Palaçoulo: Matilde e Columba são as novas Monjas Trapistas
A comunidade trapista do Mosteiro de Santa Maria, Mãe da Igreja, em Palaçoulo, têm duas novas monjas trapistas, as jovens portuguesas Matilde e Columba, que descobriram na vocação religiosa um compromisso, o sentido de pertença e um outro nível de felicidade.
As novas monjas trapistas, Matilde e Columba receberam o hábito, nos dia 24 e 30 de novembro, respetivamente, aquando da solenidade de Cristo Rei e da festa do apóstolo Santo André.
Matilde Santos é natural de Lisboa e conheceu a comunidade das Monjas Trapistas de Palaçoulo, em 2022, numa visita com amigos, ao mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja. Questionada sobre o que gostou na vida religiosa, a jovem portuguesa disse que a atraiu a vida regrada da ordem e a paixão das monjas por Cristo.
Durante os dois anos de postulantado, a jovem Matilde, teve a oportunidade de conhecer o modo de vida das monjas trapistas.
“O postulantado é como num namoro, é um tempo para conhecer a comunidade, antes de assumir um maior compromisso. Ao longo destes dois anos de postulantado tive a oportunidade de conhecer e experimentar os trabalhos e a experiência espiritual das irmãs. No fundo, é um tempo de discernimento para apurar se se quer enveredar por esta vida”, disse.
A seu lado, a irmã Columba, também natural de Lisboa, disse que desde os tempos dos estudos universitários, sempre teve interesse pela vida monástica e o carisma cisterciense. Columba teve uma primeira experiência religiosa num mosteiro beneditino localizado na região da Baviera, na Alemanha.
“Em 2023, a minha abadessa da Alemanha deu-me a oportunidade de fazer uma experiência de três meses, em Portugal, junto da comunidade de monjas trapistas do novo mosteiro de Santa Maria Mãe da Igreja, em Palaçoulo. A adaptação correu bem e hoje estou muito feliz por fazer parte desta comunidade de monjas trapistas. Aqui, sinto-me verdadeiramente em casa!”, disse.
Sobre o dia-a-dia no mosteiro, as monjas trapistas portuguesas disseram apreciar sobretudo a participação diária na Missa e a vida pautada pela oração comunitária. A monjas portuguesas destacaram ainda a relação fraterna com outras irmãs e a dedicação ao trabalho, meios que permitem aprofundar o conhecimento de Deus, seguindo os ensinamentos de São Bento.
Sobre o significado da tomada de hábito, Matilde e Columba responderam que o hábto significa compromisso e pertença a Deus.
“O dia da tomada de hábito de monja trapista foi vivido com muita gratidão. Ao receber o hábito tornei-me mais livre, isto é, agora sei a quem pertenço, a Deus. E qual é a minha vocação, a minha missão neste mundo”, disseram.
Questionadas como descobriram a vocação religiosa, ambas as jovens afirmaram que a vocação é uma graça dada por Deus.
“Para descobrir a vocação, ajuda muito procurar o acompanhamento de um(a) diretor(a) espiritual, como um sacerdote, uma madre ou uma irmã mais experiente, pois isso ajuda-nos a ser mais objetivos e entender a vontade de Deus, que é afinal o que nos faz mais felizes e a decidir bem”, explicaram.
Com a decisão de serem monjas trapistas, Matilde e Columba descobriram um outro nível de felicidade, até então desconhecido!
HA