Miranda do Douro: Cidade volta a ser “Tierra Natal”

Miranda do Douro: Cidade volta a ser “Tierra Natal”

De 15 de dezembro até 7 de janeiro, o Largo do Castelo, em Miranda do Douro, volta a ser a “Tierra Natal”, um espaço de diversão e animação, onde os mirandeses e os visitantes poderão usufruir da pista de gelo, insufláveis, casa do Pai Natal, música, dança, animação de rua e o comboio turístico.

O município de Miranda do Douro informa que a pista de gelo, que no ano passado proporcionou momentos de muita diversão, está de regresso ao Largo do Castelo, onde vai ser instalada também uma nova tenda com insufláveis e a casa do Pai Natal, para as crianças mais pequenas.

As ruas vão ser iluminadas com a decoração natalícia, sendo que a maior atração é a árvore de Natal, já colocada na Praça Dom João III, no centro histórico da cidade.
A autarquia de Miranda do Douro adianta que o programa da “Tierra Natal”, que será divulgado em breve, inclui atividades de animação, música ao vivo, dança e o já tradicional comboio de Natal, que tem a missão de proporcionar visitas à cidade iluminada.

A presidente do município de Miranda do Douro, Helena Barril, justificou o investimento neste programa, com a finalidade de embelezar a cidade e atrair público, proporcionando assim as compras no comércio local, a afluência aos restaurantes e a estadia nos hotéis.

“O Natal é uma época do ano em que recebemos a visita, não só dos nossos vizinhos espanhóis, mas também dos nossos conterrâneos que vivem e trabalham noutras localidades do país e também no estrangeiro, que regressam para celebrar o Natal em família”, disse.

Outra iniciativa do município de Miranda do Douro para dinamizar o comércio local é o concurso “Montras de Natal no Comércio Tradicional”, que em parceria com a Associação Comercial e Industrial do Concelho de Miranda do Douro (ACIMD) visa preservar a tradição natalícia e tornar os espaços comerciais mais apelativos para o público.

HA

Miranda do Douro: DGArtes financia três projetos artísticos e profissionais no concelho

Miranda do Douro: DGArtes financia três projetos artísticos e profissionais no concelho

A cidade de Miranda do Douro foi o palco do 2º Encontro Arte e Coesão Territorial, uma iniciativa organizada pela Direção-Geral das Artes (DGArtes), que teve como propósito apresentar os 34 projetos artísticos, dirigidos aos territórios onde há uma reduzida atividade artística e profissional.

A iniciativa é dirigida a territórios de baixa densidade cultural, no que se refere à criação e programação. Na sessão de acolhimento realizada no salão nobre da Câmara Municipal de Miranda do Douro, a presidente, Helena Barril, agradeceu a escolha da cidade para a apresentação dos projetos artísticos e profissionais e realçou a importância da cultura na atividade social, turística e económica.

“É importantíssimo acolher e desenvolver projetos artísticos e culturais nestas regiões, que estão geograficamente mais distantes dos grandes centros culturais, como são Lisboa e Porto. Estes programas de apoio financiados pelo governo são mais uma alavanca para impulsionar a atividade cultural no concelho, que por conseguinte traz benefícios turísticos e económicos aos setores da hotelaria, restauração e do comércio”, disse.

Referindo-se à realidade cultural do concelho de Miranda do Douro, Helena Barril, indicou que existe uma significativo movimento associativo, onde se destacam os grupos de pauliteiros de Miranda, os grupos de música e dança tradicionais e os rituais de solstício de inverno.

“O município continua a ser a principal fonte de financiamento das várias associações culturais, recreativas, desportivas, de solidariedade social e as comissões fabriqueiras do concelho. Em 2023, por exemplo, foram atribuídos dois milhões e 200 mil euros a estas coletividades. Complementarmente, se os vários grupos culturais, associativos e desportivos conseguirem diversificar as suas fontes de financiamento, muito melhor, pois assim têm mais e melhores condições para darem continuidade à sua atividade e consolidarem os seus projetos”, disse.

