Mogadouro: Município homenageia Francisco Pinto
A Câmara Municipal de Mogadouro inaugura esta quinta-feira, dia 7 de dezembro, as obras de reconversão da antiga escola preparatória Trindade Coelho num edifício polivalente, que conta com um auditório com o nome do jornalista Francisco Pinto, natural do concelho e colaborador da Lusa.
O espaço deixou de funcionar em 2009 como estabelecimento de ensino, com os alunos a mudaram-se para o edifício ao lado, que passou a ser sede do agrupamento escolar.
O edifício foi recuperado, numa empreitada de quase dois milhões de euros, para servir de cantina para cerca de 350 alunos.
“A transformação em cantina prende-se pelo facto de a atual já estar bastante degradada e os miúdos terem que atravessar uma artéria principal da vila para irem da escola para a cantina”, explicou o presidente da Câmara, António Pimentel.
Esta renovada cantina fica dentro do complexo escolar do agrupamento.
O espaço vai ainda albergar a ação social do município e o arquivo da câmara municipal.
A inauguração do edifício polivalente, em Mogadouro, está marcada para as 17:30, desta quinta-feira.
“Entendemos que deveríamos dar ao auditório o nome de alguém que tenha contribuído para a divulgação de todo o território do nordeste e de Mogadouro”, afirmou António Pimentel, salientado que Francisco Pinto tem “prestado um serviço relevante” ao estar “sempre presente”.
O jornalista Francisco Pinto cumpriu 30 anos de profissão, 13 dos quais como colaborador da Lusa, no planalto mirandês e Douro Superior. Sobre a distinção, o profissional disse ter recebido “com surpresa” a intenção da autarquia de atribuir o seu nome ao auditório, numa homenagem que tem “um forte significado”.
Francisco Pinto foi aluno na antiga escola onde agora vai ter um auditório com o seu nome, e recordou ter sido “muito feliz durante os dois anos” em que lá estudou.
“É para mim um grande orgulho ter o meu nome associado ao deste ilustre escritor mogadourense”, congratulou-se Francisco Pinto, acrescentando que Trindade Coelho foi também “um grande jornalista ao seu tempo”.
O jornalista, que disse executar a missão “com orgulho”, tem mantido várias colaborações ao longo destas três décadas de atividade, atualmente entre a rádio e a imprensa escrita.
“É uma tarefa algo complicada, o jornalismo de proximidade. Tem que ser feito com muita resiliência e paciência”, considerou Francisco Pinto, que disse ainda que, juntando “uma boa dose de conhecimento do território”, é possível fazer o retrato das populações, mesmo sentindo “as dificuldades e por vezes alguma discriminação” pela zona do país onde atua.
A missão passa por “tentar levar deste rincão, que é o mais Interior de Portugal e o mais afastado dos grande centros de decisão, as histórias, os anseios, tudo o que vai na vida desta gente fronteiriça, que muito tem para dar”, concluiu o jornalista.
Fonte: Lusa