Miranda do Douro: UHF são cabeça de cartaz do Festival Geada

Miranda do Douro: UHF são cabeça de cartaz do Festival Geada

A banda UHF é o cabeça de cartaz do Festival de inverno “Geada”, que se celebra na cidade de Miranda do Douro, neste fim-de-semana de 26 a 28 de dezembro e tem outros destaques como a ronda das adegas pelo centro histórico, onde o público pode degustar produtos regionais da Terra de Miranda.

A Associação Recreativa da Juventude Mirandesa (ARJM), entidade organizadora do evento, indica que esta 15.ª edição do festival, além dos UHF, contará também com as atuações de Pica&Trilha, Sebastião Antunes&Quadrilha e os Diabo a Sete.

“Desta forma aproveitamos todo o fim de semana, onde os concertos musicais decorrem à noite na tenda principal do festival na sexta-feira e no sábado. Já no domingo, a música será de improviso e todos estão convidados”, disse Nuno Coelho.

Ao longo destes 15 anos, o Festival Geada tem-se afirmado pela fusão de sonoridades que vão desde o rock, passando pelo folk e a música tradicional mirandesa, como complemento, e tem resistido a algumas alterações no campo cultural.

A diversidade linguística e musical é marca do Festival Geada, com especial foco na língua mirandesa e castelhana.

Segundo Nuno Coelho, na edição de 2024 o Festival Geada contou com cerca de dois mil participantes e este ano a grande meta é chegar aos três mil, já que a festa conta como mais um dia no seu programa de atividades face a edições anteriores.

“Este festival começou em 2007 para celebrar o aniversário de um grupo de pauliteiros da Terra de Miranda e daí para a frente houve uma conjugação de esforços para tornar o Geada numa referência nos festivais de inverno no território raiano do interior Norte, onde a presença de público espanhol é significativa”, explicou.

Das várias atividades lúdicas, musicais e culturais programadas, o responsável salienta a ronda pelas adegas do centro histórico desta cidade quinhentista, onde os visitantes podem saborear produtos regionais e descobrir adegas tradicionais, contactando com a população local enquanto provam os produtos regionais da Terra de Miranda, o que vai contribuir para a ecomomia circular desta cidade.

O lema do Festival Geada continua a ser “Bamos derretir l carambelo!” (“Vamos derreter o gelo”), que remete para o inverno rigoroso característico do Planalto Mirandês.

Pelas artérias do centro histórico da cidade, com incidência na Rua da Costanilha, haverá fogueiras para aquecer os visitantes.

Segundo Nuno Coelho, o Festival Geada está inserido nas celebrações do solstício de inverno, sendo uma manifestação cultural e social de grande relevância para Miranda do Douro e para a região transmontana.

O festival, que vai para a 15.ª edição, visa continuar a oferecer um conjunto diversificado de atividades que promovem a cultura, a língua mirandesa e as tradições locais, reforçando simultaneamente o desenvolvimento sustentável da região e a coesão social.

O Festival Geada aposta ainda numa integração e criação de parcerias com associações e instituições locais, como o grupo das Pauliteiras de Miranda do Douro, trazendo “uma nova dimensão à ARJM e, consequentemente, ao próprio festival, reforçando o compromisso de promover a cultura mirandesa de forma inclusiva e inovadora”.

Para a ARJM, é importante que o evento continue a afirmar-se como agente de coesão ao envolver toda a comunidade e os visitantes numa “experiência imersiva”, com espaços de participação ativa para todas as faixas sociais e etárias.

Fonte: Lusa

Sociedade: Um quarto dos estrangeiros em Portugal estão em situação de pobreza

Sociedade: Um quarto dos estrangeiros em Portugal estão em situação de pobreza

Em Portugal, um quarto dos estrangeiros vivem em situação de pobreza e a taxa de emprego entre homens e mulheres é mais desigual do que na população portuguesa, segundo um estudo publicado no portal estatístico Pordata.

“Mais de um em cada quatro estrangeiros a residir em Portugal (28,9%) estão em situação de pobreza ou exclusão social, quase 10 pontos percentuais acima da população portuguesa (19,2%) nesta situação”, embora abaixo da situação dos imigrantes na UE (cerca de 40%), indica um retrato detalhado sobre estrangeiros em Portugal, em matérias de emprego, educação, fluxos migratórios e atribuições de nacionalidade realizado pelo Pordata no âmbito do Dia Mundial dos Migrantes, que hoje se assinala.

