DOMINGO DE RAMOS NA PAIXÃO DO SENHOR
Fidelidade
Is 50, 4-7 / Slm 21 (22) 8-9.17-18a.19-20.23-24 / Filip 2, 6-11 / Mt 26, 14 – 27, 66
Entramos na Semana Santa com o Domingo de Ramos na Paixão do Senhor. A celebração inicia com uma procissão na qual se aclama a entrada solene de Jesus em Jerusalém com ramos e capas estendidos no chão.
A narração da Paixão apresenta-se como uma cena magistral de um drama. Em primeiro lugar, temos um drama humano: de um lado Jesus, que traz consigo a justiça e o amor; do outro Pilatos e os sacerdotes, que conduzem Jesus à morte, presos nas suas ambições e poderes.
Em segundo lugar, temos um drama teológico: Jesus e o «servo sofredor» – apresentado na profecia de Isaías. Estamos diante da profecia que a tradição cristã sempre viu como um anúncio dos sofrimentos da morte expiatória e redentora de Jesus. Diz este servo de Deus: «O Senhor Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo. Apresentei as costas àqueles que me batiam, e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam».
Diante da missão de anunciar a Palavra de Deus, este homem não teme as dificuldades e contrariedades da vida. A confiança em Deus basta para se manter fiel.
Por fim, temos um drama social: a mesma multidão que aclama Jesus com ramos, quando entra em Jerusalém, é capaz, logo a seguir, de o trocar por Barrabás; no meio da multidão todos parecem convencidos de estar a exercitar a sua liberdade, sem se darem conta de estar a ser manipulados.
Talvez por isto é que a verdadeira fé pede a capacidade de discernimento e disponibilidade pessoal para conhecer melhor Jesus. São Paulo é um bom exemplo de quem soube redimensionar toda a sua vida em função daquele que o recriou numa vida nova. Como questiona na Carta aos Filipenses: «Examinai-vos a vós mesmos para ver se estais na fé; ponde-vos à prova. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós?».
Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa (redemundialdeoracaodopapa.pt)