III DOMINGO DO TEMPO COMUM
Caminhar com Jesus
Is 8, 23b – 9, 3 / Slm 26 (27), 1.4.13-14 / 1 Cor 1, 10-13.17 / Mt 4, 12-23
Isaías fala-nos de um povo que andava perdido e que vê uma grande luz. Diante desta luz, do seu brilho, quebram-se o jugo, o madeiro e o bastão que oprimiam o povo. Haverá melhor forma de profetizar a missão de Jesus, o Filho de Deus?
Este é um dos mais resplandecentes resumos da história da salvação. É por isso que Mateus, no seu Evangelho, faz das palavras de Isaías um preâmbulo à pregação de Jesus, pregação que inaugura o anúncio do Reino e se funda no apelo à conversão.
Muitas vezes desvalorizamos o nosso pecado, justificando-o ou contextualizando-o. Mas cada pecado é uma divisão interna, é algo que vai agravando o fosso entre nós e Deus, e causa sempre dano. Ao insistir no pecado, não só nos afastamos de Deus como afastamos outros de Deus, porque ao serem alvos dos nossos gestos ou palavras pouco caridosas, ou ao presenciarem o nosso fraco testemunho cristão, perdem confiança no caminho de perdão e amor aberto por Cristo.
Há que arrepender-nos dos nossos passos mal andados. E voltar para o Senhor. Há que ser luz e iluminar os outros, arriscando o arrependimento e o perdão. Isto pede uma coragem que é contracultural. E é com esta coragem, espiritualmente fecunda, que derrubamos os muros que exilam a graça e permitimos que o Senhor venha e faça do nosso coração a sua casa.
Nós somos o povo de que fala Isaías. Outrora perdidos, agarrados às nossas pobres expectativas de felicidade, fomos agora encontrados pela luz. Esta luz, a vida de Jesus, a vida em comunhão com o Pai através do Espírito, coloca-nos diante da grande questão: o Reino está perto e ao meu alcance… arrependo-me e arrisco o caminho novo?
Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa
https://www.redemundialdeoracaodopapa.pt/meditacao-diaria/1953