Em Portugal, “as desigualdades de género no mercado de trabalho são mais acentuadas do que na população com nacionalidade portuguesa”, com muitos mais homens estrangeiros a trabalhar que mulheres (86,4% nos homens e 68,5% nas mulheres), uma diferença que não é tão acentuada entre os portugueses (84,7% nos homens e 79,3% nas mulheres).

“No que se refere à taxa de desemprego, na população estrangeira, os homens registam 8,3% e as mulheres 14,6%, enquanto na população com nacionalidade portuguesa a percentagem é de 4,8% para os homens e 5,3% para as mulheres”, refere o relatório do portal estatístico da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Há mais estrangeiros que portugueses no mercado de trabalho (88,2% e 86,9%, respetivamente) mas os dados mudam quando se analisa a percentagem de pessoas que estão à procura de emprego (11,5% nos estrangeiros e 5% nos portugueses), o que mostra mais dificuldades no acesso para quem não é cidadão nacional.

“É na população feminina que há maiores diferenças entre residentes estrangeiros e de nacionalidade portuguesa, tanto na taxa de desemprego, que é 9,3 pontos percentuais superior nas estrangeiras, como na taxa de emprego, que é 11 pontos percentuais inferior à das mulheres com nacionalidade portuguesa”, refere o Pordata.

A presença de mais estrangeiros – 1.543.697 residentes em Portugal no final de 2024 – transformou também o sistema educativo, com o número de alunos com pelo menos um pai de nacionalidade estrangeira a ter aumentado 58% entre 2020 e 2023, atingindo 206.011 casos.

No que respeita à atribuição de nacionalidade, houve um aumento de 21% entre 2023 e 2024, envolvendo 20.624 cidadãos residentes em Portugal, mas os dados divulgados pelo Pordata indicam que a percentagem de estrangeiros que pedem a cidadania portuguesa é tradicionalmente muito baixa (cinco em cada cem, quando analisado o “número correspondente de estrangeiros registado seis anos antes”, o prazo atual para fazer o pedido).

Pelo contrário, a “maioria das atribuições de nacionalidade portuguesa foi concedida a residentes no estrangeiro”, tendo sido atribuídas 26.216 em 2024, “81% das quais a estrangeiros descendentes de judeus sefarditas portugueses”.

No que diz respeito aos fluxos migratórios, em 2024, imigraram para Portugal 177.557 pessoas, nacionais ou estrangeiras, e no mesmo período, “33.916 pessoas (de nacionalidade portuguesa ou estrangeira) emigraram de forma permanente, o que resultou num saldo migratório positivo de 143.641, ligeiramente inferior ao de 2023 (155.701)”, refere o Pordata.

Entre 2009 e 2018, o país teve mais imigrantes portugueses que estrangeiros, com a balança a inverter-se nos últimos anos, mas no que respeita à emigração o balanço tem sido sempre muito expressivo, com 80% das pessoas que têm saído do país a serem de nacionalidade portuguesa.

Entre os emigrantes, “os jovens entre os 20 e os 34 anos têm sido o grupo mais prevalente, representando quase sempre mais de 50% e atingindo um máximo de 57% em 2024”, refere o relatório.

“Entre 2016 e 2023, a entrada de imigrantes de nacionalidade estrangeira cresceu a uma taxa média anual de 37%, a maior da UE27”, indica ainda a análise do Pordata.

Fonte: Lusa | Imagens: FFMS

Bragança-Miranda: D. Nuno Almeida pede que «sorriso de Deus» purifique «guerrilhas» e «mau humor»

Bragança-Miranda: D. Nuno Almeida pede que «sorriso de Deus» purifique «guerrilhas» e «mau humor»

O bispo de Bragança-Miranda, Dom Nuno Almeida, apelou a um Natal marcado pela verdade e pelo “sorriso”, rejeitando a escuridão da “hipocrisia” e das “guerrilhas” interpessoais, nas celebrações a que presidiu na Sé diocesana.

