Vimioso: Formação para prevenir e atuar contra a violência doméstica

As instituições e profissionais que trabalham na rede social de Vimioso participaram, na tarde de 11 de maio, no auditório do pavilhão multiusos, numa formação sobre a violência doméstica, com o objetivo de capacitar estas profissionais para a prevenção e o acompanhamento das vítimas deste flagelo social.

Segundo Irina Narquel, assistente social e técnica de apoio à vítima na Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança (A.S.M.A.B.), a formação dirigida às técnicas do município e ipss’s de Vimioso, permitiu clarificar o que é a violência doméstica, para que depois seja mais fácil detetar essas situações e acompanhar as vítimas.

“É muito importante que as técnicas adquiram esta formação e desenvolvam esta sensibilidade, porque o primeiro atendimento pode ser determinante na resolução do problema de violência doméstica”, explicou.

De acordo com a assistente social, o problema da violência doméstica é historicamente transversal a toda a sociedade e continua a ser o crime mais cometido em Portugal, registando-se um aumento das denúncias.

“Atualmente, há mais denúncias e isso significa que as pessoas estão mais informadas e sabem como pedir ajuda. Ao contrário do que acontecia noutros tempos, em que as pessoas se resignavam, escondiam o problema e pensavam que teriam que aguentar a violência doméstica até o fim da vida”, explicou.

Segundo a técnica da A.S.M.A.B, a violéncia doméstica traduz-se na violência física, psicológica, económica, digital e no stalking (perseguição insistente).

Esta sessão dedicada a aprofundar o problema da violência doméstica foi promovida no âmbito da parceria da A.S.M.A.B. com o município de Vimioso, com o objetivo de criar um gabinete de apoio no concelho vimiosense.

O vice-presidente do município de Vimioso, António Santos, enalteceu a existência de entidades que atuam na prevenção, denúncia e acompanhamento de pessoas que são vítimas de violência doméstica.

“No interior do país, dado o menor número de habitantes há menos casos de violência doméstica, mas isso não quer dizer que não existam”, alertou.

HA

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