Vimioso: Ambientalistas vão debater transição energética
Nos dias 14 e 15 de outubro, várias associações ambientalistas e movimentos cívicos nacionais vão reunir-se em Vimioso, para debater linhas de ação que assegurem uma transição energética que tenha impacto efetivo no ambiente e na sociedade.
“Este encontro de organizações ambientalistas, movimentos cívicos e outros intervenientes serve para definir linhas de ação conjuntas que beneficiem o meio ambiente e a sociedade, e assim definir linhas de ação que assegurem uma transição energética que tenha impacto de forma efetiva no meio ambiente e na sociedade”, explicou o presidente da Palombar, José Pereira.
O também biólogo acrescentou que o movimento ambientalista acredita que a transição energética tem de ser feita e com muita celeridade, mas há uma preocupação com a forma como esta mudança de paradigma no campo das fontes energéticas renováveis está a ser feita.
“É necessário salvaguardar os valores naturais e sociais das comunidades e ao mesmo tempo que seja possível implementar uma estratégia de transição energética, sendo este o tema em que organizações ambientalistas se focarão durante o encontro de convergência energética”, explicou.
Segundo José Pereira, as fontes energéticas alternativas aos combustíveis fósseis são essenciais para assegurar a transição energética, mas, nos últimos anos, a sua proliferação acelerada, com consequências negativas diretas no coberto vegetal e impactos nos ecossistemas e paisagem, tem levantado questões sobre a real contribuição da energia renovável para a mitigação das alterações climáticas.
“Urge, por isso, debater esta questão da transição energética de forma incontornável”, acrescentou.
“A transição energética é necessária para fazer face aos desafios e riscos ambientais impostos pelas alterações climáticas, mas a que custo está a ser feita? E em benefício de quem? Neste encontro, associações, movimentos e grupos informais de proteção ambiental de todo o país irão juntar-se para debater este tema, com foco nas megas centrais solares”, alertou o ambientalista.
Para os ambientalistas, é preciso “pressionar o Governo” a encontrar estratégias que, de forma coerente, vão de encontro à proteção e preservação da biodiversidade e ao restauro dos ecossistemas.
Fonte: Lusa