Trás-os-Montes: Projetos em execução no valor de 326 milhões de euros
O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte), António Cunha, indicou que estão em curso na área da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes (CIM-TTM), projetos que significam um investimento de 326 milhões de euros.

António Cunha falava aos jornalistas, em Bragança, após uma reunião periódica com a CIM-TTM, que incluiu nove município do distrito – Alfândega da Fé, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais.
Em termos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), disse, “estão em curso projetos no território na ordem dos 187 milhões de euros. No Norte2030, em que incidimos mais, estão em cursos projetos já aprovados na ordem dos 139 milhões de euros”, revelou aos jornalistas após cerca de três horas de reunião.
Deste último leque de projetos, António Cunha enumerou investimentos do Instituto Politécnico de Bragança, da continuação do Museu da Língua em Bragança, e outros de empresas, ligados à indústria, ao turismo ou à agricultura.
Esta reunião entre as entidades tinha como objetivo alinhar prioridades de desenvolvimento regional.
“Se tivermos de identificar quatro grandes questões para um território vasto como este, serão certamente a demografia, a mobilidade, a água para regadio e as comunicações móveis”, enumerou António Cunha, referindo que está já a ser ultimado o concurso público com uma operadora de telecomunicações para mitigar as zonas brancas – sem cobertura de rede móveis – que ainda existem na região.
O responsável disse ser necessário ter “uma atividade económica mais forte, mais pujante”, na região.
“Seja na agricultura ou na valorização dos seus produtos, seja na atividade industrial ou no turismo. Porque a maneira de fixar pessoas é ter níveis salariais mais elevados e que as pessoas se sintam bem aqui, sem sentir necessidade de sair por razões económicas”, definiu António Cunha.
O presidente da CIM-TTM, Pedro Lima, foi ao encontro de António Cunha, apontando como motores da região a agricultura e o turismo, destacando ainda a saúde, a educação, a mobilidade e as comunicações.
“Todos esses parâmetros juntos vão alavancar a nossa sub-região. Não podemos olhar-nos como pequenos ou pobrezinhos. Temos tudo para dar certo”, afirmou Pedro Lima, ao mesmo tempo que pedia também mais autonomia para poder implementar esta estratégia.
Fonte: Lusa