“Que a sua bondade desarmada nos purifique do mau humor, do mau feitio, da má cara, das guerrilhas entre nós, do coração endurecido e nos faça sorrir e amar”, pediu, na homilia da Missa do Dia de Natal, enviada à Agência ECCLESIA.

D. Nuno Almeida definiu a luz divina como “conhecimento e verdade”, em oposição à “escuridão da mentira, do cinismo, da ignorância, da hipocrisia, da desonestidade”.

O responsável católico desafiou os fiéis a deixar-se contagiar pela alegria do nascimento de Jesus para superarem a amargura quotidiana.

Para o prelado, a atitude cristã deve passar por um “sorriso humilde e simples”, capaz de irradiar esperança junto dos mais sós e doentes, definindo este gesto como uma forma de caridade: “Sorrir é acariciar com o coração”.

“Onde há amor, levanta-se uma luz no mundo; onde há ódio, o mundo permanece na escuridão”, alertou D. Nuno Almeida.

Na Missa da Noite de Natal, celebrada horas antes, o bispo de Bragança-Miranda já tinha alertado a assembleia para a necessidade de não “adocicar” a realidade com lendas.

“O Natal de Jesus Cristo não é uma história mágica de encantar; nem um conto de fadas; não é uma lenda para encantar ou adocicar a realidade que, por vezes, se nos afigura tão dura”, afirmou.

D. Nuno Almeida recordou o contexto difícil do nascimento de Cristo, sublinhando que Deus entra na história “num mundo com portas e corações fechados em Belém, sem teto nem lugar para peregrinos e migrantes”.

O bispo diocesano distinguiu a atitude dos “pequeninos” da postura dos poderosos face à esperança.

“Os grandes, os fartos e saciados, os autossuficientes, não conhecem a esperança, não sabem o que ela é. Quem confia somente nas próprias seguranças, sobretudo materiais, já não espera nada de Deus”, sustentou.

Apelando a uma fé ativa, o responsável concluiu que “o Natal não é ornamento, é movimento”, exortando as comunidades a passarem da esperança aos “gestos de caridade”.

A celebração do Natal, que no Cristianismo assinala o nascimento de Jesus, iniciou-se um pouco por todo o mundo na noite anterior ao dia 25 de dezembro, seguindo uma tradição que remonta aos primórdios da Igreja de Roma.

Fonte: Ecclesia

Jesus é a Luz

Natal do Senhor (Solenidade)

Jesus é a Luz

Is 52, 7-10 / Slm 97 (98), 1-6 / Hebr 1, 1-6 / Jo 1, 1-18 ou Jo 1, 1-5.9-14 (Missa do dia)

Isaías diz: «Todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus». Espera-se que aconteça, então. São João diz: «O Verbo fez-se carne e habitou entre nós». Aconteceu o que era esperado. A Epístola aos Hebreus diz: «Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos por seu Filho». Quer dizer que o que aconteceu agora é o culminar do que vinha de trás. Mas é culminar cujo balanço nos faz olhar para a frente. Deu-se a entrada definitiva de Deus na história. Começa uma nova dinâmica.

De São João temos os primeiros 18 versículos (o Prólogo). Aí estão dois aspetos que vão ser mote do Evangelho todo. Em primeiro lugar, declara-se que o mistério da salvação é manifestado, em toda a sua plenitude, na pessoa de Jesus Cristo.

A salvação aparece contida e concentrada nessa pessoa. Diz o texto a propósito de Cristo, Verbo encarnado: «foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça». Em segundo lugar, apresenta-se Cristo como peça-chave dum combate que se desenrola entre a luz e as trevas.

«O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo (…) não o conheceu». Acolher Cristo é estar na luz; rejeitar Cristo é ficar nas trevas.

Dá a entender que projetar Cristo no mundo será custoso. É preciso que a luz se expanda e vença as trevas. É certo que, pela força de Deus, Jesus Cristo surge na história humana. Mas os obstáculos à sua aceitação permanecem. Portanto, digamos o que vem no Aleluia: «Santo é o dia que nos trouxe a luz». Depois esforcemo-nos para que essa luz se avolume no nosso mundo.

Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa

Natal: Papa pede 24 horas de paz em todo o mundo

Natal: Papa pede 24 horas de paz em todo o mundo

O Papa Leão XIV expressou “muita tristeza” pela aparente recusa da Rússia, de uma trégua de Natal, no conflito com a Ucrânia e pediu “um dia de paz em todo o mundo”.

“Quem sabe nos escutem e haja 24 horas, um dia de paz em todo o mundo”, afirmou o Papa ao sair da residência pontifícia de Castel Gandolfo.

No exterior da Villa Barberini, onde passou algumas horas, como habitualmente no início de cada semana, Leão XIV insistiu no pedido de, pelo menos no dia de Natal, a humanidade possa viver “um dia de paz”.

“Faço uma vez mais este pedido a todas as pessoas de boa vontade: respeitar, pelo menos na festa do nascimento do Salvador, um dia de paz”, afirmou.

Leão XIV recordou também a “belíssima visita” que o cardeal Pierbattista Pizzaballa fez a Gaza e disse que esteve em contacto, uma hora antes, com o pároco da igreja da Sagrada Família, padre Gabriel Romanelli.

“Eles estão a tentar celebrar uma festa no meio de uma situação ainda muito precária. Esperamos que o acordo de paz siga em frente”, afirmou.

Numa ocasião em que a chuva caía com intensidade, o Papa foi também questionado sobre a aprovação no Estado de Illinois, de onde é natural, de uma lei que permite o suicídio assistido para adultos com doenças terminais, lembrando que falou com o governador Pritzker, em novembro último, durante uma audiência no Vaticano.

Leão XIV recordou a necessidade de respeitar o “carácter sagrado da vida, do início ao fim”.

“Infelizmente, por diversas razões, ele decidiu assinar aquele projeto de lei. Estou muito dececionado com isso”, afirmou o Papa.

No contexto da celebração do Natal, Leão XIV convidou todos a uma reflexão sobre o valor da vida humana, lembrando que “Deus se fez humano” para “mostrar o que significa verdadeiramente viver a vida humana”.

Leão XIV preside esta quarta-feira, dia 24 de dezembro, Noite de Natal, à Missa, na Basílica de São Pedro, a primeira vez deste pontificado, a partir das 22h00 em Roma, menos uma (21h00) em Lisboa.

Fonte: Ecclesia | Foto: Vatican Media/EPA/Lusa

Economia: Ceia de Natal mais cara devido ao aumento dos preços do bacalhau e do peru

Economia: Ceia de Natal mais cara devido ao aumento dos preços do bacalhau e do peru

Para preparar a ceia de Natal deste ano, os portugueses pagar pelo bacalhau e o peru, dado que os preços aumentarem 10,48% e 11,53%, respetivamente, desde o início do ano, segundo dados da DECO.

Entre 1 de janeiro e 10 de dezembro deste ano, o preço de um quilograma (kg) de bacalhau graúdo passou de 15,27 euros para 16,87 euros.

Neste período, o preço do bacalhau cresceu 10,48%, ou seja, ficou mais caro em 1,60 euros.

O valor pago pelo bacalhau graúdo sofreu várias oscilações ao longo do último ano, tendo o seu máximo (16,87 euros) sido atingido em 10 de dezembro, enquanto o preço mais baixo (14,70 euros) foi registado no dia 05 de março.

No próximo ano, o Conselho Norueguês das Pescas (NSC) e a Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB) preveem novos agravamentos dos preços, por causa da redução das quotas.

À semelhança do que aconteceu com o bacalhau, o preço de um kg de perna de peru também aumentou este ano, passando de 5,28 euros para 5,69 euros, verificando-se assim uma subida de 0,59 euros (11,53%).

O valor mais alto da perna de peru foi praticado em 03 de dezembro (5,70 euros) e o mais baixo (5,02 euros) em 06 de agosto.

Já o bife de peru não vai ser uma opção mais económica, uma vez que, a mesma quantidade, aumentou 15,54% ou 1,27 euros entre janeiro e dezembro.

Os dados recolhidos pela DECO, a associação portuguesa para a defesa do consumidor, mostram que, este ano, o preço dos bifes de peru passou de 8,18 euros para 9,46 euros.

