Palaçoulo: Monjas Trapistas têm uma noviça e três postulantes

A comunidade das Monjas Trapistas, do Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo está a crescer, sendo atualmente constituída por 10 monjas italianas, uma noviça e três postulantes, portuguesas, que decidiram servir a Deus, mediante o estilo de vida da oração e do trabalho.

Em outubro de 2020, chegaram a Palaçoulo, as monjas trapistas, vindas do mosteiro de São Vitorchiano, em Itália, para fundar um novo mosteiro desta ordem religiosa, em Portugal.

Percorridos quase quatro anos, no planalto mirandês, esta comunidade religiosa é atualmente formada por 14 pessoas (10 monjas, 1 noviça e 3 postulantes), que vivem segundo a regra beneditina do “Ora et labora”.

“A nossa vida pauta-se pela obediência constante a Deus, mediante a oração e o trabalho. Este modo de vida, ajuda-nos a ter uma permanente consciência da nossa entrega a Deus. Quando mudarmos para o mosteiro, aí há um sino que toca para avisar toda a comunidade dos actos comunitários, como são a oração e o trabalho”, disse a Madre Superiora, Giusy Maffini.

Para aperfeiçoarem o português, as monjas italianas contam agora com a ajuda das quatro raparigas portuguesas que estão a realizar o noviciado (1) e o postulado (3).

“No decorrer dos trabalhos comunitários, elas, as raparigas portuguesas corrigem a nossa pronúncia e ajudam-nos a diversificar o vocabulário na língua portuguesa”, revelou.

Questionada sobre o modo como as portuguesas chegam até Palaçoulo, para se candidatarem a esta ordem religiosa, a Madre Superiora, explicou que as pretendentes chegam através das várias dioceses de Portugal, onde existem outras comunidades e institutos religiosos.

“Aqui chegadas, a nossa comunidade dá às raparigas a oportunidade de conhecer e experimentar o nosso ritmo de vida, na oração, no trabalho e no diálogo com outra monja, para ir discernindo os seus sonhos e vocação”, explicou.

A primeira noviça portuguesa

A jovem Ana Cecília, tem 26 anos, é natural de Alverca e é a primeira noviça na comunidade das Monjas Trapistas, em Palaçoulo. Conheceu esta Ordem religiosa, através de amigos e do irmão, com quem visitou o mosteiro de Vitorchiano, em Itália.

“Depois, vim a Palaçoulo, com um grupo de amigos, fazer um retiro. No final, tivemos um encontro com as Monjas Trapistas e começou aí uma amizade e surgiu uma pergunta: será que o Senhor me está a chamar para abraçar este estilo de vida?”, disse.

Para responder a esta questão, a jovem portuguesa viveu uma experiência de três meses com as monjas trapistas, em Palaçoulo. Depois, voltou a casa e ao final de dois meses, decidiu regressar a Palaçolulo, para iniciar um ano de “Postulado”. Concluído o postulado, a partir de fevereiro de 2024, a jovem Ana Cecília recebeu o hábito de noviça das Monjas Trapistas.

“O que mais gosto nesta vocação ou chamamento é a possibilidade de servir a Deus, de um modo próximo e equilibrado. Tal como no mundo lá fora, aqui também existe a fadiga do trabalho, mas depois também dispomos de um grande tempo de silêncio e de oração, comunitária e pessoal. E por isso, este estilo de vida é muito belo! ”, disse.

O noviciado da Ana Cecília prolonga-se por dois anos. Seguem-se depois, os primeiros votos de pertença a esta ordem religiosa, que têm um compromisso de cinco anos. E só depois, a jovem poderá emitir os votos definitivos.

“São nove anos de formação no mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo, até ao compromisso definitivo”, disse.

Sobre a vida no planalto mirandês, a jovem vinda de Alverca, elogiou a beleza da natureza, a genuinidade e a bondade das pessoas.

HA

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