Vimioso: Ministério Público investiga caso da sodomização na escola
O Ministério Público (MP) instaurou inquéritos crime e tutelar educativo ao alegado episódio de sodomização de um aluno de 11 anos por oito colegas, com idades entre os 13 e os 16 anos, no Agrupamento de Escolas de Vimioso.
“Confirma-se a instauração de inquérito-crime relacionado com a matéria, o qual se encontra em investigação. Os factos deram igualmente lugar à instauração de um inquérito tutelar educativo”, refere a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Fonte do Ministério da Educação avançou anteriormente que os oito alunos alegadamente envolvidos na agressão sexual foram suspensos a 30 de janeiro, pelo Agrupamento de Escolas de Vimioso e durante quatro dias – até 2 de fevereiro-, acrescentando tratar-se de uma “medida preventiva”, uma vez que continuam a decorrer os processos disciplinares instaurados pelo estabelecimento de ensino.
Várias fontes confirmaram que o episódio de sodomização ocorreu no dia 19 de janeiro, no interior do estabelecimento de ensino, “com recurso a uma vassoura”, e na presença de uma funcionária, pelo menos, que “nada fez” para travar os supostos agressores, informação que também consta de uma exposição da Junta de Freguesia de Vimioso.
Os restantes alunos alegadamente envolvidos na ocorrência têm entre 13 e 15 anos.
A alegada agressão sexual aconteceu no dia 19 de janeiro, mas só três dias depois é que a GNR foi informada da ocorrência.
Apenas nesse dia o aluno foi levado ao Centro de Saúde de Vimioso e depois ao hospital de Bragança.
O Ministério da Educação (ME) disse que o Agrupamento de Escolas de Vimioso, ao tomar conhecimento do sucedido, procedeu à “instauração de 10 processos disciplinares a alunos que terão estado envolvidos no caso do aluno que terá sofrido a alegada agressão”.
A Lusa questionou o Agrupamento de Escolas de Vimioso, continuando a aguardar resposta, e tem tentado contactar, por várias vezes, a diretora Ana Paula Falcão, que até ao momento também não atendeu as chamadas.
Fonte: Lusa