Ambiente: Águia-caçadeira está em perigo de extinção
Ao longo de 2022 e 2023, a Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural vai realizar o 1º Censo Nacional de Águia-caçadeira, uma das espécies mais ameaçadas da fauna terrestre em Portugal e que nidifica no Parque Natural do Douro Internacional (PNDI).
A águia-caçadeira (Circus pygargus) é uma ave de rapina migradora que está perigo de extinção, dado o declínio continuado e acentuado no território nacional nos últimos anos.
Segundo a Palombar, este declínio resulta de dois fatores decisivos que afetam a espécie: o corte precoce das culturas de feno em plena época reprodutora e a perda de habitat associada à redução muito significativa das áreas cultivadas com cereais.
“Esta é uma das aves com maior dependência das searas por constituir o seu habitat preferencial de nidificação e de alimentação”, lê-se no comunicado.
Por esta razão, a águia-caçadeira é considerada uma espécie de conservação prioritária no país.
O censo desta espécie vai decorrer ao longo de 2022 e 2023 e está enquadrado no projeto “Searas com Biodiversidade – Salvemos a Águia-caçadeira”.
Com a realização deste Censo, prevê-se obter informação sobre a população desta espécie em Portugal.
As ações de formação sobre o Censo decorreram nos parques naturais do Douro Internacional, Montesinho, Alvão e no Parque Nacional da Peneda-Gerês.
A Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural é uma organização não governamental de ambiente sem fins lucrativos, criada em 2000, que tem como missão conservar a biodiversidade, os ecossistemas selvagens, florestais e agrícolas e preservar o património rural edificado, bem como as técnicas tradicionais de construção.
HA