Por sua vez, Susana Sousa, da Direção-Geral das Artes (DGArtes), explicou que o Programa de Apoio em Parceria Arte e Coesão Territorial foi lançado em meados de 2023 e tem como finalidade promover a coesão territorial, através da criação artística e profissional.

“Foram identificados territórios, mais concretamente 76 municípios, onde existe uma baixa densidade artística e profissional. Para inverter esta tendência foi feito um programa de apoio, em parceria com o Observatório Português das Atividades Culturais, para reforçar as atividades artísticas e profissionais nestas regiões, em conjunto com as comunidades”, explicou.

Entre os 34 projetos financiados pela Direção-Geral das Artes (DGArtes) há três que estão ou vão ser aplicados em Miranda do Douro, como é o projeto “X8 Nal’ Anfinito”, da associação Lérias, sediada em Palaçoulo.

O presidente da Lérias, Amadeu Soares explicou que o projeto envolve oito associações do concelho: a Associação da Banda Filarmónica Mirandesa, a Universidade Sénior de Miranda do Douro, o Lar da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro, o Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), o Agrupamento Cultural Renascer das Tradições e os os grupos de Pauliteiros de Miranda, do AEMD.

“Cerca de 200 pessoas, das oito associações, vão criar um espetáculo artístico, inovador e contemporâneo, com dança, música e cenografia, que vai ser apresentado a 12 de julho, no Largo do Castelo, em Miranda do Douro”, disse.

Os outros dois projetos que vão ser apresentados no concelho de Miranda do Douro são o “Ecos da Montanha (música erudita) e “Transformatividade” (dança contemporânea).

O programa de apoio “Em Parceria Arte e Coesão Territorial” tem como principais objetivos promover boas práticas, potenciar sinergias entre os participantes e contribuir para a criação de redes colaborativas.

HA

Incêndios: Explorações agrícolas apoiadas com 50 milhões de euros

Incêndios: Explorações agrícolas apoiadas com 50 milhões de euros

O Governo atualizou a lista de freguesias com explorações agrícolas afetadas pelos incêndios, no âmbito do apoio de 50 milhões de euros para a reposição da produção danificada.

Os incêndios ocorridos entre 10 e 12 de agosto e 3 e 20 de setembro foram reconhecidos como uma catástrofe natural, tendo o Governo determinado a atribuição de um apoio à reconstituição ou reposição do potencial produtivo danificado.

Segundo um despacho publicado em Diário da República, a lista abrange agora mais de 460 freguesias. No distrito de Bragança, as freguesias afetadas pelos incêndios localizaram-se nos concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Vimioso e Vinhais.

O apoio concedido destina-se ao restabelecimento do potencial produtivo, que está inserido no Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020.

O montante global do apoio disponível é de 50 milhões de euros.

Os níveis de apoio estão repartidos por três escalões: 100% da despesa elegível até 10 mil euros; 85% da despesa elegível superior a 10 mil euros e até 50 mil euros; 50% da despesa elegível superior a 50 mil euros e até 850 mil euros.

Fonte: Lusa

Ambiente: Projeto “Semear, Tratar e Plantar”

Ambiente: Projeto “Semear, Tratar e Plantar”

Iniciado há um ano, o projeto “Semear, Tratar e Plantar” é uma iniciativa do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), em parceria com cinco escolas da região Norte e foi concluído com a plantação de árvores autóctones, em Mogadouro.

O objetivo desta ação foi sensibilizar a comunidade escolar para a conservação da natureza e da floresta autóctone face às alterações climáticas e a prevenção de incêndios florestais.

Jorge Dias, do Departamento de Conservação da Natureza do Norte do Instituto Conservação da Natureza e Florestas, disse que este projeto inovador teve o seu início há um ano e envolveu cerca de 300 alunos em que cada um cuidou da sua espécie arbórea deste a semente à planta.

“Este projeto possibilita que os alunos observem o crescimento da planta ao longo do seu ciclo inicial de desenvolvimento”, indicou o responsável.

O projeto “Semear, Tratar e Plantar” criou uma rede que engloba as áreas protegidas do Norte e os agrupamentos de escolas destes territórios, onde os alunos semearam plantas autóctones e acompanharam o seu crescimento ao longo de um ano, já que as sementes foram colocadas “em cuvetes “ e ficaram nas escolas durante o período letivo de 2023/24.

