Miranda do Douro: DGArtes financia três projetos artísticos e profissionais no concelho
A cidade de Miranda do Douro foi o palco do 2º Encontro Arte e Coesão Territorial, uma iniciativa organizada pela Direção-Geral das Artes (DGArtes), que teve como propósito apresentar os 34 projetos artísticos, dirigidos aos territórios onde há uma reduzida atividade artística e profissional.
A iniciativa é dirigida a territórios de baixa densidade cultural, no que se refere à criação e programação. Na sessão de acolhimento realizada no salão nobre da Câmara Municipal de Miranda do Douro, a presidente, Helena Barril, agradeceu a escolha da cidade para a apresentação dos projetos artísticos e profissionais e realçou a importância da cultura na atividade social, turística e económica.
“É importantíssimo acolher e desenvolver projetos artísticos e culturais nestas regiões, que estão geograficamente mais distantes dos grandes centros culturais, como são Lisboa e Porto. Estes programas de apoio financiados pelo governo são mais uma alavanca para impulsionar a atividade cultural no concelho, que por conseguinte traz benefícios turísticos e económicos aos setores da hotelaria, restauração e do comércio”, disse.
Referindo-se à realidade cultural do concelho de Miranda do Douro, Helena Barril, indicou que existe uma significativo movimento associativo, onde se destacam os grupos de pauliteiros de Miranda, os grupos de música e dança tradicionais e os rituais de solstício de inverno.
“O município continua a ser a principal fonte de financiamento das várias associações culturais, recreativas, desportivas, de solidariedade social e as comissões fabriqueiras do concelho. Em 2023, por exemplo, foram atribuídos dois milhões e 200 mil euros a estas coletividades. Complementarmente, se os vários grupos culturais, associativos e desportivos conseguirem diversificar as suas fontes de financiamento, muito melhor, pois assim têm mais e melhores condições para darem continuidade à sua atividade e consolidarem os seus projetos”, disse.
Por sua vez, Susana Sousa, da Direção-Geral das Artes (DGArtes), explicou que o Programa de Apoio em Parceria Arte e Coesão Territorial foi lançado em meados de 2023 e tem como finalidade promover a coesão territorial, através da criação artística e profissional.
“Foram identificados territórios, mais concretamente 76 municípios, onde existe uma baixa densidade artística e profissional. Para inverter esta tendência foi feito um programa de apoio, em parceria com o Observatório Português das Atividades Culturais, para reforçar as atividades artísticas e profissionais nestas regiões, em conjunto com as comunidades”, explicou.
Entre os 34 projetos financiados pela Direção-Geral das Artes (DGArtes) há três que estão ou vão ser aplicados em Miranda do Douro, como é o projeto “X8 Nal’ Anfinito”, da associação Lérias, sediada em Palaçoulo.
O presidente da Lérias, Amadeu Soares explicou que o projeto envolve oito associações do concelho: a Associação da Banda Filarmónica Mirandesa, a Universidade Sénior de Miranda do Douro, o Lar da Santa Casa da Misericórdia de Miranda do Douro, o Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro (AEMD), o Agrupamento Cultural Renascer das Tradições e os os grupos de Pauliteiros de Miranda, do AEMD.
“Cerca de 200 pessoas, das oito associações, vão criar um espetáculo artístico, inovador e contemporâneo, com dança, música e cenografia, que vai ser apresentado a 12 de julho, no Largo do Castelo, em Miranda do Douro”, disse.
Os outros dois projetos que vão ser apresentados no concelho de Miranda do Douro são o “Ecos da Montanha (música erudita) e “Transformatividade” (dança contemporânea).
O programa de apoio “Em Parceria Arte e Coesão Territorial” tem como principais objetivos promover boas práticas, potenciar sinergias entre os participantes e contribuir para a criação de redes colaborativas.
HA