Palaçoulo: Monjas Trapistas fabricam “Biscoitos de São Bento”

No dia 5 de janeiro, o Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, participou na cerimónia de apresentação dos “Biscoitos de São Bento”, um projeto colaborativo entre a Irmandade de São Bento da Porta Aberta, em Terras de Bouro e a comunidade religiosa das Monjas Trapistas, de Palaçoulo.

Segundo o Diário do Minho, os “Biscoitos de São Bento” surgem depois de uma experiência bem sucedida com um doce feito para o santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga.

Os Biscoitos de São Bento são confecionados com produtos caseiros, como o mel e a laranja do Gerês. A este fruto junta-se a amêndoa de Trás-os Montes, colhida pelas Irmãs Trapistas, no amendoal do Mosteiro, em Palaçoulo.

Na apresentação, Dom José Cordeiro felicitou a parceria e referiu que os biscoitos também trazem a essência de um mosteiro ou santuário.

«Neste Ano Santo Jubilar, este produto é uma nova possibilidade que o santuário e a basílica de S. Bento da Porta Aberta têm a oferecer aos peregrinos e a todas as pessoas que por aqui passam. É mais um elemento de diferenciação neste santuário para o encontro com Deus, connosco próprios e com a natureza», destacou.

Por sua vez, o presidente da Irmandade de S. bento da Porta Aberta explicou que a ideia de disponibilizar biscoitos surgiu com o objetivo de proporcionar aos peregrinos, uma lembrança do santuário, tal como já acontece noutros locais de culto, como o Santuário de Bom Jesus.

O padre Miguel Paulo Simões destacou que para isso houve o compromisso de contribuir para o desenvolvimento de Terras de Bouro, utilizando produtos locais, como mel e laranja, sem descurar a ecologia, dado que a embalagem é feita em papel reciclado.

Do lado das monjas trapistas, a Irmã Anunciada, indicou que a confeção dos biscoitos de S. Bento provém de uma receita adaptada de um doce italiano, com a introdução de produtos endógenos como a amêndoa.

No mosteiro de Palaçoulo, as monjas trapistas produzem outros produtos de doçaria tradicional como os rabiscos de amêndoas, torroncinhos vestidos, ‘amaretti’ tenros, amêndoas vestidas, amêndoas pimentinhas, amêndoas salgadas, pãozinho do peregrino, trancinhas e ‘torrones’ e várias compotas.

No artesanato, as monjas fazem dezenas, terços, porta-chaves e vendem livros religiosos.

Todos estes produtos podem ser encomendados online.

A par do trabalho e da oração, o mosteiro trapista tem uma hospedaria para albergar visitantes e peregrinos que queiram experienciar alguns dias de retiro, de silêncio e oração junto da comunidade trapista.

Fonte: Diário do Minho; Foto: O Amarense

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