Sendim: Centro de Inovação e Tecnologia permitiu trabalhar à distância
No dia 4 de janeiro, o Centro de Inovação e Tecnologia das Terras de Trás-os-Montes (CIT-TT), em Sendim, foi o local de trabalho, das 15 pessoas que integram a iniciativa Rural Experience, que está a decorrer de 2 a 8 de janeiro, no concelho de Miranda do Douro.
Inaugurado a 16 de julho de 2022, o Centro de Inovação e Tecnologia das Terras de Trás-os-Montes (CIT-TT) disponibilizou duas salas de trabalho, com acesso à internet, para que os 15 trabalhadores pudessem trabalhar à distância.
O responsável pelo CIT-TT, Filipe Machado, mostrou-se entusiasmado com a visita destes profissionais, que remotamente, trabalham em diversas áreas como a tecnologia, a investigação, a engenharia mecânica, a tradução, o design, a consultoria, entre outras atividades.
“Muito obrigado pela visita dos trabalhadores que estão na participar na Rural Experience, no concelho de Miranda do Douro. Tal como a associação Rural Move, também o CIT-TT tem a missão de demonstrar que é possível trabalhar desde as localidades rurais, aproveitando as novas tecnologias ”, disse.
A funcionar na vila de Sendim, há cerca de seis meses, este centro tecnológico assume como missão preparar pessoas, na área tecnológica, para o mercado de trabalho. E para tal, realiza ações de formação presenciais e online.
“O CIT-TT recebe solicitações de empresas tecnológicas que precisam de técnicos em determinadas áreas. Cabe-nos dar essa formação às pessoas, para que imediatamente depois possam começar a trabalhar”, explicou.
Andréa Barbosa, da Associação Rural Move, relembrou que a missão desta organização é apoiar as pessoas que pretendem fixar-se nos territórios rurais.
“Hoje, o mundo rural já não é o que era há 30 pou 40 anos. Atualmente, nestes territórios existem mais oportunidades de trabalho, do que apenas a agricultura e a pecuária. Para acabar com esse preconceito é preciso ter uma experiência no mundo rural, para descobrir as potencialidades que estas localidades oferecem. E é precisamente isso que estas 15 pessoas estão a fazer entre os dias 2 a 8 de janeiro”, disse.
Luísa Almeida, é assistente de vendas de uma empresa multinacional, na Maia. Com o surgimento da pandemia, começou a trabalhar à distância, a partir de casa. Questionada se é possível exercer a sua atividade profissional desde Miranda do Douro, respondeu peremptoriamente que sim.
Esta profissional conheceu a associação Rural Move e identificou-se totalmente com a missão de apoiar a mudança de pessoas para as localidades rurais.
“Sou natural de Mirandela e vivi em Torre de Moncorvo até aos 16 anos. Por isso, conheço as mais valias de viver no interior do país, como é a melhor qualidade de vida, o sossego do campo, o ar que respiro, o maior convívio com as pessoas locais, a dispensa de transportes e de correrias para ir para o local de trabalho”, destacou.
Sobre as exigências de trabalhar à distância, Luísa Almeida, sublinhou que é importante manter uma disciplina, como a definição do local de trabalho, do horário, das pausas para as refeições e dos momentos de descanso.
“Por vezes, até trabalho mais à distância, do que na empresa”, disse.
Na opinião desta profissional, é fundamental a existência de bons serviços de telecomunicações para que haja mais pessoas a mudarem-se para as localidades rurais.
HA