Política: PS de Vimioso considera de “enorme gravidade” buscas e presidente da Câmara ser arguido

A concelhia do PS de Vimioso considerou de “enorme gravidade” o presidente da Câmara ter sido constituído arguido, apelando “à transparência de quem gere” o concelho e pedindo “respeito pela legalidade na utilização dos dinheiros públicos”.

“Alertamos para a necessidade de uma total transparência e respeito pela legalidade na utilização dos dinheiros públicos que são de todos nós e devem ser colocados ao serviço das necessidades do concelho”, indica a concelhia socialista daquele município do distrito de Bragança, em comunicado.

O presidente da Câmara de Vimioso, a chefe de gabinete e um chefe de divisão foram constituídos arguidos, na sequência de buscas realizadas pela Polícia Judiciária na Câmara Municipal.

Segundo o PS, o que está em causa na investigação levada a cabo pela PJ “são processos relacionados com contratos de empreitada e com a aquisição de bens e serviços, contratados a um pequeno grupo de empresas do nosso concelho, sendo que algumas situações eram faladas recorrentemente em praça pública”.

Lamentando “profundamente o sucedido que afeta o bom nome do concelho” e da população, e sem deixar de reconhecer “a presunção de inocência dos arguidos”, o PS afirma saber “que os indícios reportam a ilegalidades no âmbito da contratação pública, entre a autarquia e um número reduzido de empresas”.

Para o PS, o que aconteceu no dia 13 foi “um acontecimento de uma enorme gravidade, com implicações diretas para o presente e para o futuro do concelho”.

No dia em que foi constituído arguido, o autarca de Vimioso, Jorge Fidalgo, afirmou: “estou de consciência tranquila. Trata-se de uma medida cautelar que permite aos arguidos poderem defender-se perante a justiça”.

Durante a operação, a PJ realizou buscas em quase todas as divisões da Câmara Municipal de Vimioso.

“Fornecemos toda a documentação solicitada pelos inspetores da PJ, no âmbito destas buscas”, indicou o presidente social-democrata.

De acordo com Jorge Fidalgo, a investigação teve como base a aquisição de bens e serviços e contratos de empreitadas.

No comunicado, a concelhia socialista refere ainda confiar na justiça, “que está a fazer o seu trabalho”, mas ressalva que não pode “deixar de apelar à total transparência por parte de quem gere os destinos do concelho”.

“Aguardaremos o desenvolvimento do processo que acompanharemos como compete a uma oposição responsável e tomaremos todas as posições que se julguem necessárias no sentido de que o assunto em causa, de enorme e extrema gravidade politica, seja cabalmente esclarecido”, conclui.

Fonte: Lusa

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