Palaçoulo: Monjas Trapistas já vivem no Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja

As Monjas Trapistas, em Palaçoulo, concluíram a mudança para o Mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, iniciando assim a vida de clausura, dedicada à oração e ao trabalho diário, com a manufatura de artigos religiosos, a doçaria tradicional e o acolhimento a grupos, famílias e visitantes.

Sobre a mudança de residência, da hospedaria para o mosteiro, a monja trapista, Margarida Baldini, mostrou-se muito feliz com a beleza das novas instalações.

“Neste momento, estamos a mobilar o mosteiro, a fazer arrumações e a iniciar o trabalho do dia-a-dia, pois é o nosso modo de sustento. A ordem cisterciense sempre procurou lugares desertos e isolados, para nos dedicarmos por inteiro à oração e ao trabalho”, disse.

Diariamente, as monjas trapistas dedicam-se ao fabrico artesanal de artigos religiosos como terços, livros, pagelas e porta-chaves.

Outro trabalho é a manufatura de produtos locais, como a extração de mel e o fabrico de doçaria tradicional e de compotas, cujos frutos são provenientes do pomar, do amendoal e também da recém plantada vinha, ao redor do mosteiro.

Entre estes produtos, um dos destaques é o “Docinho do Bom Jesus”, que é confeccionado com miolo de amêndoa, laranja e mel e é feito para o santuário do Bom Jesus, em Braga.

«O ‘Docinho do Bom Jesus’ pretende ser uma marca identificativa daquele santuário. Este doce artesanal está disponível desde 27 de abril e tem registado muito boa adesão por parte do público», indicou a religiosa.

Outra novidade no dia-a-dia das monjas trapistas de Palaçoulo é a conclusão das obras de reparação do telhado, do sótão e do piso superior da hospedaria, que recorde-se, foram destruídos por um incêndio que deflagrou a 27 de janeiro.

De acordo com a irmã Margarida Baldini, responsável pela hospedaria, o espaço já está pronto para acolher grupos, famílias e visitantes. Durante a estadia, que tem um tempo máximo de oito dias, o mosteiro oferece o alojamento e as refeições aos visitantes.

“Pela estadia na hospedagem, as pessoas oferecem o que quiserem. Há pessoas que oferecem muito mais do que aquilo que precisamos. E outras oferecem menos. Nós seguimos a regra de São Bento, que nos ensina a acolher os hóspedes como se fosse o próprio Cristo”, disse.

Segundo a religiosa, os hóspedes podem acompanhar o dia-a-dia monástico, participando na celebração diária da eucaristia e nos vários momentos de oração ao longo do dia.

“No restante tempo livre, os hóspedes podem aproveitar para ler, passear pela área envolvente ao mosteiro ou solicitar conversas com a comunidade trapista”, disse.

Na estadia na hospedaria, os grupos podem usufruir da cozinha e de um amplo refeitório, o que permite que seja possível prepararem as suas próprias refeições.

Desde a chegada a Portugal, em outubro de 2020, para fundar o Mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja, em Palaçoulo, as monjas trapistas têm acolhido hóspedes e visitantes vindos de todas as dioceses de Portugal, assim como da vizinha Espanha e também de Itália.

As Monjas trapistas ou Irmãs da Ordem Cisterciense da Estrita Observância (OCSO), são uma ordem religiosa católica, contemplativa.

Ao longo do ano, a comunidade trapista de Palaçoulo, realiza encontros vocacionais, destinados às jovens interessadas em conhecer o estilo de vida monástico. Para obter informações sobre estes encontros, pode consultar o site do mosteiro, escrever um e-mail (chamamento@trapistaspalacoulo.pt) ou ligar para o número: 910 909 588.

HA

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