Vimioso: “Desde muito cedo senti curiosidade pela vida, pela natureza e isso levou-me à biologia” – Rosário Martins
No dia 8 de maio, os alunos da Escola Básica de Vimioso participaram nas sessões de ciência, ministradas pela bióloga, Rosário Martins, que neste seu regresso ao concelho de origem, aguçou a curiosidade e o interesse dos mais novos pela investigação e o conhecimento científico.
Na Escola Básica, em Vimioso, a cientista Rosário Martins, que trabalha no Centro de Investigação Interdisciplinar Marinha Ambiental, da Universidade do Porto (UP), apresentou-se aos alunos, informando-os que é natural de Algoso, onde frequentou a escola primária.
“Frequentei a escola primária em Algoso. Depois, os meus pais migraram para o Porto, onde continuei os estudos e formei-me em Biologia, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto”, disse.
Neste regresso a Vimioso, a cientista, que também é professora universitária na Escola Superior de Saúde, do Instituto Politécnico do Porto (IPP), elucidou os alunos sobre as cianobatérias e os seus benefícios.
Após esta introdução teórica, seguiu-se um conjunto de atividades práticas para os alunos, como a observação das cianobatérias ao microscópio, o trabalho manual de construir um destes micro-organismos e a indicação das etapas a realizar para fazer uma investigação científica.
No final da sessão, os alunos de Vimioso estavam entusiasmados com a experiência científica realizada. O jovem João Martins, que frequenta o 4º ano de escolaridade, destacou a oportunidade em conhecer uma cientista.
Por sua vez, a colega, Matilde Preto, referiu que na oficina de ciência aprendeu a estudar ao microscópio as cianobatérias. A jovem estudante acrescentou que no futuro deixa em aberta a possibilidade de seguir a área científica, para se dedicar à investigação de curas para as doenças.
No final da oficina, a cientista, Rosário Martins, agradeceu o interesse nas crianças ao longo das sessões. Para aqueles que sonham ser cientistas, a bióloga incentivou-os a serem curiosos e a interessarem-se pela realidade à sua volta.
A também professora universitária indicou que, em Portugal, há cada vez mais investigação científica em diversas áreas, como é o caso da biologia. No entanto, a docente lembrou que para viver exclusivamente da ciência há que ter fontes de financiamento, como a atribuição de uma bolsa de investigação.
Sobre a visita da cientista ao Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV), a diretora, Ana Paula Falcão, sublinhou que a mais valia do programa “O cientista regressa à escola” é a oportunidade de proporcionar o encontro dos alunos com os cientistas, numa atividade de laboratório.
“É uma oportunidade única para os nossos alunos do 1º ciclo, da Escola Básica de Vimioso, puderem aprender, desde cedo, como se faz a investigação científica”, disse.
Segundo a diretora do AEV, esta atividade enriquece o currículo escolar dos alunos do 1º ciclo.
“A par das disciplinas tradicionais do português, da matemática, do estudo do meio e das artes, esta oficina de ciência destaca a interdisciplinaridade e o caráter científico de todas as disciplinas”, indicou.
HA