Miranda do Douro: Festa em honra de Nossa Senhora de Fátima

Em Miranda do Douro, a Festa em Honra de Nossa Senhora de Fátima decorre nos dias 11, 12 e 13 de maio, com a celebração religiosa da procissão das velas, a missa dominical e o terço, uma oração que se recita diariamente, na concatedral, ao longo do mês de maio.

A festa religiosa é organizada pela mordomia de Nossa Senhora de Fátima e inicia-se no sábado, dia 11 de maio, com a procissão das velas, às 21h00, pelas ruas de Miranda do Douro.

No Domingo, dia 12, a festa prossegue com a celebração da eucaristia dominical, agendada para as 17h30, na concatedral de Miranda do Douro. No final da celebração, realiza-se a procissão acompanhada pela Banda Filarmónica Mirandesa.

Na segunda-feira, dia 13 de maio, data do aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos, em Fátima, a comunidade paroquial de Miranda do Douro conclui a festividade com a recitação do Terço e a encenação do Adeus a Nossa Senhora, um momento que vai contar com a participação das crianças mirandesas.

Na Mensagem de Fátima, Nossa Senhora indica a atitude fundamental da Igreja face às vicissitudes e sofrimentos com que se depara em cada tempo.

Segundo o Papa emérito Bento XVI, «a conversão permanente, a penitência, a oração e as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade» constituem a resposta fundamental que todos e cada um devem dar num cenário em que a Igreja surge como sofredora, situação que a acompanhará, de diversos modos, até ao fim dos tempos, como Jesus anunciou.

O Papa emérito Bento XVI não deixou de sublinhar também o conforto – igualmente transmitido por Nossa Senhora, em Fátima, na promessa do triunfo do seu Imaculado Coração –, de que, não obstante o mal, as forças do bem permanecem presentes e a bondade de Deus prevalecerá.

Quanto ao Terço, pede que o rezem todos os dias, para que se alcance a paz no mundo e o fim da guerra (decorria a Primeira Guerra Mundial).

Primeira aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos (13 de maio de 1917)

“Não tenham medo. Não lhes faço mal”, disse a Virgem Maria naquela ocasião aos três pastorinhos, Lúcia, Jacinta e Francisco, que contemplavam uma senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol.

Depois de dizer-lhes, entre outras coisas, que vinha do céu e de pedir que voltassem àquele lugar seis meses seguidos, nos dias 13 à mesma hora, a Mãe de Deus perguntou-lhes: “Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados, com que Ele é ofendido e de súplica, pela conversão dos pecadores?”.

Os pequenos responderam afirmativamente e a Virgem advertiu que teriam que sofrer muito, mas que a graça de Deus os fortaleceria.
A Senhora abriu as mãos e comunicou-lhes uma luz que os envolveu. Caíram de joelhos e repetiram humildemente: “Santíssima Trindade, eu vos adoro. Meu Deus, Meu Deus, eu vos amo no Santíssimo Sacramento”.

A Virgem de Fátima prosseguiu dizendo-lhes: “Rezem o terço todos os dias para alcançar a paz do mundo e o fim da guerra”. Depois elevou-se ao céu.

Nos meses seguintes, as crianças foram ao lugar onde a Virgem apareceu e na sua última aparição ocorreu o chamado milagre do sol, visto por milhares de pessoas. 

Não muito tempo depois, Francisco e Jacinta morreram com dolorosas enfermidades. Lúcia, a última vidente, tornou-se carmelita de clausura e faleceu em 2005.

Com o tempo a Igreja reconheceu as aparições milagrosas e a devoção à Virgem de Fátima expandiu-se por todo mundo.

São João Paulo II, conforme o pedido da Virgem consagrou a Rússia e o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria e beatificou Jacinto e Francisca no ano 2000, com a presença de irmã Lúcia, que morreu em 2005 e decorrendo atualmente o seu processo de beatificação.

Em 13 de maio de 2017, aquando do centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima, o Papa Francisco canonizou os pastorinhos Jacinta e Francisco Marto, nas celebrações no santuário de Fátima.

HA

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