Findo este período, a espécies arbóreas regressaram durante o período de férias escolares a um viveiro do ICNF, onde foram cuidadas até ao passado mês de outubro, para agora serem plantadas no Parque Urbano do Juncal, em Mogadouro, num total de mais de 300 árvores.

 Seguem-se agora as escolas das áreas protegidas do Parque Natural do Litoral Norte (PNLN), Parque Natural de Montesinho (PNM), Parque Natural do Alvão (PNA), Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG) e Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).

Cada aluno recebeu o certificado de participação neste projeto e terá a missão de cuidar da sua árvore.

Este projeto “inovador” está inserido no Dia Nacional da Floresta Autóctones, que se assinala a 23 de novembro.

O projeto “Semear, Tratar e Plantar” vai estender-se a mais três agrupamentos de escolas dos concelhos de Miranda do Douro, Bragança e Mondim de Basto.

Fonte: Lusa

Sociedade: Nova campanha pelo acolhimento familiar

Sociedade: Nova campanha pelo acolhimento familiar

Portugal tem 356 crianças em famílias de acolhimento, um número “bastante residual”, face ao total de crianças institucionalizadas e por isso o Governo iniciou uma nova campanha nacional para promover o acolhimento familiar.

“O objetivo da campanha é sensibilizar para a necessidade de termos mais famílias de acolhimento e não só sensibilizar, mas também informar”, adiantou a secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão.

Clara Marques Mendes afirmou que tem havido a constatação de que “muitas vezes há falta de informação relativamente àquilo que é ser família de acolhimento”, razão pela qual o Governo optou por juntar numa mesma campanha as várias entidades gestoras da medida, entre o Instituto da Segurança Social (ISS), a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e a Casa Pia de Lisboa.

Segundo a secretária de Estado, o objetivo é mostrar que todos estão “coordenados para uma medida que deve ser prioritária na questão do acolhimento”.

Revelou que, até ao dia 18 de novembro, havia 388 famílias disponíveis para acolher uma criança e 356 crianças numa família de acolhimento a nível nacional, incluindo as regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

Um número que, na opinião de Clara Marques Mendes, “ainda é bastante residual”, apesar de admitir que tem vindo a crescer.

“Ainda não é aquilo que nós entendemos que deve ser face ao acolhimento residencial”, sublinhou.

Os dados do relatório CASA 2023 (Caracterização Anual da Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens) mostram que nesse ano havia 263 crianças em família de acolhimento, o que representa 4,1% das 6.446 crianças com medida de acolhimento.

A maioria, que chega aos 96%, estava acolhida em regime institucional, entre 5.738 em cuidados formais residenciais, como casas de acolhimento, e 445 noutras formas de cuidados alternativos, como centros de apoio à vida, lares residenciais ou colégios de educação especial.

Clara Marques Mendes acrescentou, com base nos dados do CASA 2023, que as crianças que estavam em acolhimento familiar tinham “maioritariamente entre zero e nove anos”, havendo casos de famílias com irmãos.

O maior crescimento no número de famílias de acolhimento verifica-se nos distritos de Lisboa e no Porto, com registo de Viseu e Setúbal que “começaram a desenvolver mais a resposta a partir de 2023”.

A secretária de Estado afirmou que com a campanha o Governo espera aumentar o número de crianças acolhidas em famílias e “dar um salto relativamente a estes 4,1% que é atualmente a percentagem das famílias de acolhimento”, mas não se comprometeu com nenhuma meta.

“Atualmente temos mais de 6 mil crianças institucionalizadas, das crianças que têm medidas de colocação, e o nosso objetivo é diminuir consideravelmente estas crianças que estão atualmente em acolhimento residencial e aumentar com isso o acolhimento familiar”, defendeu, salientando “os efeitos para o desenvolvimento integral e saudável da criança”.

Adiantou que a campanha “vai durar ao longo de todo o ano”, com ações concretas ao nível dos vários municípios, estando visível tanto nas redes sociais, como em cartazes.

