Miranda do Douro: Diretora do Museu da Terra de Miranda dedica prémio à cultura mirandesa
A diretora do Museu da Terra de Miranda, Celina Bárbaro Pinto, foi distinguida com o Prémio de Mérito Profissional na área da Museologia, numa cerimónia que decorreu no dia 31 de maio, na Alfândega do Porto e contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Todos os anos, a cerimónia da APOM – Associação Portuguesa de Museologia premeia os profissionais e instituições que mais se destacaram no panorama museológico nacional.
Segundo a APOM, o prémio atribuído à diretora do Museu da Terra de Miranda, Celina Pinto, é um reconhecimento do seu trabalho e dedicação à promoção e divulgação da museologia e da cultura da Terra de Miranda, tanto a nível nacional como internacional.
Questionada sobre a importância desta distinção, Celina Pinto, afirmou que foi “com surpresa e honra” que recebeu o prémio, num elenco em que estavam representados profissionais dos museus de todo o território continental e das regiões autónomas da Madeira e dos Açores.
“Agradeço à Associação Portuguesa de Museologia (APOM) pelo cuidado em acompanhar e valorizar o trabalho de todos os museus e dos seus profissionais, quer estejam sediados nos grandes centros urbanos, mas também no interior e nas ilhas”, destacou.
“Entendo o Prémio de Mérito Profissional na área da Museologia, não como um prémio de valorização pessoal, mas sim de valorização deste território e do equipamento cultural que é o Museu da Terra de Miranda. Sempre defendi que este museu tem um potencial cultural imenso.”, disse.
Em obras de requalificação desde novembro de 2022, o Museu da Terra de Miranda, está num processo de modernização. Segundo a diretora, Celina Pinto, as obras estruturais do edifício já estão concluídas e está decorrer agora a segunda fase da requalificação, que pressupõe outra candidatura e um concurso público, para a instalação dos equipamentos técnicos como o ar condicionado, as bombas de calor, painéis solares, ventilação, etc.
“Posteriormente, vai proceder-se à instalação da museologia e da museografia. Ou seja, vamos selecionar as peças, elaborar o discurso museológico, a cenografia e o contexto histórico-cultural. Este trabalho é a cereja no topo do bolo, de qualquer técnico de museologia, pois é o que comunica com o público que visita o museu”, disse.
Atualmente, o Museu da Terra de Miranda encontra-se temporariamente instalado, no antigo Paço Episcopal, em Miranda do Douro. Com o propósito de recordar a arquitetura do edifício, construído no século XVII e e cuja ruína aconteceu com a transferência da sede episcopal para Bragança em 1780, foi feita uma maquete do antigo edifício do bispado.
“A maquete do antigo paço episcopal foi encomendada a Matias Figueruelo, que já tinha construído a maquete da concatedral de Miranda do Douro e realizado trabalhos sobre a rota do Românico, em Espanha. O Museu da Terra de Miranda achou por bem, reconstruir a maquete do antigo Paço Episcopal, que naquela altura e em conjunto com a catedral, seria um edifício belíssimo e grandioso, na cidade de Miranda do Douro”, disse.
Com a recente reorganização operada pelo Ministério da Cultura, o Museu da Terra de Miranda ficou sob a tutela da entidade pública Museus e Monumentos de Portugal, enquanto que a Concatedral e o antigo paço episcopal passaram para a alçada do Património Cultural.
HA
Fotos: MTM