões de euros. Mas os cálculos iniciais, antes de chegar ao valor final, eram cerca de 11.000 milhões de euros. Portanto, cerca de metade das necessidades das Forças Armadas ficaram por colmatar”, lamentou o CEMGFA.

Segundo Nunes da Fonseca, Portugal tem neste momento 808 militares em missão no estrangeiro, mas há alturas em que o efetivo destacado em teatros de operação externos atinge entre 1.200 a 1.300 pessoas.

“Mas, ao longo deste ano, teremos tido mais de 3.000 militares em missões”, revelou, defendendo ter sido “um retrocesso ou uma distração” o facto de as temáticas da segurança e da Defesa terem saído dos currículos escolares, nomeadamente na disciplina de Cidadania.

Para o CEMGFA, é preciso “realimentar nos nossos jovens a obrigatoriedade de defender Portugal”, afirmou, quando questionado sobre a reintrodução do serviço militar obrigatório, que terminou formalmente em Portugal em 2004, mas fora decidido em 1999, então com o socialista António Guterres como primeiro-ministro.

O ministro da Defesa Nacional, o democrata-cristão Nuno Melo anunciou que a candidatura portuguesa aos empréstimos europeus ‘SAFE’ inclui a aquisição de fragatas, a recuperação do Arsenal do Alfeite e a produção de blindados, munições, satélites e drones em Portugal.

“Vamos investir em fragatas, em artilharia de campanha, em satélites, em veículos médios de combate, em viaturas estáticas, em munições, em sistemas antiaéreos e em drones, sendo que, no caso dos drones, o projeto do SAFE é liderado por Portugal”, adiantou, no Instituto de Defesa Nacional (IDN), em Lisboa.

No passado dia 28 de novembro, o Conselho de Ministros aprovou a candidatura formal de Portugal ao programa europeu de empréstimos para a Defesa SAFE, no valor de 5,8 mil milhões de euros.

Fonte: Lusa | Fotos: Exército Português

Ensino: Há mais alunos e uma maior diversidade nas escolas

Ensino: Há mais alunos e uma maior diversidade nas escolas

O relatório “Estado da Educação” de 2024 revela que há mais alunos nas escolas e uma maior diversidade, mas nem todos concluem as aprendizagens com o mesmo desempenho, em particular os estudantes mais carenciados e os estrangeiros.

“As taxas de conclusão no tempo esperado das crianças e jovens oriundos de famílias e/ou de meios mais fragilizados dos pontos de vista social, económico e cultural, assim como dos alunos de nacionalidade estrangeira, continuam a ser significativamente mais baixas do que as de outros alunos e com diferenças assinaláveis”, refere o relatório, da responsabilidade do Conselho Nacional de Educação (CNE).

Segundo o CNE, os dados “evidenciam fragilidades nas estratégias de inclusão e na eficácia das medidas de apoio”.

O relatório salienta que “há mais alunos no sistema educativo e a sua diversidade tem vindo a aumentar, refletindo o tecido social do país”, mas a oferta da disciplina de Português Língua Não Materna “é insuficiente para o número de alunos de nacionalidade estrangeira no sistema”.

No ano letivo de 2023/2024, segundo o estudo 174.126 crianças e jovens de nacionalidade estrangeira frequentaram a escolaridade obrigatória em Portugal, mais 31.366 do que no ano anterior, o que significa um aumento de 22%, representando 13,6% dos alunos, não adultos, que frequentaram a educação básica e secundária, e 9,5% na educação pré-escolar.

O CNE aponta, por outro lado, que “o apoio efetivo a crianças e jovens com necessidades específicas de saúde está em risco face à falta de recursos especializados”, considerando que a monitorização e avaliação das medidas de inclusão são “cruciais para o combate às desigualdades que subsistem no sistema educativo”.

O documento assinala que foram “tomadas medidas excecionais e temporárias, como a afetação de pessoal docente e de técnicos especializados aos estabelecimentos públicos de ensino ou o alargamento das estruturas especializadas (Centros de Recursos para a Inclusão, Centros de Apoio à Aprendizagem, escolas de referência), mas alerta que “subsistem desigualdades territoriais, insuficiência de técnicos especializados e de docentes para que as medidas de apoio à aprendizagem e à inclusão possam ser cabalmente concretizadas”.

Para combater “efetivamente as desigualdades”, o CNE defende o reforço de recursos humanos e o desenvolvimento de “uma maior articulação entre estruturas de apoio da educação e da saúde”.