Fonte: Lusa | Foto: Flickr

Função Pública: Governo dá tolerância de ponto em 24, 26 e 31 de dezembro

Função Pública: Governo dá tolerância de ponto em 24, 26 e 31 de dezembro

Nos dias 24, 26 e 31 de dezembro, o Governo concede tolerância de ponto aos trabalhadores que exercem funções públicas, refere um despacho assinado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Em 2025, o dia 26 de dezembro, que se segue ao Natal, é uma sexta-feira, o que levou o executivo a conceder tolerância de ponto também nesse dia.

No despacho assinado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, refere-se que “constitui uma prática habitual a deslocação de muitas pessoas para fora dos seus locais de residência no período de Natal e de Ano Novo, tendo em vista a realização de reuniões familiares”.

De acordo com o mesmo despacho, “é concedida tolerância de ponto aos trabalhadores que exercem funções públicas nos serviços da administração direta do Estado, sejam eles centrais ou desconcentrados e nos institutos públicos” nos dias 24, 26 e 31 de dezembro.

“Excetuam-se (…) os serviços e organismos que, por razões de interesse público, devam manter-se em funcionamento naquele período, em termos a definir pelo membro do Governo competente”, salienta-se no despacho.

Nos casos relacionados com o funcionamento de serviços, por razões de interesse público, determina-se que, “sem prejuízo da continuidade e qualidade do serviço a prestar, os dirigentes máximos dos serviços e organismos (…) devem promover a equivalente dispensa do dever de assiduidade dos respetivos trabalhadores, em dia ou dias a fixar oportunamente”.

Fonte: Lusa | Foto: HA

Sendim: 1ª Gala dos Palos d’Ouro para homenagear o(a)s pauliteiro(a)s

Sendim: 1ª Gala dos Palos d’Ouro para homenagear o(a)s pauliteiro(a)s

A 26 de dezembro, a Associação de Pauliteiros de Miranda – Sendim organiza a 1ª Gala dos Palos d’Ouro, um evento inserido na quadra natalícia, com a finalidade homenagear os antigos, atuais e futuros pauliteiros e pauliteiras sendineses, que voluntariamente preservam e divulgam as danças tradicionais da Terra de Miranda.

O Presidente da Associação de Pauliteiros de Miranda – Sendim, Telmo Ramos, avançou que a festividade tem por objetivo homenagear e agradecer aos antigos, atuais e futuros pauliteiros e pauliteiras de Sendim, pela sua dedicação e divulgação das danças tradicionais da Terra de Miranda.

“As danças dos pauliteiros de Miranda são uma herança cultural ímpar, que importa preservar, valorizar e divulgar em Portugal e no estrangeiro. Durante a gala vão ser atribuídos prémios nas categorias de: Melhor Pauliteira, Melhor Pauliteiro, Melhor Músico, Prémio Revelação e Mérito Excelência”, indicou Telmo Ramos.

Segundo o dirigente associativo, as votações foram feitas pelos próprios pauliteiros e pauliteiras de Sendim, com base em critérios como a assiduidade, a dedicação e o mérito.

A 1ª Gala dos Palos d’Ouro decorre no hotel restaurante “O Encontro”, em Sendim e a programação inclui um jantar, a entrega das distinções e momentos culturais.

Segundo a Associação de Pauliteiros de Miranda- Sendim, esta primeira gala tem um caráter experimental e a intenção da organização é abrir o evento a toda a comunidade, nos anos seguintes.

Nesta época natalícia, os pauliteiros sendineses também participam nas festividades da vila de Sendim, com a tradição da “queima do pau velho”, que consiste num ritual de fecho de ano e de preparação para o Ano Novo.

“Na noite de 24 de dezembro, após a celebração da Missa do Galo, a população de Sendim reune-se à volta da fogueira, onde os pauliteiros e pauliteiras queimam os paus partidos que já não têm utilidade nas danças. Depois, os grupos de pauliteiros e pauliteiras dançam três ou quatro lhaços junto à fogueira”, informou.

O grupo de Pauliteiros de Miranda – Sendim existe desde 1956, embora a associação só tenha sido constituída a 21 de junho de 2007. A associação dos pauliteiros de Sendim tem como principal missão ensinar as crianças e jovens as danças dos paus e agendar atuações em Portugal e no estrangeiro.

