XIX Domingo do Tempo Comum | 1º Dia de Semana Nacional da Mobilidade Humana
Murmuração
1 Reis 19, 4-8 / Slm 33 (34), 2-9 / Ef 4, 30 – 5, 2 / Jo 6, 41-51
Os judeus murmuram contra Jesus. O que Jesus afirma escandaliza-os, principalmente que Ele diga que desceu dos Céus, equiparando-se a Deus. Jesus apercebe-se disto e repreende-os. Não pela sua falta de fé, mas porque murmuram, algo que é típico de quem está a deixar-se envenenar pelo mau espírito.
O espírito da murmuração abunda nos espaços que habitamos, das nossas casas aos lugares de trabalho, passando pelas igrejas. Ele inspira-nos palavras covardes nas costas de outros, maquinações conspiradoras que visam o mal de alguém e tudo isto sob a capa de uma aparente preocupação bondosa. Não duvido que quem murmura, muitas vezes, procura o bem. Mas se o que está a fazer é luminoso, porque o mantém em segredo e escondido?
São Paulo, na segunda leitura de hoje, não se poupa a palavras, afirmando que devemos eliminar «tudo o que é azedume, irritação, cólera, insulto, maledicência e toda a espécie de maldade». São Paulo apela a que não cedamos um centímetro ao mal, pois ele bem sabe como este, como água derramada sobre o chão de azulejo, rapidamente se espalha e inunda.
Pelo contrário, o Apóstolo pede-nos que sejamos compassivos, que perdoemos os irmãos e que arrisquemos a bondade uns para com os outros, caminhando no amor, como Cristo. Este não é o caminho fácil, mas é o caminho da vida eterna, o caminho da vida bem vivida.
Façamos um bom exame do nosso coração e acolhamos as palavras de São Paulo. Abandonemos tudo o que é maldade, sejamos compassivos e entreguemo-nos ao amor de Deus, assumindo com Jesus a divina missão de compaixão pelo mundo.
Fonte: Rede Mundial de Oração do Papa
Imagem: Super Coloring