Vimioso: Assembleia Municipal aprova orçamento destinado a fixar pessoas no concelho

Para o novo ano de 2026, a Assembleia Municipal de Vimioso (PSD) aprovou por maioria, um orçamento de 14,5 milhões de euros, tendo como prioridades a ação social, educação, saúde e os apoios ao empreendedorismo e à criação de emprego, de modo a fixar pessoas no concelho. 

O presidente da Câmara Municipal de Vimioso, António Santos (PSD), disse que este orçamento conta com mais um milhão de euros face a 2025, com a preocupação de fixar pessoas no concelho.

“A única forma de atrair e fixar pessoas no concelho é direcionar uma boa fatia deste orçamento municipal para a ação social, para a educação e para a saúde”, disse o autarca vimiosense.

Segundo António Santos, no que toca à ação social, serão tidos em conta os estratos sociais mais desfavorecidos do concelho, apoios aos estudantes do ensino secundário e superior com o pagamento de propinas e apoio à criação de emprego e ao empreendedorismo.

No campo da saúde, são apoiados os doentes com transporte gratuito para o Instituto Português de Oncologia (IPO) e hospitais de referência. Haverá ainda incentivos de apoio à natalidade.

Já em matéria de emprego, serão apoiadas empresas com cinco mil euros por cada posto de trabalho.

Das obras prioritárias, o armazenamento de água é uma prioridade com a criação de barragens da Alamela e Santulhão, que é tida pelo executivo social-democrata como uma obra estruturante no que respeita ao regadio, com uma dotação de 6,5 milhões de euros.

A ribeira da Ramalheira, em Angueira, será outro ponto de armazenamento de água, orçado em mais de 15 milhões de euros, para o qual estão a ser desenvolvidos estudos de impacte ambiental e outros trâmites inerentes junto das entidades competentes.

Ainda no campo do abastecimento de água foi aprovada uma candidatura para instalação de contadores inteligentes em todas as habitações, no valor de 1,5 milhões de euros, para deteção de fugas.

Segundo António Santos, há outra obra emblemática para o concelho que passa pela construção de seis residências autónomas para jovens portadores de deficiência.

No campo dos impostos, o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para prédios urbanos fica no valor mínimo (0,3%), enquanto para prédios rústicos fixa-se no máximo (0,8%).Já em sede de Imposto sobre o Rendimento (IRS) ficou nos 5%. No que respeita aos Direitos de Passagem, a taxa é de 0,25%.

Do lado da bancada do PS, os eleitos justificaram os votos contra porque a proposta de orçamento para 2026 foi apresentada à Assembleia Municipal com o que consideram uma falha grave e inaceitável: “os documentos previsionais encontram-se incompletos, faltando uma página essencial à sua correta análise.

“Esta situação revela falta de rigor e desrespeito institucional e compromete a transparência que deve pautar a gestão dos dinheiros públicos”, garantem os eleitos na oposição.

“Para além desta irregularidade formal, o orçamento confirma opções políticas erradas, ao privilegiar o aumento da despesa corrente em detrimento do investimento estruturante. Esta escolha enfraquece a capacidade do município para responder aos problemas reais do concelho, adia investimentos necessários e limita o desenvolvimento futuro”, indicam os eleitos pelo PS.

A bancada socialista apontou ainda a ausência de uma estratégia clara para enfrentar desafios como a perda de população, o envelhecimento, a falta de oportunidades económicas e o isolamento territorial.

Segundo os eleitos pelo PS, “perante documentos incompletos, opções políticas erradas e falta de ambição para o desenvolvimento local, não estão reunidas as condições para merecer concordância”.

O orçamento municipal foi também aprovado por maioria, em sede e executivo municipal, no dia 05 de dezembro, com três votos a favor da maioria PSD e dois votos contra da oposição do PS.

A Assembleia Municipal de Vimioso e a Câmara Municipal são ambas de maioria PSD. Na câmara há cinco eleitos, sendo três do PSD e dois do PS.

Fonte: Lusa | Foto: HA

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