Economia: Fatura do gás natural aumenta cerca de 3% a partir de janeiro
A partir de janeiro, a fatura do gás natural vai aumentar cerca de 3% para os clientes mais representativos do mercado regulado, depois de um desvio nas previsões dos preços de aquisição, adiantou a ERSE.
Num comunicado, a ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos referiu que atualizou “o preço da tarifa de energia do mercado regulado, em +2 euros por MWh, com efeitos a partir de 01 de janeiro de 2023”.
Assim, “esta atualização ocorre num momento em que os mercados de energia são particularmente afetados pelo conflito que decorre entre a Ucrânia e a Rússia”, sendo que “a tarifa de energia reflete o custo de aquisição de energia do Comercializador de Último Recurso grossista [CURg], sendo uma das componentes que integra o preço final pago pelos consumidores no mercado regulado”.
“Para a maioria dos clientes domésticos do mercado regulado, a atualização representa um aumento de aproximadamente 3% na fatura média mensal de gás natural”, referiu a ERSE.
Assim, a fatura média mensal, a partir de janeiro 2023, para um casal sem filhos (1.º escalão de consumo, consumo 1.610 kWh/ano) aumenta 0,33 euros e para um casal com dois filhos (2.º escalão de consumo, consumo 3.407 kWh/ano) sobe 0,70 euros.
De acordo com o regulador, “a previsão do custo unitário com a aquisição de gás natural pelo CURg, considerado na fixação da tarifa de energia para o ano gás de 2022-2023, aprovada pela ERSE em 28 de junho de 2022, foi de 22,85 euros/MWh”.
“Contudo, face à subida continuada dos preços da energia, a estimativa atualizada para o ano gás 2022-2023 é de 27,14 euros/MWh, o que corresponde a um desvio de 4,29 euros/MWh face ao valor refletido nas tarifas em vigor. Assim, para adequar a tarifa de energia aplicada aos clientes do mercado regulado à dinâmica do custo de aquisição, evitando desvios a recuperar em anos subsequentes, a ERSE atualiza a tarifa de energia com um aumento de dois euros/MWh, com efeitos a partir de 01 de janeiro de 2023”, disse a ERSE.
Fonte: Lusa