XVIII Domingo do Tempo Comum
O que procuramos?
Ex 16, 2-4.12-15 / Slm 77 (78), 3-4bc.23-25.54 / Ef 4, 17.20-24 / Jo 6, 24-35
O Evangelho de hoje remete-nos para o centro das nossas vidas, questionando-nos. O que nos move de um lado para o outro? O que nos leva a tomar decisões? A multidão, ao ver que os discípulos e Jesus já não estão com ela, rapidamente se coloca a caminho de Cafarnaum e interroga-o sobre como chegou até ali. Jesus não lhes responde e aponta a verdadeira questão: o que vos trouxe até aqui? O que procurais?
É tentador seguir um Deus que supre as nossas necessidades, que nos dá alimento nos nossos desertos. É fácil acreditar em Deus quanto tudo parece correr bem e o chão permanece firme debaixo dos nossos pés. Mas este tipo de fé não é um bom companheiro de viagem, pois não está centrado no que é importante: a pessoa de Jesus.
Jesus convida-nos a muito mais que escutar as suas palavras e comer ao seu lado. Jesus desafia-nos a segui-lo, a viver ao seu estilo. E isto implica tê-lo no centro das nossas vidas em todas as decisões. Levantar-nos, porque seguimos Cristo. Alimentar-nos, porque seguimos Cristo. Fazer o bem, porque seguimos Cristo. Ser fiéis na oração, porque seguimos Cristo. Ser honestos no nosso trabalhar, porque seguimos Cristo. Cuidar dos irmãos, porque seguimos Cristo.
Em nenhuma das nossas atividades devemos ter um segundo interesse. A nossa única agenda deve ser fazer a vontade do nosso Pai, que está no Céu, Ele que deu o maná ao povo que atravessou o deserto e que agora nos oferece o seu Filho, Jesus.
É uma espécie de loucura esta crença, mas é uma sã loucura. É a loucura que nos leva à liberdade para amar e anunciar o Evangelho. É a loucura de viver enraizados no essencial: o seguimento de Cristo.