Montesinho: Investigadores criam mapa sobre espécies vulneráveis

Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) desenvolveram um mapa geral de vulnerabilidade das espécies do Parque Natural de Montesinho, onde estão registados 42 mamíferos, 13 anfíbios, 20 répteis, 153 aves e 1.058 plantas vasculares.

Em comunicado, a FCUP esclarece que, no âmbito do projeto MontObEO – Observatório de Biodiversidade de Montesinho, os investigadores analisaram as espécies em “pior estado de conservação”.

As espécies que estão a perder qualidade do ‘habitat’ ao longo do tempo e as respetivas áreas do parque estão identificadas no mapa.

Para a criação do mapa, que funciona como “sistema de alerta precoce”, os investigadores usaram séries temporais de deteção remota e modelos de nicho ecológico para identificar alterações da qualidade de ‘habitat’ e o risco de extinção das espécies ao longo do tempo e espaço.

Na ferramenta, os investigadores apresentam também a distribuição espacial das mudanças que estão associadas a riscos de extinção.

No mapa estão registados 42 mamíferos, 13 anfíbios, 20 répteis, 153 aves e 1.058 plantas vasculares do Parque Natural de Montesinho, no nordeste transmontano.

Citado no comunicado, o investigador responsável pelo projeto, Neftalí Sillero, salienta que uma das vantagens do método desenvolvido é que “pode ser adaptado a qualquer área de estudo e a qualquer período de tempo sempre que haja imagens de satélite disponíveis”.

O projeto MontOBEO arrancou em 2021 e contou com um financiamento de 250 mil euros da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

Com o objetivo de avaliar o risco de extinção da flora e fauna do Parque Natural de Montesinho, no projeto participaram investigadores da FCUP, do Centro de Investigação em Ciências Geo-Espaciais (CICGE), do Instituto de Ciências da Terra, da Universidade de Córdoba e do laboratório ForestWISE.

O mapa e resultados do projeto são apresentados hoje e no dia 04 de dezembro em ‘workshops’ que decorrem em Bragança e Porto, respetivamente.

A par dos ‘workshops’ decorrem ainda nas duas cidade ações de formação gratuitas para dar a conhecer e mostrar como é possível usar a metodologia implementada para avaliar as tendências da adequação dos ‘habitats’ de espécies do Parque Natural de Montesinho.

Fonte: Lusa

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