De acordo com a secretária de Estado, importa explicar o que é uma família de acolhimento, que se trata de uma medida temporária e para a qual as famílias têm vários apoios.

Clara Marques Mendes explicou que durante o tempo de duração da campanha a medida irá sendo monitorizada para perceber os efeitos da ação e avaliar alguma questão que necessite ser modificada.

A secretária de Estado disse ainda que o Governo tem um grupo de trabalho que irá, até ao dia 30 de novembro, avaliar as três estratégias que se prendem com os direitos das crianças e apresentar orientações sobre o possa vir a ser melhorado.

Fonte: Lusa

Espanha: Trás-os-Montes deu-se a conhecer em Valladolid

Espanha: Trás-os-Montes deu-se a conhecer em Valladolid

De 14 a 17 de novembro, os municípios da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) participaram na INTUR – Feira Internacional de Turismo de Interior, que decorreu na cidade espanhola de Valladolid.




Ao longo de quatro dias, o evento que procura dinamizar o turismo em regiões de baixa densidade populacional, como Trás-os-Montes e a Comunidade Autónoma de Castela e Leão (Espanha) reuniu 1200 expositores.

Na feira participaram agências de viagens, operadores turísticos, alojamentos, associações, destinos de turismo cultural, transportes, turismo de congressos, turismo de natureza e turismo gastronómico e enoturístico.

O certame é considerado uma referência turística e teve como públicos-alvo os profissionais do setor e o público em geral.

Sobre a participação das Terras de Trás-os-Montes, os dirigentes transmontanos veem este evento como importante montra para a promoção do território, junto do vizinho mercado espanhol.

“A nossa centralidade ibérica faz com que as Terras de Trás-os-Montes despertem cada vez mais interesse nos turistas espanhóis, que procuram uma experiência diferenciadora, rica em tradição e em contacto direto com a natureza. Com a participação na INTUR, a região transmontana visa consolidar e expandir a sua notoriedade, promover as suas potencialidades turísticas e consequentemente fortalecer a presença no mercado espanhol”, justifica a CIM-TTM.

A Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM) compreende os concelhos de Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.

Na 27ª INTUR – Feira Internacional de Turismo do Interior, concelho de Miranda do Douro fez-se representar pelos Pauliteiros de Miranda, pelo Grupo Cultural e Recreativo Renascer das Tradições da Póvoa e pelos mascarados do solstício de inverno como a Festa do Menino de Vila Chã de Braciosa e o Velho e a Galdrapa de São Pedro da Silva.

No âmbito gastronómico, Miranda do Douro presenteou os visitantes com a degustação da Bola Doce Mirandesa, da Bola de Carne, do Fumeiro e dos Vinhos Regionais.

Por sua vez, em Valladolid, o concelho de Vimioso promoveu as Termas, o Parque Ibérico de Natureza e Aventura (PINTA) e a Feira de Artes, Ofícios e Sabores, agendada para os dias 6, 7 e 8 de dezembro.

Finalmente, o município de Mogadouro deu a provar aos visitantes espanhóis, os produtos “Origem Mogadouro” e apresentou alguns ícones da cultura local, como são as Máscaras e Rituais Ancestrais do concelho.

HA | Foto: Município de Mogadouro

Picote: Tradição “Ir a caminhos” aprofunda o espírito comunitário

Picote: Tradição “Ir a caminhos” aprofunda o espírito comunitário

Na aldeia de Picote, no concelho de Miranda do Douro, realizou-se a iniciativa “Ir a Caminhos”, uma tradição comunitária que consiste na limpeza e manutenção dos caminhos rurais, um trabalho que é feito duas vezes por ano e que simultaneamente promove o sentido de pertença entre os habitantes locais.

O presidente da freguesia de Picote, Jorge Lourenço, explicou que esta iniciativa é uma antiga tradição na localidade, que se realiza anualmente, nas épocas do São Martinho e depois no Carnaval.

“Duas vezes por ano, os picoteses reúnem-se para resolver alguns problemas da comunidade, como é a manutenção e abertura de caminhos rurais, outrora muito utilizados nas atividades agrícolas”, explicou.

