Sendim: Associação de Pais abordou a educação inclusiva de alunos imigrantes
Com o propósito de sensibilizar pais, professores e auxiliares educativos para a importância de acolher e integrar os alunos imigrantes, a Associação de Pais e Encarregados de Educação das Escolas de Sendim (APEEES) organizou no dia 30 de abril, o I Encontro “Direitos e Deveres na Educação Inclusiva: Implicações, Práxis Implícitas”.
A iniciativa decorreu no salão nobre da União de Freguesias de Sendim e Atenor e teve como oradoras, as docentes do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) Ana Raquel Prada e Carla Pedroso de Lima que explicaram que a educação inclusiva implica a adaptação do sistema educacional para atender uma maior diversidade de necessidades de todas as crianças e jovens.
“Sem descurar as caraterísticas de cada criança e jovem, há que garantir o acesso a uma educação de qualidade a todos os alunos”, começaram por dizer as investigadoras.
Sobre o que é uma escola inclusiva, as docentes do IPB responderam que são as comunidades educativas que acolhem e valorizam a diversidade.
“A inclusão envolve toda a comunidade educativa, desde as famílias, professores, as turmas e os auxiliares educativos, todos contribuem para o desenvolvimento social, emocional e académico de cada aluno”, indicaram.
O I Encontro “Direitos e Deveres na Educação Inclusiva: Implicações, Práxis Implícitas” realizado em Sendim, contou com a participação da presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, Helena Barril, da vice-presidente da União de Freguesias de Sendim e Atenor, Ana Paula André e do diretor do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), António Santos.
A autarca de Miranda do Douro, Helena Barril, referiu que perante a chegada de um maior número de imigrantes ao concelho de Miranda do Douro é imperativo acolher, acompanhar, integrar e valorizar a diversidade cultural e linguística dos novos agregados familiares.
“Vivemos numa sociedade cada vez mais diversa e complexa, onde cada pessoa precisa ser acolhida, incluída, respeitada e integrada”, disse Helena Barril.

Por sua vez, o diretor do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), António Santos, apelou a todos os intervenientes no processo educativo: pais, professores e funcionários das escolas para que trabalhem no mesmo sentido da inclusão social dos novos alunos.
“A acolhimento de alunos que vêm de países cuja língua materna não é o português exige um plano de educação e acompanhamento personalizado”, indicou.
Segundos dados do Ministério da Educação, nos últimos dois anos letivos o número de alunos estrangeiros nas escolas em Portugal, aumentou de 70 mil para 140 mil crianças e jovens.
HA