O documento realça, ainda, as “diferenças persistentes e acentuadas entre as classificações internas” atribuídas em escolas públicas e privadas nos cursos científico-humanísticos, que, no caso das privadas, “são, em média, dois valores mais elevadas, favorecendo os seus alunos no acesso à educação superior”.

“A transição para a educação superior é igualmente condicionada pelos contextos socioeconómicos de proveniência dos alunos”, assinala o CNE, adiantando que apenas 48% dos estudantes mais desfavorecidos ingressam num curso superior no ano seguinte à conclusão da educação secundária contrastando com 57% dos que não necessitaram de apoios financeiros.

“Apesar do aumento do número de diplomados nos níveis de educação superior, que atingiu os 101.213 (mais 5,9% do que no ano anterior), subsiste o desafio de garantir oportunidades equitativas para todos, realça.

Fonte: Lusa | Fotos: HA

Picote: Recuperação e valorização da ribeira

Picote: Recuperação e valorização da ribeira

Na manhã desta terça-feira, dia 9 de dezembro, foi assinado em Picote, um protocolo de colaboração técnica e financeira, entre a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o município de Miranda do Douro, para recuperar e valorizar a ribeira de Picote, considerada um importante recurso natural nesta localidade das arribas do Douro.

A intervenção na ribeira de Picote insere-se no âmbito do prorama “ProRios 2030” e pretende contribuir para a gestão sustentável dos recursos hídricos e a adaptação às alterações climáticas.

“As alterações climáticas trouxeram secas mais longas, mais pressão sobre os recursos hídricos e mais vulnerabilidade do território. Por isso, proteger a água tornou-se uma urgência absoluta. Na aldeia de Picote, pertencente ao concelho de Miranda do Douro vão ser investidos cerca de 150 mil euros, na reabilitação e valorização da ribeira”, indicou Jorge Lourenço, autarca de Picote.

Uma das prioridades na intervenção ambiental é construir reservas de água ao longo da ribeira, para proteger os ecossistemas e garantir disponibilidade hídrica ao longo de todo o ano. Para o especialista em rios e ribeiras, Pedro Teiga, esta iniciativa de valorização ecológica vai preservar espécies de animais como os guarda-rios, lagarto de água, insetos, cobras, lontras.

A reabilitação da ribeira é vista como um marco importante para a freguesia, porque para além da recuperação ambiental visa a segurança das populações.

“A ribeira de Picote não é apenas um elemento natural. É uma peça central de um território profundamente marcado pela interação entre o homem e a paisagem”, salientou o autarca picotês.

Na aldeia de Picote, ao longo do curso de água foram construídos moinhos, pisões, poços e outras estruturas tradicionais que testemunham o engenho, o trabalho e a resiliência da população.

“Recuperar a ribeira é também proteger este legado e garantir que permanece vivo para as gerações futuras. E, por isso, a sua recuperação é uma reivindicação antiga e justa da nossa comunidade”, disse.

Segundo o autarca de Picote, a recuperação ambiental da ribeira vai permitir recuperar o ecossistema, eliminando espécies invasoras, reforçar a vegetação autóctone, estabilizar as margens e promover a qualidade da água.

Outros objetivos da intervenção são valorizar a ribeira como espaço de lazer, segurança e acesso público, com a instalação de pequenas infraestruturas, trilhos e medidas que respeitam a paisagem natural.

Presente na cerimónia de assinatura do protocolo, a presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, elogiou o espírito empreendedor do autarca, Jorge Lourenço, na defesa e valorização da sua freguesia.

“A recuperação da ribeira de Picote é uma homenagem à comunidade”, disse a presidente do município de Miranda do Douro.

Por sua vez, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Pimenta Machado, informou que o projeto em Picote é financiado pelo Fundo Ambiental e vão ser realizadas obras ao longo de oito quilómetros do curso de água.

“Nesta região transmontana é um imperativo cuidar da água”, disse o presidente da APA.

No encerramento da cerimónia, o secretário de Estado do Ambiente, João Manuel Esteves, vincou que a preservação e valorização dos recursos naturais, como a água, são uma das prioridades do governo.

HA

Mogadouro: Plantação de 800 oliveiras na zona industrial

Mogadouro: Plantação de 800 oliveiras na zona industrial

O município de Mogadouro plantou 800 oliveiras na zona industrial da cidade, com a finalidade de criar uma área agrícola de proteção das empresas, contra incêndios rurais e simultaneamente produzir azeite para as cantinas da autarquia.

O presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, António Pimentel (PSD) indicou a obrigação legal de proteger os perímetros industriais, com espécies de flora autóctone resiliente aos incêndios rurais, tendo sido escolhida a plantação de oliveiras.

“Esta plantação está prevista na lei para a criação de áreas verdes nos perímetros industriais para evitar incêndios rurais. A atual infraestrutura tem uma área de mato e pinhal a circundá-la, e considerámos que a plantação de 800 oliveiras e as lavras da vão funcionar como uma zona tampão”, vincou o autarca mogadourense.

Segundo António Pimentel, o município dispõe de cerca de quatro hectares de olival e o azeite que aqui será produzido servirá para abastecer as cantinas municipais.

“Temos cerca de quatro hectares de olival novos a que juntam oliveiras centenárias que também são propriedade do município, na zona dos Lagos do rio Sabor, junto à ponte Meirinhos/Sardão. Daqui vamos produzir azeite de qualidade para abastecer as cantinas do município, havendo, assim, um duplo aproveitamento de recursos”, explicou.

O projeto foi integralmente suportado financeiramente pelo município de Mogadouro e está inserido na terceira fase de alargamento da zona industrial de Mogadouro, onde foram investidos cerca de 50 mil euros para aquisição das oliveiras e na preparação do terreno.

O autarca de Mogadouro não coloca de lado a criação de uma marca de azeite com a chancela do município e integrada no projeto “Origem: Mogadouro”.

Fonte: Lusa | Foto: AP

Ambiente: Pagamento dos apoios aos agricultores afetados pelos incêndios em 2024

Ambiente: Pagamento dos apoios aos agricultores afetados pelos incêndios em 2024

O governo indicou que os apoios aos agricultores afetados pelos incêndios de 2024 já foram pagos na totalidade, pelas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte e do Centro.

Num comunicado conjunto, os ministérios da Economia e da Coesão Territorial e da Agricultura e do Mar explicaram que estes apoios abrangeram 5.081 pequenos agricultores e foram superiores a 19 milhões de euros.

Relativamente aos incêndios de 2025, segundo os dois ministérios, “já foram processados os pagamentos a mais de 2.500 agricultores”.

“Este ano, o Governo já pagou mais de 11 milhões de euros aos agricultores do Norte e Centro afetados pelos incêndios de 2025 e cujos prejuízos não excederam os 10 mil euros”, referiram.

À CCDR do Norte “chegaram 4.193 candidaturas de agricultores, das quais há 2.533 com análise concluída e 1.565 já pagas, num valor superior a sete milhões de euros”.

A CCDR do Centro recebeu 4.582 candidaturas, “tendo já sido concluídas 1.371 e pagas 1.027, num montante superior a quatro milhões de euros”.

Estes apoios foram dados aos agricultores “para compensação de prejuízos, mesmo que indocumentados”, recordaram os ministérios, acrescentando que a sua atribuição “é precedida por uma vistoria conjunta dos técnicos dos municípios e das CCDR competentes”.

São elegíveis prejuízos relacionados com “danos com animais, culturas anuais, plantações plurianuais, máquinas, equipamentos e espaços de apoio à atividade agrícola”.

Fonte: Lusa | Foto: HA

Economia: Revista “The Economist” escolhe Portugal como a “economia do ano”

Economia: Revista “The Economist” escolhe Portugal como a “economia do ano”

Para a revista britânica “The Economist”, Portugal é a “economia do ano” de 2025, num estudo que compilou dados económicos dos 36 países mais ricos do mundo, destacando que Portugal conseguiu um forte crescimento do PIB, baixa inflação e um mercado de ações em alta.

Pelo quinto ano consecutivo, a revista “The Economist” elaborou um ‘ranking’ dos 36 países mais ricos do mundo para encontrar a economia com melhor desempenho.

Este ano, Portugal aparece na primeira posição, destronando Espanha, a vencedora do ano passado, e que em 2025 está com a mesma pontuação da Colômbia.

Para elaborar esta lista, a revista compilou dados de cinco indicadores económicos – inflação, o desvio da inflação, o Produto Interno Bruto (PIB), o emprego e o desempenho da bolsa de valores.

“Em 2025, [Portugal] conseguiu combinar um forte crescimento do PIB, baixa inflação e um mercado de ações em alta”, escreve a revista.

A puxar pelo PIB e pelo emprego em Portugal, segundo a “The Economist”, está o turismo, numa altura em que “muitos estrangeiros ricos estão a mudar-se para o país para aproveitar as baixas taxas de impostos”.

