Política: Marques Mendes apresenta candidatura presidencial
O antigo líder do PSD, Luís Marques Mendes, apresenta a 6 de fevereiro a sua candidatura a Presidente da República, numa sessão em Fafe, a sua terra-natal, para a qual não foram feitos convites a figurais nacionais do PSD.

A sessão de apresentação está marcada para as 18:00, no auditório do lar da Santa Casa da Misericórdia de Fafe, a que foi atribuído o nome do seu pai, António Marques Mendes, fundador do PSD no distrito e ex-deputado na Assembleia da República e no Parlamento Europeu.
Para esta apresentação inaugural, o candidato disse não ter feito convites a ninguém, à exceção do presidente da Câmara de Fafe, ficando para futuras sessões a presença de figuras nacionais do PSD, partido que liderou entre 2005 e 2007.
Caberá ao presidente da Câmara de Fafe, Antero Barbosa, eleito e recandidato às próximas autárquicas pelo PS, fazer uma intervenção de saudação, antes do discurso de fundo do candidato a Belém.
No seu último comentário televisivo na SIC, Luís Marques Mendes justificou a sua candidatura presidencial por entender, depois de uma reflexão pessoal e de “ouvir muita gente”, que podia ser útil ao país e elegeu três grandes causas: ambição, estabilidade e ética.
“Nós não podemos passar a vida em crises políticas, nós não podemos passar a vida em dissoluções e eleições antecipadas”, considerou, defendendo que para tal “é preciso ter alguma capacidade de fazer pontes”.
Por outro lado, prometeu “introduzir com muito mais força” o tema da ética na vida política, referindo que tomou decisões difíceis neste domínio quando liderou o PSD, entre 2005 e 2007, com as quais dentro do partido “quase ninguém concordou”.
“Hoje é preciso ir muito mais longe, mas muito mais longe. Uma parte grande dos portugueses está um bocadinho farta dos políticos, da classe política. Isto não é bom em termos de democracia. Não se resolve com populismo. Resolve-se é a fazer um maior apelo à ética e aprofundar e desenvolver um conjunto de decisões para que as pessoas voltem a confiar”, sustentou.
Segundo Marques Mendes, a par destas duas causas, Portugal precisa de ambição, porque é “um país de um modo geral conformado, resignado, parece que até deprimido, parece que acomodado”, o que se propõe combater se for eleito chefe de Estado.
“É uma doença que temos esta de pouca ambição”, comparou.
Luís Marques Mendes, 67 anos e militante do PSD desde os 16 anos, já foi deputado, secretário de Estado, ministro em quatro governos e líder dos sociais-democratas entre 2005 e 2007.
Atualmente, é advogado e conselheiro de Estado escolhido pelo atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República já anunciou que tenciona marcar as presidenciais para 25 de janeiro de 2026, calhando uma eventual segunda volta a 15 de fevereiro, três semanas depois.
Luís Marques Mendes irá fazer a apresentação da sua candidatura com quase um ano de antecedência – na véspera da data escolhida pelo anterior chefe de Estado Jorge Sampaio, que se apresentou como candidato em 7 de fevereiro de 1995.
Fonte: Lusa