Ifanes: “São precisas mais empresas para fixar os jovens” – António Simões

Em junho de 2022, António Simões decidiu mudar-se do litoral para o interior, com o propósito de adquirir mais qualidade de vida e instalou-se na aldeia de Ifanes, no concelho de Miranda do Douro, onde abriu uma tornearia mecânica, que transforma matérias primas como o aço, o inox e o alumínio, em peças para automóveis, a habitação ou o mobiliário.

António Simões é torneiro mecânico e fabrica peças para vários setores de atividade, em Portugal e Espanha.

Inicialmente, a mudança de Águeda, no distrito de Aveiro, para o concelho de Miranda do Douro, exigiu de António Simões, torneiro mecânico, um grande esforço financeiro e de tempo, para transportar as máquinas de trabalho para a nova oficina, instalada na antiga moagem, em Ifanes.

Segundo António Simões, na sua atividade profissional fabrica peças metalomecânicas, para automóveis, eletrodomésticos, habitação, ferragens, iluminação, mobiliário, quer para o mercado nacional, quer para a vizinha Espanha.

Passado um ano da mudança para o interior do país, a nível profissional, a maior dificuldade do torneiro mecânico têm sido os custos e o tempo dispendido com o transporte das matérias-primas, do litoral para o interior.

Em contrapartida, viver em Ifanes para António Simões e a esposa, Marisa Barril, permite-lhes um maior equilíbrio entre a vida profissional e familiar e um ritmo de vida mais sossegado.

“Para mim é uma alegria ir, diariamente, a pé, de casa para o local de trabalho”, disse António Simões.

A esposa, Marisa Barril, é formada em psicologia e recursos humanos e trabalha, como terapeuta ocupacional, em Fariza (Espanha). Nesta mudança para o interior do país, a psicóloga destaca o menor custo de vida e a alimentação que é feita com produtos locais e de melhor qualidade.

O casal tem dois filhos, em idade escolar e a mudança para o concelho de Miranda do Douro, permitiu aos jovens ter um maior contato com a natureza e uma maior proximidade e interação com a comunidade local, onde toda a gente se conhece.

Questionados sobre o que falta neste território, António Simões e de Marisa Barril, responderam que o concelho de Miranda do Douro precisa incentivar a criação e o desenvolvimento de mais empresas, que por sua vez, proporcionem a fixação de mais jovens no concelho.

Segundo esta jovem família, o investimento na formação profissional é outra área a ser explorada, com o objetivo de capacitar, cada vez mais, os trabalhadores dos vários setores de atividade a prestar serviços de qualidade à população local e aos visitantes.

HA

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