Em segundo lugar nesta classificação aparece a Irlanda, seguida de Israel.

Nas piores posições, aparecem sobretudo economias mais a norte da Europa: Estónia, Finlândia e Eslováquia são as últimas nesta compilação de indicadores.

Numa publicação na rede X, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que “a distinção pela revista ‘The Economist’ de que a ‘economia do ano’ foi a portuguesa é uma justa aclamação do mérito e do trabalho dos portugueses e reforça a motivação do Governo em seguir o rumo que nos trouxe até aqui nos últimos meses”.

“É a reformar com coragem e a tornar o país mais competitivo e produtivo que vamos continuar a criar emprego, a aumentar os salários e a reforçar o Estado social. Assim daremos mais bem-estar e mais futuro aos portugueses”, escreveu ainda o primeiro-ministro.

As previsões do Governo apontam para um crescimento da economia este ano de 2% e de 2,3% no próximo.

Fonte: Lusa

Vimioso: I Festival de Folclore Ibérico com danças e cantares de Vila do Conde e Zamora (Espanha)

Vimioso: I Festival de Folclore Ibérico com danças e cantares de Vila do Conde e Zamora (Espanha)

Em Vimioso, o I Festival Ibérico de Folclore, contou com as danças e cantares dos ranchos folclóricos de Vimioso, Vila do Conde e de Zamora (Espanha), um evento cultural inserido na I Feira Ibérica de Artes e Sabores, cuja finalidade é estreitar a cooperação transfronteiriça entre Portugal e Espanha.

A presidente da Associação para o Desenvolvimento Cultural do Concelho de Vimioso (ADCCV), Elisabete Fidalgo, organizadora do festival, começou por destacar que em 2026, se celebra o 30º aniversário do Rancho Folclórico de Vimioso.

“O Festival de Folclore é provavelmente a atividade cultural que traz mais alegria, cor, graciosidade à Feira de Artes e Sabores de Vimioso. Na atuação do Rancho Folclórico de Vimioso realço que o repertório de cantigas e danças evoca os usos, costumes e os produtos e artigos expostos na feira, como a castanha, o vinho ou o azeite caraterísticos da nossa região”, disse.

A par da feira, também o festival de folclore assumiu o carater ibérico, tendo sido convidada a Associação Cultural Etnográfica La Arracada, vindo de Zamora (Espanha). De acordo com Elisabete Fidalgo, o objetivo é aprofundar os laços culturais com os grupos da vizinha Espanha.

“Dado que Vimioso é um concelho raiano faz todo o sentido convidar grupos de folclore espanhóis para participar no festival. Se Deus quiser, o Festival Ibérico vai ter continuidade com a participação de grupos vindos de outras localidades do país e também da vizinha Espanha”, disse.

A presidente da Associação Cultural Etnográfica La Arracada (Zamora/ Espanha), Soledad Arribas Fernandez, informou que o grupo de folclore existe desde 2017, com a missão de preservar e transmitir o folclore da província de Zamora.

“Na província de Zamora há uma grande diversidade de tradições, indumentária, música, cantares e danças que queremos preservar e transmitir a todas as gerações. Para além das atuações, a associação La Arracada tem um escola para ensinar o folclore às crianças e jovens”, disse.

Questionada sobre se já haviam atuado em Portugal, Soledad Fernandez respondeu afirmativamente, indicando que o grupo de Zamora atuou por exemplo, em Miranda do Douro, Bragança e em festivais em Vizela e Vagos.

“Gostamos muito de atuar em Portugal e conhecer as vossas tradições”, disse.

De Vila do Conde, o Rancho Folclórico do Monte, trouxe muitos jovens à I Feira Ibérica de Artes e Sabores de Vimioso. Entre eles, o ensaiador, José Salgueiro, informou que esta associação já existe desde 1918.

“Aceitamos com muito agrado vir participar nesta feira ibérica, em Vimioso, pois é uma oportunidade para mostrar as tradições de Vila do Conde e simultaneamente conhecer a cultura de outras localidades do país e também da vizinha Espanha. Na nossa história já participámos em festivais em Espanha, Alemanha, Itália, Canadá, entre outros países”, disse.

Em Vimioso, o Festival Ibérico de Folclore é organizado pelo Rancho Folclórico de Vimioso, uma associação cultural fundada a 25 de abril de 1996, pelo que no próximo ano celebra 30 anos de atividade.

HA