Miranda do Douro: Famidouro de 9 a 18 de agosto

A XXVI Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades vai contar com a participação de meia centena de artesãos e outros expositores, que de 9 a 18 de agosto de 2024, vão mostrar o que de melhor se produz na região, ao público que visita a cidade de Miranda do Douro.

O certame é organizado pela Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD) e segundo o presidente, Bruno Gomes, a maioria dos expositoes são oriundos do concelho de Miranda do Douro, havendo ainda espaço para acolher expositores dos concelhos vizinhos e de outras regiões do país.

“Nesta edição optou-se por outro tipo de stands, com melhor relação qualidade/preço, o que vai possibilitar a participação de um maior número de expositores, desde os trabalhos em madeira, pele, burel, ourivesaria, cutelaria, entre outros artigos”, adiantou.

De acordo com o o dirigente da ACIMD, a diminuição do número de artesãos no concelho de Miranda do Douro exige uma adaptação do certame e a admissão de outro tipo de expositores e de produtos.

“Com o objetivo de continuar a dinamizar a Famidouro, aos artesãos juntam-se agora outros expositores, como os produtores locais, a doçaria tradicional, as compotas, o mel, o vinho, o azeite, assim como a restauração de rua, com pizzas, crepes e gelados”, indicou.

Relativamente ao público esperado no certame, para além da população local e dos turistas, Bruno Gomes, destacou a chegada e a estadia dos emigrantes portugueses, que aproveitam o mês de agosto para visitar os familiares.

No que concerne à animação, a XXVI Famidouro – Feira de Artesanato e Multiatividades volta a contar, diariamente, com as danças dos grupos de Pauliteiros e com os espetáculos musicais das Festas da Cidade, que decorrem, em simultâneo, em Miranda do Douro.

Sobre o atual momento da economia local, o presidente de ACIMD, Bruno Gomes, referiu que ainda se verifica uma contração no consumo por causa do significativo aumento do preço de bens e serviços.

“A inflação leva as pessoas a serem mais prudentes nos gastos. E em Miranda do Douro verifica-se uma menor afluência de público, em particular, das pessoas que vinham regularmente dos grandes centros urbanos, como o Porto ou Lisboa. Por causa da grande distância geográfica e os gastos inerentes às viagens, estas pessoas vêm menos vezes à região”, disse.

Não obstante a atual situação económica, para continuar a atrair público ao concelho de Miranda do Douro, o empresário da restauração indicou que a melhor estratégia é dar destaque à qualidade ambiental, paisagística, cultural e gastronómica da região.

“Perante a multiplicidade de ofertas turísticas que existem, Miranda do Douro deve continuar a mostrar o que nos diferencia, o que é único nesta região. É o caso da língua mirandesa, da dança dos pauliteiros, da beleza natural dos miradouros e do rio Douro, das festividades tradicionais, do artesanato local e de produtos gastronómicos de excelência como a carne mirandesa e o cordeiro mirandês”, disse.

Sobre a situação do comércio local, o presidente de ACIMD indicou que os empresários deste setor, como acontece na venda de têxteis ou no mobiliário, são os mais atingidos pela inflação e pela contração do consumo do público.

“Já setores como a restauração e a hotelaria continuam bastantes ativos, dada a contínua vinda a Miranda do Douro, de visitantes espanhóis e de turistas estrangeiros”, esclareceu.

A XXVI Famidouro é uma iniciativa da Associação Comercial e Industrial de Miranda do Douro (ACIMD), que conta com os apoios do município e da freguesia de Miranda do Douro e a colaboração da comissão de festas em honra de Santa Bárbara e das associações locais.

HA



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