Apesar da decrescente participação da população por causa do envelhecimento e o despovoamento, no sábado, dia 9 de novembro, a iniciativa “Ir a Caminhos” reuniu uma dúzia de pessoas, que melhoraram quatro caminhos rurais na freguesia.

Segundo Jorge Lourenço, se é verdade que este trabalho é da competência das freguesias, as autarquias não conseguem dar resposta a todos os problemas, pelo que precisam da participação da população local.

«A iniciativa “Ir a caminhos” é um bom exemplo da importância da participação cívica das pessoas no governo da freguesia e é uma forma de desenvolver o espírito de cidadania”, sublinhou.

Em Picote, o trabalho de manutenção dos caminhos rurais, proporciona também o convívio e a confraternização entre todos os participantes e a comunidade em geral.

“Na realização deste trabalho comunitário, destaco também o contributo daquelas pessoas, que pelo avançar da idade e/ou a doença, não podem participar nos trabalhos físicos, mas que ainda assim contribuíram com donativos para ajudar a pagar as despesas das máquinas e tratores”, disse.

Em Picote, o melhoramento dos caminhos rurais beneficia não só os agricultores, mas também os turistas que regularmente visitam a localidade e que tem como principais sítios de interesse turístico, o miradouro da Fraga do Puio, o Museu Terra Mater e a capela de Santo Cristo.

HA | Fotos: Freguesia de Picote

Espanha: Alunos podem concorrer às universidades espanholas

Espanha: Alunos podem concorrer às universidades espanholas

O acordo foi assinado entre os governos de Portugal e de Espanha e permite que os alunos portugueses e espanhóis, de 57 escolas nas zonas de fronteiras, vão poder concorrer livremente às instituições de ensino superior de ambos os países.

O anúncio foi feito pelo ministro da Educação, Fernando Alexandre, que considerou que este “é um passo inicial” para uma “união ibérica”.

“Neste momento, que nós temos na Europa, são espaços de ensino superior nacionais, em que, quem estuda num país, fundamentalmente candidata-se a universidades desse país e depois tem reconhecidas as qualificações que obtém nesse país também apenas nesse país”, descreveu.

Fernando Alexandre defendeu um “espaço europeu de ensino superior”, com o qual “a Europa possa atingir o mesmo nível de competitividade dos Estados Unidos (EUA), que são, de facto, um país onde o talento circula livremente e na Europa ainda não é assim”.

Fonte: RR

Espanha: Cultura e património aproximam portugueses e espanhóis

Espanha: Cultura e património aproximam portugueses e espanhóis

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) pretende reforçar a cooperação transfronteiriça com a Comunidade Autónoma de Castela e Leão (Espanha), no âmbito do património e da cultura, eixos considerados estratégicos para o desenvolvimento de ambas as regiões.

No certame “AR-PA” que decorreu em Valladolid (Espanha), o vice-presidente da CCDR-N, Jorge Sobrado, explicou que o património cultural e a cultura são eixos estratégicos de desenvolvimento e cooperação transfronteiriça.

“Com Castela e Leão não é possível falar de cooperação sem colocar no centro da agenda das relações [bilaterais] o património cultural, o património natural ou a cultura entendida como setor criativo ou do turismo cultural”, indicou o responsável pelas áreas da Cultura e Património, dentro da CCDR-N.

Jorge Sobrado acrescentou que, com esta forte presença na AR-PA – que reúne seis parceiros, desde o Porto a Vila Nova de Foz Côa (Guarda), passando por Miranda do Douro e o território do Baixo Sabor, dá-se um sinal de compromisso regional no estreitamento das relações culturais e patrimoniais com Castela e Leão.

“Há laços históricos e centenários, milenares, mesmo, entre o Norte de Portugal e Castela e Leão que são hoje verificáveis e experienciados em património, como, a título de exemplo, {as rotas] do românico e o património romano, [cujos] elementos territoriais devem ser explorados de forma conjunta”, explicou o responsável.

Neste contexto, Sobrado disse que nesta edição da AR-PA, haverá oportunidade “para dar mais um passo no sentido do diálogo e na aposta” a “desenvolver, como é caso do património romano de Três Minas [Pouca de Aguiar] com Las Médulas [Castela]”.