HA

Sendim: Caminhada “Tomba-ladeiras” recorda o contrabando com Fermoselle (Espanha)

Sendim: Caminhada “Tomba-ladeiras” recorda o contrabando com Fermoselle (Espanha)

No sábado, dia 27 de dezembro, volta a realizar-se a caminhada “Tomba-ladeiras”, uma antiga rota de contrabando de cerca de 11 quilómetros, entre a localidade espanhola de Fermoselle e a vila de Sendim (Portugal), um percurso que implica a travessia fluvial do rio Douro.

A vice-presidente da União de Freguesia de Sendim e Atenor, Ana Paula André, explicou que o termo “Tomba-ladeiras” remete para as arribas ou encostas do rio Douro e o percurso de cerca de 11 quilómetros é uma antiga rota de contrabando, outrora percorrida por portugueses e espanhóis.

“Já não organizávamos esta tradicional caminhada desde 2017. A originalidade do passeio é a partida da localidade espanhola vizinha de Fermoselle, com a descida para o rio Douro e a travessia de barco para a margem de Portugal. Outro atrativo da travessia fluvial, é a contemplação da flora e da fauna existente no rio Douro, com destaques para a observação das aves rupícolas, lontras e os corços”, destacou a autarca sendinesa.

Concluída a travessia do rio Douro, segue-se um almoço convívio no cais fluvial dos Pisões, servido pela Comissão de Festas em honra de Santa Bárbara e com animação musical dos gaiteiros sendineses.

A última etapa da Caminhada “Tomba-ladeiras” é a subida de cinco quilómetros até à vila de Sendim.

Segundo a organização, até ao momento já estão inscritos na caminhada “Tomba -ladeiras” mais de uma centena de pessoas, sendo que a participação tem um custo de 15€ para adultos e 12,5€ para crianças e jovens (dos 10 aos 16 anos). O valor da inscrição inclui seguro, transporte até Fermoselle, merenda, travessia de barco e almoço. As inscrições são feitas através dos contatos 914 903 553 | 933 845 219 | 273 739 670

A atividade é organizada pela União de Freguesia de Sendim e Atenor e conta com a colaboração da empresa Douro Pula Canhada e do Município de Miranda do Douro.

HA



Mobilidade: Concluída requalificação da EN103 entre Vinhais e Bragança

Mobilidade: Concluída requalificação da EN103 entre Vinhais e Bragança

A Infraestruturas de Portugal anunciou a conclusão da empreitada de requalificação da Estrada Nacional 103 (EN103) no troço entre Vinhais e Bragança, uma obra realizada para encurtar o tempo de viagem e melhorar as condições de circulação e segurança rodoviária.

Em comunicado, a Infraestrutura de Portugal (IP) explica que aquela obra, que teve um investimento de 16,9 milhões de euros, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), abrangeu a renovação de cerca de 30 quilómetros da EN103, via que assegura a ligação entre as sedes dos concelhos de Vinhais e Bragança.

A via, situada nas proximidades do IP4, assume “igualmente um relevante papel turístico ao garantir o acesso ao Parque Nacional de Montesinho, que delimita a região a sul”.

A obra, executada no âmbito da Componente C7 do PRR, dedicada a investimentos estruturais nos territórios transfronteiriços, teve o propósito de “reduzir os tempos de percurso e melhorar as condições de circulação e segurança rodoviária, os trabalhos incidiram sobre a reabilitação do pavimento, o reforço e a melhoria da sinalização e dos equipamentos de segurança, a adequação da rede de drenagem e a melhoria do traçado, nomeadamente através da retificação de curvas”.

Segundo salienta a IP, “a reabilitação da EN103 traduz-se numa melhoria significativa dos níveis de conforto e segurança rodoviária, bem como na redução da extensão dos trajetos, disponibilizando uma infraestrutura com elevados padrões de qualidade ao serviço da mobilidade das populações e das empresas do nordeste do país”.

A IP aponta ainda que já recebeu cerca de 374 milhões de euros de fundos europeus no âmbito do PRR, sendo que a empreitada da EN103 integra o investimento “Ligações Transfronteiriças”, tendo a sua conclusão permitido “superar a meta final e cumprir, de forma integral e atempada, todos os objetivos definidos pela Comissão Europeia para este investimento”.

Fonte: Lusa | Fotos: IP