Vimioso: Tentativa de fogo posto em Algoso

No dia 15 de agosto, deflagrou um incêndio nas proximidades da ponte entre Algoso e Valcerto, que foi rapidamente apagado pelos Bombeiros de Vimioso e pelos Sapadores Florestais, que encontraram no local acendalhas brancas de querosene em chama, o que indicia fogo posto.

O presidente do município de Vimioso, António Santos, revelou que os Bombeiros de Vimioso e a GNR lhe comunicaram a existência de acendalhas brancas de querosene, no local do incêndio.

“Felizmente, graças à precoce deteção do incêndio e a rápida intervenção dos Bombeiros Voluntários de Vimioso e da equipa de Sapadores Florestais de Algoso, o incêndio que poderia propagar-se facilmente naquelas íngremes encostas do rio Angueira foi extinto”, indicou.

Segundo o autarca de Vimioso, o crime de fogo posto está agora a ser investigado pela GNR e pela Polícia Judiciária (PJ).

Questionado sobre outras ocorrências de incêndios no concelho de Vimioso, durante os meses quentes de verão, António Santos, mostrou-se aliviado dado que até ao momento não houve grandes problemas.

“O município de Vimioso tem alertado a população para a proibição de queimas e queimadas e para o uso de máquinas em terrenos florestais. Graças a Deus, a população do concelho de Vimioso tem acatado bem as recomendações da proteção civil. Até ao momento, não houve, felizmente, grandes incêndios, exceto as ocorrências de fogo posto como em Algoso e também em Vale de Pena, que ainda assim são situações graves e criminosas”, disse.

Sobre a atual situação do país, o autarca vimiosense, expressou aflição pela quantidade de fogos e a rápida propagação.

“É uma situação alarmante que gera pânico. Coincidência ou não, estamos em ano de eleições autárquicas e tal como em 2017, com os grandes incêndios de Pedrogrão Grande, que provocaram a morte de 50 pessoas e destruíram casas, empresas e terrenos florestais e agrícolas. Gostava de acreditar que não há mão criminosa nos incêndios, mas as evidências demonstram o contrário”, disse.

Desde o mês de julho, Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração da situação de alerta desde 2 de agosto.

Os fogos provocaram dois mortos, incluindo um bombeiro e vários feridos, na maioria sem gravidade e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Segundo dados oficiais provisórios já arderam 201.419 hectares no país, mais do que a área ardida em todo o ano de 2024.

HA e Lusa

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