“Esta cooperação abre as portas ao complexo mineiro de Três Minas beneficiar do ‘selo’ da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura [UNESCO], como já foi atribuído a Las Medulas. É esta cooperação que permitirá a extensão dessa classificação a Três Minas, abrindo as portas deste património nortenho à sua internacionalização, mas também, a um processo conjunto de valorização, investigação ou de marketing territorial”, destacou Jorge Sobrado.

Trata-se assim de um processo conjunto de aprendizagem, experiência e de caminho feito com Las Medulas, sublinhou.

O vice-presidente da CCDR-N para o Cultura e Património destacou ainda a cooperação da província espanhola de Zamora com a região Norte de Portugal para a articulação das rotas do românico.

Do lado da Junta de Castela e Leão, o diretor-geral do Património Cultural, Juan Carlos Prieto, adiantou que é preciso contar com fundos do programa transfronteiriço INTERREG para reforçar toda esta cooperação entre o Norte de Portugal e região raiana com Espanha.

“Não podemos desenvolver projetos culturais e patrimoniais em separado e terão de ser explorados conjuntamente, entre Espanha e Portugal, e tudo isto num só projeto comum”, vincou o responsável castelhano.

Para Juan Carlos Prieto o património cultural de Portugal e Espanha é único e é ibérico.

Fonte: Lusa

Solidariedade: Campanha «10 Milhões de Estrelas»

Solidariedade: Campanha «10 Milhões de Estrelas»

No Dia Mundial dos Pobres, assinalado a 17 de novembro, a Cáritas Portuguesa deu início à campanha solidária de Natal «10 Milhões de Estrelas – Um gesto pela Paz».

“Esta campanha não é uma campanha de distribuição de alimentos, é uma campanha de chamada de atenção. Se conseguirmos convocar as pessoas para a situação de precariedade dos seus vizinhos, já é bastante importante”, disse a presidente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas.

O lançamento da campanha «10 Milhões de Estrelas – Um gesto pela Paz decorreu em Santarém, no Convento de São Francisco, com uma mesa redonda dedicada ao tema ‘Construção da PAZ – um contributo’.

A iniciativa conta também com uma caminhada, um momento artístico (bailado) e um manifesto sobre a paz.

“‘Dez milhões de estrelas’, eu gosto muito desta campanha porque é referência aos dez milhões de portugueses, já não são dez milhões, mas pronto… é referência que cada um de nós pode ser a estrela na vida de alguém. E, às vezes, não é com muito, é mesmo com proximidade e com pouco”, contou Rita Valadas.

A Cáritas Portuguesa convida os portugueses a participarem nesta iniciativa que é universal, através da compra de uma “vela estrela” de cor branca ou vermelha, disponível por apenas 2 euros.

Dos valores recolhidos, 65% destinam-se a financiar ações de impacto social em Portugal, enquanto os restantes 35% suportam o Fundo Lusófono Laudato Si, que financia projetos de Ecologia Integral nos países de língua oficial portuguesa.

“Por isso, o desafio é que esta campanha, naturalmente, nos dê condições para chegar o mais perto possível das pessoas que precisam e também com uma percentagem para algumas comunidades que nós também apoiamos, que são as comunidades ‘Laudato Si’, dos países de expressão portuguesa”, acrescentou a presidente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas, na entrevista conjunta Ecclesia/Renascença.

As velas estão disponíveis do site da Cáritas Portuguesa, nas 20 cáritas diocesanas, paróquias, lojas ‘Pingo Doce’ e farmácias aderentes.

A campanha ‘10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz’ nasceu em França, numa diocese, em 1984, com dois objetivos – sensibilizar para os valores da paz como vivência cristã do Natal e a ajuda financeira para uma causa concreta num país em dificuldades –, em 1991, transformou-se numa campanha da Cáritas Francesa (Secours Catholique), e estendeu-se à Europa em 2002.

Em Portugal, surge em 2003 e desde esse ano apoiou diversos projetos em Portugal, através da ação da rede nacional Cáritas, mas, também projetos de emergência nacional e de emergência internacional.

Fonte: Ecclesia