Ambiente: Transição energética exige compromisso político

Em plena campanha eleitoral, várias organizações ambientalistas apelam aos decisores políticos para adotarem medidas urgentes que garantam uma transição energética justa, sustentável e inclusiva no país.

Segundo a Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, à medida que Portugal se esforça para reduzir a sua dependência de combustíveis fósseis e adotar fontes de energia renovável, surgem uma série de compromissos e desafios que exigem uma resposta coordenada e eficaz por parte de todas os setores da sociedade civil, nomeadamente a política.

No documento “Transição Energética sim, mas não a qualquer custo”, relativo à transição energética em Portugal são identificados os principais problemas e são propostas soluções concretas.

Entre os problemas identificados, apontam-se o sistema energético centralizado e falta de incentivo às comunidades de energia renovável (CER); o simplex ambiental e retrocesso na proteção do ambiente; a ameaça às florestas e biodiversidade; a insuficiente divulgação mediática e mobilização social; e a transição energética e pobreza energética.

“Portugal enfrenta um sistema energético centralizado, onde os consumidores são considerados passivos no processo de produção e legislação. A falta de apoio prático e estratégico para a implementação das CER representa um obstáculo significativo para a diversificação e democratização da produção de energia”, pode ler-se.

Do lado das soluções, o documento propõe: uma estratégia nacional para a transição energética com foco nas comunidades de energia renovável (CER); a descentralização energética; o plano nacional para instalação de painéis fotovoltaicos em edifícios; a revogação do Diploma do Simplex Ambiental; e o combate à Pobreza Energética.

“Implementar um plano nacional para a instalação de painéis fotovoltaicos em edifícios, reduzindo a dependência de grandes parques solares e preservando o ambiente”, é uma das soluções apontadas.

Estas conclusões foram o resultado do trabalho realizado no IV Encontro da Convergência Ecológica e Ambiental (ECEA), dedicado ao tema “Transição Energética? Sim, mas a que custo?”, que decorreu nos dias 14 e 15 de outubro de 2023, em Vimioso.

O debate abordou as implicações da acelerada transição energética que se verifica em Portugal e a necessidade de assegurar a proteção do ambiente e beneficiar a sociedade.

HA

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