Política: Apoio financeiro para trabalhadores que venham para o Interior

No dia 2 de março, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social alargou a medida Emprego Interior MAIS – Mobilidade Apoiada para um Interior Sustentável aos trabalhadores remotos, aos profissionais que queiram desenvolver atividade ou projetos após a conclusão de estágios profissionais e a projetos de mobilidade que ocorram no âmbito de contratos de bolsa.

Recorde-se que a medida Emprego Interior MAIS – Mobilidade Apoiada para um Interior Sustentável consiste num apoio financeiro direto às pessoas que iniciam atividade laboral em territórios do interior.

No total, o apoio pode ascender a 4.827 euros. É ainda comparticipado o custo de transportes de bens, até ao limite de 878 euros.

A recente portaria define que a medida Emprego Interior MAIS – Mobilidade Apoiada para um Interior Sustentável passa a contemplar também “situações de atividade profissional prestada de forma remota, à distância, a pessoas singulares ou coletivas com domicílio ou sede fora do território nacional, ao abrigo de visto de estada temporária ou de residência, desde que prestada em território do interior”.

A medida é também alargada a projetos de fixação e exercício de atividade profissional no interior concretizados na sequência de estágios profissionais que tenham decorrido nesses territórios, assim como projetos de mobilidade que ocorram no âmbito de contratos de bolsa.

Segundo o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social desde agosto de 2020, foram já recebidas 560 candidaturas, que correspondem a 980 pessoas (incluindo os elementos do agregado familiar dos candidatos).

“A maior parte das candidaturas recebidas está associada a processos de mobilidade oriundos dos distritos de Lisboa (38%), Porto (17%) e Setúbal (11%) e para os distritos de Castelo Branco (20%), Évora (9%), Guarda (9%), Bragança (8%) e Portalegre (8%)”, lê-se no portal do governo.

De acordo com dados do ministério, mais de dois terços (68%) dos candidatos à medida mudaram-se para o interior para trabalhar por conta de outrem, 26% criaram o seu próprio emprego e 6% criaram empresas.

“Os distritos de destino com maior proporção de candidatos que criaram o próprio emprego são Braga (43%), Bragança (37%), Vila Real (32%) e Viseu (32%). Já os distritos de destino com maior criação de empresas são Aveiro (33%), Setúbal (19%) e Faro (15%) e Viana do Castelo (13%)”, informam.

O Emprego Interior MAIS integra o programa Trabalhar no Interior, dinamizado por várias áreas governativas e coordenado pela área da Coesão Territorial. Esta medida tem financiamento assegurado por fundos europeus dos Programas Operacionais Regionais.

“O objetivo desta medida é promover uma maior coesão territorial e corrigir as assimetrias de oportunidades entre o litoral e o interior, estimulando as mudanças de pessoas para essas regiões”, explicou, o secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, realçando que surge num momento em que “Portugal é muito procurado por nómadas digitais ou, em geral, por pessoas que estão a trabalhar à distância e que podem também fazê-lo a partir do Interior do país”.

Mais informações sobre a medida Emprego Interior MAIS – Mobilidade Apoiada para um Interior Sustentável em: https://iefponline.iefp.pt/IEFP/interiorMais

HA

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