Economia: Governo destina 140 ME de apoio à produção

Em 2023, o Governo vai atribuir um apoio de 140 milhões de euros à produção agrícola, de modo a enfrentar o aumento dos custos de produção, foi anunciado pelo ministério das Finanças, em conferência de imprensa.

O apoio será atribuído, de forma direta, aos produtores agrícolas para fazer face ao aumento dos custos de produção.

Segundo a apresentação feita no Ministério das Finanças, em Lisboa, esse apoio será para os produtores agrícolas fazer face ao aumento dos custos de produção. Em consequência, o executivo espera que esses apoios tenham impacto no menor preço que chegará ao consumidor final.

Questionado sobre os detalhes desta medida na conferência de imprensa, o ministro das Finanças, Fernando Medina, não deu mais informações referindo apenas que “as negociações continuam sobre essa matéria” com o setor da produção.

O Governo vai reduzir o IVA dos bens alimentares essenciais, anunciou o ministro das Finanças, colocando a taxa em zero no cabaz de bens essenciais. Para já, o Governo ainda não fechou os bens abrangidos pela redução do IVA.

Para concretizar esta medida do IVA, o Governo está a tentar celebrar acordo com setor da produção alimentar e com setor da distribuição alimentar.

A 23 de março, o presidente da Jerónimo Martins (dona do Pingo Doce), Pedro Soares dos Santos, apelou para que as ajudas sejam dadas “à produção” e não à distribuição, com a condição de que os produtos fiquem em Portugal, afirmando que o ano passado houve uma escassez de produtos “muito perigosa”.

“A escassez fez com que muitas vezes tivéssemos feito a opção de ter produto e não ter capacidade de discutir preço”, afirmou, na conferência de imprensa de apresentação das contas da Jerónimo Martins de 2022 (590 milhões de euros, mais 27,5% face a 2021, para 590 milhões de euros,

Soares dos Santos disse ainda que o Estado “foi quem mais recolheu, foi quem mais beneficiou com a inflação e foi aquele que menos fez pelas pessoas”.

Por sua vez, o diretor-geral da Jerónimo Martins Agro-Alimentar, António Serrano, retratou os desafios da produção no último ano, como o caso do leite.

“Chegámos a meados do ano e estávamos confrontados com o facto de poder não haver leite porque os custos aumentaram, muitos produtores deixaram de produzir, não foi só em Portugal, foi em Espanha, em França e outros países, a redução de matéria-prima foi uma evidência”, referiu.

No final de 2021 um litro de leite ao produtor estava em 32 cêntimos e no final de 2022 era de 60 cêntimos.

Os ministros da Presidência, Mariana Vieira da Silva, Finanças, Fernando Medina, e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, apresentaram a 24 de março, em Lisboa, o novo pacote de ajudas para mitigar o aumento do custo de vida.

Fonte: Lusa

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